Com essa tecnologia os cirurgiões poderão contar com melhores colegas de profissão para auxiliar em procedimento complicados. A cirurgiã Nad...
Com essa tecnologia os cirurgiões poderão contar com melhores colegas de profissão para auxiliar em procedimento complicados. A cirurgiã Nadine Hachach-Haram está desenvolvendo um novo sistema que permite que cirurgiões trabalhem juntos e ensinem uns aos outros.
Segundo as teorias do desenvolvimento social humano, estamos hoje vivendo a quarta grande época do progresso tecnológico, a Idade da Informação. A conetividade através da tecnologia digital é um milagre moderno. Podemos dizer que quebrou as barreiras do tempo e do espaço que separavam as pessoas e ficou criada uma condição para uma era em que a informação, as ideias podem ser partilhadas livremente.
Mas estas importantes realizações na tecnologia digital serão de fato o fim do jogo em termos do que pode ser alcançado? Penso que não. Hoje gostaria de partilhar com vocês como eu julgo que a tecnologia digital nos pode levar a alturas ainda maiores. Tenho a profissão de cirurgiã e, enquanto estou aqui hoje falando para todos vocês, há cinco bilhões de pessoas no mundo sem acesso a cuidados cirúrgicos seguros. Cinco bilhões de pessoas ou seja, 70% da população mundial que, segundo a Comissão Lancet da Organização Mundial de Saúde, não têm acesso aos procedimentos cirúrgicos mais simples quando precisam.
Observemos a Serra Leoa, um país com seis milhões de pessoas, onde um estudo recente mostrou que só há 10 cirurgiões qualificados. É um cirurgião para 600.000 pessoas. Os números são assustadores mas não precisamos de ir tão longe. Se olharmos para aqui, nos EUA, um estudo recente relatava que precisamos de mais 10.000 cirurgiões até 2030, só para satisfazer a procura de procedimentos cirúrgicos rotineiros. Ao ritmo que temos, não vamos conseguir atingir este número.
Enquanto cirurgiã, é um problema global que me preocupa, preocupa-me muito, porque tenho visto pessoalmente como a falta de acesso a cuidados de saúde seguros e acessíveis podem arruinar a vida de pessoas comuns. Se um doente precisa de uma operação e não há um cirurgião disponível, só lhe restam opções muito difíceis: esperar, viajar, ou desistir da operação.
Então, qual é a resposta? Muitos de vocês trazem uma parte da solução: um “smartphone”, um “tablet”, um computador. Porque, quanto a mim, a tecnologia das comunicações digitais tem o poder de fazer muito mais do que permitir-nos fazer compras “online”, contactarmos através de plataformas de redes sociais e mantermo-nos atualizados. Tem o poder de nos ajudar a solucionar alguns dos principais problemas que temos, como a falta de acesso a serviços cirúrgicos vitais. Gostaria, hoje, de partilhar com vocês um exemplo de como acho que podemos tornar isso possível.
A história da cirurgia está cheia de conquistas na forma como a ciência e a tecnologia conseguiram ajudar os cirurgiões a enfrentar importantes problemas. Se recuarmos centenas de anos, o entendimento da microbiologia levou ao desenvolvimento de técnicas antissépticas, que foram fundamentais para garantir que os doentes continuavam vivos depois de uma cirurgia.
Séculos depois, desenvolvemos a cirurgia artroscópica, que alia a tecnologia em vídeo com instrumentos de precisão, tornando a cirurgia menos invasiva. Mais recentemente, já devem conhecer a cirurgia robótica. A robótica traz para a cirurgia — como a maquinaria moderna de automação — a ultraprecisão, a capacidade de executar procedimentos à escala mais ínfima com um grau de precisão que ultrapassa a mão humana.
Pode estar olhando para um monitor e dar instruções ao robô, através de um computador. Chamamos de cirurgia à distância.
Compete-nos a nós encontrar soluções que respondam de modo económico e a grande escala para que toda a gente, estejam onde estiverem no mundo possam ver resolvidos os seus problemas.
