Atualizado em 28/03/2015 - O que é excelente pode melhorar, e é bom que o Brasil fique de olho nessa iniciativa finlandesa. A boa notícia é ...
Atualizado em 28/03/2015 - O que é excelente pode melhorar, e é bom que o Brasil fique de olho nessa iniciativa finlandesa. A boa notícia é que já há escolas por aqui funcionando de modo semelhante ao formato que os finlandeses querem implantar.
A matéria do post não muda muito, mas o título ficou meio exagerado... :P
O que só mostra o quanto o mundo está de olho no modo como a educação é gerida por lá. Isso tudo porque...
Apenas os países do extremo oriente, como Singapura e China, conseguem superar a Finlândia no ranking do PISA. Os políticos e especialistas em educação de todo o mundo, incluindo o Reino Unido, segundo o The Independent, têm feito peregrinações a Helsinki, na esperança de identificar e replicar o segredo do seu sucesso.
Mas não pense que os finlandeses estão deitados sobre os louros. Na verdade, o país está mergulhando em uma abordagem radicalmente diferente de ensino: Eles pretende obliterar o "ensino por assunto" tradicional em favor de "ensino por tópico".
É o que eles chamam de ensino de "fenômenos" e esperam que até 2020 esteja implantado por todo país.
PISA no meu calo
A campainha toca, mas, em vez da aula de História, começa a aula de “Primeira Guerra Mundial”, planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e (por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.
À tarde, outro sinal, mas os alunos não vão ter aula de Biologia. Hoje a aula é sobre “Ecossistema Polar Ártico”, ministrada pelos professores especializados em Biologia, Química, Geografia e o de Matemática, que percebeu que os dados sobre o derretimento das geleiras seriam úteis para o estudo de Estatística.
Há anos, a educação finlandesa vem sendo considerada a melhor do mundo. Com “segredos” como valorização dos professores, atenção especial aos alunos com mais dificuldades, valorização das artes e de diferentes formas de aprendizagem e uma radical redução no número de provas e testes, o país tem consistentemente dividido as mais altas posições nos rankings do PISA com Cingapura, mas com as vantagens de oferecer uma educação universalmente gratuita e livre dos tremendos níveis de estresse aos quais os estudantes asiáticos são submetidos.
Entre as aulas, 15 minutos de intervalo totalizando 1 hora por dia de recreação. E nada disso tira o país nórdico das primeiras colocações em leitura, ciências e matemática do Pisa.
E nos Estados Unidos?
Se fosse o PISA fosse o Campeonato Brasileiro, os Estados Unidos seria o Santos. Tem muitos que querem ser iguais a ele mas ele fica ali, no meio da tabela. Nem briga por libertadores e nem corre risco de rebaixamento.
Em relação aos BRICS, os EUA está muito atrás da China e duas posições atrás da Rússia. A Índia nem está na tabela. Mas com sua sociedade de castas, é até piada falar em exclusão social. As imagens de pais escalando um prédio para jogar cola para os filhos fazendo exame, para ter uma chance de mudar de casta mostra que o Brasil está mal. Mas tem coisa muito pior por aí. Sem desmerecer a tradição em matemática e programação que os indianos possuem. Porém, lá, ainda não é para todo mundo.
Para saber mais sobre as mazelas do ensino público americano recomendamos fortemente o imperdível documentário A Espera do Super Homem. Que está para a Educação como o Sicko esteve para a saúde dos EUA, antes do Obamacare.
Clique para tocar. ← Retrocede → Avança Espaço Pausa/Continua ↑↓ Volume
E no Brasil?
No Brasil, entre crises e a divisão do país entre nordeste e sudeste e do volta-Lula X volta-militares, uma iniciativa chama a atenção. Especialmente agora, com a divulgação das intenções finlandesas de adotar uma educação voltada para o mundo real.
