A guerra pelos corações e memes dos internautas é vital para a sobrevivência e supremacia das grandes corporações no mundo digital. E só est...
A guerra pelos corações e memes dos internautas é vital para a sobrevivência e supremacia das grandes corporações no mundo digital. E só está no começo.
O Gartner já previra, em 2010, que até este ano todas as redes sociais com chance de sobrevivência teria que passar pelo hub do Facebook. Talvez, a própria internet será, em sua parte mais vibrante, uma espécie de condomínio fechado, privado e trancado com senha personalizada. Uma verdadeira SOPA para os governos com tendências totalitárias e os Big Brothers (na acepção original do termo) de plantão controlarem seus usuários digitalmente (lembrando que Assange, do Wikileaks, já chamou o Face de "máquina de espionagem").
Dessa forma, apesar de haver indícios de cansaço dos usuários de redes sociais, não é de se estranhar os movimentos estratégicos desesperados do Google lutando contra a irrelevância.
Com o fracasso na gestão do Orkut, uma ótima ideia a qual faltou visão da cúpula de Mountain View para consolidá-lo como um Facebook, a Google Inc vê agora o monstro azul anti-daltonismo se agigantar e ameaçar sua posição no ciberespaço. Se as empresas todas tiverem páginas no Face, os eventos forem organizados por lá, até mesmo a notícia do fim do Google, do Twitter, do YouTube for comentada LÁ... Para que servirá uma página de busca FORA do Facebook? PUFF! Nesse momento Larry Page, um dos fundadores da Google, acordou do pesadelo e começou a se coçar...
Assim a fase de marketing "don´t be evil" (não seja mal) pode ter chegado ao fim (Jobs já dizia que isso era besteira). Em 2011, Larry Page assumiu o lugar de Eric Schmidt (que já estava tão ou mais famoso que seus fundadores) na presidência da Google.
Com o fim da supervisão adulta dos negócios a nova gestão buscou a aprovação do mercado focando em alguns pontos estratégicos de negócios e fechando dezenas de experimentos eternamente em beta e/ou serviços que não davam o retorno financeiro esperado (alguns desses negócios custaram bem caro como a como a busca social Aardvark, adquirida por 50 milhões de dólares) ou ainda que dava munição para adversários como o Google Desktop, Google Maps API para Flash, Google Pack, Google Web Security, Image Labeler, Sidewiki e Subscribers Link. Logo no anúncio da substituição, o mercado respondeu bem e as ações da empresa valorizaram dois pontos.
Agora a Google investe firme em telefonia, tanto através de seus Apps e sistema operacional Android quanto em um smartphone próprio, e também na sua nova rede social: o Google+. Além de colocar em prática um plano de unificar seus produtos em torno de uma experiência de login único. Assim a empresa espera fortalecer sua rede social a ponto de conseguir equilibrar a disputa pelos usuários e impedir que a profecia do Gartner se concretize.
Tudo muito lógico. O problema é que os usuário e concorrentes não estão gostando muito desse sapateado digital meio fora de ritmo. Um dos últimos lances dessa sequência de golpes desferidos pela Google foi incluir na sua busca social apenas os resultados do Google+. Apesar da empresa já ter incluído, no passado, resultados do Twitter e do Facebook em sua pesquisa em tempo real.
É claro que os concorrentes ficaram furiosos. A ponto dos engenheiros de sites como Twitter, Facebook, MySpace, entre outros, se juntarem em um final de semana e criarem um botão para "consertar" os resultados do buscador de Larry Page e fazer o que eles chamaram de busca "pura" do Google (Disponível no site FocusOnTheUser.org).
Esse botão é compatível com o Chrome, Firefox e Safari e inclui os resultados presentes nas outras redes sociais. Exibindo o provocativo rótulo "Don´t be Evil", esse script ainda muda o logo do Google deixando com os dizeres "What Google should be" (O que o Google deveria ser), mais provocação.
Porém, a crítica mais sentida provavelmente foi a que saiu das próprias trincheiras de Mountain View. Diversos funcionários da empresa criticaram a exclusão dos resultados das outras mídias sociais como forma de promover o Google+. Em resposta às críticas internas, Larry Page teria dado uma resposta bastante direta, durante o lançamento da integração, chamada de "Search Plus Your World" (Busca Mais Seu Mundo) no dia 20 de janeiro, na sede do Google.
A questão é que, segundo alguns estudiosos, a geração Y é chegada em desafios e realizações, mais do que as gerações anteriores (e aparentemente os engenheiros da empresa possuem esse perfil). E não parece que vá faltar propostas com salários gordos e desafios à altura.
