Pesquisas acadêmicas são financiadas com recursos públicos. Por que não ficam disponíveis ao público?

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Nos EUA, os nossos impostos financiam a pesquisa académica nas universidades públicas. Então, porque é preciso pagar revistas especializada,...

Nos EUA, os nossos impostos financiam a pesquisa académica nas universidades públicas. Então, porque é preciso pagar revistas especializada,s caras e com fins lucrativos, para aceder aos resultados dessas pesquisas? Erica Stone defende uma relação nova e aberta entre o público e os investigadores, defendendo que estes últimos devem publicar nos meios de comunicação mais acessíveis. "Uma democracia eficaz requer que o público seja instruído e bem informado", diz Stone.

Você já se pegou citando numa conversa um estudo que você na verdade não chegou a ler?

(Risos)


Eu estava tomando um café com uma amiga outro dia e disse a ela: “Sabe, li um estudo recente que afirma que o café reduz o risco de depressão em mulheres”. Só que, na verdade, eu havia lido isso no Twitter.

(Risos)

E o que eu li foi...

(Risos)

“Um estudo recente diz que beber café pode reduzir o risco de depressão em mulheres”.

(Risos)

Esse tuíte tinha um link para o blogue do “New York Times”, onde um blogueiro convidado tinha traduzido as descobertas de um artigo da “Live Science”, que pegou a informação original do site da Escola de Saúde Pública de Harvard, que mencionava a introdução do estudo, que resumia o estudo de fato, publicado numa revista acadêmica.

(Risos)

É como os seis graus de separação, mas na área de pesquisa.

(Risos)

Quando eu disse que li um estudo, o que eu li na verdade foram 59 caracteres que resumiam 10 anos de pesquisa.

(Risos)

Então, quando disse que li um estudo, eu tinha lido frases de um estudo unidas em relatos feitos por quatro pessoas diferentes, e nenhuma delas era o autor, até que chegasse a mim. Isso não parece certo, mas o acesso a pesquisas originais é difícil porque os pesquisadores não interagem muito com as mídias populares. Talvez você se pergunte:

“Por que eles não se misturam muito com as mídias populares? Talvez fossem uma fonte mais confiável de informação do que a mídia tradicional.” Né?

(Risos)

Num país com mais de 4,1 mil faculdades e universidades, me parece que isso devia ser a regra, mas não é. Então, como chegamos nessa situação?

Para entendermos por que pesquisadores não se misturam com as mídias populares, precisamos antes entender como funcionam as universidades. Nos últimos seis anos, lecionei em sete faculdades e universidades diferentes, em quatro estados. Sou meio frenética como professora substituta.

(Risos)

Ao mesmo tempo, estou cursando meu PhD. Em todas essas diferentes instituições, o processo de pesquisa e publicação funciona do mesmo jeito. Primeiro, os pesquisadores produzem pesquisas em suas áreas de conhecimento. Pra bancar suas pesquisas, eles concorrem a investimentos público e privado e, quando concluem a pesquisa, escrevem um artigo sobre suas descobertas. Aí, eles enviam esse artigo a revistas acadêmicas importantes, que passa por um processo chamado de revisão paritária, que basicamente significa que outros especialistas verificam a exatidão e credibilidade do artigo. Aí, uma vez publicado, empresas que visam o lucro vendem essa informação de volta às universidades e bibliotecas públicas por meio de assinaturas de acesso a revistas e bases de dados. É assim que funciona. Pesquisa, escreve, revisa, publica e repete. Eu e meus amigos chamamos isso de “alimentar o monstro”.

Dá pra ver como isso pode ser problemático. Primeiro, a maioria das pesquisas acadêmicas utiliza recursos públicos, mas é distribuída de forma fechada e paga. Todos os anos, o governo norte-americano gasta US$ 60 bilhões em pesquisa. De acordo com a National Science Foundation, 29% disso vai para universidades públicas de pesquisa. É só fazermos os cálculos: são US$ 17,4 bilhões, oriundos de nossos impostos. E só cinco corporações são responsáveis pela distribuição de pesquisas feitas com dinheiro público. Em 2014, somente uma dessas empresas teve um lucro de US$ 1,5 bilhões. É um negócio bem lucrativo. Aposto que vocês percebem a ironia aqui.

