Cientistas do MIT mostram que nossa noção do que é certo e errado pode ser alterada simplesmente através de interferência magnética em deter...
Cientistas do MIT mostram que nossa noção do que é certo e errado pode ser alterada simplesmente através de interferência magnética em determinada região do cérebro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9un2xKdLhEcKOllgY9edJhywXOE9zVD0vQWvzTf_yT446ZkU8Wr9AIDA0Ndj4NQfjfdXQ7jfv-tP6ZCxEjo0P7poDcCerndo8xR9E933CZVtkOAXzR3IkTmhfEmK3lpSnYr1qkaE-SeXX/s320/Cerebro_r_TMS.jpg)
Em um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences foi empregado um campo magnético não-invasivo denominada estimulação magnética transcraniana (TMS) aplicado no couro cabeludo para produzir uma corrente em uma área do cérebro denominada junção temporo-parietal (TPJ) e pediram aos voluntários da pesquisa que lessem uma série de situações relativas a questões morais.
Estudos demonstram que a junção temporo-parietal direita, uma área do cérebro situada acima e atrás do ouvido direito, é normalmente ativada quando pensamos no resultado futuro de uma ação específica. Sendo uma importante região para a tomada de decisões morais.
![Junção temporo-parietal direita](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy3Q9x9KeW3OkXKyh-HR-bM_bQLSEROUXNOZHRwETR3Q_SfJ5o6qjfm-Y2RP-b8bcGXCZegSfScPuWyXTs7qf_hyqc54HNyi4O7WTbpj1AA_gxS-4TMn6pyyD2Re0KTyYkRIa0geGYX7-W/s320/juncaoTemporoPariental.jpg)
Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário no qual tinham de julgar as ações dos personagens baseados em suas intenções após a junção temporo-parietal dos voluntários terem sido expostas a TMS por 25 minutos. No segundo, pediu-se que fizessem seus julgamentos enquanto submetidos a impulsos muito curtos (0,5 segundos) de interferência magnética.
Para exemplificar uma situação típica lida pelos voluntários havia o caso de um homem que deixava a namorada atravessar uma ponte que ele considerava insegura. Contudo ao atravessar a ponte nada aconteceu com a mulher.
Em outra questão uma mulher, chamada Grace, serve bebida para uma amiga após colocar um pó branco de uma lata com a inscrição "tóxico". Grace não sabia, mas a lata continha realmente açúcar inofensivo.
Depois de exposta uma situação, os cientistas pediam aos voluntários que avaliassem, numa escala de um ("absolutamente proibido") a sete ("absolutamente permitido"), o quanto as ações de Grace e dos outros personagens das situações expostas eram moralmente aceitáveis.
Os indivíduos do grupo de controle conseguiam julgar perfeitamente a moralidade e a nocividade dos personagens e suas ações. Enquanto que aqueles expostos ao campo magnético tendiam a considerar moralmente aceitáveis as tentativas frustradas de causar mal a outra pessoa. Ou seja, julgavam mais o resultado e não a intenção.
A pesquisa fornecerá elementos para entendermos como funciona nossa habilidade de inferir a intenção dos outros, habilidade essa conhecida como "teoria da mente".
Assim, sabemos que um homicídio doloso (com intenção de matar) é considerado mais grave do que um crime culposo (sem intenção de matar) mostrando na prática o quanto a intenção "pesa" nos julgamentos.
Fonte: MIT News, Correio Braziliense, PopSci
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9un2xKdLhEcKOllgY9edJhywXOE9zVD0vQWvzTf_yT446ZkU8Wr9AIDA0Ndj4NQfjfdXQ7jfv-tP6ZCxEjo0P7poDcCerndo8xR9E933CZVtkOAXzR3IkTmhfEmK3lpSnYr1qkaE-SeXX/s320/Cerebro_r_TMS.jpg)
Em um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences foi empregado um campo magnético não-invasivo denominada estimulação magnética transcraniana (TMS) aplicado no couro cabeludo para produzir uma corrente em uma área do cérebro denominada junção temporo-parietal (TPJ) e pediram aos voluntários da pesquisa que lessem uma série de situações relativas a questões morais.
