Carta da professora e escritora Martha de Freitas Azevedo Pannunzio lida no Senado Federal por um senador do PSDB cujo teor cita favoravelm...
Carta da professora e escritora Martha de Freitas Azevedo Pannunzio lida no Senado Federal por um senador do PSDB cujo teor cita favoravelmente outro senador e políticas educacionais do PDT. Merece ser lida até o final.
Em tempo, o blog não é anti-PT (embora não se possa dizer o mesmo da autora da carta), anti-Lula e muito menos pró-PSDB. Apenas acreditamos que a educação é o único caminho consistente a ser seguido para de fato transformar a nação em um lugar onde impere a justiça social, a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento econômico e ambiental.
Embora não reflita necessariamente as opiniões editoriais do BrAcad (pelo menos todas elas), não é nesse espaço que vamos censurar uma professora. Então, abra seu coração Dona Martha (além de trecho do discurso do Senador Álvaro Dias - PSDB-PR):
Essa carta foi redigida pela Srª Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, de Uberlândia, no Estado de Minas Gerais em que ela fez um apelo para que esta carta chegasse à Presidência da República e, por essa razão, desta tribuna, espero que chegue, meu caro Senador Moka, que preside esta sessão.
Foi logo após o anúncio do programa Brasil Carinhoso que essa senhora escreveu:
Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do Brasil Carinhoso.
Brincando de mamãe Noel, D. Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, Senhora Presidenta! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (Presidente da República, Governador e Prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da história do Brasil. Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre zero a seis anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para “engordar” a sua renda. Por outro lado, mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama fazer filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmolas do governo do PT. É muito fácil dar bom-dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.
Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora.
Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do “quanto pior, melhor”. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil. Pedro II ficaria envergonhado.
Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de impostos seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmolas. A partir de vocês. Sr. Luiz Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.
Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social.
E o ProUni se transformou num balcão de empréstimo pró-escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. As cotas e o ProUni foram legitimados pelos ministros nomeados pelo Palácio do Planalto. A Câmara Federal endoidou? O Senado endoidou? O STF endoidou? O ex-presidente e a atual Presidenta endoidaram?
Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um país empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem-remunerados, bem-preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disso que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem.
Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe sequer consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudanta brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isso com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, (...).
Deixe o Congresso pensar um pouco mais; afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem-instalados e bem-remunerados, para isso mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é ‘os outros’. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a Presidenta do Brasil, e não a presidenta de um partidinho de aluguel qualquer.
Esse foi o desejo da Srª Martha, e nós o expressamos aqui, da tribuna do Senado Federal. Certamente, a Srª Martha falou em nome de milhares de brasileiros.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Vai chegar senador. Se depender desse blog, vai chegar.
[Via BBA]
Em tempo, o blog não é anti-PT (embora não se possa dizer o mesmo da autora da carta), anti-Lula e muito menos pró-PSDB. Apenas acreditamos que a educação é o único caminho consistente a ser seguido para de fato transformar a nação em um lugar onde impere a justiça social, a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento econômico e ambiental.
Embora não reflita necessariamente as opiniões editoriais do BrAcad (pelo menos todas elas), não é nesse espaço que vamos censurar uma professora. Então, abra seu coração Dona Martha (além de trecho do discurso do Senador Álvaro Dias - PSDB-PR):
Essa carta foi redigida pela Srª Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, de Uberlândia, no Estado de Minas Gerais em que ela fez um apelo para que esta carta chegasse à Presidência da República e, por essa razão, desta tribuna, espero que chegue, meu caro Senador Moka, que preside esta sessão.
Foi logo após o anúncio do programa Brasil Carinhoso que essa senhora escreveu:
Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do Brasil Carinhoso.
Brincando de mamãe Noel, D. Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, Senhora Presidenta! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (Presidente da República, Governador e Prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da história do Brasil. Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre zero a seis anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para “engordar” a sua renda. Por outro lado, mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama fazer filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmolas do governo do PT. É muito fácil dar bom-dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.
Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora.
Sou bastante madura, bastante politizada, marxista, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista.
Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do “quanto pior, melhor”. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil. Pedro II ficaria envergonhado.
Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de impostos seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmolas. A partir de vocês. Sr. Luiz Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.
Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida de que são malnascidos.
Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social.
E o ProUni se transformou num balcão de empréstimo pró-escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. As cotas e o ProUni foram legitimados pelos ministros nomeados pelo Palácio do Planalto. A Câmara Federal endoidou? O Senado endoidou? O STF endoidou? O ex-presidente e a atual Presidenta endoidaram?
Nas décadas de 60 e 70, a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, naquela trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?
Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um país empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem-remunerados, bem-preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disso que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem.
Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada.
Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe sequer consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudanta brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isso com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, (...).
*** Aqui parece que o senador suprimiu um trecho, mas por possuirmos a carta completa, que obtivemos por outras fontes, resolvemos ajudar e completar o parágrafo, para que na mensagem que a presidenta vai receber não haja nenhuma perda de informação. [Nota do editor] ***
por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.
Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isso? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A Geografia da Fome. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o Senador Cristovam Buarque para um café amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.
Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos.
Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No Aerolula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.Só que tem um detalhe: povo educado deixa de ser eleitor de cabresto, e aí é que a porca torce o rabo.
Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isso sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando.
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisando de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta Terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária bandoleira que vocês estão promovendo.
por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.
Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isso? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A Geografia da Fome. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o Senador Cristovam Buarque para um café amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.
A senhora se lembra dos Cieps? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente. Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso.
Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos.
CIEP |
Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.Só que tem um detalhe: povo educado deixa de ser eleitor de cabresto, e aí é que a porca torce o rabo.
Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isso sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando.
Senhora Presidenta, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde, nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso.
Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isso não perco a sensatez.
Deixe o Congresso pensar um pouco mais; afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem-instalados e bem-remunerados, para isso mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é ‘os outros’. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a Presidenta do Brasil, e não a presidenta de um partidinho de aluguel qualquer.
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disso, é claro. Assim mesmo, vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante. Sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.
Estou firmemente convencida de que este novo programa, Brasil Carinhoso, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda terá o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, contentando-se até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao Deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.
Isso não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe em vez de ensinar a pescar – essa foi a escolha de vocês.
A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou essa decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro de carga brasileiro, dou-me o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis.
Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos. Pensem bem! Torraram uma grana preta com o Fome Zero, o Bolsa Escola, o Bolsa Família, o Vale-Gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Essa sangria nos cofres públicos não salvou ninguém, não refrescou nada. Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do Brasil Carinhoso. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara.
Peço a V. Exª, Sr. Presidente, que considere lido todo este documento, que é uma carta que a Srª Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, de Uberlândia, Minas Gerais, escreve à Presidente Dilma Rousseff.
A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários do programa Bolsa Família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício.
Estou firmemente convencida de que este novo programa, Brasil Carinhoso, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda terá o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, contentando-se até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao Deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.
Quem cala consente. Eu não me calo. Aos 74 anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964.
Isso não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe em vez de ensinar a pescar – essa foi a escolha de vocês.
A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou essa decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro de carga brasileiro, dou-me o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis.
Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos. Pensem bem! Torraram uma grana preta com o Fome Zero, o Bolsa Escola, o Bolsa Família, o Vale-Gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Essa sangria nos cofres públicos não salvou ninguém, não refrescou nada. Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do Brasil Carinhoso. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara.
Transparência. Não ofende e não dói.
É uma carta longa, e fiz questão de fazer a sua leitura, porque sei que milhares de brasileiros, independentemente de concordarmos ou de discordarmos dos conceitos emitidos, certamente, milhares de brasileiros gostariam de ter esta oportunidade de fazer com que seus anseios, suas aspirações, seus sonhos e esperanças e também seu desencanto e sua indignação pudessem chegar, um dia, à Presidência deste País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Vai chegar senador. Se depender desse blog, vai chegar.
[Via BBA]
O PT tem algum problema com as Martas...
ResponderExcluirasenhora deve ter muito dinheiro principalmente p falar do pro uni entao seja mulher suficiente e pague para os pobresestudarem .a senhora quiz disser q pobre e probre e rico e rico sua inutiu morra com seu dinheiro
ResponderExcluirDá pra ver que esse "anônimo" deve ser fã das "esmolas" do PT. Acha que é mais fácil do que correr atrás de conseguir recursos com seu próprio esforço e dignidade. Não vê que com essas esmolas ele nunca vai sair do lugar em que está.
ResponderExcluirAnônimo! Quem está "dizendo" que pobre é pobre e rico é rico é o governo, fazendo da esmola um vício, onde a maioria pensa que apenas a esmola já é suficiente e deixa de estudar, trabalhar, economizar,... e põe um filho atrás do outro no mundo. Tem muito pobre que corre atrás e inverte a situação. Parece bem mais digno, não?! (Eu sou uma dessas)
ResponderExcluir(...)apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando. Por que será que o Álvaro Dias suprimiu essa parte da carta em sua fala no Senado?