Republicamos aqui o artigo do empresário e guru da administração, Ricardo Semler, onde ele dizia que "Nunca se roubou tão pouco". Investigando mais sobre o autor - afinal, é um tucano com ideais bem longe do mainstream -, nos deparamos com sua louvável iniciativa de implantar três escolas, uma delas pública, no país cuja filosofia de ensino éexatamente a mesma semelhante àquela sendo adotada na Finlândia. É o projeto Lumiar. Como você pode conferir aqui.
A posição do Brasil no ranking do PISA? É melhor procurar de baixo para cima... Mas, mesmo sendo o 58º entre 65 países confrotados no ranking. O Brasil já possui uma lei garantindo 10% do PIB para os próximos anos, conforme nos informa o Senador Cristovam Buarque. Vamos ver se conseguimos decolar desta vez. O modelo está aí para ser dado copy-paste e sua execução será um desafio para o mundo todo. Quem sabe nosso diferencial em sermos inovadores e criativos finalmente achará a condições ideais?
Para saber mais sobre a educação na Finlândia não deixe de ver o documentário Destino: Educação - Episódio 2 - Finlândia.
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Fonte: Brasil Post, Rescola, The Independent, Washington Post, EBC
[Visto no Brasil Acadêmico]
A matéria do post não muda muito, mas o título ficou meio exagerado... :P
Atualização: A notícia de que a Finlândia vai abolir o ensino de matérias separadas chegou recentemente às manchetes em todo o mundo. O ensino por disciplinas não será abolido, mas o novo currículo para o ensino básico vai trazer algumas mudanças em 2016…
O novo currículo para o ensino básico, que será implementado nas escolas em agosto de 2016, contém algumas alterações que podem ter causado o mal-entendido. A fim de enfrentar os desafios do futuro, o foco está nas competências transversais (genéricas) e no trabalho entre disciplinas escolares… Os alunos devem participar cada ano em pelo menos um desses módulos de aprendizagem multidisciplinar.
Conselho Nacional de Educação da Finlândia – responsável por toda a educação com financiamento público no país in “O ensino por disciplinas nas escolas finlandesas não está sendo abolido“ [Via Gizmodo]
O que só mostra o quanto o mundo está de olho no modo como a educação é gerida por lá. Isso tudo porque...
Apenas os países do extremo oriente, como Singapura e China, conseguem superar a Finlândia no ranking do PISA. Os políticos e especialistas em educação de todo o mundo, incluindo o Reino Unido, segundo o The Independent, têm feito peregrinações a Helsinki, na esperança de identificar e replicar o segredo do seu sucesso.
Mas não pense que os finlandeses estão deitados sobre os louros. Na verdade, o país está mergulhando em uma abordagem radicalmente diferente de ensino: Eles pretende obliterar o "ensino por assunto" tradicional em favor de "ensino por tópico".
Esta vai ser uma grande mudança na educação, na Finlândia que estamos apenas começando.
Liisa Pohjolainen. Quem comanda a educação de jovens e adultos em Helsinki
"O que precisamos agora é um tipo diferente de educação para preparar as pessoas para a vida profissional."
"Os jovens usam computadores bastante avançados. No passado, os bancos tinham muitos bancários aferindo números, mas agora isso mudou totalmente."
"Estamos, portanto, tendo que fazer as mudanças na educação, que são necessárias para a indústria e sociedade moderna."
Pasi Silander, gerente de desenvolvimento da cidade
É o que eles chamam de ensino de "fenômenos" e esperam que até 2020 esteja implantado por todo país.
PISA no meu calo
A campainha toca, mas, em vez da aula de História, começa a aula de “Primeira Guerra Mundial”, planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e (por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.
À tarde, outro sinal, mas os alunos não vão ter aula de Biologia. Hoje a aula é sobre “Ecossistema Polar Ártico”, ministrada pelos professores especializados em Biologia, Química, Geografia e o de Matemática, que percebeu que os dados sobre o derretimento das geleiras seriam úteis para o estudo de Estatística.
