Tema da live onde a influencer Juliana Alencar entrevista o também influencer Alexandre Gomes. Esse post é dinâmico já que poderá abrigar li...
Tema da live onde a influencer Juliana Alencar entrevista o também influencer Alexandre Gomes. Esse post é dinâmico já que poderá abrigar links e refências ao que for dito na live. Além do próprio vídeo e link de acesso.
Para nivelarmos o tema para todos que nós acompanham quero começar pelos conceitos: Tecnologia, no dicionário é conjunto dos instrumentos, métodos e processos específicos de qualquer arte, ofício ou técnica. Enfim, é esse conjunto quando aplicado a um determinado ramo de atividade. E é público e notório que a Covid-19 mobilizou todos os olhares, todos os noticiários, governos, em suma, todos no mundo todo. E os que criam os produtos tecnológicos não ficaram de fora dessa mobilização.
Quando falamos em produtos tecnológicos subentende-se produtos de tecnologia avançada. Geralmente um produto que tenha eletrônica e inteligência na foma de chips e software. Mas pode ser um novo material um design sofisticado etc. Um produto mecânico antigamente poderia ser considerado de alta tecnologia. Mas normalmente não é visto assim hoje. Assim como no futuro produto hi-tech (high technology) deverão ser produtos que tenham inteligência artificial, eletrônica quântica, fotônica. Um celular de última geração hoje poderá se o lo-tech de amanhã.
Assim, uma caixa de plástico transparente projetada para proteger profissionais da saúde será é um dispositivo lo-tech (low-technology). Isto é, uma solução que não usa os mais recentes equipamentos ou métodos.
E a Covid-19? Covid-19 é o nome dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a doença (coronavirus desease 2019) surgida em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e que é causada pelo vírus SARS-Cov-2. O nome SARS vem de "síndrome respiratória aguda grave" que é uma patologia de origem animal originária na China, tendo Guangzhou como epicentro, em 2002 a 2003 por um coronavírus até então desconhecido (SARS-CoV) e que teve 8098 casos e 774 mortes confirmadas. E é possível que esse vírus volte a iniciar novos surtos. Assim, o nome SARS-Cov-2 se refere a um novo SARS-Cov. Por isso também é chamado de novo coronavírus.
Mas essa pandemia é frequentemente relacionada a outro evento pandêmico. Em abril de 2009, o H1N1, um subtipo inédito de vírus influenza, que causam a gripe, foi identificado no México e nos EUA. Quatro meses depois, ele havia se disseminado para mais de 120 países e deixado dezenas de milhares de pessoas doentes.
Como o Sars-Cov-2, o H1N1 era transmitido por meio de tosse e espirros ou pelo contato direto com uma pessoa infectada e com secreções respiratórias. Mas o H1N1 era duas vezes menos transmissível do que o novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma pessoa com H1N1 era capaz de infectar de 1,2 a 1,6 pessoas. Ainda que varie de local para local, estudos recentes apontam que um indivíduo com SARS-Cov-2 seja capaz de infectar em média 2,79 pessoas e há epidemiologistas que acreditam que possa chegar a 3.
Do total de doentes, a OMS estima que a taxa de letalidade do Sars-Cov-2 seja de 3,4%. Podendo ser maior em algumas regiões do mundo.
Mas essa taxa é estimada em relação ao número de testados, o que é uma fração do número real dos infectados. Especialistas apontam que a taxa real de letalidade deve estar entre 0,5% e 1%, o que ainda é muito maior que a taxa da pandemia de H1N1 estimada em 0,02%.
Além disso, ao contrário da pandemia de H1N1 onde o maiores de 60 anos possuíam uma forte tendência a não serem contagiados, além de haver medicamentos eficazes como o Tamiflu, na atual pandemia a nossa melhor chance é o distanciamento social. E mais distante e por mais tempo melhor, pois o objetivo é impedir um pico muito agudo no número de casos, o que faria que o atendimento aos casos graves levariam o sistema de saúde ao colapso. Não havendo leito de UTI e respiradores mecânicos suficientes, o que lava milhares de pessoa a óbito em casa por sufocamento.
Esse longo introito é apenas para nos levar a perceber a importância da tecnologia digital em rede para lidar com o problema. Afinal, de posse de um smartphone e ligado à internet ninguém precisa realmente ficar só. A comunicação ocorre e é com vídeo, voz e ao vivo e a cores. Se não fosse a praga das fake news, teríamos todos informações de qualidade e instantânea de um modo nunca visto na história (na verdade temos, mas as próprias fake news prejudicam e disputam espaço com a informação de qualidade).
