Candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes conversou quase uma hora com Glenn Greenwald em São Paulo. Ele não poupou críticas aos adversár...
Candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes conversou quase uma hora com Glenn Greenwald em São Paulo. Ele não poupou críticas aos adversários, aos ex-aliados do PT, como Lula, e mesmo ao que chama de “velhos amigos”, como Geraldo Alckmin, do PSDB.
Glenn Greenwald é um respeitado jornalista, escritor e advogado norte-americano, especialista em Direito Constitucional, que atualmente vive no Rio de Janeiro. Em junho de 2013, através do jornal britânico The Guardian, Glenn Greenwald foi um dos jornalistas que em parceria com Edward Snowden levou a público a existência dos programas secretos de vigilância global dos EUA, efetuados pela sua Agência de Segurança Nacional. Em agosto de 2013, a Polícia Metropolitana de Londres deteve o marido de Greenwald, David Miranda quando ele viajava de volta da Inglaterra para o Brasil. Miranda foi duramente interrogado e ficou detido por nove horas, incomunicado, sem poder fazer telefonemas ou contatar um advogado.
Após o interrogatório, seu laptop, telefone, computador, câmera e outros objetos pessoais foram apreendidos. Para justificar sua detenção, a Inglaterra fez uso de lei britânica antiterrorista - o Anexo 7 do Terrorism Act 2000, o equivalente britânico do PATRIOT Act americano, considerando o brasileiro como suspeito de terrorismo. A Anistia Internacional afirmou que Miranda foi "claramente vítima de uma injustificada tática de vingança" contra Greenwald. Por sua vez, o jornalista descreveu a detenção de seu parceiro como intenção de intimidação àqueles que têm vindo a escrever sobre a NSA e sobre a conivência do governo britânico com o sistema de vigilância global através do serviço de inteligência britânico, o Government Communications Headquarters (GCHQ). Sua reportagem ganhou o Prêmio Pulitzer de jornalismo em 2014 e, no Brasil foi agraciado com o Prêmio Esso de Reportagem, por artigos publicados em O Globo acerca do sistema de vigilância virtual dos EUA em território nacional.
Com essas credenciais, Greenwald sabatinou o candidato inquirindo sobre suas opiniões e gestos contraditórios se Ciro e de seu partido. Como as alianças regionais com partidos e figuras que o candidato repudia. Além da escolha de sua vice.
Também falou sobre o seu temperamento, bem incisivo quando trata de adversários e crítica política, mas que costuma baixar de tom em questões polêmicas e morais como drogas e aborto.
Leia a íntegra da reportagem: https://interc.pt/2LI5lI3
Fonte: The Intercept
[Visto no Brasil Acadêmico]
Glenn Greenwald é um respeitado jornalista, escritor e advogado norte-americano, especialista em Direito Constitucional, que atualmente vive no Rio de Janeiro. Em junho de 2013, através do jornal britânico The Guardian, Glenn Greenwald foi um dos jornalistas que em parceria com Edward Snowden levou a público a existência dos programas secretos de vigilância global dos EUA, efetuados pela sua Agência de Segurança Nacional. Em agosto de 2013, a Polícia Metropolitana de Londres deteve o marido de Greenwald, David Miranda quando ele viajava de volta da Inglaterra para o Brasil. Miranda foi duramente interrogado e ficou detido por nove horas, incomunicado, sem poder fazer telefonemas ou contatar um advogado.
Após o interrogatório, seu laptop, telefone, computador, câmera e outros objetos pessoais foram apreendidos. Para justificar sua detenção, a Inglaterra fez uso de lei britânica antiterrorista - o Anexo 7 do Terrorism Act 2000, o equivalente britânico do PATRIOT Act americano, considerando o brasileiro como suspeito de terrorismo. A Anistia Internacional afirmou que Miranda foi "claramente vítima de uma injustificada tática de vingança" contra Greenwald. Por sua vez, o jornalista descreveu a detenção de seu parceiro como intenção de intimidação àqueles que têm vindo a escrever sobre a NSA e sobre a conivência do governo britânico com o sistema de vigilância global através do serviço de inteligência britânico, o Government Communications Headquarters (GCHQ). Sua reportagem ganhou o Prêmio Pulitzer de jornalismo em 2014 e, no Brasil foi agraciado com o Prêmio Esso de Reportagem, por artigos publicados em O Globo acerca do sistema de vigilância virtual dos EUA em território nacional.
Com essas credenciais, Greenwald sabatinou o candidato inquirindo sobre suas opiniões e gestos contraditórios se Ciro e de seu partido. Como as alianças regionais com partidos e figuras que o candidato repudia. Além da escolha de sua vice.
...Eu me sinto constrangido com certas questões, com certas notícias que aconteceram. Entretanto eu posso relativizar isso, não concordando; eu já confessei, quero dizer de novo, que me constrange algumas notícias, a pior de todas é Alagoas. Menos pelo Renan Filho, que não deveria estar obrigado a pagar pelo Renan pai, não é? Embora seja filho…
Kátia Abreu ficou viúva com 25 anos de idade, com um filho na barriga e duas crianças pra criar. Assumiu imediatamente a tarefa, com 25 anos, de criar sua família; vem deputada federal, vem senadora duas vezes, vem ministra da agricultura e pecuária. E, nessa condição, dá pra olhar, eu só tenho orgulho da trajetória dela.
Também falou sobre o seu temperamento, bem incisivo quando trata de adversários e crítica política, mas que costuma baixar de tom em questões polêmicas e morais como drogas e aborto.
Definitivamente o Brasil precisa de um presidente afirmativo. Que restaure a autoridade do Estado de Direito democrático, e que confronte uma lógica de privilégios que tá matando o país. Eu tenho ouvido essa tentativa, e eu me sinto, de alguma forma, lisonjeado porque, depois de 38 anos de vida pública – governador, prefeito de capital, ministro duas vezes – tudo o que se levanta contra mim é um possível temperamento.
A política de criminalização das drogas, a guerra às drogas, é uma política fracassada. Minha opinião nunca foi omitida sobre este assunto. A questão básica, Glenn, é que nós estamos num processo eleitoral no Brasil aqui e agora. O presidente da República não tem atribuição pra resolver isso. Ele pode colocar o peso da sua liderança, mas sabe qual é a chance de uma iniciativa do presidente da República dirimir essa questão? Zero.
Eu acho, por exemplo, [que] a questão do aborto, antes do próximo presidente se estabelecer, estará resolvida pelo Supremo Tribunal Federal. Como nós resolvemos lá atrás, pelo Supremo Tribunal Federal, o efeito civil do chamado casamento gay. E isso vai se acumulando na vida brasileira. E eu tenho que ser hábil. Não é pra me omitir, não tô me omitindo de nada. Se esse assunto virar comigo, eu vou acabar com o encarceramento.O jornal The Intercept foi lançado em 2014 por Glenn Greenwald, Laura Poitras e Jeremy Scahill com o objetivo de produzir um jornalismo destemido e combativo. Eles acreditam que o jornalismo deve promover transparência, responsabilizando instituições governamentais e corporativas. Oferecendo a seus jornalistas a liberdade editorial e o suporte jurídico necessários para o desempenho da missão.
Leia a íntegra da reportagem: https://interc.pt/2LI5lI3
Fonte: The Intercept
[Visto no Brasil Acadêmico]
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