Patrick Awuah apresentou-nos, em 2007, argumentos sobre a relevância de uma educação em ciências humanas para a formação de verdadeiros líde...
Patrick Awuah apresentou-nos, em 2007, argumentos sobre a relevância de uma educação em ciências humanas para a formação de verdadeiros líderes.
Como muitos de vocês aqui presentes, estou buscando contribuir para uma nova vida na África. A questão da transformação na África realmente consiste em uma questão de liderança. A África somente poderá se transformar por meio de líderes esclarecidos. E, na minha opinião, a maneira pela qual formamos nossos líderes é fundamental ao progresso nesse continente.
Gostaria de contar-lhes algumas histórias que explicam meu ponto de vista. Todos ouvimos sobre a importância das histórias ontem. Este ano, uma amiga americana voluntariou-se como enfermeira em Gana. E, num período de três meses, chegou a uma conclusão sobre o estado de liderança na África que eu havia levado mais de uma década para entender.
Em duas ocasiões ela esteve envolvida em cirurgias durante as quais faltou energia elétrica no hospital. Os geradores de emergência não funcionaram – não havia sequer uma lanterna ou vela. Completa escuridão. Nas duas ocasiões, o paciente completamente aberto.
Na primeira vez, foi durante uma cesariana. Felizmente, o bebê havia sido retirado – mãe e criança estavam a salvos.
A segunda vez foi num procedimento que envolvia anestesia local. O anestésico perdera seu efeito e o paciente começou a sentir dor. Ele chorou, gritou e então rezou. Completa escuridão. Nem uma vela, nem uma lanterna. E o hospital poderia ter comprado lanternas. Eles poderiam ter comprado essas coisas, mas não o fizeram. E isso aconteceu em duas ocasiões.
Em outra ocasião, ela presenciou horrorizada enquanto duas enfermeiras assistiam uma paciente morrer porque se recusaram a lhe administrar oxigênio que elas tinham. Assim, três meses mais tarde, um pouco antes de retornar aos EUA, os enfermeiros em Acra entram em greve. E sua recomendação é de aproveitarem a oportunidade para demitir todo mundo e começar tudo de novo. Começar tudo de novo.
Bom, o que isto tem a ver com liderança? Vejam, as falhas do ministério da saúde, dos administradores dos hospitais, dos médicos, dos enfermeiros – eles encontram-se entre apenas 5% dos seus colegas que obtêm uma formação após o ensino secundário.
Bem, minha primeira experiência identificável e memorável com liderança em Gana ocorreu quando eu tinha 16 anos.
Bem, eu tinha 16 anos. Estava muito preocupado sobre o que meus colegas de escola pensariam caso me vissem correndo para cima e para baixo dessa colina. Estava especialmente preocupado com o que as garotas pensariam. Assim comecei a discutir com esses homens. Foi um pouco imprudente, mas, como vocês sabem, eu tinha 16 anos. Tive sorte.
(Risos)
Assim, alguns anos após este evento, consigo uma bolsa de estudos e deixo Gana para ir ao Swarthmore College obter minha formação. Foi um alívio. Vocês sabem, o corpo docente de lá não queria que memorizássemos as informações e as repetíssemos para eles, como era de costume em Gana.
Mas realmente não entendi por completo o que tinha acontecido comigo em Swarthmore. Tinha uma suspeita. Mas eu não me dei completamente conta disso até que ingressei no mercado de trabalho, e fui trabalhar para o Grupo Microsoft. E fazia parte desse time - esse time pensante e aprendiz cujo trabalho era desenvolver e implementar novos softwares que agregassem valor ao mundo. E era incrível fazer parte desse time. Era incrível. Compreendi exatamente o que tinha me ocorrido em Swarthmore, essa transformação – a habilidade de enfrentar problemas, problemas complexos, e desenvolver soluções àqueles problemas. A habilidade de criar é a coisa mais empoderadora que pode acontecer a uma pessoa. E fiz parte daquilo.
E naquele momento em que eu estava passando pelo que chamo de minha fase “pré-crise da meia-idade” a África estava uma bagunça. A Somália se desintegrara numa anarquia.
