OMS volta atrás e não desaconselha o uso do ibuprofeno contra a Covid-19

Declaração oficial aborda discussão que iniciou no fim de semana. Agência ainda analisa literatura e aborda médicos que tratam pacientes; pe...

Declaração oficial aborda discussão que iniciou no fim de semana. Agência ainda analisa literatura e aborda médicos que tratam pacientes; pelo menos 207.855 pessoas foram infetadas e 8.648 perderam a vida com a doença.

Um dos tópicos discutidos na pandemia da coronavírus é se deve ser usado o ibuprofeno para tratar pacientes. Houve uma indicação contrária por um porta-voz da Organização Mundial de Saúde, OMS, que aconselhou substituir o ibuprofeno por paracetamol na última terça-feira.

A OMS destaca que por enquanto e com base nas informações disponíveis, não recomenda que não seja usado o remédio. De acordo com a mais recente atualização, o vírus infetou 207.855 pessoas e provocou 8.648 mortes em 166 países.

Em nota, a agência disse estar ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não-esteroides, com destaque para o ibuprofeno, para tratar febres em pessoas com Covid-19.

Mas após uma rápida revisão sobre o tema declarou que:

“Não tem conhecimento dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico”.

No momento, existe uma consulta a médicos que tratam pacientes, mas não se conhecem “relatos de efeitos negativos do ibuprofeno, além dos efeitos colaterais usuais que limitam seu uso em determinados grupos”.

Até agora, a agência não havia detalhado a discussão iniciada no fim de semana por autoridades médicas de alguns países a respeito da eficácia do ibuprofeno.

Na semana passada, uma pesquisa científica sugeriu que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença. Para o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor clínico do grupo Fleury, em São Paulo, a evidência mostrada na pesquisa não era forte o suficiente. "Existem vários outros anti-inflamatórios, antitérmicos - por exemplo, paracetamol - que têm o mesmo efeito e não têm evidência de que têm esse problema", disse Granato ao G1.

Apesar disso, o Ministério da Saúde continua recomendando substituir o ibuprofeno por outros analgésicos. Segundo o ministério, "é fundamental que a substituição de medicamentos seja feita com recomendação de um profissional de saúde." A recomendação também consta em uma nota técnica, de 17 de março.

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As informações contidas nesse post é de caráter informativo. O Brasil Acadêmico não recomenda a automedicação. Consulte sempre um médico antes de usar qualquer medicamento ou se submeter a alguma terapia ou procedimento médico.

Fonte: UN.org, G1
[Visto no Brasil Acadêmico]