E se eu disser a vocês que não precisamos de um robô de um milhão de dólares para realizar cirurgia à distância? Basta-nos um telefone, um “tablet” ou um computador, uma ligação à Internet, um colega de confiança no terreno e um ingrediente mágico: um “software” colaborativo de realidade aumentada. Usando esse “software” colaborativo de realidade aumentada. um cirurgião especializado pode transportar-se virtualmente para uma clínica qualquer, usando apenas o seu telefone, o seu “tablet” ou o seu computador, e pode visualizar e praticamente interagir numa operação desde o início até ao fim, guiando e orientando um médico local através do procedimento, passo a passo.
Bem, chega de ser eu a falar nisto. Gostaria de mostrar a vocês. Vamos entrar em contato ao vivo com o Dr. Marc Tompkins, um cirurgião ortopédico na Universidade de Minnesota. Ele vai realizar uma cirurgia artroscópica para vocês verem, tipo laparoscopia, ao joelho. Vou revelar-vos que este doente consentiu que a operação fosse difundida. Também gostaria de assinalar que, por causa do tempo, só vamos observar os primeiros passos, a marcação do doente, e a identificação de algumas referências anatômicas.
[Trecho 05:42 - 06:47 ##film##]
Nadine Hachach-Haram: Alô, Dr. Tompkins, pode me ouvir?
Dr. Mark Tompkins: Bom dia, Nadine.
Nadine Hachach-Haram: Todo mundo aqui na Conferência TED diga olá.
Audiência: Olá.
NHH: Ok, Dr. Tompkins, vamos começar. Vamos começar com as incisões que devem ser feitas de cada lado do tendão patelar. Se fizer as incisões aqui e aqui, esperemos que isso nos permite entrar no joelho.
MT: Ok, vou entrar.
NHH: Ótimo. Portanto, agora estamos entrando na articulação. Porque é que não damos a volta e espreitamos o menisco?
MT: Perfeito.
NHH: Ótimo, vemos que há um pequeno rasgão aqui no menisco de resto, parece estar tudo bem. Se der a volta nesta direção — siga o meu dedo — podemos espreitar o ACL e o PCL. O ACL está aqui, parece muito saudável, aqui não há problemas. Portanto, identificámos este pequeno rasgão no menisco, de resto, o fluido em volta da articulação também parece estar ok. Ok, obrigada Dr. Tompkins, obrigada pelo seu tempo. Vou deixá-lo prosseguir. Um bom dia para si. Adeus.
(Aplausos)
Espero que, através desta simples demonstração, tenha conseguido ilustrar o poder desta tecnologia. E quero sublinhar que não estava usando nenhum equipamento especial, apenas o meu computador portátil e uma simples “webcam”. Estamos habituados a usar tecnologia digital para comunicar pela voz, por texto e por vídeo, mas a realidade aumentada torna as coisas muito mais profundas, permite que duas pessoas interajam virtualmente de forma idêntica à forma como colaborariam em pessoa. Poder mostrar a alguém o que queremos que se faça, ilustrar e demonstrar e fazer gestos, é muito mais poderoso do que simplesmente falar. Também se torna num ótimo instrumento de ensino, porque aprende-se melhor através da experiência direta.
Como é que isto está fazendo diferença no mundo? No meu hospital universitário, estamos usando isto para apoiar hospitais locais distritais e proporcionar cirurgia do câncer da pele e tratamento de traumas. Agora, os doentes têm acesso aos cuidados a nível local. Reduz o tempo de viagem, melhora o acesso e poupa dinheiro. Já começou a ser usado por enfermeiras em tratamento de ferimentos e em acompanhamento de doentes em ambulatório. Mais recentemente, foi excitante, foi usado para apoiar um cirurgião numa extração de um rim canceroso. Gostaria de mostrar a vocês um vídeo muito breve. Desculpem-me alguns aspectos macabros.
Ok. Mostre-me outra vez.
[Trecho 08:05 - 08:41 ##film##]
OK. Observe aqui. Aqui é a parte superior do tumor.
Ok.
Tem 3 cm de profundidade, Devem ser bem uns 3 cm.
Sim, sim.
Então, precisa de uma margem de 3,5.
Vou mostrar-lhe, na mesma, e diga-me o que é que acha.