Estudos demonstram que a junção temporo-parietal direita, uma área do cérebro situada acima e atrás do ouvido direito, é normalmente ativada quando pensamos no resultado futuro de uma ação específica. Sendo uma importante região para a tomada de decisões morais.
![Junção temporo-parietal direita](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy3Q9x9KeW3OkXKyh-HR-bM_bQLSEROUXNOZHRwETR3Q_SfJ5o6qjfm-Y2RP-b8bcGXCZegSfScPuWyXTs7qf_hyqc54HNyi4O7WTbpj1AA_gxS-4TMn6pyyD2Re0KTyYkRIa0geGYX7-W/s320/juncaoTemporoPariental.jpg)
Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário no qual tinham de julgar as ações dos personagens baseados em suas intenções após a junção temporo-parietal dos voluntários terem sido expostas a TMS por 25 minutos. No segundo, pediu-se que fizessem seus julgamentos enquanto submetidos a impulsos muito curtos (0,5 segundos) de interferência magnética.
Para exemplificar uma situação típica lida pelos voluntários havia o caso de um homem que deixava a namorada atravessar uma ponte que ele considerava insegura. Contudo ao atravessar a ponte nada aconteceu com a mulher.
Em outra questão uma mulher, chamada Grace, serve bebida para uma amiga após colocar um pó branco de uma lata com a inscrição "tóxico". Grace não sabia, mas a lata continha realmente açúcar inofensivo.
Depois de exposta uma situação, os cientistas pediam aos voluntários que avaliassem, numa escala de um ("absolutamente proibido") a sete ("absolutamente permitido"), o quanto as ações de Grace e dos outros personagens das situações expostas eram moralmente aceitáveis.
Os indivíduos do grupo de controle conseguiam julgar perfeitamente a moralidade e a nocividade dos personagens e suas ações. Enquanto que aqueles expostos ao campo magnético tendiam a considerar moralmente aceitáveis as tentativas frustradas de causar mal a outra pessoa. Ou seja, julgavam mais o resultado e não a intenção.
Você pensa da moralidade como sendo um comportamento de nível muito alto. Ser capaz de aplicar (um campo magnético) em uma região específica do cérebro e mudar o juízo moral das pessoas é realmente surpreendente.
Liane Young. Autora do artigo
A pesquisa fornecerá elementos para entendermos como funciona nossa habilidade de inferir a intenção dos outros, habilidade essa conhecida como "teoria da mente".
Assim, sabemos que um homicídio doloso (com intenção de matar) é considerado mais grave do que um crime culposo (sem intenção de matar) mostrando na prática o quanto a intenção "pesa" nos julgamentos.
Fonte: MIT News, Correio Braziliense, PopSci
Muito interessante, realmente o magnetismo tem propriedades e causa interferencias desconhecidas ainda ..
ResponderExcluirExato. Disse bem. Só espero que não descubram que o uso de celulares pode afetar nosso julgamento também. Aí o jeito vai ser tratar de negócios em aparelhos fixos.
ResponderExcluirOlá amigo Prof.War,
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Gostei de ler a notícia. Achei-a interessante, surpreendente e um pouco temerosa...
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
É Lilian. Esse tipo de notícia vai aos poucos transformando profundamente a sociedade e nos faz enxergar que estamos nos adentrando por caminhos sem volta e totalmente desconhecidos.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelo abraço fraternal e o carinho que eu igualmente retribuo.
Essa pesquisa mostra que nada se compara à razão. Se o indivíduo tem claro para si que a intenção tem implicações morais independente do resultado da ação, saberá ponderar seus pensamentos instintivos (influenciado pela radiação eletromagnética) e seria menos influenciado pelo "julgamento emocional".
ResponderExcluirDistinção importante: conceito de moral é diferente de julgamento moral.
Eu fiz essas aplicações magnéticas para tratar a depressão e não resolveu absolutamente nada e é um tratamento muito caro.
ResponderExcluirUma nutricionista e uma endocrinologista me afirmaram que pesquisas recentes relacionaram alguns tipos de depressão à alimentação. Pessoas que comem alimentos que irritam o intestino (desde fast foods até lacticínios, para quem tem intolerância à lactose) podem prejudicar a produção de serotonina. O cérebro produz 25% do hormônio, os outros 75% seriam produzido pelo intestino. A falta desse hormônio pode levar a quadros de depressão.
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