No ar desde maio de 2012, o portal e-Aulas reúne e disponibiliza a toda a comunidade vídeos didáticos produzidos na Universidade.
Não é preciso ser aluno da USP para ter acesso a muito do que acontece em suas salas de aula e laboratórios.
São aulas e atividades acadêmicas diversas, gravadas pelos próprios professores ou produzidas em estúdio, que têm em comum o fato de carregarem a credibilidade da USP em seus conteúdos.
Amanda Oliveira, do USP Online
A proposta, idealizada pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), é coordenada pela professora Regina Melo Silveira, da Escola Politécnica (Poli) da USP. O sistema possui hoje mais de três mil materiais cadastrados — somente neste ano foram produzidos 680 novos. Atualmente, a Pró-Reitoria de Graduação é responsável pelo projeto, inspirado em iniciativas semelhantes de grandes universidades, como Harvard e MIT.
Segundo a coordenadora, desde a sua criação o portal teve mais de 12 milhões de acessos. Para consultar os materiais, as pessoas não precisam ter vínculo com a USP nem realizar cadastro. O usuário, porém, pode optar por se cadastrar, passando a ter acesso a outros recursos no sistema, como criar uma playlist e indicar os vídeos favoritos. Com o tempo, a plataforma foi aperfeiçoando e implementando novas funcionalidades, afirma Regina. Hoje, por exemplo, o aluno pode fazer e armazenar anotações no próprio vídeo, que podem se tornar públicas se o usuário permitir. Já os docentes podem incluir arquivos relacionados aos conteúdos audiovisuais, como textos e documentos e listas de exercícios.
O portal também tem uma parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, permitindo que, ao buscar pelo material de algum professor, o aluno também encontre os vídeos do e-Aulas, e não apenas livros, artigos e teses. “Dessa forma, o sistema vai ficando mais completo e vai atendendo tanto as necessidades dos professores como dos alunos”, destaca a coordenadora.
Suporte aos professores
Para auxiliar os professores a usarem a plataforma, a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da USP criou uma equipe de Mídias Digitais composta por dois técnicos. Quando os docentes têm dificuldades, esses profissionais colocam os materiais no portal, mas Regina ressalta que é importante que o próprio autor do vídeo realize esta etapa, pois conseguirá cadastrar os metadados de forma mais precisa, facilitando a busca de informações pelos usuários. Independente de quem publica as aulas no portal, os professores recebem um email informando que elas já estão disponíveis. Assim, podem validar e verificar os metadados, podendo optar por incluir o material no SIBi.
A Pró-Reitoria possui três estúdios para gravação de vídeos, localizados em São Paulo, São Carlos e Ribeirão Preto. Mas não é necessária uma grande produção para estar presente no e-Aulas. Segundo a coordenadora, a qualidade dos vídeos não é um fator limitante para a sua disponibilização, desde que eles consigam trazer informações relevantes.
Estimular os professores a disponibilizarem seus conteúdos é um dos desafios do projeto. Para Regina, a USP é uma referência como universidade no Brasil e na América Latina. Assim, a ideia é que ela também se torne notória como produtora de materiais didáticos confiáveis e possa democratizar o ensino tanto para o público externo como interno.
Em geral, são os docentes que procuram o portal para inserir aulas, mas quando se sabe que um professor possui um material interessante, ele é procurado. O projeto chegou a ter uma equipe de produção de mídias digitais responsável por realizar este diálogo com os professores e com isso os conteúdos se expandiram muito, lembra a professora.
Recentemente, o grupo de Mídias Digitais da Pró-Reitoria de Graduação elaborou dois cursos, um de Libras e outro de Italiano. Ministrados por professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, eles aumentaram a visibilidade do e-Aulas e estão entre os mais acessados da plataforma.
O valor institucional
Além de desempenhar um papel importante no ensino e aprendizado, o portal também é um acervo institucional, destaca a professora. Os conteúdos presentes no e-Aulas são patrimônio da universidade e, com o tempo, podem se tornar ainda mais valorizados. Segundo Regina, muitos professores, por não conhecerem a plataforma, acabam divulgando seus materiais no Youtube, entretanto é possível que seus direitos autorais sejam negligenciados. “Você deixa de fazer com que o patrimônio da USP fique na USP”, pontua.
As mídias digitais abrem as portas para diferentes abordagens metodológicas de ensino. A professora cita o exemplo da aula invertida: nela, o aluno é orientado a assistir um vídeo antes da explicação do professor, assim, a aula pode ser usada para outros tipos de discussões, como debates e dinâmicas de grupo. “São metodologias em que o processo de aprendizagem está centrado no aluno, e não mais no professor”, afirma a coordenadora.
Ela diz que faz parte da meta da Reitoria aumentar o número de produções de mídias digitais e estimular os professores a usarem estes recursos como plataformas de ensino. Pensando neste cenário, a Pró-Reitoria de Graduação criou três centros de aperfeiçoamento didático para discutir metodologias aplicadas relacionadas aos materiais audiovisuais.
Para a professora, a USP precisa dar esse salto na disponibilização dos seus conteúdos, pois a comunicação entre aluno e professor, a cada dia, se torna mais difícil. As mídias digitais são uma possibilidade para esse diálogo. Além disso, quando a USP possui um acervo de materiais didáticos, ele carrega a credibilidade da universidade. “Um conteúdo que a gente assina embaixo”, ressalta a coordenadora.
