Entenda como é ler o básico de uma partitura musical em 5 minutos.
Como um script de filme, a partitura mostra ao músico o que tocar (o tom) e quando tocar (o ritmo). Partituras podem parecer complicadas, mas, uma vez que você pega o jeito de alguns elementos simples como as notas, as barras de compasso e as claves, você está pronto para arrasar. Tim Hansen fala sobre o básico instrumental de que você precisa para ler música.
Quando assistimos a um filme ou uma à uma peça de teatro, sabemos que os atores provavelmente decoraram suas falas de um script, que essencialmente lhes mostra o que dizer e quando dizer.
Uma partitura funciona usando o mesmo princípio.
Num sentido bem básico, ela mostra ao músico o que tocar e quando tocar.
Esteticamente falando, existe muita diferença entre, digamos, Beethoven e Justin Bieber, mas ambos usaram os mesmos componentes essenciais para criarem suas músicas: as notas.
E embora o resultado final possa soar muito complicado, a lógica por trás das notas musicais é, na verdade, muito simples.
Vamos dar uma olhada nos elementos fundamentais de notação musical e em como eles interagem para criar uma obra de arte.
A música é escrita em cinco linhas paralelas que vão de um lado a outro da página.
Essas cinco linhas são chamadas de pauta, e uma pauta funciona em dois eixos: para cima e para baixo, e para a esquerda e direita.
O eixo cima-baixo mostra ao músico o tom da nota ou que nota tocar, e o eixo esquerda-direita mostra ao músico o ritmo da nota ou quando tocá-la.
Vamos começar com os tons.
Para nos ajudar, vamos usar um piano, mas esse sistema funciona praticamente qualquer instrumento que você possa imaginar.
Na tradição musical ocidental, os nomes dos tons são as sete primeiras letras do alfabeto: A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá) e G (Sol).
Depois disso, o ciclo se repete: A, B, C, D, E, F, G, A, B, C, D, E, F, G, e por aí vai.
Mas como esses tons recebem esses nomes? Bem, por exemplo, se você tocasse um Fá e depois tocasse outro Fá, em oitavas diferentes no piano, você notaria que os sons são similares, se comparados, digamos, ao Si.
Voltando à pauta, cada linha e cada espaço entre duas linhas representa um tom à parte.
Se pusermos uma nota em uma dessas linhas ou em um desses espaços, estamos dizendo ao músico para tocar essa nota.
Quanto mais acima na pauta uma nota estiver, maior o tom.
Mas, obviamente, existem muito, muito mais tons que os nove disponíveis nessas linhas e espaços.
Um grande piano, por exemplo, pode tocar 88 notas separadas.
Então, como condensamos 88 notas em uma única pauta? Usamos algo chamado de clave.
A clave é uma figura estranha, colocada no início da pauta, funcionando como um ponto de referência, indicando a você uma linha ou espaço específico, e corresponde a uma nota específica em seu instrumento.
Se quisermos tocar notas que não estão na pauta, meio que trapaceamos e desenhamos pequenas linhas extras, chamadas linhas suplementares, e colocamos as notas nelas.
Se tivermos de desenhar muitas linhas suplementares a ponto de ficar confuso, aí precisamos mudar para uma clave diferente.
Quanto a mostrar ao músico quando tocar as notas, dois elementos principais controlam isso: o tempo e o ritmo.
O tempo de uma partitura é meio chato, sozinho.
É assim.
Note que ele não muda, ele apenas continua alegremente.
Ele pode ser lento, ou rápido, ou realmente como você preferir.
A questão é que, assim como o segundo ponteiro de um relógio divide um minuto em sessenta segundos, tendo todos a mesma duração, o tempo divide uma partitura em pequenos fragmentos, todos com a mesma duração: os tempos.
Com um tempo constante como base, podemos começar a adicionar o ritmo a nossos tons, e é aí que a música realmente surge.
Esta é uma semínima.
É a unidade de ritmo mais básica e vale um tempo.
Esta é uma mínima e vale dois tempos.
Esta semibreve aqui vale quatro tempos, e estas pequeninas são as colcheias, valendo meio tempo cada uma.
Você diz: "Ótimo.
O que isso quer dizer?" Talvez você tenha notado que, de uma ponta da pauta à outra, existem pequenas linhas dividindo-a em pequenas partes.
Estas são linhas de compasso e nos referimos a cada parte como barra.
No início de uma partitura, logo depois da clave, vem algo chamado de fórmula de compasso, que indica ao músico quantos tempos tem cada barra.
Isto indica que são dois tempos dentro de cada barra.
Isto indica que são três; esto, quatro; e assim por diante.
O denominador indica que tipo de nota deve ser usada como base para o tempo.
"Um" corresponde a uma semibreve; "dois", a uma mínima; "quatro", a uma semínima; e "oito", a uma colcheia; e por aí vai.
Então, esta fórmula de compasso aqui indica que são quatro semínimas em cada barra: um, dois, três, quatro; um, dois, três, quatro, e por aí vai.
Mas, como eu disse antes, se tivermos apenas o tempo, fica meio chato.
Por isso, substituímos algumas semínimas por ritmos diferentes.
Note que, embora o número de notas em cada barra tenha mudado, o número total de tempos em cada barra não mudou.
Então, qual é o som da nossa criação musical? É, parece bom.
Talvez um pouco sem graça, né? Vamos adicionar outro instrumento, com seu tom e ritmo próprios.
Agora está parecendo música.
