Bill Gates: Robô que substitui você no trabalho deve pagar imposto

Gates, um dos mais bem-sucedidos capitães da indústria da tecnologia, não acredita que o mundo dos negócios vai conseguir, por si só, lidar ...

Gates, um dos mais bem-sucedidos capitães da indústria da tecnologia, não acredita que o mundo dos negócios vai conseguir, por si só, lidar com as inequidades geradas pela automação.

Enquanto engenheiros vão projetando robôs melhores que os humanos como modo de ganhar a vida - na esperança do emprego deles ser obliterado por último :P - alguém deveria estar pensando em dar uma "regulada" nesses supremacistas da automação. Segundo especialista, até 2030, haverá postos de trabalho ocupados por robôs do que por humanos.

Se um trabalhador humano faz 50.000 dólares de trabalho em uma fábrica, sua renda é tributada. Se um robô entrar para fazer a mesma coisa, você pensaria que nós taxamos o robô em um nível similar. - Bill Gates

A preocupação com uma possível inibição da inovação, uma previsível crítica à ideia levantada por um autointitulado tecno-otimista, deve ser contrastada com os alertas da Oxfam, quanto ao fato da concentração de renda mundial vir piorando ano a ano, sendo que seu último levantamento mostrou que os oito homens mais ricos, com Gates liderando a lista, possuem a mesma riqueza da metade mais pobre da população mundial.



Também chama a atenção a constatação de que a maioria desses bilionários serem ligados ao setor de tecnologia.

Pois Gates se mostra preocupado com a atual tendência da substituição de trabalhadores por máquinas. E ele argumenta que os governos devem taxar o uso deles pelas empresas, como forma de, pelo menos, temporariamente retardar a expansão da automação e financiar outros tipos de emprego. Segundo ele, os governos devem supervisionar esses programas ao invés de confiar nas empresas, a fim de redirecionar os empregos para ajudar as pessoas com rendimentos mais baixos.

Com a redução de custos e ganho de produtividade, essas empresas financiariam os investimentos em empregos que demandam a empatia dos seres humanos, característica ausente no sistemas robotizados - e em alguns seres humanos também. :P

Esses empregos incluem atividades como cuidadores de idosos e professores de crianças.

Isso faria com que tivéssemos salas de aulas menores com vantagens óbvias para a educação. Mas seria interessante falar para um motorista da Uber ou Lyft, substituído por um carro autônomo, que ele não precisa se preocupar pois em breve estará recebendo do governo para cuidar de idosos. E quando ele for idoso outro ex-motorista da Uber será enviado para cuidar dele. Mal posso esperar pelo futuro.

Fonte: Quartzo, CNet
[Visto no Brasil Acadêmico]