Chamados de "nanodrops", o colírio já se mostrou promissor em testes "ex vivo".
Chamados de "nanodrops", o colírio já se mostrou promissor em testes "ex vivo".
As técnicas de ceratectomia fotorrefrativa (cirurgias de correção ocular a laser) mais conhecidas são a PRK e a LASIK, sendo essa última a preferida pelos pacientes devido a rápida recuperação e com menos dor no pós-operatório, conforme artigo (FORSETO et al., 2000).
Eu me submeti à PRK alguns anos atrás pois essa era considerada a técnica mais segura, e mais recomendada no meu caso, uma vez que o laser retiraria menos camadas do olho para esculpir a córnea na hora de realizar a correção da miopia. Um pouco mais demorada para a visão ficar perfeita, um pouco mais dolorida (problema plenamente contornável com o uso de analgésicos comuns) e muito eficaz.
Pois essas técnicas precisas e eficazes (e suas variantes) podem estar com os dias contados devido ao emprego da nanotecnologia na formulação de um colírio e uma nova forma de empregar o laser na correção da miopia que permitiria realizar o procedimento em casa com o auxílio de um aplicativo de celular de modo rápido, indolor, além de baixa probabilidade de erros (#cuméquié?). [Veja trecho de vídeo (em inglês) ##film##]
Uma tecnologia revolucionária e de ponta, desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Nanotecnologia e Materiais Avançados (BINA) da Universidade Bar-Ilan, em Israel, tem o potencial de fornecer uma nova alternativa para óculos, lentes de contato e correção a laser para erros de refração da córnea. Conhecida como Nano-Drops, a técnica foi desenvolvida pelo Dr. David Smadja (Oftalmologista do Shaare Zedek Medical Center e Research Associate at BINA) , Prof. Zeev Zalevsky, físico especialista em optoeletrônica da Faculdade Kofkin de Engenharia, do Bar-Ilan, e Prof. Jean-Paul Moshe Lellouche, Chefe do Departamento de Química do Bar-Ilan. Uma patente relacionada a esta nova invenção foi recentemente apresentada pela Birad - Research & Development Company Ltd., a empresa comercializadora da Universidade Bar-Ilan. A Birad está trabalhando intensamente para comercializar a nova tecnologia.
A origem do laser usado não seria a mesma das cirurgias atuais. Ao invés disso, seria usado um pequeno dispositivo de laser que pode se conectar a um smartphone e talhar um padrão óptico apenas na camada mais externa da córnea, chamada de epitélio, através de inúmeros pulsos adjacentes de uma maneira muito rápida e sem dor. Pequenos pontos corneanos criados pelo laser permitem que nanopartículas sintéticas e biocompatíveis de um colírio especialmente desenvolvido fixem o procedimento durante algum tempo.
O professor Zeev Zalevsky em entrevista ao Gizmodo Brasil, explica que a invenção possui três partes: um software personalizado, onde o paciente colocaria sua receita médica com informações do problema de visão; um pequeno projetor de laser, que faria a leitura dessas informações e aplicaria a correção no olho do paciente e, por fim, o colírio com nanopartículas especiais que fixaria o procedimento durante algum tempo.
Zalevsky diz que uma cirurgia tradicional remove muitas camadas da córnea e, assim, ela fica mais plana para que as luzes se formem exatamente sobre a retina. O novo método, por sua vez, faz a mesma coisa, porém apenas na camada mais externa da córnea.
Ainda em fase experimental, de acordo com a apresentação em um congresso em Lisboa, no ano passado, a substância foi testada em 10 porcos. O colírio utiliza nanopartículas hipereflectivas encapsuladas de 0,58 nanômetros - Um nanômetro corresponde a 1 milionésimo de milímetro - de diâmetro que são colocadas sobre as camadas mais superficiais da córnea, conseguindo modificar seu estado refracional (o grau). A equipe da pesquisa conseguiu mudar até 2 graus de miopia e de hipermetropia nos olhos de porcos.
