30 anos de mudanças em qualquer ponto da Terra em mapa animado

Google lança ferramenta que permite explorar o globo terrestre no tempo e no espaço de 1984 até 2016.

Google lança ferramenta que permite explorar o globo terrestre no tempo e no espaço de 1984 até 2016.

Timelapse funciona como um vídeo interativo onde você poderá dar zoom e ver como a Terra mudou ao longo dos últimos 32 anos. Foi construído a partir de 33 mosaicos anuais livres de nuvens, um para cada ano de 1984 a 2016, por intermédio da biblioteca Time Machine do Carnegie Mellon University CREATE Lab, uma tecnologia para criar e visualizar vídeos de lapso de tempo com zoom e podendo arrastar para navegar ao longo da imagem.



Usando o Earth Engine, foram combinadas mais de 5 milhões de imagens de satélite adquiridas nas últimas três décadas por 5 satélites diferentes. A maioria das imagens vêm do Landsat , um programa de observação conjunta USGS/NASA Earth que tem observado a Terra desde os anos 1970.

Para 2015 e 2016, foram combinados imagens do Landsat 8 e do Sentinel-2A, que faz parte da Comissão Europeia e do  programa de observação da Terra Copernicus, da Agência Espacial Europeia.


Kobe, Japão. E seu avanço sobre o mar (destaque do Brasil Acadêmico).
O Timelapse é um exemplo que ilustra o poder do modelo de computação em nuvem do Earth Engine, que permite que usuários como cientistas, pesquisadores e jornalistas detectem mudanças, mapeiem tendências e quantificem diferenças na superfície da Terra usando a infra-estrutura computacional do Google e o seu catálogo de dados Earth Engine.

Algumas regiões foram destacadas abaixo do mapa pelo próprio Google e a região brasileira escolhida foi Rondônia, onde se vê o quando a atividade humana vem alterando a vegetação. Las Vegas é outra visão interessante onde podemos observar o quanto o crescimento da cidade fez o Lago Mead esvaziar de modo inversamente proporcional. O branco que sua família merece dos glaciares de Columbia, Alaska, e seu abrupto derretimento é outro alvo alvo dos cientistas.

O trocadilho pode ser uma brincadeira, a ferramenta pode ser divertida, mas seria uma pena termos tantos dados e tecnologia para observarmos e lidarmos com nossa pegada destrutiva e não sermos capazes de vencer essa inércia aniquiladora pondo fim ao nosso próprio solapamento.

Fonte: Google Earth Engine
[Visto no Brasil Acadêmico]