A Coisa Vermelha: Documentário sobre o programa espacial soviético

Na época, devido à Guerra Fria, os detalhes do programa espacial de Moscou eram pouco divulgados. Agora você poderá ver como a tecnologia po...

Na época, devido à Guerra Fria, os detalhes do programa espacial de Moscou eram pouco divulgados. Agora você poderá ver como a tecnologia pode seguir caminhos diversos e encontrar soluções distintas para atingir metas similares.



Esse é um olhar em direção à corrida espacial ocorrida entre as superpotências Estados Unidos e União Soviética. Uma época em que as informações eram poucas, escassaz e a telecomunicação era bem mais difícil e cara.

Mas havia a barreira ideológica também. Você se interessar em saber o que o “lado de lá” estava fazendo em um mundo polarizado era um pecado. Era a tentação que deveria ser evitada a todo custo para que o modelo de sociedade defendido fosse um sistema protegido da espionagem e do proselitismo. Como consequência isso deixava a maioria da sociedade alienada sobre os avanços e soluções da engenharia, agora falando do ponto de vista ocidental, que estariam sendo produzidos dentro dos países da “cortina de ferro”.

Mas essa cegueira poderia ser muito prejudicial, como ocorreu no chamado “Choque da Sputnik” quando os países aliados ficaram perplexos ao detectar que um artefado soviético estava emitindo “bips” sobre suas cabeças. Traçando um paralelo, é o que ocorreu nessa espécie de “guerra fria” econômica atual no recente episódio da apresentação do modelo de IA chinês (R1 da DeepSeek) que por uma fração do custo (R$ 6 milhões contra os US$ 100 milhões das big techs americanas, em especial a OpenAI) usando hardware muito aquém do que há de mais moderno da fabricante Nvidia (pois os EUA proibiram a venda para a China dos chips mais avançados, justamente para evitar o rápido desenvolvimento da concorrência). Pegou até outras empresas chinesas de surpresa e causou um prejuízo de trilhões nas ações das corporações envolvidas nessa outra “corrida” (pela melhor IA).

Apesar do que pensam muitos que viveram os anos da corrida espacial, iniciada após o início da corrida armamentista nuclear baseada em mísseis balísticos entre as duas nações após a Segunda Guerra Mundial, a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) saiu na dianteira nessa disputa. A vantagem tecnológica demonstrada pela realização dos voos espaciais era vista como necessária para a segurança nacional e tornou-se parte do simbolismo e da ideologia da época .

A competição espacial entre os Estados Unidos e a URSS começou em 2 de agosto de 1955, quando a URSS respondeu ao anúncio dos EUA de lançar satélites artificiais para o Ano Geofísico Internacional, declarando que também lançaria um satélite em breve. A evolução dos mísseis balísticos permitiu que essa rivalidade se estendesse ao espaço. A URSS assumiu a liderança inicial com o lançamento do Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957, o primeiro satélite artificial, e com o voo orbital de Yuri Gagarin, o primeiro humano no espaço, em 12 de abril de 1961. A URSS também alcançou a Lua com missões robóticas do Programa Luna.

Em resposta, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, estabeleceu a meta de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta em segurança. Os EUA desenvolveram o foguete Saturno V, que permitiu o sucesso da missão Apollo 11 em julho de 1969, levando Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua. Essa conquista foi vista como um marco que superou as realizações soviéticas, embora o primeiro homem no espaço ainda seja considerado por muitos como um feito igualmente significativo. A URSS tentou, sem sucesso, desenvolver seu foguete N1 para missões lunares tripuladas, mas acabou cancelando o programa para focar em estações espaciais, como a Salyut, e em missões robóticas para Vênus e Marte.

A competição espacial entrou em declínio após o projeto Apollo-Soyuz (ASTP) em 1975, que marcou o primeiro acoplamento espacial entre uma nave americana e uma soviética, simbolizando o fim da corrida espacial e o início de uma cooperação internacional. Com o colapso da União Soviética, a rivalidade espacial foi substituída por colaborações como os programas Shuttle-Mir e a Estação Espacial Internacional, firmados em 1993 entre os EUA e a Federação Russa.

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Como os primeiros exploradores do cosmos, os cosmonautas russos, e o início das viagens espaciais do país, com várias conquistas em sequência, mostrava que o programa espacial da Rússia estava muito à frente do de seus arquirrivais, os americanos. Esse documentário é a história dos pioneiros espaciais russos, sua competitividade, os perigos que enfrentaram no treinamento e os riscos assumidos para ficar à frente dos americanos. A coragem desses cosmonautas é mostrada nesse material de arquivo único.

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Com esse sentimento em tela vamos dar essa espiadela no que o engenho oriental soviético conseguiu desenvolver em termos de tecnologia espacial para abrirmos a mente quanto a alternativas e soluções que o engenho humano é capaz de produzir. Quem sabe, possamos assim aprender valiosas lições para o futuro.

Fonte: Youtube
Visto no Brasil Acadêmico