Se o dinheiro público está financiando pesquisas acadêmicas e depois temos que pagar novamente para ter acesso aos resultados, estamos pagando duas vezes pela mesma coisa. Outro grande problema é que a maioria dos pesquisadores não recebem muito incentivo para que publiquem suas pesquisas fora dessas revistas pagas e de prestígio. As universidades criam seus sistemas de promoção e estabilidade em torno da quantidade de publicações dos pesquisadores. Livros e artigos publicados são uma forma de moeda para os pesquisadores. Publicar artigos os ajuda a obter estabilidade e mais investimentos futuros em pesquisa, mas os pesquisadores não ganham nada se publicarem em mídias populares.

Então, esse é o status quo, o sistema de pesquisa acadêmica atual, mas acho que não precisa ser assim. Podemos fazer algumas mudanças simples pra transformar esse cenário.

Primeiro, vamos começar pelo acesso às pesquisas. As universidades podem começar a desafiar o status quo recompensando pesquisadores por publicarem não apenas nessas revistas por assinatura, mas também em jornais de livre acesso e em mídias populares. O movimento de acesso livre está começando a progredir em muitas disciplinas e, felizmente, outros importantes atores começaram a perceber isso. O Google Acadêmico tornou a pesquisa de livre acesso pesquisável e mais fácil de encontrar. Ano passado, o congresso norte-americano apresentou um projeto de lei que sugere que projetos de pesquisa acadêmica com mais de US$ 100 milhões em financiamento deviam desenvolver uma política de livre acesso e, este ano, a NASA tornou pública toda sua biblioteca de pesquisa. Dá pra ver que essa ideia está começando a pegar. Mas ter acesso não é apenas conseguir pôr as mãos em um documento ou estudo. É também garantir que esse documento ou estudo seja facilmente compreendido.

Então, vamos falar de tradução. A intenção não é que essa tradução pareça com os seis graus de separação que mencionei anteriormente. Na verdade, e se os pesquisadores pudessem pegar as pesquisas que realizam e as traduzissem nas mídias populares, conseguindo interagir com o público? Se eles fizessem isso, os graus de separação entre o público e a pesquisa diminuiriam muito. Vejam, não estou sugerindo uma queda da qualidade das pesquisas, mas que tornemos essas pesquisas acessíveis ao público e que mudemos o meio e nos concentremos em usar linguagem comum pra que o público que paga por essas pesquisas também possa se utilizar delas.

Também há outros benefícios nessa abordagem. Ao mostrar ao público como seus impostos são usados no financiamento de pesquisas, podemos começar a redefinir a identidade das universidades para que essas identidades não se baseiem apenas em times de futebol ou nas promoções que concedem, mas também nas pesquisas produzidas nessas universidades. Quando há uma relação saudável entre os pesquisadores e o público, isso encoraja a participação do próprio público nas pesquisas. Dá pra imaginar como seria isso?

E se os cientistas sociais ajudassem a polícia local a reformular seus treinamentos de sensibilidade e colaborativamente escrevessem um manual para treinamentos-modelo futuros? E se nossos professores universitários conversassem com escolas públicas locais pra decidir como lidar com nossos alunos em situação de risco e escrevessem sobre isso num jornal local? Numa democracia plena, o público deve poder estar bem-instruído e bem-informado. Em vez de as pesquisas acontecerem sob burocracia e em revistas pagas, não seria melhor se elas acontecessem bem diante dos nossos olhos?

Bem, como estudante de PhD, sei que estou criticando o grupo ao qual quero me juntar...

(Risos)

o que é algo perigoso, já que estarei trabalhando no mundo acadêmico daqui a dois anos. Mas, se o status quo da pesquisa acadêmica é publicar no isolamento das revistas de acesso pago que nunca alcançam o público, podem ter certeza de que não vou concordar com isso. Acredito numa pesquisa inclusiva e democrática que atua com a comunidade e se comunique com o público. Quero trabalhar em pesquisas e numa cultura acadêmica em que o público seja visto não apenas como fonte de recursos, mas como parte integrante, como participante e, em alguns casos, até como especialista. Não se trata apenas de dar a vocês acesso à informação, mas trata-se de mudar a cultura acadêmica de publicação para prática e de falar para fazer.

E devo dizer que essa ideia, essa esperança, não é só minha. Estou aqui graças a pesquisadores, professores, bibliotecários e membros da comunidade que vieram antes de mim e que também defendem a inclusão de mais pessoas nesse debate. Espero que vocês se juntem ao debate também.

Obrigada.

(Aplausos)

Fonte: TED

[Visto no Brasil Acadêmico]

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