E a educação a distância merece um capítulo separado nessa história. Bilhões de crianças e adultos sem aula puderam, com um esforço relativamente pequeno, em vista da monstruosidade logística, continuar a ter aulas e treinamentos que além de educar e instruir ainda propiciou uma certa distração para esses tempos de confinamento e más notícias. Tudo com prós e contras. Nem todo adulto se adapta bem com essa modalidade e nem todo curso pode realmente ser transportado para um ambiente virtual de aprendizagem. Mas o pior está no fato das crianças perderem o contato olho no olho em uma fase que o afeto e socialização deveriam andar lado a lado para construir uma boa formação social e psicológica. O pior ainda é a lida com controles novos para falar com professores que em regra dão aula em vídeo e com até dezenas de colegas simultaneamente interagindo com diferentes graus de preparo e sem muito tempo para a transição. E para piorar, essa modalidade nem é recomendada pela maioria dos especialistas em educação para o público infantil. No máximo deveria ser um complemento. E isso quando há celulares e tabletes à disposição, o que não é a realidade da maioria da população.
Para se evitar o contato tivemos alguns acenos com robôs como os da Boston Dynamics em ação. Mas os drones voadores é quem realmente roubou a cena. Desde filmagens com manobras vertiginosas sobre áreas normalmente apinhada de pessoas, como a Fontana di Trevi, em Roma, até a coberturas jornalísticas onde pudemos ver as numerosas covas abertas nos cemitérios e as valas comuns onde se empilhava caixões sepultados sem um velório condizente com as dores das perdas, mas ainda assim frequentemente filmados, fotografados e transmitidos para que os amigos e familiares pudessem ficar seguros sem deixar de ser solidários.
As festinhas de aniversário virtuais cumpriram seu papel em não deixar tão desolados as crianças que completaram anos durante a pandemia. As inúmeras lives que, por meio de mídias sociais, compensaram um pouco a ausência de shows mantendo os ídolos confortando os seus fãs.
Os vários grupos de tecnologia e startups que compartilharam resultados de pesquisa, recursos, informações vitais para asseguram um mínimo de organização logística. Os dashboards e infográficos que ajudaram a dar um sentido para um tema que, pelo ineditismo e por ser de difícil intuição (por exemplo, porque uma doença que mata cerca de 2% dos infectados deveria ser tão preocupante?), levou políticos e especialistas a cometerem equívocos crassos e mortais.
Cito, dentre os milhares de exemplos o projeto que refez o Takaoka. Um respirador automático de bolso que dispensa eletricidade e é capaz de prover o ar para auxiliar os pacientes que necessitam desse valiosos instrumento para atravessarem o período de recuperação em quadros mais graves. Pois bem, uma equipe fez a engenharia reversa desse modelo portátil, inventado por um brasileiro nos anos 1950, o melhorou e está disponibilizando seu projeto para ser impresso por qualquer pessoa no mundo que tiver uma impressora 3D.
A incapacidade de ler gráficos e entender comparações, pode ter feito o Brasil perder totalmente a vantagem temporal de ser uma das últimas grandes economias a ter o surto em seu território. E mesmo assim ter sido um dos piores a lidar com ele.
É como diria Tommy McCall:
Mas não foi por falta de termos eles à mão. Tudo para antevermos melhor cenários e acompanhar a evolução da proliferação de algo invisível mas com seus letais estragos bem perceptíveis. Eles também podem ser recursos didáticos importantes para dar sentido e oferecer alguma perspectiva. E as bases de dados compartilhadas, as nuvens de armazenamento, os web services, as APIs, as plataformas de desenho de painéis (como a solução livre Tableau) pode ser a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas se o tomador de decisão não conseguir perceber qual deve ser a melhor política a ser implantada, qual recurso priorizar, onde e como gastar. Tudo isso com grande transparência e viabilidade por ter um custo baixo. E só não houve mais transparência por questões mais políticas do que desafios técnicos.
A possibilidade de terapia, o entendimento da ação do vírus, suas mutações, as possíveis sequelas, uma eventual desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde, tudo mostra um arsenal tecnológico de combate contra um ser que quase nem pode ser chamado de vivo. Mas uniu e desafiou o Mundo todo (incluindo palestinos e judeus) a encontra soluções tecnológicas, econômicas, sociais, éticas e morais contra um monstro microscópico que se não for decifrado nos devorará.
