Designer usa aprendizagem de máquina para recriar a aparência de todos os imperadores da antiga Roma com fotorrealismo.
Designer usa aprendizagem de máquina para recriar a aparência de todos os imperadores da antiga Roma com fotorrealismo.
Não temos fotografias impressas e nem selfies em algum pen drive dos 54 imperadores romanos, embora sejam importantes personagens históricos que deixaram suas imagens estampadas em moedas, pinturas e modeladas em estátuas feitas por artistas habilidosos mas que podem ter carregado nas cores na licença artística.
Pois o designer Daniel Voshart, um especialista em Realidade Virtual na indústria cinematográfica, por estar meio ocioso devido à pandemia de Covid-19 resolveu lançar mão de seu antigo hobby, pintura digital de estátuas antigas, e usar uma técnica moderna de geração de imagens denominada GAN (rede adversarial generativa) do serviço online ArtBreeder para combinar fotos de estátuas antigas e outras imagens e tentar reconstituir de forma realista uma imagem da face de cada imperador romano de 27 a.C. a 285 d.C. de uma maneira que você poderia apostar ser alguém que poderia estar passando na sua rua.
Além de imagens de estátuas, moedas e pinturas antigas que ele editava para alimentar o sistema, Voshart também incluía informações sobre a aparência dos imperadores para aprimorar o resultado e até inseria fotos de celebridades para conferir maior realismo (eu não sei vocês e não li em nenhum lugar, mas os olhos do imperador Claudius tem um quê de Mel Gibson).
Voshart diz que seu objetivo não era simplesmente copiar as estátuas em carne e osso, mas criar retratos que parecessem convincentes por si só, cada um dos quais leva um dia para ser desenhado.
Por exemplo, o Imperador Augusto possui algumas das características de Daniel Craig e, para criar um retrato de Maximinus Frax, o autor usou a imagem do lutador André, o Gigante. A razão para isso, explica Voshart, é que se acredita que Thrax teve um distúrbio da glândula pituitária na juventude, o que lhe deu uma mandíbula de lanterna e uma estrutura montanhosa. André, o Gigante (nome verdadeiro André René Roussimoff) foi diagnosticado com o mesmo transtorno, então Voshart quis usar as características do lutador para engrossar a mandíbula e a testa de Thrax. O processo, como ele o descreve, é quase alquímico, contando com uma cuidadosa mistura de insumos para criar o produto acabado.
Ele espera ganhar dinheiro com a série por isso o artista também comercializa impressos em alta resolução. Voshart disse ao The Verge que ele havia feito originalmente 300 pôsteres em seu primeiro lote, esperando que vendessem em um ano. Mas ele previu mal, eles se esgotaram em três semanas, espalhando seu trabalho por toda parte desde então.
Voshart observa que, no caso de Severo, ele é o único imperador romano para o qual temos uma pintura contemporânea sobrevivente, o Severan Tondo, que ele diz ter influenciado os tons de pele mais escuros que usou em sua representação.
E por falar em história, um dado curioso que podemos notar nesse poster é a quantidade desses políticos da antiguidade que eram assassinados ou se suicidavam. Dos 54, Apenas 36 morreram de forma violenta. Era mais fácil um imperador romano ser assassinado do que um governador do Rio ser preso.😁 Realmente uma ocupação de alto risco. Para se ter uma ideia, só no ano de 238 d.C. foram seis imperadores reconhecidos sucessivamente, e você pode ver o rosto deles no poster. E todos foram vítimas de homicídio.
Para maiores informações acesse.
Fonte: The Verge, Site de Daniel Voshart
[Visto no Brasil Acadêmico
Não temos fotografias impressas e nem selfies em algum pen drive dos 54 imperadores romanos, embora sejam importantes personagens históricos que deixaram suas imagens estampadas em moedas, pinturas e modeladas em estátuas feitas por artistas habilidosos mas que podem ter carregado nas cores na licença artística.
Otho |
Além de imagens de estátuas, moedas e pinturas antigas que ele editava para alimentar o sistema, Voshart também incluía informações sobre a aparência dos imperadores para aprimorar o resultado e até inseria fotos de celebridades para conferir maior realismo (eu não sei vocês e não li em nenhum lugar, mas os olhos do imperador Claudius tem um quê de Mel Gibson).
Most dramatic change is Macrinus. I had previously referenced an old bust image found on Getty images.— Dan Voshart 𓀡 𓀒 𓀓 𓀢 (@dvoshart) August 21, 2020
That bust doesn’t seem to be associated with Macrinus anymore. The narrow nose and bald head were inconsistent with coinage. Whitewashing? Now weighted heavily to bronze bust. pic.twitter.com/tKVXLOSsKW
A mudança mais dramática é Macrinus. Eu já havia mencionado anteriormente uma antiga imagem do busto encontrada nas imagens da Getty.
Esse busto não parece mais estar associado ao Macrinus. O nariz estreito e a cabeça calva eram inconsistentes com a cunhagem. Whitewashing? Agora pesando muito com o busto de bronze.
Voshart diz que seu objetivo não era simplesmente copiar as estátuas em carne e osso, mas criar retratos que parecessem convincentes por si só, cada um dos quais leva um dia para ser desenhado.
“O que estou fazendo é uma interpretação artística de uma interpretação artística.”
Por exemplo, o Imperador Augusto possui algumas das características de Daniel Craig e, para criar um retrato de Maximinus Frax, o autor usou a imagem do lutador André, o Gigante. A razão para isso, explica Voshart, é que se acredita que Thrax teve um distúrbio da glândula pituitária na juventude, o que lhe deu uma mandíbula de lanterna e uma estrutura montanhosa. André, o Gigante (nome verdadeiro André René Roussimoff) foi diagnosticado com o mesmo transtorno, então Voshart quis usar as características do lutador para engrossar a mandíbula e a testa de Thrax. O processo, como ele o descreve, é quase alquímico, contando com uma cuidadosa mistura de insumos para criar o produto acabado.
Claudius |
“Eu sabia que a história romana era popular e havia um público cativo, mas ainda assim foi um pouco surpreendente ver que foi colhida da maneira que foi.”Voshart teve ajuda até de professores de história e PhDs que sugeriam alguma característica da aparência dos imperadores retratados. Selecionar o tom de pele é uma área onde há muita disputa, diz ele, particularmente com imperadores como Sétimo Severo, que se pensava ter tido ancestrais fenícios ou talvez berberes.
Daniel Voshart. Designer
Voshart observa que, no caso de Severo, ele é o único imperador romano para o qual temos uma pintura contemporânea sobrevivente, o Severan Tondo, que ele diz ter influenciado os tons de pele mais escuros que usou em sua representação.
“A pintura é assim, quer dizer, depende de para quem você pergunta, mas eu vejo um norte-africano de pele escura. Estou introduzindo meu próprio tipo de preconceito de rostos que sabia ou encontrei. Mas foi isso que li. ”
E por falar em história, um dado curioso que podemos notar nesse poster é a quantidade desses políticos da antiguidade que eram assassinados ou se suicidavam. Dos 54, Apenas 36 morreram de forma violenta. Era mais fácil um imperador romano ser assassinado do que um governador do Rio ser preso.😁 Realmente uma ocupação de alto risco. Para se ter uma ideia, só no ano de 238 d.C. foram seis imperadores reconhecidos sucessivamente, e você pode ver o rosto deles no poster. E todos foram vítimas de homicídio.
Para maiores informações acesse.
Fonte: The Verge, Site de Daniel Voshart
[Visto no Brasil Acadêmico
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