Microsoft fez uma experiência de reduzir a semana de trabalho de para 4 dias no Japão, país famosos pelo excesso de trabalho, e obteve um in...
Microsoft fez uma experiência de reduzir a semana de trabalho de para 4 dias no Japão, país famosos pelo excesso de trabalho, e obteve um incremento de quase 40% na produtividade.
Um bom argumento para os que sonha com a redução da jornada de trabalho. Após testar o modelo de quatro dias úteis por semana em um país onde fazer horas extras e trabalhar até 80 horas por semana é comum, a Microsoft do Japão aprovou o experimento. Reportando ainda que o faturamento por funcionário aumentou em 39,9% e que algumas despesas fixas sofreram redução: a conta de luz diminuiu em 23% e o papel para impressão em 59% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
A iniciativa faz parte do programa Work Life Choice Challenge 2019 Summer (“Desafio de Escolha Vida-Trabalho do Verão de 2019”), que tem como objetivo ajudar os colaboradores a encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e, assim, estimular a criatividade e a produtividade.
Para encurtar a jornada de trabalho, o tempo máximo reservado para as reuniões foi estabelecido em 30 minutos. Foi incentivado o uso de ferramentas de comunicação online e conversas informais no lugar de reuniões formais. Entre os empregados que responderam a uma pesquisa sobre o programa, 92% se disseram satisfeitos com a jornada semanal de quatro dias, de acordo com o relatório que a afiliada japonesa da gigante de software publicou em seu website em 31 de outubro.
O vice-presidente sênior da Unidade de Negócios em Nuvem e Soluções e Diretor de Promoção da Reforma do Estilo de Trabalho, Satoshi Teshima, explicou os antecedentes por trás da implementação do programa da seguinte maneira:
Sobre a transformação que permitiu um final de semana de três dias, Teshima Acrescentou:
A empresa, agora, pretende repetir o teste em outras épocas do ano. Mas houve quase 10% de funcionários que não gostaram. Com destaque para comentários como o da equipe de vendas:
A iniciativa tem um significado especial no Japão, país que sofre com problemas derivados do excesso de trabalho, segundo a CNN. A questão é tão urgente que existe até mesmo um termo para morte por excesso de trabalho: karoshi. O karoshi chamou a atenção internacional em 2015, quando um empregado da gigante de publicidade Dentsu se suicidou no dia de Natal. Segundo o Conselho Nacional de Defesa para Vítimas de Karoshi, o número de mortes por esse fenômeno pode chegar a 10 mil por ano no Japão.
Em sua reforma trabalhista, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe introduziu um teto às horas extras e aumentou a renda de trabalhadores temporários e part-time como medidas de sua reforma trabalhista.
Experiências como essa já foram realizadas em outros países, com resultados similares ao da MS Japan, e a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório em 2018 que mostra que expedientes mais curtos geralmente resultam em um aumento na produtividade.
Fonte: Gazeta do Povo, Exame, My Navi, Época Negócios, Gizmodo
[Visto no Brasil Acadêmico]
Um bom argumento para os que sonha com a redução da jornada de trabalho. Após testar o modelo de quatro dias úteis por semana em um país onde fazer horas extras e trabalhar até 80 horas por semana é comum, a Microsoft do Japão aprovou o experimento. Reportando ainda que o faturamento por funcionário aumentou em 39,9% e que algumas despesas fixas sofreram redução: a conta de luz diminuiu em 23% e o papel para impressão em 59% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os 2.280 funcionários da empresa daquele país, durante todo o mês de agosto, foram dispensados de trabalhar às sextas-feiras.
Satoshi Teshima |
Para encurtar a jornada de trabalho, o tempo máximo reservado para as reuniões foi estabelecido em 30 minutos. Foi incentivado o uso de ferramentas de comunicação online e conversas informais no lugar de reuniões formais. Entre os empregados que responderam a uma pesquisa sobre o programa, 92% se disseram satisfeitos com a jornada semanal de quatro dias, de acordo com o relatório que a afiliada japonesa da gigante de software publicou em seu website em 31 de outubro.
O vice-presidente sênior da Unidade de Negócios em Nuvem e Soluções e Diretor de Promoção da Reforma do Estilo de Trabalho, Satoshi Teshima, explicou os antecedentes por trás da implementação do programa da seguinte maneira:
“Os esforços nos últimos 10 anos tornaram possível digitalizar o trabalho, reduzir o horário de trabalho e criar um ambiente em que as pessoas possam trabalhar a qualquer hora e em qualquer lugar. Tornou-se claro que ainda havia algo a ser feito, e a colaboração entre trabalho e recursos humanos não pôde ser visualizada. Em "Work Life Choice Challenge 2019 Summer", Decidi trabalhar novas tecnologias como IA e nuvem na solução desses problemas”.
Sobre a transformação que permitiu um final de semana de três dias, Teshima Acrescentou:
“Foi uma grande decisão reduzir o número de dias úteis em um dia, mas o mais importante foi a satisfação dos funcionários. Foi uma boa decisão como gerente”.
A empresa, agora, pretende repetir o teste em outras épocas do ano. Mas houve quase 10% de funcionários que não gostaram. Com destaque para comentários como o da equipe de vendas:
"É bom descansar mesmo que o cliente não esteja descansando?"
Experiências como essa já foram realizadas em outros países, com resultados similares ao da MS Japan, e a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório em 2018 que mostra que expedientes mais curtos geralmente resultam em um aumento na produtividade.
Esse é apenas mais um recente exemplo de um movimento global que experimenta a semana de trabalho de quatro dias, ao mesmo tempo que a tecnologia oferece mais flexibilidade.
Nos EUA, a rede de hamburguerias Shake Shack informou que está testando a ideia. No Reino Unido, a semana de quatro dias foi apoiada por alguns dos maiores sindicatos e a Comissão do Trabalho debateu a questão e definiu que inserir um teto na semana de trabalho seria irrealista.
Na Nova Zelândia, a empresa de investimentos Perpetual Guardian introduziu, por um período de oito semanas, a semana de 30 horas de trabalho com salário equivalente a 37,5 horas. Observou que a produtividade foi mantida, os níveis de estresse dos funcionários reduziram e o engajamento aumentou, a empresa implementou a prática com base voluntária.
Mais algumas outras pequenas empresas que testaram a ideia relataram benefícios, desde um equilíbrio maior entre trabalho e vida pessoal e maior produtividade. Elas afirmaram também que isso, contudo, pode levar os empregados a empurrar os limites, o que resultaria em maior pressão no trabalho.
Alguns observadores alertaram também sobre a redução de salário, riscos para a competitividade e avaliaram que é melhor reduzir a carga horária ao inserir na legislação um teto de dias de trabalho.
Fonte: Gazeta do Povo, Exame, My Navi, Época Negócios, Gizmodo
[Visto no Brasil Acadêmico]
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