A tabela periódica dos elementos químicos completa 150 anos em 2019. Mas os cientistas estão preocupados com o uso dos smartphones. Entenda.
A tabela periódica dos elementos químicos completa 150 anos em 2019. Mas os cientistas estão preocupados com o uso dos smartphones. Entenda.
A Tabela Periódica dos Elementos Químicos é uma das realizações mais significativas da ciência, captando a essência não só da química, mas também da física e da biologia e nos brindando com uma linguagem científica comum para tratar dos elementos sendo uma ferramenta única para permitir prever a aparência e as propriedades da matéria na Terra e em todo o Universo.
O ano de 1869 é considerado o ano da descoberta do Sistema Periódico por Dmitri Mendeleev sendo 2019 o 150º aniversário da Tabela Periódica dos Elementos Químicos e, portanto, foi proclamado o "Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos (IYPT2019)" pela Assembléia Geral das Nações Unidas e pela UNESCO.
Mendeleev baseou sua Tabela nos 61 elementos conhecidos naquela época, mas teve que deixar algumas lacunas. Elementos como gálio, escândio e germânio foram posteriormente descobertos e tinham as propriedades que Mendeleev previu para eles.
A iniciativa do IYPT2019 é apoiada pela IUPAC em parceria com a União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP), Associação Européia para Ciência Química e Molecular (EuCheMS), Conselho Internacional para Ciência (ICSU), União Astronômica Internacional (IAU), e a União Internacional de História e Filosofia da Ciência e Tecnologia (IUHPS).
Aproveitando a ocasião, vários cientistas se uniram para criar uma versão da tabela que contemple os 90 elementos naturais enfocando sua disponibilidade e a pouca reutilização, o que pode levar a um virtual desaparecimento de sua ocorrência no planeta.
É claro que o elemento não desaparecerá, de fato - com exceção do Hélio, cuja leveza faz com que escape para o espaço, o que leva os cientistas a recomendar que ele não seja usado em balões de festas de aniversário, por exemplo -, mas ao menos que seja desenvolvidas formas de reciclagem sua disponibilidade na natureza será tão escassa que inviabilizaria o uso.
A ameaça dos smartphones
A tabela faz ampla menção ao uso dos celulares - o ícone de um celular está presente em todos os elementos que compõem os aparelhos - devido à grande demanda pelos dispositivos e também pelo uso que a tecnologia empregada faz de vários elementos que estão próximos da "extinção".
Alguns elementos provêm de áreas de conflito pela posse de minerais como tântalo (Ta), estanho (Sn), tungstênio (W) ou ouro (Au). Elementos como o Cobalto (Co) são muitas vezes extraídos por crianças.
O índio (In) é usado em todas as telas inteligentes que usamos hoje como parte do Óxido de Índio-Estanho (OIE). Uma película condutora e transparente essencial nas telas de toque (como já lembramos quando falamos no Zero Touch). O índio também é usado em lasers para fibra óptica, para soldagem a frio de componentes elétricos e em LEDs azuis. Nas taxas atuais de uso, o índio será usado em 50 anos e se tornará muito caro para coletar e purificar.
Os métodos para reciclar o índio eficientemente devem, portanto, ser desenvolvidos e revestimentos condutores transparentes usando elementos abundantes da terra precisam ser criados urgentemente.
O fósforo (P) é um elemento essencial do nosso corpo. É usado como fertilizante e adicionado ao terra na forma de minerais de fosfato para que haja o suficiente para ser absorvido pelas plantas. A maioria dos minerais de fosfato está se esgotando rapidamente e como a maioria do fosfato termina em escoamento de campos ou urina humana e esgoto, é realmente importante desenvolver métodos para a sua recuperação.
Já a disponibilidade de lítio causa preocupação porque é usada em muitas baterias recarregáveis. Se os carros vendidos hoje já fossem elétricos e usassem tais baterias, 800.000 toneladas de lítio seriam necessárias por ano. A reciclagem, que é relativamente fácil para o lítio, precisa ser intensificada para manter o fornecimento no futuro.
Cerca de 10 milhões de smartphones são substituídos por mês apenas na União Europeia. Muitos telefones inteligentes trocados são enviados para o mundo em desenvolvimento para reutilização, mas acabam em aterros sanitários. Não é difícil imaginar quantos elementos escassos estão sendo dispersos dessa forma.
Por essas razões, os cientistas pedem que você adie ao máximo a troca de seu aparelho.
Para saber mais acesse:
[90 Elements that make up everything – Support notes ##pdf##]
Videogame da tabela periódica
Aproveitando o IYPT2019, a EuChemS lançou o game gratuito 'Elemental Escapades!', Um jogo de plataforma no qual você comanda o personagem Jan, um zelador acidentalmente transportado através do tempo e do espaço para um universo paralelo onde as moléculas falam!
Em sua jornada para casa, você aprenderá sobre elementos químicos básicos e os combinará para criar compostos úteis para ajudar a navegar pelo estranho mundo alienígena em que você se encontra.
