Inside Out 2, Divertida Mente 2, é a continuação da animação da Pixar de 2015 e traz novas emoções, em todos os sentidos, para os fãs da fra...
Inside Out 2, Divertida Mente 2, é a continuação da animação da Pixar de 2015 e traz novas emoções, em todos os sentidos, para os fãs da franquia. Mas quanto de ciência foi, de fato, empregada no filme?
Divertida Mente (Inside Out, 2015) é uma animação vencedora de Oscar e contava a história de Riley, uma garota de 11 anos, e cinco antropomórficas emoções que comandavam seu cérebro – Alegria, Medo, Tristeza, Raiva e Nojinho. As personagens eram simplificações das teorias neurocientíficas sobre como as emoções agem em nossa mente, e se envolviam em diversos conflitos e aventuras durante a narrativa do cotidiano de Riley enquanto se adaptava após ela e sua família mudar de cidade.
Assim, pesquisou muito para determinar se constrangimento – ou vergonha – seria uma emoção:
Embora Divertidamente Mente 2 tenha demorado 9 anos para ser lançada, para Riley se passaram apenas dois. A menina agora está com 13 anos. Como conclusão do filme de 2015 as emoções agora aceitam os sentimentos de Riley e, em troca, receberam um “console expandido” onde piscava lenta e timidamente uma luz vermelha de emergência rotulada de “Adolescência”. Alegria erroneamente subestima aquele alerta: “Provavelmente não é importante!”
Dr. Dacher Keltner, um renomado professor de Berkeley e consultor científico para os filmes “Divertida Mente” da Pixar, ao lado dos psicólogos Paul Ekman e Lisa Damour, tinha o desafio de garantir que a história criativa e inovadora sobre as vozes dentro do cérebro de uma criança reflitisse a neurociência real e factual. Considerando a diversidade do público majoritariamente leigo na ciência da mente.
Há mais de 30 anos, Keltner ministra um curso de emoções humanas em Berkeley. Foi ouvindo uma das gravações de seu curso que Pete Docter, diretor do primeiro Divertida Mente e atual diretor criativo da Pixar, ligou para ele e basicamente disse: “Ei cara, estou pensando em fazer um filme sobre emoções. Venha para cá.”
Keltner trabalhou com a Pixar tendo a difícil tarefa para reduzir 20 emoções para as cinco supracitadas no primeiro filme e adicionar nuances a essas emoções, e introduzir outras novas e mais complexas (Inveja, Vergonha, Tédio e Ansiedade) na sequência, à medida que Riley ingressa na puberdade.
Há mais de 30 anos, Keltner ministra um curso de emoções humanas em Berkeley. Foi ouvindo uma das gravações de seu curso que Pete Docter, diretor do primeiro Divertida Mente e atual diretor criativo da Pixar, ligou para ele e basicamente disse: “Ei cara, estou pensando em fazer um filme sobre emoções. Venha para cá.”
Keltner trabalhou com a Pixar tendo a difícil tarefa para reduzir 20 emoções para as cinco supracitadas no primeiro filme e adicionar nuances a essas emoções, e introduzir outras novas e mais complexas (Inveja, Vergonha, Tédio e Ansiedade) na sequência, à medida que Riley ingressa na puberdade.
Segundo ele, adolescentes se tornam muito autoconscientes e muito interessados nas opiniões de outras pessoas, então essas emoções mais sociais aparecem como ansiedade, inveja e vergonha, nas quais ele, pessoalmente, trabalhou muito.
Assim, pesquisou muito para determinar se constrangimento – ou vergonha – seria uma emoção:
- Ele tem uma expressão facial distinta? ✔Check!
- Ele tem um processo fisiológico distinto? Sim, o rubor😳.
- O que ele faz? Ele nos torna conscientes dos julgamentos de outras pessoas🧐.
- Por que o temos? O constrangimento é uma emoção dentro de um contexto social que protege as normas que mantêm as pessoas em grupos👪.
Funciona assim, caso você viole uma norma social, você cora, e é esse rubor que faz as pessoas te perdoarem. Ele comunica às pessoas que você está ciente das normas sociais, você sabe que cometeu um erro e está arrependido. Embora o constrangimento seja doloroso, é essencial para nossas vidas sociais.