Certamente, é preciso alguma prática para nos acostumarmos a lê-la com rapidez e a tocar no instrumento aquilo que lemos.
Mas, com um pouco de tempo e paciência, você pode ser o próximo Beethoven ou Justin Bieber.
Fonte: TED-Ed
[Visto no Brasil Acadêmico]
Uma partitura funciona usando o mesmo princípio.
Num sentido bem básico, ela mostra ao músico o que tocar e quando tocar.
Esteticamente falando, existe muita diferença entre, digamos, Beethoven e Justin Bieber, mas ambos usaram os mesmos componentes essenciais para criarem suas músicas: as notas.
E embora o resultado final possa soar muito complicado, a lógica por trás das notas musicais é, na verdade, muito simples.
Vamos dar uma olhada nos elementos fundamentais de notação musical e em como eles interagem para criar uma obra de arte.
A música é escrita em cinco linhas paralelas que vão de um lado a outro da página.
Essas cinco linhas são chamadas de pauta, e uma pauta funciona em dois eixos: para cima e para baixo, e para a esquerda e direita.
O eixo cima-baixo mostra ao músico o tom da nota ou que nota tocar, e o eixo esquerda-direita mostra ao músico o ritmo da nota ou quando tocá-la.
Vamos começar com os tons.
Para nos ajudar, vamos usar um piano, mas esse sistema funciona praticamente qualquer instrumento que você possa imaginar.
Na tradição musical ocidental, os nomes dos tons são as sete primeiras letras do alfabeto: A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá) e G (Sol).
Depois disso, o ciclo se repete: A, B, C, D, E, F, G, A, B, C, D, E, F, G, e por aí vai.
Mas como esses tons recebem esses nomes? Bem, por exemplo, se você tocasse um Fá e depois tocasse outro Fá, em oitavas diferentes no piano, você notaria que os sons são similares, se comparados, digamos, ao Si.
Voltando à pauta, cada linha e cada espaço entre duas linhas representa um tom à parte.
Se pusermos uma nota em uma dessas linhas ou em um desses espaços, estamos dizendo ao músico para tocar essa nota.
Quanto mais acima na pauta uma nota estiver, maior o tom.
Mas, obviamente, existem muito, muito mais tons que os nove disponíveis nessas linhas e espaços.
Um grande piano, por exemplo, pode tocar 88 notas separadas.
Então, como condensamos 88 notas em uma única pauta? Usamos algo chamado de clave.
A clave é uma figura estranha, colocada no início da pauta, funcionando como um ponto de referência, indicando a você uma linha ou espaço específico, e corresponde a uma nota específica em seu instrumento.
Se quisermos tocar notas que não estão na pauta, meio que trapaceamos e desenhamos pequenas linhas extras, chamadas linhas suplementares, e colocamos as notas nelas.
Se tivermos de desenhar muitas linhas suplementares a ponto de ficar confuso, aí precisamos mudar para uma clave diferente.
Quanto a mostrar ao músico quando tocar as notas, dois elementos principais controlam isso: o tempo e o ritmo.
O tempo de uma partitura é meio chato, sozinho.
É assim.
Note que ele não muda, ele apenas continua alegremente.
Ele pode ser lento, ou rápido, ou realmente como você preferir.
A questão é que, assim como o segundo ponteiro de um relógio divide um minuto em sessenta segundos, tendo todos a mesma duração, o tempo divide uma partitura em pequenos fragmentos, todos com a mesma duração: os tempos.
Com um tempo constante como base, podemos começar a adicionar o ritmo a nossos tons, e é aí que a música realmente surge.
Esta é uma semínima.
É a unidade de ritmo mais básica e vale um tempo.
Esta é uma mínima e vale dois tempos.
Esta semibreve aqui vale quatro tempos, e estas pequeninas são as colcheias, valendo meio tempo cada uma.
Você diz: "Ótimo.
O que isso quer dizer?" Talvez você tenha notado que, de uma ponta da pauta à outra, existem pequenas linhas dividindo-a em pequenas partes.
Estas são linhas de compasso e nos referimos a cada parte como barra.
No início de uma partitura, logo depois da clave, vem algo chamado de fórmula de compasso, que indica ao músico quantos tempos tem cada barra.
Isto indica que são dois tempos dentro de cada barra.
Isto indica que são três; esto, quatro; e assim por diante.
O denominador indica que tipo de nota deve ser usada como base para o tempo.
"Um" corresponde a uma semibreve; "dois", a uma mínima; "quatro", a uma semínima; e "oito", a uma colcheia; e por aí vai.
Então, esta fórmula de compasso aqui indica que são quatro semínimas em cada barra: um, dois, três, quatro; um, dois, três, quatro, e por aí vai.
Mas, como eu disse antes, se tivermos apenas o tempo, fica meio chato.
Por isso, substituímos algumas semínimas por ritmos diferentes.
Note que, embora o número de notas em cada barra tenha mudado, o número total de tempos em cada barra não mudou.
Então, qual é o som da nossa criação musical? É, parece bom.
Talvez um pouco sem graça, né? Vamos adicionar outro instrumento, com seu tom e ritmo próprios.
Agora está parecendo música.
Certamente, é preciso alguma prática para nos acostumarmos a lê-la com rapidez e a tocar no instrumento aquilo que lemos.
Mas, com um pouco de tempo e paciência, você pode ser o próximo Beethoven ou Justin Bieber.
Fonte: TED-Ed
[Visto no Brasil Acadêmico]
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