Fonte: Sanarmed, BBC
[Visto no Brasil Acadêmico]
Para nivelarmos o tema para todos que nós acompanham quero começar pelos conceitos: Tecnologia, no dicionário é conjunto dos instrumentos, métodos e processos específicos de qualquer arte, ofício ou técnica. Enfim, é esse conjunto quando aplicado a um determinado ramo de atividade. E é público e notório que a Covid-19 mobilizou todos os olhares, todos os noticiários, governos, em suma, todos no mundo todo. E os que criam os produtos tecnológicos não ficaram de fora dessa mobilização.
Quando falamos em produtos tecnológicos subentende-se produtos de tecnologia avançada. Geralmente um produto que tenha eletrônica e inteligência na foma de chips e software. Mas pode ser um novo material um design sofisticado etc. Um produto mecânico antigamente poderia ser considerado de alta tecnologia. Mas normalmente não é visto assim hoje. Assim como no futuro produto hi-tech (high technology) deverão ser produtos que tenham inteligência artificial, eletrônica quântica, fotônica. Um celular de última geração hoje poderá se o lo-tech de amanhã.
Assim, uma caixa de plástico transparente projetada para proteger profissionais da saúde será é um dispositivo lo-tech (low-technology). Isto é, uma solução que não usa os mais recentes equipamentos ou métodos.
E a Covid-19? Covid-19 é o nome dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a doença (coronavirus desease 2019) surgida em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e que é causada pelo vírus SARS-Cov-2. O nome SARS vem de "síndrome respiratória aguda grave" que é uma patologia de origem animal originária na China, tendo Guangzhou como epicentro, em 2002 a 2003 por um coronavírus até então desconhecido (SARS-CoV) e que teve 8098 casos e 774 mortes confirmadas. E é possível que esse vírus volte a iniciar novos surtos. Assim, o nome SARS-Cov-2 se refere a um novo SARS-Cov. Por isso também é chamado de novo coronavírus.
Mas essa pandemia é frequentemente relacionada a outro evento pandêmico. Em abril de 2009, o H1N1, um subtipo inédito de vírus influenza, que causam a gripe, foi identificado no México e nos EUA. Quatro meses depois, ele havia se disseminado para mais de 120 países e deixado dezenas de milhares de pessoas doentes.
Como o Sars-Cov-2, o H1N1 era transmitido por meio de tosse e espirros ou pelo contato direto com uma pessoa infectada e com secreções respiratórias. Mas o H1N1 era duas vezes menos transmissível do que o novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma pessoa com H1N1 era capaz de infectar de 1,2 a 1,6 pessoas. Ainda que varie de local para local, estudos recentes apontam que um indivíduo com SARS-Cov-2 seja capaz de infectar em média 2,79 pessoas e há epidemiologistas que acreditam que possa chegar a 3.
Do total de doentes, a OMS estima que a taxa de letalidade do Sars-Cov-2 seja de 3,4%. Podendo ser maior em algumas regiões do mundo.
Em Bergamo, na Itália, fica na faixa de 12%. Se pensarmos que, com a gripe comum, temos de 1% a 2% entre pacientes com idade mais avançada, o que já é alto, isso que estamos vendo agora é assustador.
Fernando Spilki. Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) em entrevista à BBC
Mas essa taxa é estimada em relação ao número de testados, o que é uma fração do número real dos infectados. Especialistas apontam que a taxa real de letalidade deve estar entre 0,5% e 1%, o que ainda é muito maior que a taxa da pandemia de H1N1 estimada em 0,02%.
Além disso, ao contrário da pandemia de H1N1 onde o maiores de 60 anos possuíam uma forte tendência a não serem contagiados, além de haver medicamentos eficazes como o Tamiflu, na atual pandemia a nossa melhor chance é o distanciamento social. E mais distante e por mais tempo melhor, pois o objetivo é impedir um pico muito agudo no número de casos, o que faria que o atendimento aos casos graves levariam o sistema de saúde ao colapso. Não havendo leito de UTI e respiradores mecânicos suficientes, o que lava milhares de pessoa a óbito em casa por sufocamento.
Esse longo introito é apenas para nos levar a perceber a importância da tecnologia digital em rede para lidar com o problema. Afinal, de posse de um smartphone e ligado à internet ninguém precisa realmente ficar só. A comunicação ocorre e é com vídeo, voz e ao vivo e a cores. Se não fosse a praga das fake news, teríamos todos informações de qualidade e instantânea de um modo nunca visto na história (na verdade temos, mas as próprias fake news prejudicam e disputam espaço com a informação de qualidade).
