O uso da máscara é associado à diminuição da possibilidade de pessoas infectadas espalharem o novo coronavírus. Mas pesquisa leva a crer que...
O uso da máscara é associado à diminuição da possibilidade de pessoas infectadas espalharem o novo coronavírus. Mas pesquisa leva a crer que a máscara também beneficia diretamente quem a usa.
Só o fato de evitar que a doença se espalhe de maneira geral já deveria ser motivação suficiente para todos aderirem ao uso da máscara. Mesmo assim há resistência até mesmo violenta por parte de muitos indivíduos em usá-la. Principalmente nos EUA, onde, argumentam os médicos, o uso universal de máscaras durante a pandemia deveria ser um dos fundamentos mais importantes no controle da doença, onde as diretrizes não são homogêneas e parte da população continua a resisitir, até mesmo de modo agressivo.
Fonte: BBC
Visto no Brasil Acadêmico
Só o fato de evitar que a doença se espalhe de maneira geral já deveria ser motivação suficiente para todos aderirem ao uso da máscara. Mesmo assim há resistência até mesmo violenta por parte de muitos indivíduos em usá-la. Principalmente nos EUA, onde, argumentam os médicos, o uso universal de máscaras durante a pandemia deveria ser um dos fundamentos mais importantes no controle da doença, onde as diretrizes não são homogêneas e parte da população continua a resisitir, até mesmo de modo agressivo.
Curiosamente, durante a devastadora pandemia de gripe em 1918, os americanos adotaram com sucesso o uso de máscaras em público, mas a resposta às recomendações atuais dos Centros de Controle de Doenças (CDC) tem sido mista.É isso que preconiza um novo estudo, publicado no Journal of General Internal Medicine, sobre o uso de máscaras que, conforme foi levantado, também reduz a carga viral à qual estamos expostos e, se infectados, a manifestação da doença pode ser mais branda ou mesmo assintomática.
A pesquisa realizada nos EUA pelos médicos Monica Gandhi e Eric Goosby, da Universidade da Califórnia, e pelo pesquisador Chris Beyrer, da Universidade Johns Hopkins, examinou vários casos e concluiu que a exposição ao coronavírus sem consequências graves devido ao uso de máscaras pode gerar uma imunidade em toda a comunidade e reduzir a propagação da doença.
Eles compararam dados de várias situações: algumas nas quais os grupos usavam máscaras, outras nas quais eles não usavam. E depois fizeram uma relação entre isso, a carga viral à qual as pessoas foram expostas e as de infecções leves ou assintomáticas.
A infecção assintomática pode ser problemática porque pode ajudar a disseminar o vírus sem que o próprio infectado saiba. Porém, ser assintomático e não gravemente doente acaba sendo benéfico para o indivíduo, segundo os autores.
As máscaras — dependendo do tipo e do material — filtram a maior parte das partículas virais, embora não todas. Há algum tempo acredita-se que a exposição a esse baixo nível de partículas virais provavelmente produz uma doença menos grave.
A conclusão de que os usuários de máscaras são expostos a uma carga viral mais baixa, que resulta em uma infecção mais leve, é apoiada pelo estudo de três importantes acumulações de evidências:
- virológica,
- epidemiológica e
- ecológica.
Resultados de experimentos realizados no passado com humanos expostos a diferentes volumes de vírus não letais demonstraram sintomas mais graves em indivíduos que receberam uma carga viral mais alta.
Com o novo coronavírus, a experimentação não é possível nem ética, mas os testes realizados em hamsters que simulavam o uso de máscaras separando os animais com uma parede divisória feita de máscara cirúrgica, não só mostraram que os hamsters protegidos eram menos propensas à infecção, mas que, quando eram infectados com covid-19, tinham sintomas leves.
Em termos de evidência epidemiológica, os médicos indicam que as altas taxas de mortalidade observadas no início da pandemia parecem estar associadas a intensa exposição a alta carga viral antes da introdução do uso de máscaras. Um caso recente em particular é notável:
Em um navio de cruzeiro na Argentina, todos os passageiros e tripulantes receberam máscaras após a detecção de um surto de covid-19. Nesse ambiente fechado, 128 das 217 pessoas a bordo tiveram resultado positivo para coronavírus. No entanto, a maioria dos infectados (81%) permaneceu assintomática.
Como evidência ecológica, pesquisas indicam que países e regiões que estão acostumados a usar máscaras faciais para controle de infecção, como Japão, Hong Kong, Taiwan, Cingapura, Tailândia e Coréia do Sul, não sofreram tanto em termos da gravidade da doença e mortalidade.
O mesmo aconteceu com os países que aplicaram a máscara com antecedência.Além disso, mesmo quando esses países registraram o ressurgimento dos casos de covid-19 ao retomar a atividade social e econômica, as taxas de mortalidade permaneceram baixas, corroborando a teoria da carga viral, afirmam os autores do estudo.
Fonte: BBC
Visto no Brasil Acadêmico
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