ResponderExcluirEsse ai é o Verdadeiro Brasil que a população, não consegue enxergar, isso é o que chamamos de Matrix... O governo tenta iludir a população, com esses programas fajutos, e com isso a população se engana mais uma vez...
ResponderExcluirA população não quer esmolas e sim Oportunidades de Igualdades, Já que todos são iguais perante a lei, o que acha Presidente Dilma de fazer valer a lei nesse País?
Esse é o verdadeiro Brasil, que a população não conhece, O governo tenta nos enganar com esses programas fajutos o que chamamos de uma verdadeira Matrix ou seja um mundo tapados por meras ilusões... A população não precisa de Esmolas e sim de Oportunidade, Igualdades para todos, já que perante a lei todos somos iguais o que acha de fazer jus ao que se diz a lei Presidente Dilma?
ResponderExcluirquem vive de seu trabalho honesto ,independente da profissão sabe do que essa d. marta esta dizendo mas quem se beneficia de alguma forma,seja por corrupção até os que se trornaram parasitas devem querer esgoelar d. marta como diz zé ramalho e ooooooo vida de gado povo marcado eu digo povo infeliz
ResponderExcluirO que será que estão pensando as mães , que independente do números de filhos, acordam quando ainda é madrugada, saem de casa enfrentando transportes super lotados para ganhar seu salário honestamente , e quando chegam em casa partem para um ""segundo tempo"" em sua jornada de trabalho , e ver que os impostos que lhe é imposto, estão sendo destinados à pessoas de idênticas situações, mas com uma pequena grande diferença **NÃO TEM A CORAGEM DE ENFRENTAR A VIDA**
ResponderExcluirBao dia Sr,que barbaridade o Pobre não burro como a senhora pensa,e o mundo vai além de seu contra cheque fazer filhos para almentar a renda, que ignorancia, ainda mais vindo de uma professora. O grande problema do Brasil e do sistema capitalista é essas pessoas que so pensam em si mesma, e quando doam alguma coisa a priori ja esperam algo em troca.Ex: "dar aula focada no salario e não na missão que é educar para a vida" A grande massa trabalhadora que produz os produtos de beleza, as comidas e as roupas que a senhora usuflui, ganham me media um salario de 622,00 para cuidar dos filhos,agua, luz, aluguel ,mercado, remedio etc e na maioria das vezes são Mães solteiras. Sou contra o assistencialismo,prefiro ensinar a pescar, porem afirmo que o valor destinado a este programa e ao bolsa familia, é um valor mediocre, e ideal, pois não deixa o sujeito vagabundo nem morto de fome. olha a sua volta e se coloca no lugar das pessoas antes de falar, acredito que se a senhora fosse pobre, tendo por base sua leitura, a Sr iria fazer filhos para almentar suas renda, afinal quando a Sr fala dos outros conheço mais a Sr que os outros.
ResponderExcluirFrancamente essa senhora não conhece sequer a cidade em que vive. Onde há o agropecuária como empresa, há miséria; o agronegócio é excludente e expropiador. Lula foi eleito e reeleito pelos miseráveis deste país. Dilma foi eleita pelos que tiveram a esperança de novos dias reacalentados; sim já estavam sem ânimo. Suas considerações não são de todas desprezíveis, nenhum programa a nível de nação é perfeito, mas gaste seu tempo colaborando com o Brasil Carinhoso; talvez a senhora não veja um Brasil sem miséria, mas certamente seus descendentes já vivem num país melhor.
ResponderExcluirA senhora disse o que milho~es de brasileiros não tem como dizer, educação é tudo, tem muita gente encostando nessa farça. Um brasil melhor precisa de pessoas como a senhora. Parabéns pela coragem. Quem não quer trabalhar, claro que não vai gostar.
ResponderExcluirO exemplo da burrice dos comntários é muita clara, certamente são os que se benificiam com as tais bolsas familias e afins! Vergonhoso. Prabéns Sra Marta!
ResponderExcluirqueria ter a oportunidade que ela teve de falar e ser ouvida nestas grandes verdades a respeito desta corja petista enganadora que assola o pais!!!!!!!!!! parabéns d,. Marta.
ResponderExcluirNão visto camisa de PT, PSDB nem de qualquer outro. Voto no que melhor me parecer. Antigamente tinha mania de me deixar tomar pela voz da oposição e ficar assim, só agredindo, vomitando, pensando que isso era engajamento político e revolução. Falta aí a habilidade sensata de reconhecer os feitos do "inimigo". Cada partido, na sua vez, erra mas também faz progressos que deveriamos reconhecer como observamos as falhas, independente de qual seja tal partido, isso enriquece o processo de politização e nos desvincula de certa maneira de ficarmos presos ao partido A ou B, pois amplia nossa visão. Manobras políticas na atual situação ? Sim. Vergonhosa e Lamentavelmente. Mas foi dado um passo, ainda que cambaleante, na direção da igualdade. Dar tratamento isonômico significa também, tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades.