Bem, fiquei um pouco com medo pois quando vemos aqueles três problemas, eles parecem realmente difíceis de se lidar. E eles podem dizer, veja, nem tente. Mas, para mim, indaguei-me, “Bem, de onde estão surgindo esses líderes? O que acontece em Gana que gera líderes anti-éticos ou incapazes de resolver problemas?” Dessa forma, lancei-me a analisar o que estava acontecendo em nosso sistema educacional. E era o mesmo – aprendizado inconsciente – da escola primária até o doutorado. Muito pouca ênfase em ética. E em média, vocês sabem, o típico graduado de uma universidade em Gana tem um senso mais forte de autoridade do que de responsabilidade. Isso está errado.
Decidi então me dedicar a este problema específico. Porque me parece que toda sociedade, toda sociedade, deve proceder segundo seus propósitos quando treina seus líderes. E Gana não estava prestando a atenção suficiente. E, na realidade, isso é verdade por toda a região da África abaixo do Saara. Assim, isso é o que estou fazendo atualmente. Estou tentando trazer a experiência que vivi em Swarthmore para a África.
Devo admitir que há vezes em que isso parece uma “Missão Impossível”. Mas temos de acreditar que essas crianças são espertas. Que se as envolvermos em suas formações, se as pusermos para discutir os problemas reais que elas enfrentam – que toda nossa sociedade enfrenta – e se lhes fornecermos habilidades que as capacitem a se comprometerem pelo mundo real, essa mágica acontecerá.
Bem, um mês após o início desse projeto, tínhamos apenas começado as aulas. E um mês desde o início, chego ao escritório e encontro o seguinte e-mail de um de nossos alunos, que dizia, muito simplesmente:
Este ano, desafiamos nossos alunos a desenvolverem eles próprios um código de honra. Há um debate muito vigoroso em curso no campus atualmente para definir se eles devem ter um código de honra, e se for o caso, como deveria ser. Um dos alunos levantou uma questão que simplesmente acalentou meu coração. Podemos criar uma sociedade perfeita? Seu entendimento de que um código de honra criado por um estudante constitui um avanço em direção à perfeição é incrível. Bem, não podemos atingir a perfeição. Mas se a buscarmos, então poderemos atingir a excelência. Não sei por fim o que eles farão. Não sei se decidirão ter esse código de honra. Mas as conversas que estão travando agora – sobre como a boa sociedade deles deve ser, a que a excelente sociedade deles deve se parecer – é algo realmente bom.
Ultrapassei o tempo? OK. Bem, quero somente deixar aquele “slide” exposto porque é importante que pensemos sobre ele. Estou muito entusiasmado com o fato de que cada aluno da Universidade de Ashesi desenvolve serviços à comunidade antes de se graduarem. Isso para muitos deles tem representado uma experiência de vida transformadora. Esses jovens futuros líderes estão começando a entender o conceito verdadeiro de liderança. O privilégio verdadeiro da liderança, que é, afinal, o de servir a humanidade.
E isso me dá muita esperança. Ocorre que a África Ocidental corporativa também aprecia o que está acontecendo com nossos estudantes. Graduamos duas turmas de estudantes até o momento. E cada um deles foi colocado no mercado de trabalho. E estamos obtendo ótimas respostas do mundo corporativo de Gana, da África Ocidental corporativa. E o que mais os impressiona é a ética de trabalho. Ou seja, a paixão pelo que eles estão fazendo. A persistência, a habilidade deles de lidar com ambiguidade, a habilidade de encarar os problemas que não tinham enfrentado antes. Isso é bom pois, como vocês sabem, nos últimos cinco anos, houve momentos em que senti que essa era uma “Missão Impossível”.
E tem sido simplesmente maravilhoso ver, de certo modo, esses sinais da promessa do que pode acontecer se treinarmos nossas crianças corretamente. Acho que os líderes atuais e futuros da África têm uma oportunidade incrível de propiciar um grande renascimento ao continente. É uma oportunidade incrível. Não existem muitas outras oportunidades como esta no mundo.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico
Como muitos de vocês aqui presentes, estou buscando contribuir para uma nova vida na África. A questão da transformação na África realmente consiste em uma questão de liderança. A África somente poderá se transformar por meio de líderes esclarecidos. E, na minha opinião, a maneira pela qual formamos nossos líderes é fundamental ao progresso nesse continente.
