Da EG conference: As divertidas e encorajadoras anedotas do guru em produtividade Tim Ferriss mostram como uma simples questão — "O que...
Da EG conference: As divertidas e encorajadoras anedotas do guru em produtividade Tim Ferriss mostram como uma simples questão — "O que é o pior que pode acontecer?" — é tudo o que você precisa para aprender a fazer qualquer coisa.
Este é Tim Ferriss por volta de 1979 DC, aos dois anos. Pelo agachamento, dá pra notar que eu era um garoto bem confiante — e não sem motivo. Eu tinha um hábito bem gracioso, na época, que era o de esperar até tarde da noite, quando meus pais relaxavam de um dia de trabalho duro, fazendo palavras cruzadas, vendo tevê. Eu corria pela sala, pulava no sofá, arrancava as almofadas, jogava no chão, gritava a plenos pulmões, e corria, porque eu era o Incrível Hulk. (Risos) Obviamente, dá pra ver a semalhança. E este hábito durou muito tempo.
Aos sete anos, eu fui ao acampamento de verão. Meus pais acharam necessário para sua sanidade. E, sempre ao meio-dia, as crianças iam a um lago, onde haviam docas. Pra pular da ponta e mergulhar no fundo. Eu nasci prematuro. Sempre fui pequeno. Meu pulmão esquerdo falhou no parto. E sempre tive problemas para flutuar. Então a água sempre me amedrontou, pra começar, mas eventualmente eu entrava. E num dia em particular, os campistas pulavam através de bóias. Eles pulavam entre as bóias. E eu achei divertido. Então eu mergulhei, e o valentão do acampamento segurou meus calcanhares. E eu tentei subir pra tomar ar, e minhas costas bateram no fundo da bóia. Eu enlouqueci e pensei que fosse morrer. Um conselheiro do acampamento felizmente veio e nos separou. Daí em diante eu tinha terror de nadar. O que eu não superei ainda. Minha inabilidade de nadar tem sido uma de minhas maiores humilhações. Foi quando eu percebi que não era o Incrível Hulk.
Mas esta história tem um final feliz. Aos 31, que é minha idade agora, em Agosto, tirei duas semanas para reexaminar a natação, e questionar todos os seus óbvios aspectos. E parti de nadar uma volta, ou seja, 10 metros, como um macaco se afogando, com o coração batendo 200 vezes por minuto, eu medi, até conseguir ir de Montauk em Long Island perto de onde cresci, e pular no oceano e nadar um quilômetro em mar aberto, sair e me sentindo melhor do que quando entrei.
E é como que quero que todos aqui sintam, como o Incrível Hulk, ao fim desta apresentação. Especificamente, quero que sintam-se capazes de se tornarem excelentes nadadores de longa distância, aprendizes de línguas de classe mundial, e campeões de tango. E gostaria de compartilhar minha arte. Se tenho uma arte, ela consiste em desconstruir as coisas que me amedrontam. Então, seguindo.
Natação, primeiros princípios. Primeiros princípios, isso é importante. Descobri que os melhores resultados na vida são sempre sabotados por falsas idealizações e pressuposições não testadas. E a virada na natação começou quando um amigo disse:
Então começou o desafio. Eu comecei a procurar triatletas porque descobri que quem nada desde cedo não sabe ensinar o que faz. Tentei pranchinhas. Meu pé atravessava a água como lâminas. Nem me movia. Saía desmoralizado, olhando para meus pés. Palmares, tudo. Tentei até lições com atletas olímpicos, nada ajudou. Então Chris Sacca, que agora é um grande amigo, havia completado um Iron Man a uma temperatura de 40 graus, e disse, "Tenho a resposta às suas preces." E me apresentou ao trabalho de um homem chamado Terry Laughlin, que é o fundador da Natação de Imersão Total. O que me levou a examinar biomecânica.