Já a inveja é um sentimento que você tem quando outras pessoas têm coisas que você ambiciona. Seja uma promoção no trabalho, ou um convite para um evento ou apenas a atenção na mesa de almoço, no caso de Riley. Inveja é quando outra pessoa tem algo que você quer e você sente que merece também. Mas Keltner lembra que há um recente estudo saindo da Europa diferenciando um tipo malicioso de inveja — como quando você menospreza o trabalho de alguém ou faça fofoca sobre ele para tentar derrubá-lo — de uma forma mais benigna de inveja, onde a pessoa invejosa trabalha mais para ganhar essa recompensa. Esse tipo de inveja pode ser algo muito bom e algo que produz grandes efeitos. Assim a Inveja no filme não é uma vilã, e foi representada de forma positiva com olhos grandes e brilhantes👀.
A ansiedade, uma das emoções centrais em Divertida Mente 2, foi representada como uma emoção complexa e difícil de retratar, pois, ao contrário do medo, que lida com perigos imediatos, a ansiedade projeta aquilo que pode dar errado no futuro. Para torná-la acessível e fofa para as crianças, a abordagem foi pessoal, reconhecendo que aceitar a emoção ajuda a reduzir seu impacto assustador😰.
Criar um personagem de desenho animado que encarna esses sentimentos ajudou as crianças a se identificarem e os pais a entenderem melhor suas preocupações. A ansiedade tem a função de nos alertar para possíveis ameaças, algumas reais e outras não, sendo um desafio significativo para jovens de 13 anos.
Keltner ainda aposta que o personagem Tédio (Ennui, na versão original, que significa tédio em francês) pode vir a ser o favorito dos pais. Há certas emoções em que os adolescentes são ótimos e que deixam os pais loucos. O revirar de olhos, a atitude, o desprezo total — isso é tédio. Adolescentes são bons nisso e são eles que vão mudar o mundo. O tédio também é útil, porque é quando você se desliga de todo o resto que você pode se envolver na criatividade. O tédio diz quando você deve fazer algo diferente. O tédio ensina o que importa para você 😒.
E o que seria retratado em uma futura animação Divertida Mente 3? Keltner diz que uma Riley de 15 ou 16 anos estaria saindo do seu grupo de colegas e entrando na sociedade, quiçá para fazer algo bom. Ele traria emoções morais como Indignação😠, Admiração😮, Desejo🤤 e Compaixão🤗. Com suas mais de três décadas ensinando mulheres jovens ele diz que elas são muito, muito duras consigo mesmas. Elas são duras com suas vidas emocionais, tipo, “eu não deveria sentir isso” ou “eu sou ruim por me sentir assim”. Para ele isso simplesmente não é verdade. Contanto que você não esteja machucando as pessoas, Dr. Keltner tende a crer que todas as emoções são boas. Esse seria o ponto principal de um futuro Divertida Mente 3.
E o que seria retratado em uma futura animação Divertida Mente 3? Keltner diz que uma Riley de 15 ou 16 anos estaria saindo do seu grupo de colegas e entrando na sociedade, quiçá para fazer algo bom. Ele traria emoções morais como Indignação😠, Admiração😮, Desejo🤤 e Compaixão🤗. Com suas mais de três décadas ensinando mulheres jovens ele diz que elas são muito, muito duras consigo mesmas. Elas são duras com suas vidas emocionais, tipo, “eu não deveria sentir isso” ou “eu sou ruim por me sentir assim”. Para ele isso simplesmente não é verdade. Contanto que você não esteja machucando as pessoas, Dr. Keltner tende a crer que todas as emoções são boas. Esse seria o ponto principal de um futuro Divertida Mente 3.
A experiência de Keltner em emoções como vergonha, inveja e ansiedade fornece informações sobre como esses sentimentos, muitas vezes considerados negativos, desempenham papéis importantes no desenvolvimento social e pessoal. Ele enfatiza que todas as emoções, quando compreendidas e aceitas, podem ser válidas e até mesmo benéficas, uma mensagem central que “Divertida Mente 2” visa transmitir.
Fonte: Brasil Acadêmico, The Wrap, Time
Visto no Brasil Acadêmico
Fonte: Brasil Acadêmico, The Wrap, Time
Visto no Brasil Acadêmico
Adorei o texto.
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