Fonte: J-Wire, Gizmodo, Scielo, R7, ESCRS Lisbon 2017
[Visto no Brasil Acadêmico]
As técnicas de ceratectomia fotorrefrativa (cirurgias de correção ocular a laser) mais conhecidas são a PRK e a LASIK, sendo essa última a preferida pelos pacientes devido a rápida recuperação e com menos dor no pós-operatório, conforme artigo (FORSETO et al., 2000).
Eu me submeti à PRK alguns anos atrás pois essa era considerada a técnica mais segura, e mais recomendada no meu caso, uma vez que o laser retiraria menos camadas do olho para esculpir a córnea na hora de realizar a correção da miopia. Um pouco mais demorada para a visão ficar perfeita, um pouco mais dolorida (problema plenamente contornável com o uso de analgésicos comuns) e muito eficaz.
Pois essas técnicas precisas e eficazes (e suas variantes) podem estar com os dias contados devido ao emprego da nanotecnologia na formulação de um colírio e uma nova forma de empregar o laser na correção da miopia que permitiria realizar o procedimento em casa com o auxílio de um aplicativo de celular de modo rápido, indolor, além de baixa probabilidade de erros (#cuméquié?). [Veja trecho de vídeo (em inglês) ##film##]
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Uma tecnologia revolucionária e de ponta, desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Nanotecnologia e Materiais Avançados (BINA) da Universidade Bar-Ilan, em Israel, tem o potencial de fornecer uma nova alternativa para óculos, lentes de contato e correção a laser para erros de refração da córnea. Conhecida como Nano-Drops, a técnica foi desenvolvida pelo Dr. David Smadja (Oftalmologista do Shaare Zedek Medical Center e Research Associate at BINA) , Prof. Zeev Zalevsky, físico especialista em optoeletrônica da Faculdade Kofkin de Engenharia, do Bar-Ilan, e Prof. Jean-Paul Moshe Lellouche, Chefe do Departamento de Química do Bar-Ilan. Uma patente relacionada a esta nova invenção foi recentemente apresentada pela Birad - Research & Development Company Ltd., a empresa comercializadora da Universidade Bar-Ilan. A Birad está trabalhando intensamente para comercializar a nova tecnologia.
A origem do laser usado não seria a mesma das cirurgias atuais. Ao invés disso, seria usado um pequeno dispositivo de laser que pode se conectar a um smartphone e talhar um padrão óptico apenas na camada mais externa da córnea, chamada de epitélio, através de inúmeros pulsos adjacentes de uma maneira muito rápida e sem dor. Pequenos pontos corneanos criados pelo laser permitem que nanopartículas sintéticas e biocompatíveis de um colírio especialmente desenvolvido fixem o procedimento durante algum tempo.
O professor Zeev Zalevsky em entrevista ao Gizmodo Brasil, explica que a invenção possui três partes: um software personalizado, onde o paciente colocaria sua receita médica com informações do problema de visão; um pequeno projetor de laser, que faria a leitura dessas informações e aplicaria a correção no olho do paciente e, por fim, o colírio com nanopartículas especiais que fixaria o procedimento durante algum tempo.
Zalevsky diz que uma cirurgia tradicional remove muitas camadas da córnea e, assim, ela fica mais plana para que as luzes se formem exatamente sobre a retina. O novo método, por sua vez, faz a mesma coisa, porém apenas na camada mais externa da córnea.
Quando você faz uma cirurgia de correção a laser, nem sempre funciona. Porque você precisa mudar a curvatura da lente do seu olho e remover dezenas de camadas da superfície da córnea. O que fazemos, por outro lado, é apenas arranhar o epitélio da córnea, que tem alta capacidade de regeneração. É como a nossa pele, você coça, a camada mais externa vai embora, mas depois regenera. A gente não muda a curvatura das lentes dos olhos, são os arranhões que mudam a forma com que a luz passa pelos olhos e assim conseguimos alterar a forma como a luz refrate.
Nanopartículas na córnea sob ampliação com um microscópio eletrônico de varredura em uma incisão corneana na qual a solução com nanopartículas foi aplicada. |
Fonte: J-Wire, Gizmodo, Scielo, R7, ESCRS Lisbon 2017
[Visto no Brasil Acadêmico]
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