Então aqui estão novas regras para o nado, se algum de vocês tem medo, ou não é bom em nadar. A primeira é, pare de chutar. Bem pouco intuitivo. Ao que parece a propulsão não é o problema de verdade. Chutar mais forte não resolve o problema porque o nadador comum só transfere cerca de 3% de seu gasto de energia em movimento para a frente. O problema é a hidrodinâmica. Então no que você deve focar é em permitir que sua parte inferior siga os movimentos do torço, como um carro pequeno no vácuo de um grande, na estrada. E isso é conseguido atraves de uma posição horizontal do corpo. O único modo de fazer isso é não nadar na superfície. Nosso corpo é mais denso que a água. 95 porcento dele seria, pelo menos, naturalmente submerso.
Então você termina, número três, não nadando, no caso do nado livre, sobre sua barriga, como muitos acreditam, sobre a água. Mas na verdade indo do vácuo direito, ao vácuo esquerdo, mantendo a fuselagam em posição tanto quanto possível. Então vejamos alguns exemplos. Este é Terry. E podem ver que ele estende seu braço direito abaixo da cabeça e bem à frente. Então todo o seu corpo está, realmente, submerso. O braço está estendido abaixo da cabeça. A cabeça se mantém alinhada à espinha, e usamos a pressão da água para elevar as pernas — muito importante, especialmente para quem tem pouca gordura. Eis um exemplo da braçada. Então não chute. Abane um pouco. Você pode ver que esta é a extensão esquerda. Então vemos a perna esquerda. Pequeno abano, com o propósito de girar o quadril para chegar ao lado oposto. E o ponto de entrada para esta mão - notem, ele não está indo pra frente pegar a água. Ao invés disso, ele penetra a um ângulo de 45 graus de seu antebraço, então propulsionando-se por inércia — muito importante.
Incorreto, acima, é o que quase todos os trinadores vão lhe ensinar. Não é culpa deles, de verdade. E eu chegarei ao implícito versus explícito em um momento. Abaixo é o que quase todos os nadadores irão perceber que permite que façam o que fiz, que é ir de 21 braçadas a cada 18.3 metros, a 11 braçadas, em dois treinos, sem treinador, sem monitor de video. E agora eu adoro nadar. Não posso esperar para nadar. Darei uma lição mais tarde, sozinho, se não quiserem me acompanhar.
Última coisa, respiração. Um problema que muitos de nós têm, quando nadam. Em nado livre, a melhor maneira de melhorar é virar com o corpo, e olhar para a mão alta antes de entrar na água. E isto o levará longe. E é isso. É realmente tudo o que precisamos saber.
Línguas. Materiais versus métodos. Eu, assim como muitos, concluí que era terrível em línguas. Eu sofri no espanhol, no primeiro ano do segundo grau. E a soma total do meu conhecimento era, "Donde esta el bano?" E eu não entendia a resposta. Era lastimável. Então fui transferido a outra escola no segundo ano. Pude escolher outras línguas. A maioria dos meus amigos escolheu japonês. Então pensei, por que não punir a mim mesmo? Vou fazer japonês. Seis meses depois, pude ir ao Japão. Meus professores me asseguraram, "Não se preocupe. Você terá aulas de japonês todos os dias pra lhe ajudar. Vai ser uma experiência fantástica." Minha primeira viagem internacional, na verdade. Então meus pais me encorajaram, e eu fui.