Gostaria de contar-lhes algumas histórias que explicam meu ponto de vista. Todos ouvimos sobre a importância das histórias ontem. Este ano, uma amiga americana voluntariou-se como enfermeira em Gana. E, num período de três meses, chegou a uma conclusão sobre o estado de liderança na África que eu havia levado mais de uma década para entender.
Em duas ocasiões ela esteve envolvida em cirurgias durante as quais faltou energia elétrica no hospital. Os geradores de emergência não funcionaram – não havia sequer uma lanterna ou vela. Completa escuridão. Nas duas ocasiões, o paciente completamente aberto.
Na primeira vez, foi durante uma cesariana. Felizmente, o bebê havia sido retirado – mãe e criança estavam a salvos.
A segunda vez foi num procedimento que envolvia anestesia local. O anestésico perdera seu efeito e o paciente começou a sentir dor. Ele chorou, gritou e então rezou. Completa escuridão. Nem uma vela, nem uma lanterna. E o hospital poderia ter comprado lanternas. Eles poderiam ter comprado essas coisas, mas não o fizeram. E isso aconteceu em duas ocasiões.
Em outra ocasião, ela presenciou horrorizada enquanto duas enfermeiras assistiam uma paciente morrer porque se recusaram a lhe administrar oxigênio que elas tinham. Assim, três meses mais tarde, um pouco antes de retornar aos EUA, os enfermeiros em Acra entram em greve. E sua recomendação é de aproveitarem a oportunidade para demitir todo mundo e começar tudo de novo. Começar tudo de novo.
Bom, o que isto tem a ver com liderança? Vejam, as falhas do ministério da saúde, dos administradores dos hospitais, dos médicos, dos enfermeiros – eles encontram-se entre apenas 5% dos seus colegas que obtêm uma formação após o ensino secundário.
Eles são a elite. Eles são nossos líderes. Suas decisões, suas ações importam. E quando eles falham, uma nação, literalmente, sofre.Assim, quando falo sobre liderança, não estou tratando simplesmente de líderes políticos. Já ouvimos muito sobre isso. Estou falando da elite. Aqueles que foram treinados. Cujo trabalho é de ser os guardiães da sua sociedade. Os advogados, os juízes, os policiais, os médicos, os engenheiros, os servidores públicos – esses são os líderes. E precisamos treiná-los corretamente.
Bem, minha primeira experiência identificável e memorável com liderança em Gana ocorreu quando eu tinha 16 anos.
Tínhamos acabo de sofrer um golpe militar, e os soldados haviam penetrado em nossa sociedade. Eles eram uma presença por todas as partes.Um dia, vou ao aeroporto para encontrar meu pai e, na medida em que estou subindo por um gramado a partir do estacionamento em direção ao terminal, sou detido por dois soldados carregando armas de ataque do tipo AK-47. E eles me pedem para me juntar a um grupo de pessoas que estavam subindo e descendo por este terreno. Por quê? Porque o caminho que havia tomado era considerado fora dos limites. Não havia qualquer sinalização nesse sentido.
Bem, eu tinha 16 anos. Estava muito preocupado sobre o que meus colegas de escola pensariam caso me vissem correndo para cima e para baixo dessa colina. Estava especialmente preocupado com o que as garotas pensariam. Assim comecei a discutir com esses homens. Foi um pouco imprudente, mas, como vocês sabem, eu tinha 16 anos. Tive sorte.
Um piloto da Ghana Airways é envolvido na mesma situação desagradável. Mas devido ao seu uniforme, eles o tratam de maneira diferente, e lhe explicam estarem somente seguindo ordens.Ele então toma o rádio deles, fala com o superior, e consegue nos liberar a todos. Que lição vocês tirariam de uma experiência desse tipo? Algumas, para mim. Liderança é importante. Aqueles homens estavam seguindo as ordens de um oficial superior. Aprendi algo sobre coragem. Foi importante não olhar para aquelas armas. E também aprendi que pensar em garotas pode ajudar.
(Risos)
Assim, alguns anos após este evento, consigo uma bolsa de estudos e deixo Gana para ir ao Swarthmore College obter minha formação. Foi um alívio. Vocês sabem, o corpo docente de lá não queria que memorizássemos as informações e as repetíssemos para eles, como era de costume em Gana.
