Depois desse post, espero poder continuar tirar meu visto e não ser impedido de receber doações por cartão de crédito e PayPal.
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Na verdade, quem admite a vigilância é o próprio serviço de inteligência americano. Já que tal monitoramento ostensivo foi sugestão do próprio Congresso americano após os ataques de 11 de setembro.
Assim, quem achava que o Admirável Mundo Novo já havia prevalecido sobre 1984, é melhor pensar duas vezes. Os olhos do Tio Sam (e certamente dos outro serviços secretos) estão vigiando o pensamento do coletivo e do individual silenciosamente.
A CIA monitora as redes sociais de todo o planeta em busca de ameaças à segurança do país ou mesmo sobre o 'humor' da opinião local, revela reportagem da agência AP nesta sexta(4).
Instalada em um galpão industrial em local secreto, a equipe da agência, apelidada de "bibliotecários vingativos" (vengeful librarians), acompanha 5 milhões de tuítes por dia, além de Facebook, jornais, canais de notícias de TV, estações de rádio no mundo todo, salas de chat na internet etc.
De acordo com a reportagem, do árabe ao mandarim, a partir de um tweet irado a um blog reflexivo, os analistas colhem informações e as cruzam com jornais locais ou até conversas telefônicas interceptadas secretamente (sem autorização judicial). A partir daí, desenham um cenário sobre a quantas anda a percepção sobre os EUA naquele país ou mesmo o grau de satisfação da população.
Os tais "bibliotecários vingativos" previram, por exemplo, a chamada "Primavera Árabe" no Egito.
Atualmente, o grupo é composto por centenas de analistas (o número exato é segredo), que estudam do acesso à web na China ao humor nas ruas do Paquistão.
Ainda de acordo com a reportagem, embora a maioria dos analistas esteja na Virgínia, há "fuçadores virtuais" em embaixadas americanas no mundo todo.
O centro começou a focar-se em mídias sociais, depois de ver a reação dos usuários do Twitter contra o regime iraniano após o contestado resultado das eleições de 2009 naquele país, com a reeleição Mahmoud Ahmadinejad.
Depois que Bin Laden foi morto no Paquistão em maio, a CIA seguiu o Twitter para dar à Casa Branca um instantâneo da opinião pública mundial. Barack Obama, o presidente geek, recebe relatórios do grupo quase que diariamente, diz o texto.
A maioria dos tweets em urdu, a língua do Paquistão, e em chinês, foram negativos aos EUA à época. Autoridades paquistanesas protestaram contra o ataque como uma afronta à soberania do país, um ponto que continua a complicar as relações entre os países.
Trecho de documentário sobre o livro 1984.
Mas esses analistas não se fiam apenas pelas opiniões coletadas na rede. O centro também está comparando os resultados de suas observações em mídia social com as pesquisas de opinião, para gerar resultados mais precisos, disse Naquin à AP.
Sites como Facebook e Twitter também se tornaram um recurso fundamental para seguir uma crise, como os motins que se alastraram em Bangkok (Tailândia) em abril e maio do ano passado. O Big Brother dos brothers está mais conectado do que nunca.
Johan Bollen, professor de Informática e Computação na Universidade de Indiana afirma que este processo - também conhecido como meme-tracking - é relativamente novo e não pode ser confiável.
Mas enquanto alguns podem estar indignados com a existência de algo como o Centro de Open Source, o repórter da ITWorld, Kevin Fogarty, alerta que os sites de redes sociais nunca foram privados.
Julian Assange, fundador do Wikileaks, afirmou que o Facebook era a maior máquina de espionagem do mundo. Sua mãe, Christine Assange afirma que o filho, que abalou o governo dos EUA com a publicação de 250.000 telegramas diplomáticos do país, é perseguido por defender seu ideal de "verdade e justiça".
Ela pediu a Canberra que negocie um acordo com Estocolmo, pois ele será extraditado para a Suécia, para obter a garantia das autoridades suecas de que não será extraditado aos EUA, onde poderia ser julgado por espionagem.
Ou seja, não quer que a CIA saiba? Não diga no Facebook (mas aquele que ouve o que você diz talvez espalhe...). O fato é que há muitos paredões e nenhum prêmio no final.
Fonte: CIA admite que monitora redes sociais e chats no mundo todo - IDG Now, Newsy
[Via BBA]
Na verdade, quem admite a vigilância é o próprio serviço de inteligência americano. Já que tal monitoramento ostensivo foi sugestão do próprio Congresso americano após os ataques de 11 de setembro.