Cheguei a Tokio. Fantástico. Não acreditava que estivesse do outro lado do mundo. Conheci minha família anfitriã. As coisas foram bem, eu acho, considerando tudo. Na primeira noite, antes do primeiro dia de escola, eu disse à minha mãe, educadamente, "Por favor, me acorde às oito." Então, (em japonês) Mas eu não disse (em japonês). Eu disse (em japonês). Quase. O que eu disse foi:
(Risos) Nunca se vou uma japonesa mais confusa. (Risos)
Andei para a escola. E um professor se aproximou e me entregou um papel. Não consegui ler nada — poderiam ser até hieróglifos — porque era em Kanji, Caracteres chineses adaptados para a língua japonesa. Perguntei o que dizia. E ele, "Ah, okay, okay, ehhto, História Mundial, Cálculo, Japonês Tradicional." E por aí vai. Então veio a mim em ondas. Algo havia se perdido na tradução. As aulas de japonês não eram somente da língua. Era o currículo normal dos alunos japoneses. Os outros 4.9999 estudantes da escola, tirando o americano. E esta foi minha resposta. (Risos)
Isto me enviou a esta busca em pânico pelo método de aprendizado de linguagem perfeito. Tentei de tudo. Fui a Kinokuniya. Tentei todos os livros possíveis, todos os CDs, Nada funcionou até que achei isto. Isto é o Joyo Kanki. É um bloco, ou melhor, um poster dos 1.945 caracteres mais comuns determinados pelo Ministério da Educação em 1981. Muitas publicaçãoes japonesas se limitam a estes caracteres, para ajudar no grau de instrução — alguns são obrigados. E isto tornou-se meu Cálice Sagrado, minha Pedra de Rosetta.
Logo que foquei neste material, eu decolei. Terminei capaz de ler o Asahi Shinbu, o Jornal Asahi, cerca de seis meses depois — num total de 11 meses — E fui da turma de japonês I à de japonês VI. E trabalhei como tradutor aos 16, quando voltei aos EUA, e continei a aplicar esta abordagem de material sobre método a quase uma dúzia de línguas até agora. Alguém que era terrível em línguas, a qualquer momento pode falar, ler e escrever em cinco ou seis. Isso nos traz ao ponto, que é, muitas vezes é o que você faz, não como faz, o fator determinante. Esta é a diferença de ser efetivo — fazer as coisas certas — e ser eficiente — fazer as coisas bem, sejam ou não importantes.
Você pode fazer o mesmo com gramática. Eu criei estas seis frases depois de muitos experimentos.
Ter acesso a um locutor nativo permite que desconstruamos sua gramática, ao traduzir estas frases no passado, presente e futuro, isso mostrará o sujeito, predicado, verbo, colocação de objetos diretos e indiretos, gênero e assim por diante. Daí, você pode, se quiser, aprender múltiplas línguas, e alterná-las para que não haja influência. Podemos falar sobre isso se alguém estiver interessado. E agora eu adoro línguas.
Então dança de salão, implícito versus explícito — muito importante. Você pode olhar para mim e dizer, "Este cara deve ser um dançarino de salão." Mas não, você estaria errado porque meu corpo é bem mal projetado para a maioria das coisas — bem projetado para levantar pedras pesadas, talvez. Eu costumava ser maior, ter mais músculo. Então acabei andando assim. Eu parecia um orangotango, nosso primo próximo, ou o Incrível Hulk — o que não era bom para dança de salão.
Estava na Argentina em 2005. E decidi assistir a uma aula de tango — sem intenção de participar — entrei, paguei meus dez pesos, andei até lá — 10 mulheres e um cara, normalmente uma boa proporção. A instrutora disse, "Você tem que participar." Imediatamente, o suor da morte. (Risos) Suor de medo de vôo e de briga, porque eu havia tentado dança de salão na escola — pisei no pé da garota com meu salto. Ela gritou. Eu estava tão preocupado com a percepção dela sobre o que eu fazia, que isso explodiu na minha cara, e nunca voltei ao clube de dança de salão. Ela se aproxima, a professora. "Okay, vamos, me agarre." Uma bela assistente de instrução. Ela estava bem irritada porque eu a havia tirado de sua aula avançada. Então eu dei o melhor de mim. Não sabia o que fazer com as mãos. E ela se afastou, soltou seus braços, os pôs na cintura, se virou e gritou para a sala toda:
