Robô encesta bola do meio da quadra nos JO de Tokyo 2020

Um autômato mostra como é incrível a precisão dos robôs ao acertar bolas de basquete com precisão sobre-humana.

Um autômato mostra como é incrível a precisão dos robôs ao acertar bolas de basquete com precisão sobre-humana.


Esse é provavelmente um robô resultante do projeto CUE (do qual já falamos aqui). Trata-se de um robô desenvolvido por empregados da Toyota em suas horas vagas. Uma das versões desse robô, o CUE 3, foi lançado em 2019 para figurar no Livro dos Recordes.

Na oportunidade de registro do recorde a equipe envolvida no projeto conseguiu a marca de 2.020 cestas consecutivos com assistência humana (e pelo jeito só não foi mais porque para o registro de um recorde o juiz deve assistir toda a prova sem parar nem para ir ao banheiro (e nem pode comer algo), ou seja, uma árdua limitação mais humana do que por parte do robô). Assim, essa meta em apoio aos JO de Tokyo 2020 foi alcançada após 6 horas e 35 minutos.

Apenas 6 meses antes, o CUE exigia um minuto de preparação após cada disparo; com a configuração incorreta, muitas vezes, ocorria do CUE não conseguia marcar nem uma vez a cada 30 arremessos. Assim, o CUE3 atirar com precisão infalível a cada 12 segundos parecia um milagre.

Destarte, nesse ano de 2021 - no momento em que só de vermos que os JO de 2020 estão sendo realizados com atrasos e sem público mostra as dificuldades que enfrentamos globalmente - ver esse provável CUE 5 conseguindo se mover para a posição correta e se ajustar à nova distância é realmente um feito memorável e uma ótima notícia a se contrapor com tantos desafios que o mundo enfrenta.

O primeiro CUE usava o número 70 na camiseta em comemoração ao aniversário de 70 anos da Toyota. O CUE 3 usava o número 93 pois o número "9" se pronuncia "cue" em japonês (como você pode conferir aqui).  Assim, é de se supor que o número 95 da camiseta desse robô que figurou no intervalo da partida de basquete entre os EUA e a França (com vitória de virada da França na estreia, por 89 a 79)  indique se tratar da quinta versão do CUE.

E ele fez bonito, após acertar um tiro livre dos três pontos, ele se deslizou sozinho até o meio da quadra, pegou outra bola e acertou outro arremesso. Um show de tecnologia que mostra que em termos de tiros livres estamos superados pelas máquinas em um evento onde desfilam os melhores atletas da nossa espécie.

Não duvido que teremos no futuro jogos entre fabricantes de robôs atletas, em modalidades como humanoides, uso geral, especialistas, para demonstrar e estimular o desenvolvimento da robótica e da IA e as empresas demonstrarem de sua engenharia (e talvez até o poderio das nações) em festivais internacionais.

Talvez tenhamos coisas ainda mais sensacionais como o recorde mundial em número de curas de tipos diferentes de tumores descobertos (com critérios de desempate como viabilidade, rapidez, conforto para o paciente e baixa reincidência em testes projetivos).

E esses jogos eu vou querer ver de camarote. Afinal, se for para o bem, que mal tem? 

Fonte: Toyota News Room
Visto no Brasil Acadêmico