Os hieróglifos do Antigo Egito, ao contrário do latim, ainda não terão assento entre as línguas mortas do Google tradutor. Mas essa iniciati...
Os hieróglifos do Antigo Egito, ao contrário do latim, ainda não terão assento entre as línguas mortas do Google tradutor. Mas essa iniciativa do Google Arts & Culture vai introduzir o tema de forma muito lúdica além de trazer ferramentas sérias para acadêmicos.
Se você já transmitiu alguma mensagem por meio de emojis você já tem uma boa ideia do que eram os hieróglifos para os egípcios milhares anos atrás. Mas saiba que aquelas curiosas figurinhas que ornamentavam os templos e túmulos daquele tempo esconderam seus significados por séculos. Uma vez que a última vez conhecida que fora feita uma escrita hieróglifa foi em 24 de agosto de 394 e só com a descoberta da Pedra da Roseta, em 1799, foi possível que Champollion (e Yong), anos mais tarde, abrisse o caminho para iniciar o resgate das informações talhadas nessa intrigante forma de escrita sagrada, que continua até hoje.
Assim, este experimento explora o potencial do uso de aprendizado de máquina para aumentar a eficiência na tradução de idiomas antigos (sim, os hieróglifos do Antigo Egito formam apenas a primeira etapa do projeto) e abrir novos caminhos para a pesquisa acadêmica.
Além de disponibilizar ferramentas voltadas para os egiptólogos, arqueólogos e linguistas , o projeto também oferece uma experiência mais lúdica e educacional para o público em geral, de forma a mostrar um pouco da estrutura e do significado desses signos. Assim, através de uma experiência interativa, é possível conhecer mais sobre essa escrita e sobre o projeto como um todo. O visitante poderá aprender como traduzir e sentir um pouco como um pesquisador usaria o Fabricius.
O site é exibido em inglês ou árabe (mas dá para entender quase que só olhando as figurinhas, Champollion) e a parte mais divertida você pode acessar aqui (online, você aprende um pouco e pode até experimentar uma espécie de Whatsapp que traduz para hieróglifos, não chega a ser uma ferramenta científica mas dá uma ideia de como funciona a estrutura) e a parte mais acadêmica pode ser acessada aqui (download somente para desktop, não possuindo uma versão mobile).
A ideia do Fabricius teve origem no The Hieroglyphics Initiative, um projeto de pesquisa da Ubisoft lançado no Museu Britânico em setembro de 2017 para coincidir com o lançamento de Assassin's Creed Origins. Trabalhando com o Google e a agência de desenvolvimento Psycle Interactive, o projeto procurou identificar se o aprendizado de máquina poderia transformar o processo de agrupar, catalogar e entender a linguagem escrita dos faraós.
Acadêmicos de instituições de todo o mundo trabalharam com a equipe para explicar o processo de tradução e fornecer feedback sobre as ferramentas e modelos criadas para as três fases da tradução:
Com o lançamento do experimento Fabricius, a plataforma e os dados estão sendo liberados como código aberto pela primeira vez, na esperança de que, através do uso, possamos aumentar os dados disponíveis e a funcionalidade das ferramentas.
Continuamos trabalhando nas ferramentas e modelos à medida que obtemos mais feedback e dados. Mas os hieróglifos egípcios são apenas o primeiro estágio de Fabricius - estamos confiantes de que a mesma abordagem também pode ser aplicada a outras línguas antigas!
Fonte: BBC, Fabricius, Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
Se você já transmitiu alguma mensagem por meio de emojis você já tem uma boa ideia do que eram os hieróglifos para os egípcios milhares anos atrás. Mas saiba que aquelas curiosas figurinhas que ornamentavam os templos e túmulos daquele tempo esconderam seus significados por séculos. Uma vez que a última vez conhecida que fora feita uma escrita hieróglifa foi em 24 de agosto de 394 e só com a descoberta da Pedra da Roseta, em 1799, foi possível que Champollion (e Yong), anos mais tarde, abrisse o caminho para iniciar o resgate das informações talhadas nessa intrigante forma de escrita sagrada, que continua até hoje.
Assim, este experimento explora o potencial do uso de aprendizado de máquina para aumentar a eficiência na tradução de idiomas antigos (sim, os hieróglifos do Antigo Egito formam apenas a primeira etapa do projeto) e abrir novos caminhos para a pesquisa acadêmica.
Além de disponibilizar ferramentas voltadas para os egiptólogos, arqueólogos e linguistas , o projeto também oferece uma experiência mais lúdica e educacional para o público em geral, de forma a mostrar um pouco da estrutura e do significado desses signos. Assim, através de uma experiência interativa, é possível conhecer mais sobre essa escrita e sobre o projeto como um todo. O visitante poderá aprender como traduzir e sentir um pouco como um pesquisador usaria o Fabricius.
O site é exibido em inglês ou árabe (mas dá para entender quase que só olhando as figurinhas, Champollion) e a parte mais divertida você pode acessar aqui (online, você aprende um pouco e pode até experimentar uma espécie de Whatsapp que traduz para hieróglifos, não chega a ser uma ferramenta científica mas dá uma ideia de como funciona a estrutura) e a parte mais acadêmica pode ser acessada aqui (download somente para desktop, não possuindo uma versão mobile).
A ideia do Fabricius teve origem no The Hieroglyphics Initiative, um projeto de pesquisa da Ubisoft lançado no Museu Britânico em setembro de 2017 para coincidir com o lançamento de Assassin's Creed Origins. Trabalhando com o Google e a agência de desenvolvimento Psycle Interactive, o projeto procurou identificar se o aprendizado de máquina poderia transformar o processo de agrupar, catalogar e entender a linguagem escrita dos faraós.
Acadêmicos de instituições de todo o mundo trabalharam com a equipe para explicar o processo de tradução e fornecer feedback sobre as ferramentas e modelos criadas para as três fases da tradução:
- Extração - captura de inscrições hieroglíficas e sequências de imagens como fonte e criação de cópias viáveis.
- Classificação - treinando uma rede neural para identificar corretamente mais de 1000 hieróglifos.
- Tradução - Sequências e blocos de texto correspondentes aos dicionários disponíveis e traduções publicadas.
Com o lançamento do experimento Fabricius, a plataforma e os dados estão sendo liberados como código aberto pela primeira vez, na esperança de que, através do uso, possamos aumentar os dados disponíveis e a funcionalidade das ferramentas.
Continuamos trabalhando nas ferramentas e modelos à medida que obtemos mais feedback e dados. Mas os hieróglifos egípcios são apenas o primeiro estágio de Fabricius - estamos confiantes de que a mesma abordagem também pode ser aplicada a outras línguas antigas!
Fonte: BBC, Fabricius, Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
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