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Documentos disponibilizados para download no site Poder 360 após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ter retirado (em 26/nov/2024) o sigilo do relatório da PF (Polícia Federal) sobre o inquérito que apura a tentativa de um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. A delação do tenente-coronel Mauro Cid continua em sigilo.
Parte 1 – Estrutura da Organização Criminosa
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- ➋ Divisão de Tarefas
- A organização foi estruturada em núcleos específicos, como:
- Núcleo de Desinformação
- Para disseminar fake news.
- Núcleo Jurídico
- Para embasar legalmente os atos do golpe.
- Núcleo Operacional
- Responsável por ações clandestinas e violentas.
- Núcleo de Inteligência Paralela
- Utilizou órgãos do Estado para apoiar o plano.
- Planejamento do Golpe
- Incluiu desde a elaboração de decretos para intervenção no Tribunal Superior Eleitoral até o planejamento de ações violentas, como a prisão ou assassinato de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Parte 2 – Planejamento e Execução
Parte 3 – Resistência Interna e Frustrações
- Pressão direta sobre o General Freire Gomes, comandante do Exército, incluindo manifestações em frente à sua residência e ameaças de danos à sua reputação caso não aderisse ao golpe.
- Mensagens de Ailton Barros e General Braga Netto para difamar líderes militares contrários ao golpe e elogiando outros que poderiam aderir.
- Documentos denominados “Punhal Verde e Amarelo” e “Desenho Op Luneta” detalham planos para assassinar ou sequestrar o Ministro Alexandre de Moraes, bem como o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
- Preparação logística com análise de segurança, rotas e recursos necessários.
- Uso de redes sociais e “milícias digitais” para atacar opositores e influenciar a opinião pública.
- Articulação de narrativas falsas de fraude eleitoral para justificar a necessidade de intervenção militar.
- Planilhas e documentos apreendidos demonstram planejamento detalhado para desestabilizar o STF e justificar um golpe.
- Projeção de ações de propaganda para consolidar a narrativa golpista.
- Recusa de generais e comandantes de diversas forças armadas em participar do plano de ruptura institucional.
Parte 4 – Operações Pós-Golpe
- A operação “Punhal Verde Amarelo” planejava ações clandestinas, incluindo a prisão ou execução de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes.
- Documentos como a minuta do “Gabinete de Crise” detalhavam como administrar o país após o golpe, prevendo uma rede de inteligência e ações para manipular opinião pública.
- Apesar das tentativas, o Alto Comando do Exército e da Aeronáutica se recusaram a apoiar a ruptura institucional.
- A Marinha teria aderido parcialmente, mas não conseguiu o suporte necessário para efetivar o plano.
- Agentes envolvidos repassaram dados estratégicos sobre segurança e planejamentos ao núcleo golpista.
- Mesmo com o decreto de golpe elaborado, Jair Bolsonaro não o assinou devido à falta de apoio militar unânime e ao receio de represálias, citando eventos como o fracasso da tentativa de golpe no Peru.
- Análises de mensagens recuperadas e logs de impressão no Palácio do Planalto corroboram a existência de planejamentos golpistas.
- O “Gabinete de Crise” seria liderado por figuras próximas a Bolsonaro e incluiria ações para influenciar instituições e a comunidade internacional.
Quem são os personagens do inquérito?
Os personagens citados no inquérito da Polícia Federal são divididos em diferentes categorias, como políticos, militares, agentes públicos e outros envolvidos. Abaixo, segue uma lista de nomes e seus respectivos papéis mencionados:
1. Liderança Política
- Jair Bolsonaro: Presidente à época dos eventos, apontado como articulador central do golpe.
- Luiz Inácio Lula da Silva: Presidente eleito e alvo de ações para inviabilizar sua posse.
2. Militares
- General Braga Netto: Coordenador do suposto "Gabinete de Crise".
- General Augusto Heleno: Chefe do Gabinete de Segurança Institucional e planejador no pós-golpe.
- General Freire Gomes: Comandante do Exército, recusou apoio ao golpe.
- General Baptista Júnior: Comandante da Aeronáutica, também rejeitou a ruptura institucional.
- Almirante Almir Garnier: Comandante da Marinha, apontado como favorável ao golpe.
- Coronel Mauro Cid: Próximo de Bolsonaro, articulador e participante ativo em discussões sobre o decreto golpista.
- Coronel Ubirajara Vieira das Neves: Envolvido em conversas sobre o apoio militar ao golpe.
- Coronel Fabrício Bastos: Relatou tentativas de reverter a decisão do comandante do Exército.
- Coronel Corrêa Netto: Envolvido em articulações e diálogos golpistas.
3. Agentes Públicos
- Mario Fernandes: Secretário-executivo da Presidência, articulador do golpe e autor de documentos golpistas.
- Wladimir Soares: Agente da Polícia Federal, forneceu informações sigilosas ao grupo golpista.
- Sérgio Cavaliere: Militar reformado, participante em conversas estratégicas sobre o golpe.
- Marcelo Bormevet: Policial federal ligado à Presidência, manteve diálogos sobre o decreto golpista.
4. Assessores e Colaboradores
- Filipe Martins: Assessor de Relações Internacionais do Gabinete de Crise planejado.
- Renato: Citado por Mario Fernandes como confirmador da existência do decreto.
- Riva: Interlocutor que relatou eventos internos e negociações entre militares.