(Risos) o que achei encorajador. (Risos) Todos riram. Fui humilhado. Ela volta e diz, "Vamos, eu não tenho o dia todo." Como alguém que fez luta livre desde os oito anos, continuei a esmagá-la, ao estilo de Carícia Fatal. Ela olhou pra cima e disse, "Assim é melhor." Então paguei um mês de aulas. (Risos)
E continuei a procurar por — eu queria uma competição, para estabelecer um prazo — Lei de Parkinson, a complexidade percebida de uma tarefa expande-se para encher o tempo alocado para ela. Então eu tinha um prazo curto para a competição. Arrumei uma instrutora feminina primeiro, para me ensinar o papel feminino, guiado, porque eu queria entender a sensibilidade e habilidades que quem segue deve desenvolver, para não repetir o fiasco do colégio. Então fiz um inventário das características, junto a ela, das habilidades e elementos de diferentes dançarinos campeões. Entrevistei essas pessoas, porque todos moravam em Buenos Aires. Comparei as duas listas, e o que achei foi que há explicitamente, especialidades que eles recomendam, alguns métodos de treino. E há coisas em comum que são implícitas e que parece que ninguém ensina. Agora, deixando de lado o protecionismo dos dançarinos argentinos, eu achei isto muito interessante. Então decidi focar em três dessas habilidades. Longos passos. Então muitos milongueros, dançarinos de tango, usavam passos curtos. Achei que os longos eram mais elegantes. Então você tem — e pode fazê-lo em um lugar bem pequeno, na verdade. Segundo, diferentes tipos de pivôs. Terceiro, variação no ritmo. Essas pareceram ser as três áreas que eu podia explorar, para competir, se queria vencer gente que treinava há 20 ou 30 anos.
Esta foto é das semi finais dos campeonatos de Buenos Aires, quatro meses depois. Então, um mês depois, fui ao campeonato mundial, cheguei à semi final. Então estabeleci um recorde mundial, em seguida, duas semanas depois. Quero que vejam parte do que eu treinei. Vou acelerar aqui. Este é o instrutor que Elysia e eu escolhemos para o papel masculino. Seu nome é Gabriel Misse. Um dos dançarinos mais elegantes de sua geração, famoso por seus longos passos, e mudanças de ritmo e seus pivôs. Elysia, por si só, muito famosa. Então acho que vocês concordam, eles ficam bem juntos. Agora, o que eu gosto desse vídeo é que é na verdade a primeira vez que dançam juntos por conta de sua condução. Ele é um condutor bem forte. Ele não conduz com o tórax, o que requer que se curve para a frente. Eu não consegui desenvolver atributos em meus dedões, a força em meus pés, para fazer isso. Então sua condução se baseia em seus ombros e seus braços. Então ele pode levantar a mulher para pará-la, por exemplo. Este é um dos benefícios disso. Então dissecamos isso. Este é um exemplo de um pivô. Este é um pivô de contrapasso. Existem muitos tipos. Tenho centenas de horas de gravações. Tudo categorizado, como fazia George Carlin com sua comédia. Então usando minha arqui nêmesis, Espanhol, nada menos, para aprender tango.
Então o medo é seu amigo. É um indicador. Às vezes mostra o que não deve ser feito. Mas na maioria das vezes, mostra exatamente o que deve ser feito. E os melhores resultados que obtive na vida, os melhores momentos, vieram da simples pergunta.
Principalmente com os medos que vêm da infância. Use processos analíticos, suas capacidades, aplique-as aos velhos medos. Aplique-as a sonhos muito grandes.
E quando penso no que temo agora, é muito simples. Quando imaginei minha vida, o que ela teria sido, sem as oportunidades educacionais que tive, isso me faz pensar. Passei os últimos dois anos tentando desconstruir o sistema público de educação americano, para consertá-lo ou substituí-lo. E pesquisei cerca de 50.000 estudantes até agora, construindo, digamos, meia dúzia de escolas, meus leitores, por enquanto. E se algum de vocês se interessar por isso, eu adoraria conversar com vocês. Não sei de nada. Sou um iniciante. Mas eu faço muitas peguntas, e adoraria seus conselhos. Muito obrigado.