ResponderExcluirEu discordo de uma coisa. A educação não e o único caminho e sim, faz parte de vários caminhos. Tem muita gente formada com mestrado, doutorado, PHD e é completamente ignorante. Estas pessoas assistem novelas da Globo, vestem filhas pré adolescentes como garotas de programas e ouvem músicas baixo nível (com letras pavorosas, machista) como estas que entupem programas de tv. O que falta no Brasil é cultura. O povo não tem cultura, senso crítico, bom senso. Na sua maioria gosta mesmo é de uma baixaria e de se aproveitar das situações pra levar vantagem. Gosta de ter um QI (Que Indica) para burlar filas e/ou conseguir empregos folgados e depois contar vantagens para os outros que tem "amigos importantes". A maioria do povo, com escolaridade ou nao, não tem educação sequer para jogar lixo na lixeira. Fui no Rio no final de ano e o povo jogava garrafas de vidro(!!!) na praia! A cidade estava toda suja e fedida. Isto é o Brasil. Fui para Minas e para São Paulo, idem. Sou de Curitiba e me escandalizei com tanta bagunça e zoeira. O povo só queria se divertir sem responsabilidade! Isto é a cultura do povo. O que falta ao brasileiro(a) é boa cultura!
ResponderExcluirPara comecar acho que a senhora somente faz parte do grupo de pessoas que privilegiadas por terem se salvado da miseria e da ignorancia que aflige nosso pais desde que o bRasil é Brasil, se sente no direito de julgar aquels que simplesmente nao conseguiram.
ResponderExcluirPorque?
Muitos motivos.
Me lembro de quando viajei e passei seis meses no Canada, nao entendi porque deveria haver ajuda social e as criancas em um pais onde estudar e permitido para todos, nao falta estrutura para que cada um possa desenvolver suas competencias.
Mas um dia, vi um jovem que distribuia comida e meias na saida do metro e perguntei por que ele fazi aquilo no Canada.
Ele me olhou e respondeu com os olhos, boca e coracao.
-Porque alguns nao conseguem.
Eu entendi imediatamente.
Nao importa o quanto temos de escolas e professores bem pagos.
Alguns nao conseguem.
E nos ajudamos.
Nos nao perguntamos daonde eles veem,o que eles fazem, quanto eles ganham. Se els pedem ajuda nos damos.
Sai dali, bem mais consciente da importancia de considerar que alguns sao fracos e frageis.
Nao sao todos oportunistas e espertos.
Nao sao aproveitadores e malandros.
Senhora,
Também fiz politica toda minha juventude, ajudei a fundar o PT, trabalhei todo o tempo com amor e ideologia de uma sociedade mais justa.
O Brasil hoje é melhor que antes.
Viva a sociedade que acredita que o importante é ser solidario.
A senhora paga impostos, a senhora é feliz, muita gente gostaria de pagar impostos.
Entendo a senhora como entendo a minha mae. Funcionaria publicca federal reclama dos que estao nas ruas pedindo dinheiro, atrapalhando o caminho.
Eu agora digo para ela:
Mae alguns nao conseguem.
Fizeram uma pesquisa no Canada.
Na rua tem:
Gente que perdeu a familia muito jovem, gente que perdeu a mulher e os filhos e deu para beber,
Gente que tem problemas mentais,
Gente depressiva,
Gente que consome drogas,
Gente que nao tem ninguém.
Senhora Deus a proteja para que a senhora tenha a forca que a ajudou a chegar até aqui.
Alguns nao consegue.
Um, abraco,
Suzi Costa
Petista ontem, petista hoje.
É muito fácil falar mal de quem expressa suas opiniões de maneira coerente e incisiva, opinião é isso, é dizer sua visão das coisas, cada pessoa tem a sua, simples assim. Para os que não enxergam além do óbvio gostaria de falar que a Professora Martha mantém um projeto de aulas, palestras, leitura e "contação de histórias" para toda a rede publica do município de Uberlândia, atendendo milhares de alunos de várias idades, antes de criticas, de chamar alguém de elitista, rico ou acomodado, de esquerda ou direita, para e pense se você sabe de fato quem é esta pessoa e se você já fez um décimo do que ela faz pelos outros com um altruísmo autentico de quem faz por gosto.
ResponderExcluir