Eles queriam que pensássemos de maneira crítica. Queriam que fôssemos analíticos. Queriam que nos preocupássemos com questões sociais.Em minhas aulas de economia, obtive notas altas devido ao meu conhecimento dos princípios básicos de economia. Mas aprendi algo mais profundo do que isso, ou seja, que os líderes – os gestores da economia de Gana – estavam tomando, surpreendentemente, más decisões que haviam levado nossa economia à beira de um colapso. E assim, aqui está essa lição novamente – liderança é importante. Significa muito.
Mas realmente não entendi por completo o que tinha acontecido comigo em Swarthmore. Tinha uma suspeita. Mas eu não me dei completamente conta disso até que ingressei no mercado de trabalho, e fui trabalhar para o Grupo Microsoft. E fazia parte desse time - esse time pensante e aprendiz cujo trabalho era desenvolver e implementar novos softwares que agregassem valor ao mundo. E era incrível fazer parte desse time. Era incrível. Compreendi exatamente o que tinha me ocorrido em Swarthmore, essa transformação – a habilidade de enfrentar problemas, problemas complexos, e desenvolver soluções àqueles problemas. A habilidade de criar é a coisa mais empoderadora que pode acontecer a uma pessoa. E fiz parte daquilo.
Bem, enquanto estava na Microsoft, as receitas anuais da empresa cresceram mais do que o PIB da República de Gana. E, a propósito, continua sendo assim. E a diferença cresceu desde que saí.Bom, já discorri sobre uma das razões porque isso ocorreu. Ou seja, é o povo de lá que trabalha duro e é persistente, criativo e empoderado. Mas houve também alguns fatores externos: mercados livres, o sistema jurídico, infraestrutura. Essas coisas foram fornecidas por instituições dirigidas por pessoas que classifico como líderes. E aqueles líderes não surgiram espontaneamente. Alguém os treinou para realizar o trabalho que fazem. Bem, enquanto estava na Microsoft, algo engraçado aconteceu, eu me tornei pai. E pela primeira vez, a África se tornou mais importante para mim do que jamais antes. Porque me dei conta que o estado do continente africano significaria muito para meus filhos e os filhos deles. Que o estado do mundo – o estado do mundo depende do que está acontecendo na África, no que dissesse respeito aos meus filhos.
E naquele momento em que eu estava passando pelo que chamo de minha fase “pré-crise da meia-idade” a África estava uma bagunça. A Somália se desintegrara numa anarquia.
Ruanda estava vivenciando as dores dessa guerra genocida. E me parecia que aquele era o caminho errado, e que eu precisava voltar para ajudar.Eu não podia simplesmente ficar em Seattle e criar meus filhos num bairro de classe média-alta, e me sentir bem com isso. Esse não era o mundo no qual queria que minhas crianças crescessem. Decidi então engajar-me e o primeiro passo que tomei foi retornar a Gana, conversar com muitas pessoas e realmente tentar entender quais eram os verdadeiros problemas. E três coisas surgiam de forma recorrente para cada problema: corrupção, instituições fracas e as pessoas que as governavam – os líderes.
Bem, fiquei um pouco com medo pois quando vemos aqueles três problemas, eles parecem realmente difíceis de se lidar. E eles podem dizer, veja, nem tente. Mas, para mim, indaguei-me, “Bem, de onde estão surgindo esses líderes? O que acontece em Gana que gera líderes anti-éticos ou incapazes de resolver problemas?” Dessa forma, lancei-me a analisar o que estava acontecendo em nosso sistema educacional. E era o mesmo – aprendizado inconsciente – da escola primária até o doutorado. Muito pouca ênfase em ética. E em média, vocês sabem, o típico graduado de uma universidade em Gana tem um senso mais forte de autoridade do que de responsabilidade. Isso está errado.
Decidi então me dedicar a este problema específico. Porque me parece que toda sociedade, toda sociedade, deve proceder segundo seus propósitos quando treina seus líderes. E Gana não estava prestando a atenção suficiente. E, na realidade, isso é verdade por toda a região da África abaixo do Saara. Assim, isso é o que estou fazendo atualmente. Estou tentando trazer a experiência que vivi em Swarthmore para a África.