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
Este é Tim Ferriss por volta de 1979 DC, aos dois anos. Pelo agachamento, dá pra notar que eu era um garoto bem confiante — e não sem motivo. Eu tinha um hábito bem gracioso, na época, que era o de esperar até tarde da noite, quando meus pais relaxavam de um dia de trabalho duro, fazendo palavras cruzadas, vendo tevê. Eu corria pela sala, pulava no sofá, arrancava as almofadas, jogava no chão, gritava a plenos pulmões, e corria, porque eu era o Incrível Hulk. (Risos) Obviamente, dá pra ver a semalhança. E este hábito durou muito tempo.
Aos sete anos, eu fui ao acampamento de verão. Meus pais acharam necessário para sua sanidade. E, sempre ao meio-dia, as crianças iam a um lago, onde haviam docas. Pra pular da ponta e mergulhar no fundo. Eu nasci prematuro. Sempre fui pequeno. Meu pulmão esquerdo falhou no parto. E sempre tive problemas para flutuar. Então a água sempre me amedrontou, pra começar, mas eventualmente eu entrava. E num dia em particular, os campistas pulavam através de bóias. Eles pulavam entre as bóias. E eu achei divertido. Então eu mergulhei, e o valentão do acampamento segurou meus calcanhares. E eu tentei subir pra tomar ar, e minhas costas bateram no fundo da bóia. Eu enlouqueci e pensei que fosse morrer. Um conselheiro do acampamento felizmente veio e nos separou. Daí em diante eu tinha terror de nadar. O que eu não superei ainda. Minha inabilidade de nadar tem sido uma de minhas maiores humilhações. Foi quando eu percebi que não era o Incrível Hulk.
Mas esta história tem um final feliz. Aos 31, que é minha idade agora, em Agosto, tirei duas semanas para reexaminar a natação, e questionar todos os seus óbvios aspectos. E parti de nadar uma volta, ou seja, 10 metros, como um macaco se afogando, com o coração batendo 200 vezes por minuto, eu medi, até conseguir ir de Montauk em Long Island perto de onde cresci, e pular no oceano e nadar um quilômetro em mar aberto, sair e me sentindo melhor do que quando entrei.
E quando saí, na minha sunga, estilo europeu, me senti como o Incrível Hulk.
E é como que quero que todos aqui sintam, como o Incrível Hulk, ao fim desta apresentação. Especificamente, quero que sintam-se capazes de se tornarem excelentes nadadores de longa distância, aprendizes de línguas de classe mundial, e campeões de tango. E gostaria de compartilhar minha arte. Se tenho uma arte, ela consiste em desconstruir as coisas que me amedrontam. Então, seguindo.
Natação, primeiros princípios. Primeiros princípios, isso é importante. Descobri que os melhores resultados na vida são sempre sabotados por falsas idealizações e pressuposições não testadas. E a virada na natação começou quando um amigo disse:
"Vou passar um ano sem estimulantes" — este era do tipo que toma seis expressos duplos por dia — "se você conseguir nadar um quilômetro em mar aberto."
Então começou o desafio. Eu comecei a procurar triatletas porque descobri que quem nada desde cedo não sabe ensinar o que faz. Tentei pranchinhas. Meu pé atravessava a água como lâminas. Nem me movia. Saía desmoralizado, olhando para meus pés. Palmares, tudo. Tentei até lições com atletas olímpicos, nada ajudou. Então Chris Sacca, que agora é um grande amigo, havia completado um Iron Man a uma temperatura de 40 graus, e disse, "Tenho a resposta às suas preces." E me apresentou ao trabalho de um homem chamado Terry Laughlin, que é o fundador da Natação de Imersão Total. O que me levou a examinar biomecânica.
Então aqui estão novas regras para o nado, se algum de vocês tem medo, ou não é bom em nadar. A primeira é, pare de chutar. Bem pouco intuitivo. Ao que parece a propulsão não é o problema de verdade. Chutar mais forte não resolve o problema porque o nadador comum só transfere cerca de 3% de seu gasto de energia em movimento para a frente. O problema é a hidrodinâmica. Então no que você deve focar é em permitir que sua parte inferior siga os movimentos do torço, como um carro pequeno no vácuo de um grande, na estrada. E isso é conseguido atraves de uma posição horizontal do corpo. O único modo de fazer isso é não nadar na superfície. Nosso corpo é mais denso que a água. 95 porcento dele seria, pelo menos, naturalmente submerso.
