A tesoura em 90 graus

RightShears é uma tesoura inovadora que resolve um problema secular que nem sabíamos que existia.

RightShears é uma tesoura inovadora que resolve um problema secular que nem sabíamos que existia.

Vamos falar sério, uma tesoura que parece que entortou após bater de frente com um rocha parece tão útil quanto um aparelho para apertar botão. Mas após ser apresentado os motivos de sua invenção o produto passa a fazer todo o sentido.

Certamente não nos importaríamos em usar uma tesoura convencional para cortar uma camada de papel ou pano. Mas basta termos uma camada maís grossa como a de um papelão e já começamos a pensar em serras e estiletes.

Parte do problema é que a mão precisa seguir o fio do corte e o material a ser cortado começa a brigar com punho. É aí que entra o caráter inovador da RightShear (ligue djá!!!).


Ao posicionar a mão que realiza o corte acima da superfície a ser particionada praticamente apenas as lâminas tocarão o objeto na região do corte. Além disso, parece ser mais ergonômico, exigindo menor esforço do ombro e, esperançosamente, um melhor apoio para o cotovelo (apenas simulei o movimento, não testei o produto de fato).

Tesoura do séc. II,
nordeste da Turquia.

Pode parecer preciosismo, mas quem corta coisas mais grossas profissionalmente (e não conta com máquinas para isso) certamente vai concordar que há algumas boas razões se ter uma dessas por perto.

As tesouras estão entre nós há muito tempo. Entre 3000 e 4000 anos atrás, na Mesopotâmia, lâminas ligadas por uma alça metálica já eram usadas. Mas as tesouras de aço com lâminas presas por um pivô, como conhecemos hoje, foram fabricadas em larga escala por Robert Hinchliffe a partir de 1761.

O vídeo dá uma ideia de que o produto funciona na prática, mas a página da RightShears mostra que ainda estão na fase de levantamento de fundos (crowdfunding) para a produção e pedidos antecipados.

Será que repetirá o bem-sucedido modelo de Hinchliffe? O que você acha?



Fonte: ReExcite
[Visto no Brasil Acadêmico]