Relatório japonês constata que a China está em primeiro lugar em número de papers de ciências naturais publicados ultrapassando os Estados U...
Relatório japonês constata que a China está em primeiro lugar em número de papers de ciências naturais publicados ultrapassando os Estados Unidos. O Japão, país que fez o levantamento, figura em quarto atrás da Alemanha.
A China ultrapassou os Estados Unidos pela primeira vez como líder mundial na publicação de trabalhos de pesquisa em ciências naturais, de acordo com um estudo realizado Instituto Nacional de Política Científica e Tecnológica (NISTEP), instituição ligada ao ministério da educação do Japão.
Fonte: Wikipedia, Guia do Estudante, The Asahi Shimbun, Nikkei Asia, Nippon
Visto no Brasil Acadêmico
País | Publicações | Citações | |
1 | China | 305.927 | 19,90% |
2 | Estados Unidos | 281.487 | 18,30% |
3 | Alemanha | 67.041 | 4,40% |
4 | Japão | 64.874 | 4,20% |
5 | Reino Unido | 62.443 | 4,10% |
6 | Índia | 59.207 | 3,90% |
7 | Coreia do Sul | 48.649 | 3,20% |
8 | Itália | 46.322 | 3,00% |
9 | França | 45.387 | 3,00% |
10 | Canadá | 41.071 | 2,70% |
O número de artigos de pesquisa em ciências naturais publicados em periódicos científicos é visto como uma medida para avaliar as habilidades de pesquisa e desenvolvimento de um país.
O estudo do NISTEP analisou artigos em ciências naturais publicados em cerca de 10.000 periódicos científicos entre 2016 e 2018, incluindo a prestigiosa revista britânica Nature.
De acordo com o estudo, a média anual de artigos de pesquisa publicados nessas revistas atingiu cerca de 1,54 milhões no período de três anos.
A China respondeu por 306.000 estudos em média, ou 19,9% do total, superando a participação dos EUA de 18,3%. A Alemanha ficou em terceiro lugar com 4,4%, seguida pelo Japão com 4,2%.
A China esteve particularmente forte nas áreas de ciência de materiais, química e engenharia, representando cerca de 30% dos artigos publicados.
A ascensão da China à primeira posição mundial na publicação de trabalhos de pesquisa marca a primeira vez desde que o NISTEP começou a analisar a tendência em 1981.
Uma década atrás, a participação da China era de apenas 8,6%.
As conclusões do NISTEP também mostram que o ritmo de gastos com pesquisa e desenvolvimento da China se aproxima do dos EUA.
Pesquisadores | |
China | 1.870.000 |
Estados Unidos | 1.430.000 |
Japão | 680 |
Alemanha | 430 |
Coreia do Sul | 410 |
Uma das explicações para a ascensão da China em publicações científicas está na injeção maciça de dinheiro pelo país em projetos de pesquisa e desenvolvimento, bem como uma expansão de programas que permitem que um grande número de estudantes estudem no exterior.
Em 2018, os EUA gastaram com pesquisa e desenvolvimento ¥ 61 trilhões. A China ficou em segundo lugar com ¥ 58 trilhões, seguida pelo Japão com ¥ 18 trilhões, Alemanha com ¥ 15 trilhões e Coreia do Sul com ¥ 10 trilhões.
Os gastos das universidades chinesas com pesquisa aumentaram 10 vezes em relação a oito anos atrás, enquanto os gastos do Japão, dos Estados Unidos e de países da Europa só aumentaram de uma para 1,8 vez no mesmo período.
Além disso, cerca de 320.000 cidadãos chineses estão estudando nos Estados Unidos, mais do que em qualquer outro país, o que lhes permite aprender na linha de frente de suas disciplinas de ciências naturais e publicar suas pesquisas.
A China teve mais pesquisadores com 1,87 milhões (2018), seguida pelos Estados Unidos com 1,43 milhões (2017), Japão com 680.000 (2019), Alemanha com 430.000 (2018) e Coreia do Sul, que teve 410.000 (2018).
A China também está melhorando na avaliação da qualidade da pesquisa. Na categoria de artigos muito citados, a participação da China era de 22,0%, perdendo apenas para os Estados Unidos, cuja participação era de 24,7%.
“A China provavelmente ultrapassará os Estados Unidos em dois ou três anos” nesta categoria, disse um funcionário do NISTEP.
E continua a tendência de queda do Japão em termos de número de artigos muito citados. Em índices baseados nos artigos citados com mais frequência, o Japão ficou apenas em nono lugar para os 10% e 1% dos principais artigos.
Nesse quesito, o Japão atingiu 2,5% em participação, abaixo de uma década atrás, quando ocupava o quinto lugar, com 4,5%. Há duas décadas, o Japão estava em quarto lugar, com 6,1%.
As descobertas foram divulgadas em 7 de agosto desse ano (2020).
E a situação do Brasil? Ainda não tivemos acesso ao levantamento, só ao que foi publicado em literatura cinza. Mas um artigo do Jornal da Ciência de 2018 dava conta que o Brasil estava em 12° lugar, em um relatório da National Science Foundation (NSF), dos EUA. Com 53 mil artigos publicados em 2016. Todavia, já naquela época, os pesquisadores já alertavam para o estado precário da pesquisa brasileiro devido aos agudos cortes de investimento.
As ciências naturais constituem numa classificação que abarca as áreas da ciência que visam a estudar a natureza em seus aspectos mais gerais e fundamentais, isso é, o universo como um todo. De modo a focar-se nos aspectos físicos e não no homem ou em aspectos comportamentais. Para se ter uma ideia, a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Enem abrange o conteúdo de Física, Química e Biologia.
Fonte: Wikipedia, Guia do Estudante, The Asahi Shimbun, Nikkei Asia, Nippon
Visto no Brasil Acadêmico
Olá, tens o link ou o documento deste relatório?
ResponderExcluirTalvez você prefira esse artigo mais recente: https://www.nature.com/articles/d41586-023-01705-7
ExcluirCreio que seja esse: https://www.nistep.go.jp/en/wp-content/uploads/NISTEP-RM295-SummaryE.pdf
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