Então você termina, número três, não nadando, no caso do nado livre, sobre sua barriga, como muitos acreditam, sobre a água. Mas na verdade indo do vácuo direito, ao vácuo esquerdo, mantendo a fuselagam em posição tanto quanto possível. Então vejamos alguns exemplos. Este é Terry. E podem ver que ele estende seu braço direito abaixo da cabeça e bem à frente. Então todo o seu corpo está, realmente, submerso. O braço está estendido abaixo da cabeça. A cabeça se mantém alinhada à espinha, e usamos a pressão da água para elevar as pernas — muito importante, especialmente para quem tem pouca gordura. Eis um exemplo da braçada. Então não chute. Abane um pouco. Você pode ver que esta é a extensão esquerda. Então vemos a perna esquerda. Pequeno abano, com o propósito de girar o quadril para chegar ao lado oposto. E o ponto de entrada para esta mão - notem, ele não está indo pra frente pegar a água. Ao invés disso, ele penetra a um ângulo de 45 graus de seu antebraço, então propulsionando-se por inércia — muito importante.
Incorreto, acima, é o que quase todos os trinadores vão lhe ensinar. Não é culpa deles, de verdade. E eu chegarei ao implícito versus explícito em um momento. Abaixo é o que quase todos os nadadores irão perceber que permite que façam o que fiz, que é ir de 21 braçadas a cada 18.3 metros, a 11 braçadas, em dois treinos, sem treinador, sem monitor de video. E agora eu adoro nadar. Não posso esperar para nadar. Darei uma lição mais tarde, sozinho, se não quiserem me acompanhar.
Última coisa, respiração. Um problema que muitos de nós têm, quando nadam. Em nado livre, a melhor maneira de melhorar é virar com o corpo, e olhar para a mão alta antes de entrar na água. E isto o levará longe. E é isso. É realmente tudo o que precisamos saber.
Línguas. Materiais versus métodos. Eu, assim como muitos, concluí que era terrível em línguas. Eu sofri no espanhol, no primeiro ano do segundo grau. E a soma total do meu conhecimento era, "Donde esta el bano?" E eu não entendia a resposta. Era lastimável. Então fui transferido a outra escola no segundo ano. Pude escolher outras línguas. A maioria dos meus amigos escolheu japonês. Então pensei, por que não punir a mim mesmo? Vou fazer japonês. Seis meses depois, pude ir ao Japão. Meus professores me asseguraram, "Não se preocupe. Você terá aulas de japonês todos os dias pra lhe ajudar. Vai ser uma experiência fantástica." Minha primeira viagem internacional, na verdade. Então meus pais me encorajaram, e eu fui.
Cheguei a Tokio. Fantástico. Não acreditava que estivesse do outro lado do mundo. Conheci minha família anfitriã. As coisas foram bem, eu acho, considerando tudo. Na primeira noite, antes do primeiro dia de escola, eu disse à minha mãe, educadamente, "Por favor, me acorde às oito." Então, (em japonês) Mas eu não disse (em japonês). Eu disse (em japonês). Quase. O que eu disse foi:
Por favor, me estupre às oito.