Fonte: Agência USP de Notícias
[Visto no Brasil Acadêmico]
São aulas e atividades acadêmicas diversas, gravadas pelos próprios professores ou produzidas em estúdio, que têm em comum o fato de carregarem a credibilidade da USP em seus conteúdos.
Amanda Oliveira, do USP Online
A proposta, idealizada pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), é coordenada pela professora Regina Melo Silveira, da Escola Politécnica (Poli) da USP. O sistema possui hoje mais de três mil materiais cadastrados — somente neste ano foram produzidos 680 novos. Atualmente, a Pró-Reitoria de Graduação é responsável pelo projeto, inspirado em iniciativas semelhantes de grandes universidades, como Harvard e MIT.
Segundo a coordenadora, desde a sua criação o portal teve mais de 12 milhões de acessos. Para consultar os materiais, as pessoas não precisam ter vínculo com a USP nem realizar cadastro. O usuário, porém, pode optar por se cadastrar, passando a ter acesso a outros recursos no sistema, como criar uma playlist e indicar os vídeos favoritos. Com o tempo, a plataforma foi aperfeiçoando e implementando novas funcionalidades, afirma Regina. Hoje, por exemplo, o aluno pode fazer e armazenar anotações no próprio vídeo, que podem se tornar públicas se o usuário permitir. Já os docentes podem incluir arquivos relacionados aos conteúdos audiovisuais, como textos e documentos e listas de exercícios.
O portal também tem uma parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, permitindo que, ao buscar pelo material de algum professor, o aluno também encontre os vídeos do e-Aulas, e não apenas livros, artigos e teses. “Dessa forma, o sistema vai ficando mais completo e vai atendendo tanto as necessidades dos professores como dos alunos”, destaca a coordenadora.
Suporte aos professores
Para auxiliar os professores a usarem a plataforma, a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da USP criou uma equipe de Mídias Digitais composta por dois técnicos. Quando os docentes têm dificuldades, esses profissionais colocam os materiais no portal, mas Regina ressalta que é importante que o próprio autor do vídeo realize esta etapa, pois conseguirá cadastrar os metadados de forma mais precisa, facilitando a busca de informações pelos usuários. Independente de quem publica as aulas no portal, os professores recebem um email informando que elas já estão disponíveis. Assim, podem validar e verificar os metadados, podendo optar por incluir o material no SIBi.
A Pró-Reitoria possui três estúdios para gravação de vídeos, localizados em São Paulo, São Carlos e Ribeirão Preto. Mas não é necessária uma grande produção para estar presente no e-Aulas. Segundo a coordenadora, a qualidade dos vídeos não é um fator limitante para a sua disponibilização, desde que eles consigam trazer informações relevantes.
Estimular os professores a disponibilizarem seus conteúdos é um dos desafios do projeto. Para Regina, a USP é uma referência como universidade no Brasil e na América Latina. Assim, a ideia é que ela também se torne notória como produtora de materiais didáticos confiáveis e possa democratizar o ensino tanto para o público externo como interno.
Em geral, são os docentes que procuram o portal para inserir aulas, mas quando se sabe que um professor possui um material interessante, ele é procurado. O projeto chegou a ter uma equipe de produção de mídias digitais responsável por realizar este diálogo com os professores e com isso os conteúdos se expandiram muito, lembra a professora.
Recentemente, o grupo de Mídias Digitais da Pró-Reitoria de Graduação elaborou dois cursos, um de Libras e outro de Italiano. Ministrados por professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, eles aumentaram a visibilidade do e-Aulas e estão entre os mais acessados da plataforma.
O valor institucional
Além de desempenhar um papel importante no ensino e aprendizado, o portal também é um acervo institucional, destaca a professora. Os conteúdos presentes no e-Aulas são patrimônio da universidade e, com o tempo, podem se tornar ainda mais valorizados. Segundo Regina, muitos professores, por não conhecerem a plataforma, acabam divulgando seus materiais no Youtube, entretanto é possível que seus direitos autorais sejam negligenciados. “Você deixa de fazer com que o patrimônio da USP fique na USP”, pontua.
As mídias digitais abrem as portas para diferentes abordagens metodológicas de ensino. A professora cita o exemplo da aula invertida: nela, o aluno é orientado a assistir um vídeo antes da explicação do professor, assim, a aula pode ser usada para outros tipos de discussões, como debates e dinâmicas de grupo. “São metodologias em que o processo de aprendizagem está centrado no aluno, e não mais no professor”, afirma a coordenadora.
Ela diz que faz parte da meta da Reitoria aumentar o número de produções de mídias digitais e estimular os professores a usarem estes recursos como plataformas de ensino. Pensando neste cenário, a Pró-Reitoria de Graduação criou três centros de aperfeiçoamento didático para discutir metodologias aplicadas relacionadas aos materiais audiovisuais.
Para a professora, a USP precisa dar esse salto na disponibilização dos seus conteúdos, pois a comunicação entre aluno e professor, a cada dia, se torna mais difícil. As mídias digitais são uma possibilidade para esse diálogo. Além disso, quando a USP possui um acervo de materiais didáticos, ele carrega a credibilidade da universidade. “Um conteúdo que a gente assina embaixo”, ressalta a coordenadora.
Fonte: Agência USP de Notícias
[Visto no Brasil Acadêmico]
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