NHH: Também já se usa esta tecnologia a uma escala global e uma das histórias mais emocionantes que recordo é da cidade de Trujillo, no norte de Lima, no Peru, onde esta tecnologia foi usada para apoiar a cirurgia do lábio leporino e do palato em crianças. crianças de bairros pobres que não tinham acesso ao seguro de saúde. Nesta cidade, havia um hospital com uma cirurgiã trabalhando arduamente para prestar estes cuidados, a Dra. Soraya. A Dra. Soraya debatia-se com as necessidades prementes da população local, para além de não ter formação específica para este procedimento. Com a ajuda de uma instituição de beneficência, pusemo-la em contato com um cirurgião da Califórnia e, usando esta tecnologia, ele pôde orientá-la e aos seus colegas através do procedimento, passo a passo. guiando-os, treinando-os e ensinando-os. Ao fim de poucos meses, eles já conseguiam realizar mais 30% das operações cada vez com menos complicações. Agora, a Dra. Soraya e a sua equipe realizam estas operações com autonomia, competência e confiança. Recordo uma citação de uma mãe que disse:
Para mim, é este o verdadeiro poder desta tecnologia. A beleza é que ela quebra barreiras. transcende todas as dificuldades tecnológicas. Interliga as pessoas. Democratiza o acesso. O “wi-fi” e a tecnologia móvel estão crescendo rapidamente e vão desempenhar um papel na expansão dos implantes cirúrgicos. Já foi usada em zonas de conflito onde há um risco considerável em arranjar cirurgiões especializados em certos locais. Num mundo em que há mais telemóveis do que seres humanos, tem, de fato, um alcance global. Temos um longo caminho a percorrer antes de resolvermos o problema de fazer cirurgias a cinco bilhões de pessoas. Infelizmente, ainda há pessoas que não têm acesso à Internet. Mas as coisas estão mudando rapidamente na direção certa. O potencial para a mudança está ali. A minha equipe e eu estamos aumentando a nossa pegada global e estamos a começar a ver o potencial desta tecnologia.
Através da tecnologia digital através de aparelhos simples, em que temos confiança, através de aparelhos do futuro, podemos, na realidade, fazer coisas milagrosas.
Obrigada.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
Segundo as teorias do desenvolvimento social humano, estamos hoje vivendo a quarta grande época do progresso tecnológico, a Idade da Informação. A conetividade através da tecnologia digital é um milagre moderno. Podemos dizer que quebrou as barreiras do tempo e do espaço que separavam as pessoas e ficou criada uma condição para uma era em que a informação, as ideias podem ser partilhadas livremente.
Mas estas importantes realizações na tecnologia digital serão de fato o fim do jogo em termos do que pode ser alcançado? Penso que não. Hoje gostaria de partilhar com vocês como eu julgo que a tecnologia digital nos pode levar a alturas ainda maiores. Tenho a profissão de cirurgiã e, enquanto estou aqui hoje falando para todos vocês, há cinco bilhões de pessoas no mundo sem acesso a cuidados cirúrgicos seguros. Cinco bilhões de pessoas ou seja, 70% da população mundial que, segundo a Comissão Lancet da Organização Mundial de Saúde, não têm acesso aos procedimentos cirúrgicos mais simples quando precisam.
Observemos a Serra Leoa, um país com seis milhões de pessoas, onde um estudo recente mostrou que só há 10 cirurgiões qualificados. É um cirurgião para 600.000 pessoas. Os números são assustadores mas não precisamos de ir tão longe. Se olharmos para aqui, nos EUA, um estudo recente relatava que precisamos de mais 10.000 cirurgiões até 2030, só para satisfazer a procura de procedimentos cirúrgicos rotineiros. Ao ritmo que temos, não vamos conseguir atingir este número.
Enquanto cirurgiã, é um problema global que me preocupa, preocupa-me muito, porque tenho visto pessoalmente como a falta de acesso a cuidados de saúde seguros e acessíveis podem arruinar a vida de pessoas comuns. Se um doente precisa de uma operação e não há um cirurgião disponível, só lhe restam opções muito difíceis: esperar, viajar, ou desistir da operação.