E os problemas não param aí. Órgãos reguladores dos EUA intensificaram a investigação de monopólio do Google após a integração da busca com o Google+. Os agentes avaliam se a empresa está usando a busca integrada para promover seus próprios serviços, em detrimento das outras redes sociais.
Talvez a lógica algorítmica de Page ainda precise de supervisão adulta. Ou então teremos que dar razão ao malvado Jobs. Aguardemos os próximos passos do desenrolar dessa novela digital.
[Via BBA]
Extensões para navegadores pretender acabar com a "maldade" do Google. |
O Gartner já previra, em 2010, que até este ano todas as redes sociais com chance de sobrevivência teria que passar pelo hub do Facebook. Talvez, a própria internet será, em sua parte mais vibrante, uma espécie de condomínio fechado, privado e trancado com senha personalizada. Uma verdadeira SOPA para os governos com tendências totalitárias e os Big Brothers (na acepção original do termo) de plantão controlarem seus usuários digitalmente (lembrando que Assange, do Wikileaks, já chamou o Face de "máquina de espionagem").
Dessa forma, apesar de haver indícios de cansaço dos usuários de redes sociais, não é de se estranhar os movimentos estratégicos desesperados do Google lutando contra a irrelevância.
Com o fracasso na gestão do Orkut, uma ótima ideia a qual faltou visão da cúpula de Mountain View para consolidá-lo como um Facebook, a Google Inc vê agora o monstro azul anti-daltonismo se agigantar e ameaçar sua posição no ciberespaço. Se as empresas todas tiverem páginas no Face, os eventos forem organizados por lá, até mesmo a notícia do fim do Google, do Twitter, do YouTube for comentada LÁ... Para que servirá uma página de busca FORA do Facebook? PUFF! Nesse momento Larry Page, um dos fundadores da Google, acordou do pesadelo e começou a se coçar...
Assim a fase de marketing "don´t be evil" (não seja mal) pode ter chegado ao fim (Jobs já dizia que isso era besteira). Em 2011, Larry Page assumiu o lugar de Eric Schmidt (que já estava tão ou mais famoso que seus fundadores) na presidência da Google.
Eric Schmidt: "Supervisão adulta diária não mais necessária!" |
Agora a Google investe firme em telefonia, tanto através de seus Apps e sistema operacional Android quanto em um smartphone próprio, e também na sua nova rede social: o Google+. Além de colocar em prática um plano de unificar seus produtos em torno de uma experiência de login único. Assim a empresa espera fortalecer sua rede social a ponto de conseguir equilibrar a disputa pelos usuários e impedir que a profecia do Gartner se concretize.
Mais provocações: mensagem da extensão "Don´t Be Evil" sugere que o usuário troque o Google Chrome por outro navegador. |
É claro que os concorrentes ficaram furiosos. A ponto dos engenheiros de sites como Twitter, Facebook, MySpace, entre outros, se juntarem em um final de semana e criarem um botão para "consertar" os resultados do buscador de Larry Page e fazer o que eles chamaram de busca "pura" do Google (Disponível no site FocusOnTheUser.org).
Esse botão é compatível com o Chrome, Firefox e Safari e inclui os resultados presentes nas outras redes sociais. Exibindo o provocativo rótulo "Don´t be Evil", esse script ainda muda o logo do Google deixando com os dizeres "What Google should be" (O que o Google deveria ser), mais provocação.
Porém, a crítica mais sentida provavelmente foi a que saiu das próprias trincheiras de Mountain View. Diversos funcionários da empresa criticaram a exclusão dos resultados das outras mídias sociais como forma de promover o Google+. Em resposta às críticas internas, Larry Page teria dado uma resposta bastante direta, durante o lançamento da integração, chamada de "Search Plus Your World" (Busca Mais Seu Mundo) no dia 20 de janeiro, na sede do Google.
Este é o caminho que vamos seguir - um único bonito produto, unificado, que passa por tudo. Se você não entende isso, então você provavelmente deveria trabalhar em outro lugar.
A questão é que, segundo alguns estudiosos, a geração Y é chegada em desafios e realizações, mais do que as gerações anteriores (e aparentemente os engenheiros da empresa possuem esse perfil). E não parece que vá faltar propostas com salários gordos e desafios à altura.
E os problemas não param aí. Órgãos reguladores dos EUA intensificaram a investigação de monopólio do Google após a integração da busca com o Google+. Os agentes avaliam se a empresa está usando a busca integrada para promover seus próprios serviços, em detrimento das outras redes sociais.
Jobs já dizia que esse negócio de "Don´t be evil" era besteira. |
[Via BBA]
Todo mundo quer ir para o lado negro da força. E esse lado se chama mercado.
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