(Risos) Nunca se vou uma japonesa mais confusa. (Risos)
Andei para a escola. E um professor se aproximou e me entregou um papel. Não consegui ler nada — poderiam ser até hieróglifos — porque era em Kanji, Caracteres chineses adaptados para a língua japonesa. Perguntei o que dizia. E ele, "Ah, okay, okay, ehhto, História Mundial, Cálculo, Japonês Tradicional." E por aí vai. Então veio a mim em ondas. Algo havia se perdido na tradução. As aulas de japonês não eram somente da língua. Era o currículo normal dos alunos japoneses. Os outros 4.9999 estudantes da escola, tirando o americano. E esta foi minha resposta. (Risos)
Isto me enviou a esta busca em pânico pelo método de aprendizado de linguagem perfeito. Tentei de tudo. Fui a Kinokuniya. Tentei todos os livros possíveis, todos os CDs, Nada funcionou até que achei isto. Isto é o Joyo Kanki. É um bloco, ou melhor, um poster dos 1.945 caracteres mais comuns determinados pelo Ministério da Educação em 1981. Muitas publicaçãoes japonesas se limitam a estes caracteres, para ajudar no grau de instrução — alguns são obrigados. E isto tornou-se meu Cálice Sagrado, minha Pedra de Rosetta.
Logo que foquei neste material, eu decolei. Terminei capaz de ler o Asahi Shinbu, o Jornal Asahi, cerca de seis meses depois — num total de 11 meses — E fui da turma de japonês I à de japonês VI. E trabalhei como tradutor aos 16, quando voltei aos EUA, e continei a aplicar esta abordagem de material sobre método a quase uma dúzia de línguas até agora. Alguém que era terrível em línguas, a qualquer momento pode falar, ler e escrever em cinco ou seis. Isso nos traz ao ponto, que é, muitas vezes é o que você faz, não como faz, o fator determinante. Esta é a diferença de ser efetivo — fazer as coisas certas — e ser eficiente — fazer as coisas bem, sejam ou não importantes.
Você pode fazer o mesmo com gramática. Eu criei estas seis frases depois de muitos experimentos.
- A maçã é vermelha.
- Ela é a maçã do John.
- Eu dei ao John a maçã.
- Nós queremos dar a ele a maçã.
- Ele deu ela ao John.
- Ela deu ela (a maçã) a ele.
Ter acesso a um locutor nativo permite que desconstruamos sua gramática, ao traduzir estas frases no passado, presente e futuro, isso mostrará o sujeito, predicado, verbo, colocação de objetos diretos e indiretos, gênero e assim por diante. Daí, você pode, se quiser, aprender múltiplas línguas, e alterná-las para que não haja influência. Podemos falar sobre isso se alguém estiver interessado. E agora eu adoro línguas.
Então dança de salão, implícito versus explícito — muito importante. Você pode olhar para mim e dizer, "Este cara deve ser um dançarino de salão." Mas não, você estaria errado porque meu corpo é bem mal projetado para a maioria das coisas — bem projetado para levantar pedras pesadas, talvez. Eu costumava ser maior, ter mais músculo. Então acabei andando assim. Eu parecia um orangotango, nosso primo próximo, ou o Incrível Hulk — o que não era bom para dança de salão.
Estava na Argentina em 2005. E decidi assistir a uma aula de tango — sem intenção de participar — entrei, paguei meus dez pesos, andei até lá — 10 mulheres e um cara, normalmente uma boa proporção. A instrutora disse, "Você tem que participar." Imediatamente, o suor da morte. (Risos) Suor de medo de vôo e de briga, porque eu havia tentado dança de salão na escola — pisei no pé da garota com meu salto. Ela gritou. Eu estava tão preocupado com a percepção dela sobre o que eu fazia, que isso explodiu na minha cara, e nunca voltei ao clube de dança de salão. Ela se aproxima, a professora. "Okay, vamos, me agarre." Uma bela assistente de instrução. Ela estava bem irritada porque eu a havia tirado de sua aula avançada. Então eu dei o melhor de mim. Não sabia o que fazer com as mãos. E ela se afastou, soltou seus braços, os pôs na cintura, se virou e gritou para a sala toda:
Este cara é uma montanha de músculos, e está me segurando como um maldito francês.
