Experimentos de psicologia demonstram que centos movimentos corporais influenciam na solução de problemas. Não estamos aqui falando de "...
Experimentos de psicologia demonstram que centos movimentos corporais influenciam na solução de problemas.
Não estamos aqui falando de "oxigenação" das células nervosas ou coisa do gênero. De fato, algumas atividades físicas parecem ajudar (e podem atrapalhar) no resultado obtido na hora de resolver problemas.
É o que sugere dois estudos, os quais deram indícios intrigantes acerca da tão debatida relação entre corpo e mente. Através de experiências completamente distintas e independentes, pesquisadores demonstraram como alguns movimentos corporais parecem favorecer ou atrapalhar o desempenho em tarefas cognitivas. Publicado na revista Psychonomic Bulletin & Review, um dos experimentos, conduzido por psicólogos da Universidade de Illinois, nos EUA, penduraram duas cordas no teto de uma sala, de forma que, pelo estiramento de ambas, a extremidade de uma alcançasse a outra. Contudo, era exatamente esse o problema que devia ser resolvido. Os voluntário tinham à disposição os seguintes objetos: um livro, uma chave de boca, um prato e um haltere. A única solução possível era atar um dos objetos à ponta de uma das cordas e balançar as duas.
Antes de iniciar o teste, as pessoas tiveram de executar algumas atividades físicas. Para um dos grupos foi pedido que movessem os braços para a frente e para trás. Aos outros voluntários pesquisadores solicitaram que flexionassem e estirassem os braços ao longo do corpo. Para que ninguém tivesse consciência da relação dos movimentos com a tarefa, foram incluídos exercícios “neutros”. Ao final do experimento, o índice de acertos foi muito maior entre os participantes que balançaram os braços, enquanto os outros falharam por insistir em estirar as cordas. Posteriormente, questionários revelaram que aqueles que acertaram não tinham consciência da relação entre os exercícios físicos e a solução da tarefa.
Já o segundo experimento é ainda mais enigmático. Relatado em um artigo na revista Psychological Science, estudiosos da Universidade de Nijmegen, Holanda, se valeram do Teste de Stroop, no qual o indivíduo testado tem que dizer o nome da cor das palavras que aparecem no monitor do computador. O dificuldade do teste é que muitas dessas palavras são nomes de cores escritos em outra cor (exemplo: a palavra "verde" escrita em vermelho. "VERDE"), essa apresentação de termos é conhecido pelos cientistas como palavras incongruentes, e sempre confunde os participantes do teste, induzindo-os ao erro.
Mas antes do teste ter início, o monitor do computador exibia instruções solicitando que os participantes dessem quatro passos em uma destas direções: para a esquerda, para a direita, para a frente ou para trás. Aqueles que andaram para trás levaram muito menos tempo para dizer, corretamente, a cor em que estavam grafadas as palavras incongruentes.
Segundo os autores dos estudos, os fenômenos identificados reafirmam a ideia de que a mente está limitada apenas ao cérebro. Ela também se prende ao corpo, o que é denominado por alguns cientistas como “cognição incorporada” (em inglês, embodied cognition).
Todavia, as bases psicofisiológicas dos achados em ambos os estudos ainda são desconhecidas.
Acredito que, no futuro, os instrutores de ginastica laboral deverão incluir os movimentos que favorecem a cognição entre os exercícios (se forem identificados).
Assim, os exercícios não só preveniriam os problemas físicos (como a DORT/LER) como ainda poderão contribuir ainda mais com a produtividade das tarefas mais intelectuais.
Fonte: Revista Mente & Cérebro
Não estamos aqui falando de "oxigenação" das células nervosas ou coisa do gênero. De fato, algumas atividades físicas parecem ajudar (e podem atrapalhar) no resultado obtido na hora de resolver problemas.
É o que sugere dois estudos, os quais deram indícios intrigantes acerca da tão debatida relação entre corpo e mente. Através de experiências completamente distintas e independentes, pesquisadores demonstraram como alguns movimentos corporais parecem favorecer ou atrapalhar o desempenho em tarefas cognitivas. Publicado na revista Psychonomic Bulletin & Review, um dos experimentos, conduzido por psicólogos da Universidade de Illinois, nos EUA, penduraram duas cordas no teto de uma sala, de forma que, pelo estiramento de ambas, a extremidade de uma alcançasse a outra. Contudo, era exatamente esse o problema que devia ser resolvido. Os voluntário tinham à disposição os seguintes objetos: um livro, uma chave de boca, um prato e um haltere. A única solução possível era atar um dos objetos à ponta de uma das cordas e balançar as duas.
Antes de iniciar o teste, as pessoas tiveram de executar algumas atividades físicas. Para um dos grupos foi pedido que movessem os braços para a frente e para trás. Aos outros voluntários pesquisadores solicitaram que flexionassem e estirassem os braços ao longo do corpo. Para que ninguém tivesse consciência da relação dos movimentos com a tarefa, foram incluídos exercícios “neutros”. Ao final do experimento, o índice de acertos foi muito maior entre os participantes que balançaram os braços, enquanto os outros falharam por insistir em estirar as cordas. Posteriormente, questionários revelaram que aqueles que acertaram não tinham consciência da relação entre os exercícios físicos e a solução da tarefa.
Já o segundo experimento é ainda mais enigmático. Relatado em um artigo na revista Psychological Science, estudiosos da Universidade de Nijmegen, Holanda, se valeram do Teste de Stroop, no qual o indivíduo testado tem que dizer o nome da cor das palavras que aparecem no monitor do computador. O dificuldade do teste é que muitas dessas palavras são nomes de cores escritos em outra cor (exemplo: a palavra "verde" escrita em vermelho. "VERDE"), essa apresentação de termos é conhecido pelos cientistas como palavras incongruentes, e sempre confunde os participantes do teste, induzindo-os ao erro.
Mas antes do teste ter início, o monitor do computador exibia instruções solicitando que os participantes dessem quatro passos em uma destas direções: para a esquerda, para a direita, para a frente ou para trás. Aqueles que andaram para trás levaram muito menos tempo para dizer, corretamente, a cor em que estavam grafadas as palavras incongruentes.
Segundo os autores dos estudos, os fenômenos identificados reafirmam a ideia de que a mente está limitada apenas ao cérebro. Ela também se prende ao corpo, o que é denominado por alguns cientistas como “cognição incorporada” (em inglês, embodied cognition).
Todavia, as bases psicofisiológicas dos achados em ambos os estudos ainda são desconhecidas.
Acredito que, no futuro, os instrutores de ginastica laboral deverão incluir os movimentos que favorecem a cognição entre os exercícios (se forem identificados).
Assim, os exercícios não só preveniriam os problemas físicos (como a DORT/LER) como ainda poderão contribuir ainda mais com a produtividade das tarefas mais intelectuais.
Fonte: Revista Mente & Cérebro
Cara... Muito interessante essa matéria gostei mesmo!
ResponderExcluirVLW!!
Tive que fazer muito contorcionismo para conseguir escrevê-la. >:-D
ResponderExcluirTambém gostei.
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