Em mais uma tentativa de destruir o Twitter, Elon Musk se nega em nomear um representante do X no Brasil e ajuda a catapultar sua alternativ...
Em mais uma tentativa de destruir o Twitter, Elon Musk se nega em nomear um representante do X no Brasil e ajuda a catapultar sua alternativa.
Na Índia, EUA, Arábia Saudita, Turquia ou União Europeia isso seria uma não-questão. Mas descumprir ordens judiciais do Supremo no Brasil só é possível devido a mais esse desserviço que a extrema direita legou ao país. Seu populismo reacionário, manipulando legiões de desavisados acerca dos interesse econômicos e políticos por trás dos discursos e ferramentas de propaganda poderosas e experimentos de psicologia social abjetos, é capaz de manipulá-los contra seus próprios interesses o que cria a atmosfera perfeita para o oportunismo que tenta transformar o Estado brasileiro em uma grande seita ditatorial fascistoide.
Fonte: G1, Wwwhatsnew
Visto no Brasil Acadêmico
E olha que o que a extrema direita mais reclama do STF é justamente naquilo que ele fez de melhor. Ao liberar a compra de vacina contra a Covid-19 pelos estados, o que acabou com a – no mínimo – estranha protelação por parte do governo em adquirir doses de qualquer um dos laboratórios que dispunha do produto (salvando centenas de milhares de compatriotas). E, ao prender e julgar os invasores que quebraram as sedes dos três poderes por golpismo o STF mandou um recado pedagógico: “Estão pensando que isso aqui é o quê? Estados Unidos?”
Agora, ao tentar barrar as fake news, algo que rende milhões, talvez bilhões, por engajar multidões nas mídias digitais, o judiciário é criticado e o ministro do supremo Alexandre de Moraes é mais uma vez colocado como alvo dessa faixa do espectro político. E com Elon Musk com seu antípoda.
E o que quer o Supremo? Que se houver uma decisão judicial que obrigue o X a retirar uma publicação do ar que isso seja feito de modo diligente. Ou seja, que tenha um representante legal no Brasil que atenda em menos de 24 horas essa ordem. Ponto.
Explicando de maneira simples, se houver uma notícia caluniosa a respeito do leitor, por exemplo, uma foto forjada por IA e computação gráfica, que haja uma forma de pedir na justiça que se tire a notícia e ela efetivamente saia do ar. O que sabemos, é apenas contenção de danos porque com pucos segundos que uma notícia falsa impactante apareça na internet é o suficiente para causar estragos eternos na imagem de qualquer cidadão.
Mas o que quer Elon Musk? Ele quer interferir na política. Que seu algoritmo possa manipular ao seu bel prazer aquilo que será lido por quem e que, ainda por cima, ele decida qual lei ele irá cumprir.
Se for da Europa, EUA, Índia, Arábia Saudita ou Turquia. Lugares que, por ora, se ele se meter a besta pode dar muito ruim, ele obedece ao judiciário. Se for um país da América do Sul, que ele não esteja alinhado como fora com o Brasil de Bolsonaro ou a Argentina de Milei, aí ele luta pela liberdade de expressão e se recusa a censurar seus usuários... Alerta de #ironia e #sarcasmo.
Pois bem, talvez ele acreditou que o “Xandão” não teria coragem de fazer cumprir suas decisões, ainda mais com os bolsonaristas querendo reverter a inelegibilidade de seu líder e este tentando fazer algum “acordão” que o impeça de ir para a cadeia, preparando uma grande manifestação no 7 de setembro pedindo o impeachment do ministro.
Enquanto isso, o “lesapatrianismo” desses “patriotas” tenta lançar o país nas mãos de um ente privado internacional que mapeia nossos minérios e a movimentação de nossas forças armadas com a desculpa de fornecer internet grátis para escolas na amazônia. É no mínimo curioso o quanto essa gente prefere ser colonizados a se tornarem uma potência “na sua melhor versão”.
Starlink - Divulgação |
O mais irônico é que se continuar assim vai chegar um momento que um terraplanista de direita vai olhar para um panfleto da Starlink e vai comentar “Ok. Podemos burlar a proibição do STF usando a internet diretamente dos satélites. Mas por que você está representando a Terra como se fosse uma esfera?”
E como está o X fora do Brasil? |
O efeito colateral dessa briga está beneficiando seus rivais, em especial a Bluesky, de uma forma notável. Essa alternativa de microblog teve um crescimento sem precedentes, com 500 mil novos usuários nos últimos dois dias e alcançou a primeira posição na lista de aplicativos gratuitos para iPhone no Brasil, superando o Threads de Meta, que ocupa o segundo lugar (e talvez esperasse que esse usuários fossem cair em seu colo, já que o Threads foi criado justamente para ser uma alternativa ao X – ex-Twitter – e a todo momento o Instagram tenta nos convencer a instalar seu app mostrando postagens do Threads que só podem ser lidas por meio do aplicativo).
O CEO da Bluesky, Jay Graber, comemorou essa conquista nas redes sociais afirmando:
“Bom trabalho Brasil, você tomou a decisão certa”.
Este crescimento é notável para uma plataforma que abriu totalmente ao público em fevereiro e que se autodenomina humoristicamente “o pequeno rei dos aplicativos sociais”. Em maio de 2024, Bluesky tinha mais de 6 milhões de usuários. É por isso que dizem: “Rei morto. Rei posto.”
Autoridades do Brasil já se abriram conta na rede Bluesky |
Diante do banimento iminente da plataforma, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, despediu-se de seus seguidores no X redirecionando-os para suas outras contas nas redes sociais, começando pela Bluesky. Esta mudança de plataforma por parte de um líder político de alto nível pode ter contribuído para o aumento de novos usuários que se juntaram ao Bluesky nos últimos dias.
A proibição do X no Brasil abriu uma janela de oportunidade para a Bluesky, que aproveitou para se posicionar como uma das principais plataformas sociais do país. Este caso ilustra como as decisões legais podem influenciar rapidamente o panorama das redes sociais, impulsionando novos intervenientes para a linha da frente.
A Bluesky foi lançada em 2019 como uma iniciativa apoiada, na época, pelo Twitter para construir um protocolo social aberto e descentralizado. Desde então, tornou-se uma empresa independente de utilidade pública. Jack Dorsey, fundador do Twitter, deixou o conselho de administração no início deste ano.
Ela resgata um pouco da cultura inicial do Twitter, cujo símbolo era um pássaro azul (O símbolo da Bluesky é uma borboleta azul). A Bluesky afirma que modera ativamente as postagens com conteúdo indevido, como assédio, discurso de ódio e fake news.
Quer conhecer? Então acesse:
Fonte: G1, Wwwhatsnew
Visto no Brasil Acadêmico
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