E a educação a distância merece um capítulo separado nessa história. Bilhões de crianças e adultos sem aula puderam, com um esforço relativamente pequeno, em vista da monstruosidade logística, continuar a ter aulas e treinamentos que além de educar e instruir ainda propiciou uma certa distração para esses tempos de confinamento e más notícias. Tudo com prós e contras. Nem todo adulto se adapta bem com essa modalidade e nem todo curso pode realmente ser transportado para um ambiente virtual de aprendizagem. Mas o pior está no fato das crianças perderem o contato olho no olho em uma fase que o afeto e socialização deveriam andar lado a lado para construir uma boa formação social e psicológica. O pior ainda é a lida com controles novos para falar com professores que em regra dão aula em vídeo e com até dezenas de colegas simultaneamente interagindo com diferentes graus de preparo e sem muito tempo para a transição. E para piorar, essa modalidade nem é recomendada pela maioria dos especialistas em educação para o público infantil. No máximo deveria ser um complemento. E isso quando há celulares e tabletes à disposição, o que não é a realidade da maioria da população.
Para se evitar o contato tivemos alguns acenos com robôs como os da Boston Dynamics em ação. Mas os drones voadores é quem realmente roubou a cena. Desde filmagens com manobras vertiginosas sobre áreas normalmente apinhada de pessoas, como a Fontana di Trevi, em Roma, até a coberturas jornalísticas onde pudemos ver as numerosas covas abertas nos cemitérios e as valas comuns onde se empilhava caixões sepultados sem um velório condizente com as dores das perdas, mas ainda assim frequentemente filmados, fotografados e transmitidos para que os amigos e familiares pudessem ficar seguros sem deixar de ser solidários.
As festinhas de aniversário virtuais cumpriram seu papel em não deixar tão desolados as crianças que completaram anos durante a pandemia. As inúmeras lives que, por meio de mídias sociais, compensaram um pouco a ausência de shows mantendo os ídolos confortando os seus fãs.
Os vários grupos de tecnologia e startups que compartilharam resultados de pesquisa, recursos, informações vitais para asseguram um mínimo de organização logística. Os dashboards e infográficos que ajudaram a dar um sentido para um tema que, pelo ineditismo e por ser de difícil intuição (por exemplo, porque uma doença que mata cerca de 2% dos infectados deveria ser tão preocupante?), levou políticos e especialistas a cometerem equívocos crassos e mortais.
Cito, dentre os milhares de exemplos o projeto que refez o Takaoka. Um respirador automático de bolso que dispensa eletricidade e é capaz de prover o ar para auxiliar os pacientes que necessitam desse valiosos instrumento para atravessarem o período de recuperação em quadros mais graves. Pois bem, uma equipe fez a engenharia reversa desse modelo portátil, inventado por um brasileiro nos anos 1950, o melhorou e está disponibilizando seu projeto para ser impresso por qualquer pessoa no mundo que tiver uma impressora 3D.
A incapacidade de ler gráficos e entender comparações, pode ter feito o Brasil perder totalmente a vantagem temporal de ser uma das últimas grandes economias a ter o surto em seu território. E mesmo assim ter sido um dos piores a lidar com ele.
É como diria Tommy McCall:
Gráficos que nos ajudam a raciocinar mais rápido ou ver o conteúdo de informações de um livro numa única página são a chave para desvendar novas descobertas.
Mas não foi por falta de termos eles à mão. Tudo para antevermos melhor cenários e acompanhar a evolução da proliferação de algo invisível mas com seus letais estragos bem perceptíveis. Eles também podem ser recursos didáticos importantes para dar sentido e oferecer alguma perspectiva. E as bases de dados compartilhadas, as nuvens de armazenamento, os web services, as APIs, as plataformas de desenho de painéis (como a solução livre Tableau) pode ser a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas se o tomador de decisão não conseguir perceber qual deve ser a melhor política a ser implantada, qual recurso priorizar, onde e como gastar. Tudo isso com grande transparência e viabilidade por ter um custo baixo. E só não houve mais transparência por questões mais políticas do que desafios técnicos.
A possibilidade de terapia, o entendimento da ação do vírus, suas mutações, as possíveis sequelas, uma eventual desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde, tudo mostra um arsenal tecnológico de combate contra um ser que quase nem pode ser chamado de vivo. Mas uniu e desafiou o Mundo todo (incluindo palestinos e judeus) a encontra soluções tecnológicas, econômicas, sociais, éticas e morais contra um monstro microscópico que se não for decifrado nos devorará.
Fonte: Sanarmed, BBC
[Visto no Brasil Acadêmico]
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