Assim, quem achava que o Admirável Mundo Novo já havia prevalecido sobre 1984, é melhor pensar duas vezes. Os olhos do Tio Sam (e certamente dos outro serviços secretos) estão vigiando o pensamento do coletivo e do individual silenciosamente.
A CIA monitora as redes sociais de todo o planeta em busca de ameaças à segurança do país ou mesmo sobre o 'humor' da opinião local, revela reportagem da agência AP nesta sexta(4).
Instalada em um galpão industrial em local secreto, a equipe da agência, apelidada de "bibliotecários vingativos" (vengeful librarians), acompanha 5 milhões de tuítes por dia, além de Facebook, jornais, canais de notícias de TV, estações de rádio no mundo todo, salas de chat na internet etc.
De acordo com a reportagem, do árabe ao mandarim, a partir de um tweet irado a um blog reflexivo, os analistas colhem informações e as cruzam com jornais locais ou até conversas telefônicas interceptadas secretamente (sem autorização judicial). A partir daí, desenham um cenário sobre a quantas anda a percepção sobre os EUA naquele país ou mesmo o grau de satisfação da população.
Os tais "bibliotecários vingativos" previram, por exemplo, a chamada "Primavera Árabe" no Egito.
Vimos que as redes sociais em lugares como o Egito poderiam tornar-se uma ameaça ao regime.
Doug Naqim. Diretor do denominado Centro Open Source da CIA
Atualmente, o grupo é composto por centenas de analistas (o número exato é segredo), que estudam do acesso à web na China ao humor nas ruas do Paquistão.
Ainda de acordo com a reportagem, embora a maioria dos analistas esteja na Virgínia, há "fuçadores virtuais" em embaixadas americanas no mundo todo.
O centro começou a focar-se em mídias sociais, depois de ver a reação dos usuários do Twitter contra o regime iraniano após o contestado resultado das eleições de 2009 naquele país, com a reeleição Mahmoud Ahmadinejad.
Depois que Bin Laden foi morto no Paquistão em maio, a CIA seguiu o Twitter para dar à Casa Branca um instantâneo da opinião pública mundial. Barack Obama, o presidente geek, recebe relatórios do grupo quase que diariamente, diz o texto.
A maioria dos tweets em urdu, a língua do Paquistão, e em chinês, foram negativos aos EUA à época. Autoridades paquistanesas protestaram contra o ataque como uma afronta à soberania do país, um ponto que continua a complicar as relações entre os países.
Mas esses analistas não se fiam apenas pelas opiniões coletadas na rede. O centro também está comparando os resultados de suas observações em mídia social com as pesquisas de opinião, para gerar resultados mais precisos, disse Naquin à AP.
Sites como Facebook e Twitter também se tornaram um recurso fundamental para seguir uma crise, como os motins que se alastraram em Bangkok (Tailândia) em abril e maio do ano passado. O Big Brother dos brothers está mais conectado do que nunca.
Johan Bollen, professor de Informática e Computação na Universidade de Indiana afirma que este processo - também conhecido como meme-tracking - é relativamente novo e não pode ser confiável.
As amostras são enormes - há 750 milhões de pessoas no Facebook - mas não importa como você olha para ela, ainda é possível que a amostra possa ser tendenciosa. Ela exige que alguém esteja no Facebook, que tenha um computador, até mesmo para usar o Facebook.
Mas enquanto alguns podem estar indignados com a existência de algo como o Centro de Open Source, o repórter da ITWorld, Kevin Fogarty, alerta que os sites de redes sociais nunca foram privados.
As redes sociais, por definição, são públicas. O que você diz nelas pode até ter sido com a intenção de ficar restrito a um círculo de seus amigos, mas há anos que ninguém acredita que uma palavra dita ou uma foto postada em cada serviço vá permanecer dentro de um círculo particular.
Julian Assange, fundador do Wikileaks, afirmou que o Facebook era a maior máquina de espionagem do mundo. Sua mãe, Christine Assange afirma que o filho, que abalou o governo dos EUA com a publicação de 250.000 telegramas diplomáticos do país, é perseguido por defender seu ideal de "verdade e justiça".
Ela pediu a Canberra que negocie um acordo com Estocolmo, pois ele será extraditado para a Suécia, para obter a garantia das autoridades suecas de que não será extraditado aos EUA, onde poderia ser julgado por espionagem.
Ou seja, não quer que a CIA saiba? Não diga no Facebook (mas aquele que ouve o que você diz talvez espalhe...). O fato é que há muitos paredões e nenhum prêmio no final.
Fonte: CIA admite que monitora redes sociais e chats no mundo todo - IDG Now, Newsy
[Via BBA]
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