Há anos, a educação finlandesa vem sendo considerada a melhor do mundo. Com “segredos” como valorização dos professores, atenção especial aos alunos com mais dificuldades, valorização das artes e de diferentes formas de aprendizagem e uma radical redução no número de provas e testes, o país tem consistentemente dividido as mais altas posições nos rankings do PISA com Cingapura, mas com as vantagens de oferecer uma educação universalmente gratuita e livre dos tremendos níveis de estresse aos quais os estudantes asiáticos são submetidos.
Enquanto nos EUA um docente com 15 anos de experiência no ensino médio ganha 65% do que um professor de ensino superior, na Finlândia, um educador com mesmo tempo de sala de aula em colégios ganha 102% do salário de seu colega que leciona em universidades. [Brasil Post]Apesar disso, ou por causa disso, eles pretendem continuar repensando e aprimorando seu sistema educacional nesse processo histórico de melhoria contínua desde os anos 1900.
Não é apenas Helsinki, mas toda a Finlândia que irá abraçar a mudança. Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21.
Marjo Kyllonen. Gerente educacional de Helsinki
Segundo o Washington Post, os professores finlandeses são muito mais bem preparados para trabalhar a interdisciplinaridade em sala de aula. Eles fazem mestrados e têm que cumprir série de pré-requisitos das instituições de ensino e do próprio Ministério da Educação finlandês.
Entre as aulas, 15 minutos de intervalo totalizando 1 hora por dia de recreação. E nada disso tira o país nórdico das primeiras colocações em leitura, ciências e matemática do Pisa.
E nos Estados Unidos?
Se fosse o PISA fosse o Campeonato Brasileiro, os Estados Unidos seria o Santos. Tem muitos que querem ser iguais a ele mas ele fica ali, no meio da tabela. Nem briga por libertadores e nem corre risco de rebaixamento.
Em relação aos BRICS, os EUA está muito atrás da China e duas posições atrás da Rússia. A Índia nem está na tabela. Mas com sua sociedade de castas, é até piada falar em exclusão social. As imagens de pais escalando um prédio para jogar cola para os filhos fazendo exame, para ter uma chance de mudar de casta mostra que o Brasil está mal. Mas tem coisa muito pior por aí. Sem desmerecer a tradição em matemática e programação que os indianos possuem. Porém, lá, ainda não é para todo mundo.
Para saber mais sobre as mazelas do ensino público americano recomendamos fortemente o imperdível documentário A Espera do Super Homem. Que está para a Educação como o Sicko esteve para a saúde dos EUA, antes do Obamacare.
Clique para tocar. ← Retrocede → Avança Espaço Pausa/Continua ↑↓ Volume
E no Brasil?
No Brasil, entre crises e a divisão do país entre nordeste e sudeste e do volta-Lula X volta-militares, uma iniciativa chama a atenção. Especialmente agora, com a divulgação das intenções finlandesas de adotar uma educação voltada para o mundo real.
Republicamos aqui o artigo do empresário e guru da administração, Ricardo Semler, onde ele dizia que "Nunca se roubou tão pouco". Investigando mais sobre o autor - afinal, é um tucano com ideais bem longe do mainstream -, nos deparamos com sua louvável iniciativa de implantar três escolas, uma delas pública, no país cuja filosofia de ensino é
A posição do Brasil no ranking do PISA? É melhor procurar de baixo para cima... Mas, mesmo sendo o 58º entre 65 países confrotados no ranking. O Brasil já possui uma lei garantindo 10% do PIB para os próximos anos, conforme nos informa o Senador Cristovam Buarque. Vamos ver se conseguimos decolar desta vez. O modelo está aí para ser dado copy-paste e sua execução será um desafio para o mundo todo. Quem sabe nosso diferencial em sermos inovadores e criativos finalmente achará a condições ideais?
Para saber mais sobre a educação na Finlândia não deixe de ver o documentário Destino: Educação - Episódio 2 - Finlândia.
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Fonte: Brasil Post, Rescola, The Independent, Washington Post, EBC
[Visto no Brasil Acadêmico]
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