Então, qual é a resposta? Muitos de vocês trazem uma parte da solução: um “smartphone”, um “tablet”, um computador. Porque, quanto a mim, a tecnologia das comunicações digitais tem o poder de fazer muito mais do que permitir-nos fazer compras “online”, contactarmos através de plataformas de redes sociais e mantermo-nos atualizados. Tem o poder de nos ajudar a solucionar alguns dos principais problemas que temos, como a falta de acesso a serviços cirúrgicos vitais. Gostaria, hoje, de partilhar com vocês um exemplo de como acho que podemos tornar isso possível.
A história da cirurgia está cheia de conquistas na forma como a ciência e a tecnologia conseguiram ajudar os cirurgiões a enfrentar importantes problemas. Se recuarmos centenas de anos, o entendimento da microbiologia levou ao desenvolvimento de técnicas antissépticas, que foram fundamentais para garantir que os doentes continuavam vivos depois de uma cirurgia.
Séculos depois, desenvolvemos a cirurgia artroscópica, que alia a tecnologia em vídeo com instrumentos de precisão, tornando a cirurgia menos invasiva. Mais recentemente, já devem conhecer a cirurgia robótica. A robótica traz para a cirurgia — como a maquinaria moderna de automação — a ultraprecisão, a capacidade de executar procedimentos à escala mais ínfima com um grau de precisão que ultrapassa a mão humana.
Mas a cirurgia robótica também introduziu outra coisa na cirurgia: a ideia de que um cirurgião não precisa de estar à cabeceira do doente para prestar cuidados.
Pode estar olhando para um monitor e dar instruções ao robô, através de um computador. Chamamos de cirurgia à distância.
Compete-nos a nós encontrar soluções que respondam de modo económico e a grande escala para que toda a gente, estejam onde estiverem no mundo possam ver resolvidos os seus problemas.
E se eu disser a vocês que não precisamos de um robô de um milhão de dólares para realizar cirurgia à distância? Basta-nos um telefone, um “tablet” ou um computador, uma ligação à Internet, um colega de confiança no terreno e um ingrediente mágico: um “software” colaborativo de realidade aumentada. Usando esse “software” colaborativo de realidade aumentada. um cirurgião especializado pode transportar-se virtualmente para uma clínica qualquer, usando apenas o seu telefone, o seu “tablet” ou o seu computador, e pode visualizar e praticamente interagir numa operação desde o início até ao fim, guiando e orientando um médico local através do procedimento, passo a passo.
Bem, chega de ser eu a falar nisto. Gostaria de mostrar a vocês. Vamos entrar em contato ao vivo com o Dr. Marc Tompkins, um cirurgião ortopédico na Universidade de Minnesota. Ele vai realizar uma cirurgia artroscópica para vocês verem, tipo laparoscopia, ao joelho. Vou revelar-vos que este doente consentiu que a operação fosse difundida. Também gostaria de assinalar que, por causa do tempo, só vamos observar os primeiros passos, a marcação do doente, e a identificação de algumas referências anatômicas.
Nadine Hachach-Haram: Alô, Dr. Tompkins, pode me ouvir?
Dr. Mark Tompkins: Bom dia, Nadine.
Nadine Hachach-Haram: Todo mundo aqui na Conferência TED diga olá.
Audiência: Olá.
NHH: Ok, Dr. Tompkins, vamos começar. Vamos começar com as incisões que devem ser feitas de cada lado do tendão patelar. Se fizer as incisões aqui e aqui, esperemos que isso nos permite entrar no joelho.
MT: Ok, vou entrar.
NHH: Ótimo. Portanto, agora estamos entrando na articulação. Porque é que não damos a volta e espreitamos o menisco?
MT: Perfeito.
NHH: Ótimo, vemos que há um pequeno rasgão aqui no menisco de resto, parece estar tudo bem. Se der a volta nesta direção — siga o meu dedo — podemos espreitar o ACL e o PCL. O ACL está aqui, parece muito saudável, aqui não há problemas. Portanto, identificámos este pequeno rasgão no menisco, de resto, o fluido em volta da articulação também parece estar ok. Ok, obrigada Dr. Tompkins, obrigada pelo seu tempo. Vou deixá-lo prosseguir. Um bom dia para si. Adeus.