Gostaria que existisse uma faculdade de ciências humanas em cada país da África. Acho que faria uma grande diferença.E o que a Universidade de Ashesi está tentando fazer é treinar uma nova geração de líderes éticos e empreendedores. Estamos tentando treinar líderes com integridade excepcional, que tenham a habilidade de enfrentar problemas específicos, fazer as perguntas certas, e surgir com soluções plausíveis.
Devo admitir que há vezes em que isso parece uma “Missão Impossível”. Mas temos de acreditar que essas crianças são espertas. Que se as envolvermos em suas formações, se as pusermos para discutir os problemas reais que elas enfrentam – que toda nossa sociedade enfrenta – e se lhes fornecermos habilidades que as capacitem a se comprometerem pelo mundo real, essa mágica acontecerá.
Bem, um mês após o início desse projeto, tínhamos apenas começado as aulas. E um mês desde o início, chego ao escritório e encontro o seguinte e-mail de um de nossos alunos, que dizia, muito simplesmente:
“Agora estou pensando”.E ele assina, “Obrigado”. É uma afirmação realmente simples. Mas que me emocionou a ponto de quase chorar pois eu entendi o que estava acontecendo com esse jovem. E é algo incrível poder fazer parte do processo de empoderamento de alguém dessa forma. Agora estou pensando.
Este ano, desafiamos nossos alunos a desenvolverem eles próprios um código de honra. Há um debate muito vigoroso em curso no campus atualmente para definir se eles devem ter um código de honra, e se for o caso, como deveria ser. Um dos alunos levantou uma questão que simplesmente acalentou meu coração. Podemos criar uma sociedade perfeita? Seu entendimento de que um código de honra criado por um estudante constitui um avanço em direção à perfeição é incrível. Bem, não podemos atingir a perfeição. Mas se a buscarmos, então poderemos atingir a excelência. Não sei por fim o que eles farão. Não sei se decidirão ter esse código de honra. Mas as conversas que estão travando agora – sobre como a boa sociedade deles deve ser, a que a excelente sociedade deles deve se parecer – é algo realmente bom.
Ultrapassei o tempo? OK. Bem, quero somente deixar aquele “slide” exposto porque é importante que pensemos sobre ele. Estou muito entusiasmado com o fato de que cada aluno da Universidade de Ashesi desenvolve serviços à comunidade antes de se graduarem. Isso para muitos deles tem representado uma experiência de vida transformadora. Esses jovens futuros líderes estão começando a entender o conceito verdadeiro de liderança. O privilégio verdadeiro da liderança, que é, afinal, o de servir a humanidade.
Estou ainda mais entusiasmado pelo fato de que no ano passado nosso corpo estudantil elegeu uma mulher para ser a chefe do Conselho Estudantil.É a primeira vez na história de Gana que uma mulher foi eleita chefe do Conselho Estudantil em qualquer universidade. Isso diz muito sobre ela. Diz muito sobre a cultura que está se formando no campus. Diz muito sobre seus colegas que a elegeram. Ela venceu com 75% de votos.
E isso me dá muita esperança. Ocorre que a África Ocidental corporativa também aprecia o que está acontecendo com nossos estudantes. Graduamos duas turmas de estudantes até o momento. E cada um deles foi colocado no mercado de trabalho. E estamos obtendo ótimas respostas do mundo corporativo de Gana, da África Ocidental corporativa. E o que mais os impressiona é a ética de trabalho. Ou seja, a paixão pelo que eles estão fazendo. A persistência, a habilidade deles de lidar com ambiguidade, a habilidade de encarar os problemas que não tinham enfrentado antes. Isso é bom pois, como vocês sabem, nos últimos cinco anos, houve momentos em que senti que essa era uma “Missão Impossível”.
E tem sido simplesmente maravilhoso ver, de certo modo, esses sinais da promessa do que pode acontecer se treinarmos nossas crianças corretamente. Acho que os líderes atuais e futuros da África têm uma oportunidade incrível de propiciar um grande renascimento ao continente. É uma oportunidade incrível. Não existem muitas outras oportunidades como esta no mundo.
Acredito que a África chegou num ponto de inflexão com uma marcha de democracia e mercados livres por todo o continente.Chegamos num momento do qual se pode emergir uma grande sociedade a partir de uma geração. Isso dependerá de liderança inspirada. E é minha opinião que a maneira pela qual treinamos nossos líderes fará a diferença. Obrigado e Deus os abençoe.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico
Comentários