(Risos) o que achei encorajador. (Risos) Todos riram. Fui humilhado. Ela volta e diz, "Vamos, eu não tenho o dia todo." Como alguém que fez luta livre desde os oito anos, continuei a esmagá-la, ao estilo de Carícia Fatal. Ela olhou pra cima e disse, "Assim é melhor." Então paguei um mês de aulas. (Risos)
E continuei a procurar por — eu queria uma competição, para estabelecer um prazo — Lei de Parkinson, a complexidade percebida de uma tarefa expande-se para encher o tempo alocado para ela. Então eu tinha um prazo curto para a competição. Arrumei uma instrutora feminina primeiro, para me ensinar o papel feminino, guiado, porque eu queria entender a sensibilidade e habilidades que quem segue deve desenvolver, para não repetir o fiasco do colégio. Então fiz um inventário das características, junto a ela, das habilidades e elementos de diferentes dançarinos campeões. Entrevistei essas pessoas, porque todos moravam em Buenos Aires. Comparei as duas listas, e o que achei foi que há explicitamente, especialidades que eles recomendam, alguns métodos de treino. E há coisas em comum que são implícitas e que parece que ninguém ensina. Agora, deixando de lado o protecionismo dos dançarinos argentinos, eu achei isto muito interessante. Então decidi focar em três dessas habilidades. Longos passos. Então muitos milongueros, dançarinos de tango, usavam passos curtos. Achei que os longos eram mais elegantes. Então você tem — e pode fazê-lo em um lugar bem pequeno, na verdade. Segundo, diferentes tipos de pivôs. Terceiro, variação no ritmo. Essas pareceram ser as três áreas que eu podia explorar, para competir, se queria vencer gente que treinava há 20 ou 30 anos.
Esta foto é das semi finais dos campeonatos de Buenos Aires, quatro meses depois. Então, um mês depois, fui ao campeonato mundial, cheguei à semi final. Então estabeleci um recorde mundial, em seguida, duas semanas depois. Quero que vejam parte do que eu treinei. Vou acelerar aqui. Este é o instrutor que Elysia e eu escolhemos para o papel masculino. Seu nome é Gabriel Misse. Um dos dançarinos mais elegantes de sua geração, famoso por seus longos passos, e mudanças de ritmo e seus pivôs. Elysia, por si só, muito famosa. Então acho que vocês concordam, eles ficam bem juntos. Agora, o que eu gosto desse vídeo é que é na verdade a primeira vez que dançam juntos por conta de sua condução. Ele é um condutor bem forte. Ele não conduz com o tórax, o que requer que se curve para a frente. Eu não consegui desenvolver atributos em meus dedões, a força em meus pés, para fazer isso. Então sua condução se baseia em seus ombros e seus braços. Então ele pode levantar a mulher para pará-la, por exemplo. Este é um dos benefícios disso. Então dissecamos isso. Este é um exemplo de um pivô. Este é um pivô de contrapasso. Existem muitos tipos. Tenho centenas de horas de gravações. Tudo categorizado, como fazia George Carlin com sua comédia. Então usando minha arqui nêmesis, Espanhol, nada menos, para aprender tango.
Então o medo é seu amigo. É um indicador. Às vezes mostra o que não deve ser feito. Mas na maioria das vezes, mostra exatamente o que deve ser feito. E os melhores resultados que obtive na vida, os melhores momentos, vieram da simples pergunta.
O que é o pior que pode acontecer?
Principalmente com os medos que vêm da infância. Use processos analíticos, suas capacidades, aplique-as aos velhos medos. Aplique-as a sonhos muito grandes.
E quando penso no que temo agora, é muito simples. Quando imaginei minha vida, o que ela teria sido, sem as oportunidades educacionais que tive, isso me faz pensar. Passei os últimos dois anos tentando desconstruir o sistema público de educação americano, para consertá-lo ou substituí-lo. E pesquisei cerca de 50.000 estudantes até agora, construindo, digamos, meia dúzia de escolas, meus leitores, por enquanto. E se algum de vocês se interessar por isso, eu adoraria conversar com vocês. Não sei de nada. Sou um iniciante. Mas eu faço muitas peguntas, e adoraria seus conselhos. Muito obrigado.
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
Comentários