(Aplausos)
Espero que, através desta simples demonstração, tenha conseguido ilustrar o poder desta tecnologia. E quero sublinhar que não estava usando nenhum equipamento especial, apenas o meu computador portátil e uma simples “webcam”. Estamos habituados a usar tecnologia digital para comunicar pela voz, por texto e por vídeo, mas a realidade aumentada torna as coisas muito mais profundas, permite que duas pessoas interajam virtualmente de forma idêntica à forma como colaborariam em pessoa. Poder mostrar a alguém o que queremos que se faça, ilustrar e demonstrar e fazer gestos, é muito mais poderoso do que simplesmente falar. Também se torna num ótimo instrumento de ensino, porque aprende-se melhor através da experiência direta.
Como é que isto está fazendo diferença no mundo? No meu hospital universitário, estamos usando isto para apoiar hospitais locais distritais e proporcionar cirurgia do câncer da pele e tratamento de traumas. Agora, os doentes têm acesso aos cuidados a nível local. Reduz o tempo de viagem, melhora o acesso e poupa dinheiro. Já começou a ser usado por enfermeiras em tratamento de ferimentos e em acompanhamento de doentes em ambulatório. Mais recentemente, foi excitante, foi usado para apoiar um cirurgião numa extração de um rim canceroso. Gostaria de mostrar a vocês um vídeo muito breve. Desculpem-me alguns aspectos macabros.
Ok. Mostre-me outra vez.
[Trecho 08:05 - 08:41 ##film##]
OK. Observe aqui. Aqui é a parte superior do tumor.
Ok.
Tem 3 cm de profundidade, Devem ser bem uns 3 cm.
Sim, sim.
Então, precisa de uma margem de 3,5.
Vou mostrar-lhe, na mesma, e diga-me o que é que acha.
NHH: Também já se usa esta tecnologia a uma escala global e uma das histórias mais emocionantes que recordo é da cidade de Trujillo, no norte de Lima, no Peru, onde esta tecnologia foi usada para apoiar a cirurgia do lábio leporino e do palato em crianças. crianças de bairros pobres que não tinham acesso ao seguro de saúde. Nesta cidade, havia um hospital com uma cirurgiã trabalhando arduamente para prestar estes cuidados, a Dra. Soraya. A Dra. Soraya debatia-se com as necessidades prementes da população local, para além de não ter formação específica para este procedimento. Com a ajuda de uma instituição de beneficência, pusemo-la em contato com um cirurgião da Califórnia e, usando esta tecnologia, ele pôde orientá-la e aos seus colegas através do procedimento, passo a passo. guiando-os, treinando-os e ensinando-os. Ao fim de poucos meses, eles já conseguiam realizar mais 30% das operações cada vez com menos complicações. Agora, a Dra. Soraya e a sua equipe realizam estas operações com autonomia, competência e confiança. Recordo uma citação de uma mãe que disse:
“Esta tecnologia deu à minha filha o seu sorriso ”.
Para mim, é este o verdadeiro poder desta tecnologia. A beleza é que ela quebra barreiras. transcende todas as dificuldades tecnológicas. Interliga as pessoas. Democratiza o acesso. O “wi-fi” e a tecnologia móvel estão crescendo rapidamente e vão desempenhar um papel na expansão dos implantes cirúrgicos. Já foi usada em zonas de conflito onde há um risco considerável em arranjar cirurgiões especializados em certos locais. Num mundo em que há mais telemóveis do que seres humanos, tem, de fato, um alcance global. Temos um longo caminho a percorrer antes de resolvermos o problema de fazer cirurgias a cinco bilhões de pessoas. Infelizmente, ainda há pessoas que não têm acesso à Internet. Mas as coisas estão mudando rapidamente na direção certa. O potencial para a mudança está ali. A minha equipe e eu estamos aumentando a nossa pegada global e estamos a começar a ver o potencial desta tecnologia.
Através da tecnologia digital através de aparelhos simples, em que temos confiança, através de aparelhos do futuro, podemos, na realidade, fazer coisas milagrosas.
Obrigada.
(Aplausos)
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
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