5. Figuras de Controle Institucional
- Alexandre de Moraes: Ministro do STF, principal alvo de planos de neutralização, incluindo prisão ou assassinato.
6. Outros Envolvidos
- Ailton Barros: Envolvido em disseminação de desinformação e difamação de opositores.
- Sandro Nunes Vieira: Juiz federal que teria contribuído na elaboração de documentos de desinformação.
7. Estrutura de Apoio
- Núcleo Jurídico: Produziu os decretos golpistas e sustentação jurídica.
- Núcleo de Inteligência Paralela: Atuação clandestina com acesso a informações privilegiadas.
- Milícias Digitais: Disseminação de fake news para desestabilizar a credibilidade das instituições democráticas.
Codinomes
No inquérito, há referência a países como codinomes para identificar integrantes da organização criminosa. Estes codinomes são utilizados como forma de dissimular as identidades dos envolvidos. Abaixo está uma relação entre os países mencionados e os respectivos membros da organização, conforme informações do documento:
Brasil - Representava Jair Bolsonaro, devido ao seu papel de liderança central na articulação e coordenação das ações golpistas.
Itália - General Braga Netto, ligado ao planejamento do "Gabinete de Crise" e ao suporte político-militar ao golpe.
Alemanha - General Augusto Heleno, identificado como figura-chave no suporte estratégico e inteligência para ações pós-golpe.
Espanha - Coronel Mauro Cid, diretamente envolvido na elaboração de estratégias e no contato com outros membros do núcleo.
França - Mario Fernandes, responsável pela minuta do "Gabinete de Crise" e articulador de ações de apoio logístico e jurídico.
Inglaterra - Sérgio Cavaliere, envolvido em diálogos estratégicos e na tentativa de mobilizar forças militares.
Portugal - Wladimir Soares, agente da Polícia Federal que vazou informações estratégicas para o grupo.
Rússia - Almirante Almir Garnier, apontado como apoiador parcial do golpe, mas com hesitação em ações independentes.
Esses codinomes foram atribuídos para dificultar a identificação direta dos envolvidos, mas a análise contextual e a recuperação de mensagens permitiram à investigação decifrar as associações.
O que havia de mais interessante e incomum nesse relatório?
O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado apresenta elementos que destacam sua complexidade e tornam seu conteúdo particularmente interessante e incomum:
1. Planejamento Detalhado do Golpe
- Documentos Estratégicos: O nível de detalhamento encontrado, como o planejamento “Punhal Verde Amarelo” e a minuta do “Gabinete de Crise”, demonstra uma tentativa formal e institucionalizada de ruptura democrática.
- Estrutura Pós-Golpe: A criação de um “Gabinete de Crise” detalhando hierarquia, funções e até ações para influenciar a opinião pública nacional e internacional é algo raro em tentativas de golpe documentadas.
2. Uso de Codinomes
- A utilização de países como codinomes para identificar os membros da organização criminosa (como “Brasil” para Bolsonaro e “Itália” para Braga Netto) mostra um esforço sofisticado de dissimulação.
3. Ameaças a Alexandre de Moraes
- A menção explícita a planos para assassinato ou neutralização do ministro, incluindo métodos como envenenamento ou ataques químicos, é incomum em conspirações modernas, mesmo em contextos de extrema polarização.
4. Resistência Interna
- A recusa de parte das Forças Armadas em apoiar o golpe, mesmo sob intensa pressão, revela divisões dentro de uma estrutura militar que muitas vezes é vista como monolítica. O Exército e a Aeronáutica rejeitaram o plano, enquanto a Marinha demonstrou adesão parcial.
5. Complexidade das Redes
- O envolvimento de múltiplos núcleos (militar, jurídico, digital, de inteligência) e a integração de estratégias tecnológicas, como milícias digitais, mostram como a tentativa de golpe era altamente coordenada, usando métodos tradicionais e modernos.
6. Referências ao Contexto Internacional
- Comparações explícitas com a tentativa de golpe no Peru, envolvendo Pedro Castillo, destacam a tentativa de aprendizado ou inspiração a partir de eventos recentes em outros países.
7. Utilização de Redes Sociais e Fake News
- A coordenação de milícias digitais para sustentar narrativas golpistas e manipular a opinião pública é um componente contemporâneo que adiciona uma camada de complexidade ao caso.
8. Evidências Recuperadas
- A perícia conseguiu acessar mensagens apagadas, documentos impressos, logs e áudios que deixaram um rastro incrivelmente detalhado das ações e intenções do grupo.
9. Foco em Contextos Pós-Golpe
- Não apenas a tentativa em si, mas também o planejamento de ações pós-golpe, como estratégias para lidar com a "crise institucional", mostram uma visão de longo prazo e destacam a seriedade da intenção.
Esses aspectos demonstram que a tentativa de golpe foi altamente estruturada, mas também dependente de muitos fatores externos que acabaram inviabilizando sua execução.
Como se sabe, essa tecnologia está sujeita a “alucinações” próprias do algoritmo. As informações aqui contidas serão devidamente corrigidas caso se detecte alguma incoerência. Todavia, o teor desse resumo está sendo comparado com o que tem saído na grande mídia e na leitura do próprio relatório e até o momento está se mostrando bastante confiável.
E para entender como chegamos a isso recomendo assistir ao documentário Privacidade Hackeada.
Visto no Brasil Acadêmico
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