Jogo em inglês, mas os produtores já prometeram uma versão internacional.
[Baixar Elemental Escapades!]
Fonte: EuChemS
[Visto no Brasil Acadêmico]
A Tabela Periódica dos Elementos Químicos é uma das realizações mais significativas da ciência, captando a essência não só da química, mas também da física e da biologia e nos brindando com uma linguagem científica comum para tratar dos elementos sendo uma ferramenta única para permitir prever a aparência e as propriedades da matéria na Terra e em todo o Universo.
O ano de 1869 é considerado o ano da descoberta do Sistema Periódico por Dmitri Mendeleev sendo 2019 o 150º aniversário da Tabela Periódica dos Elementos Químicos e, portanto, foi proclamado o "Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos (IYPT2019)" pela Assembléia Geral das Nações Unidas e pela UNESCO.
Mendeleev baseou sua Tabela nos 61 elementos conhecidos naquela época, mas teve que deixar algumas lacunas. Elementos como gálio, escândio e germânio foram posteriormente descobertos e tinham as propriedades que Mendeleev previu para eles.
A iniciativa do IYPT2019 é apoiada pela IUPAC em parceria com a União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP), Associação Européia para Ciência Química e Molecular (EuCheMS), Conselho Internacional para Ciência (ICSU), União Astronômica Internacional (IAU), e a União Internacional de História e Filosofia da Ciência e Tecnologia (IUHPS).
Aproveitando a ocasião, vários cientistas se uniram para criar uma versão da tabela que contemple os 90 elementos naturais enfocando sua disponibilidade e a pouca reutilização, o que pode levar a um virtual desaparecimento de sua ocorrência no planeta.
É claro que o elemento não desaparecerá, de fato - com exceção do Hélio, cuja leveza faz com que escape para o espaço, o que leva os cientistas a recomendar que ele não seja usado em balões de festas de aniversário, por exemplo -, mas ao menos que seja desenvolvidas formas de reciclagem sua disponibilidade na natureza será tão escassa que inviabilizaria o uso.
A ameaça dos smartphones
A tabela faz ampla menção ao uso dos celulares - o ícone de um celular está presente em todos os elementos que compõem os aparelhos - devido à grande demanda pelos dispositivos e também pelo uso que a tecnologia empregada faz de vários elementos que estão próximos da "extinção".
Alguns elementos provêm de áreas de conflito pela posse de minerais como tântalo (Ta), estanho (Sn), tungstênio (W) ou ouro (Au). Elementos como o Cobalto (Co) são muitas vezes extraídos por crianças.
O índio (In) é usado em todas as telas inteligentes que usamos hoje como parte do Óxido de Índio-Estanho (OIE). Uma película condutora e transparente essencial nas telas de toque (como já lembramos quando falamos no Zero Touch). O índio também é usado em lasers para fibra óptica, para soldagem a frio de componentes elétricos e em LEDs azuis. Nas taxas atuais de uso, o índio será usado em 50 anos e se tornará muito caro para coletar e purificar.
Os métodos para reciclar o índio eficientemente devem, portanto, ser desenvolvidos e revestimentos condutores transparentes usando elementos abundantes da terra precisam ser criados urgentemente.
O fósforo (P) é um elemento essencial do nosso corpo. É usado como fertilizante e adicionado ao terra na forma de minerais de fosfato para que haja o suficiente para ser absorvido pelas plantas. A maioria dos minerais de fosfato está se esgotando rapidamente e como a maioria do fosfato termina em escoamento de campos ou urina humana e esgoto, é realmente importante desenvolver métodos para a sua recuperação.
Já a disponibilidade de lítio causa preocupação porque é usada em muitas baterias recarregáveis. Se os carros vendidos hoje já fossem elétricos e usassem tais baterias, 800.000 toneladas de lítio seriam necessárias por ano. A reciclagem, que é relativamente fácil para o lítio, precisa ser intensificada para manter o fornecimento no futuro.
Cerca de 10 milhões de smartphones são substituídos por mês apenas na União Europeia. Muitos telefones inteligentes trocados são enviados para o mundo em desenvolvimento para reutilização, mas acabam em aterros sanitários. Não é difícil imaginar quantos elementos escassos estão sendo dispersos dessa forma.
Por essas razões, os cientistas pedem que você adie ao máximo a troca de seu aparelho.
Para saber mais acesse:
[90 Elements that make up everything – Support notes ##pdf##]
Videogame da tabela periódica
Aproveitando o IYPT2019, a EuChemS lançou o game gratuito 'Elemental Escapades!', Um jogo de plataforma no qual você comanda o personagem Jan, um zelador acidentalmente transportado através do tempo e do espaço para um universo paralelo onde as moléculas falam!
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Em sua jornada para casa, você aprenderá sobre elementos químicos básicos e os combinará para criar compostos úteis para ajudar a navegar pelo estranho mundo alienígena em que você se encontra.
Jogo em inglês, mas os produtores já prometeram uma versão internacional.
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Fonte: EuChemS
[Visto no Brasil Acadêmico]
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