Uma luminária subitamente começa a falar com você. E ela é surpreendentemente simpática já que oferece coisas que você gosta baseado nas inf...
Uma luminária subitamente começa a falar com você. E ela é surpreendentemente simpática já que oferece coisas que você gosta baseado nas informações sobre seus hábitos. Uma ideia que é ao mesmo tempo agradável e estranha.
Além de palestrar sobre como identificar necessidades das pessoas para desenvolver produtos e serviços, Yihyun Lim, a diretora do Design Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também falou, dia 28/2 no Inovabra Habitat, espaço de coworking do Bradesco, sobre tendências tecnológicas como a internet das coisas emocionais e biodesign.
A luminária emocional foi desenvolvida num projeto para a rede de hotéis Marriott. Ela funciona como uma interface do programa de fidelidade do hotel. O abajur sabe que o hóspede chegou mais cedo que o esperado e oferece um macchiato, por conta dele 😄 (não é simpático?), e ainda avisa que está quente (ou ao menos tenta...). Também dá ao cliente uma entrada para o show da banda de jazz da qual ele é fã e que irá acontecer naquela noite em um restaurante próximo.
Porém, a interação com objetos que expressam emoções evoca o fenômeno chamado de vale da estranheza (uncanny valley, em inglês). Esse efeito bastante conhecido no campo da robótica, ocorre quando réplicas humanas se comportam de forma muito semelhante — mas não idêntica — a seres humanos reais, provocando repulsa nos observadores humanos. O próprio vídeo parece mostrar isso.
O "vale" em questão advém de um gráfico da reação positiva de um ser humano em função da verossimilhança de um robô. A expressão foi criada por um professor de robótica, Masahiro Mori (1970) e a forma de evitar esse incômodo vem da própria ideia do vale. Se a forma robótica tornar-se indistiguível do ser humano, ou seja, à medida em que a aparência continua se aproximando de um ser humano, a resposta emocional passa a ser positiva novamente e finalmente aproxima-se do nível de empatia entre dois humanos reais. Mas isso não é nada trivial.
“Conseguimos enxergar pequenas coisas que não são humanas, mesmo que um robô seja construído para parecer o mais humano possível”, esclarece Lim.
De acordo com a diretora do Design Lab, outra forma de responder a esse problema seria evitar a imitação da aparência e do comportamento humanos.
Outra tendência tecnológica trazida por ela foi a utilização de organismos vivos para o desenvolvimento de produtos, uma “nova fronteira do design”. Como exemplo teríamos a empresa Biomason, que usa micro-organismos para produzir cemento à temperatura ambiente, sem consumo de combustíveis. Outros projetos do MIT usam bactérias como biossensores de transpiração e de fadiga em calçados.
Ela defendeu a formação de grupos interdisciplinares e multiculturais para a inovação, e citou uma frase do professor Nicholas Negroponte, fundador do Media Lab, no MIT:
Fonte: Inova.jor, Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
Além de palestrar sobre como identificar necessidades das pessoas para desenvolver produtos e serviços, Yihyun Lim, a diretora do Design Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também falou, dia 28/2 no Inovabra Habitat, espaço de coworking do Bradesco, sobre tendências tecnológicas como a internet das coisas emocionais e biodesign.
A luminária emocional foi desenvolvida num projeto para a rede de hotéis Marriott. Ela funciona como uma interface do programa de fidelidade do hotel. O abajur sabe que o hóspede chegou mais cedo que o esperado e oferece um macchiato, por conta dele 😄 (não é simpático?), e ainda avisa que está quente (ou ao menos tenta...). Também dá ao cliente uma entrada para o show da banda de jazz da qual ele é fã e que irá acontecer naquela noite em um restaurante próximo.
“O design deve projetar relacionamentos, e não transações.”
Yihyun Lim
Porém, a interação com objetos que expressam emoções evoca o fenômeno chamado de vale da estranheza (uncanny valley, em inglês). Esse efeito bastante conhecido no campo da robótica, ocorre quando réplicas humanas se comportam de forma muito semelhante — mas não idêntica — a seres humanos reais, provocando repulsa nos observadores humanos. O próprio vídeo parece mostrar isso.
O "vale" em questão advém de um gráfico da reação positiva de um ser humano em função da verossimilhança de um robô. A expressão foi criada por um professor de robótica, Masahiro Mori (1970) e a forma de evitar esse incômodo vem da própria ideia do vale. Se a forma robótica tornar-se indistiguível do ser humano, ou seja, à medida em que a aparência continua se aproximando de um ser humano, a resposta emocional passa a ser positiva novamente e finalmente aproxima-se do nível de empatia entre dois humanos reais. Mas isso não é nada trivial.
“Conseguimos enxergar pequenas coisas que não são humanas, mesmo que um robô seja construído para parecer o mais humano possível”, esclarece Lim.
“Se ele parecer 99,9% humano, vamos nos concentrar nos 0,1% que não parecem.”
De acordo com a diretora do Design Lab, outra forma de responder a esse problema seria evitar a imitação da aparência e do comportamento humanos.
Outra tendência tecnológica trazida por ela foi a utilização de organismos vivos para o desenvolvimento de produtos, uma “nova fronteira do design”. Como exemplo teríamos a empresa Biomason, que usa micro-organismos para produzir cemento à temperatura ambiente, sem consumo de combustíveis. Outros projetos do MIT usam bactérias como biossensores de transpiração e de fadiga em calçados.
“Um obstáculo ao biodesign é a percepção das pessoas em relação à palavra bactéria.”
Ela defendeu a formação de grupos interdisciplinares e multiculturais para a inovação, e citou uma frase do professor Nicholas Negroponte, fundador do Media Lab, no MIT:
“De onde vêm as novas ideias? A resposta é simples: diferenças. A criatividade surge de justaposições improváveis”.
Nicholas Negroponte
Fonte: Inova.jor, Wikipedia
[Visto no Brasil Acadêmico]
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