Ministro da Educação defendeu algumas ideias em recente artigo que dão uma pista sobre como pensa novo ocupante da pasta da Educação.
Ministro da Educação defendeu algumas ideias em recente artigo que dão uma pista sobre como pensa novo ocupante da pasta da Educação.
Renato Janine Ribeiro é professor titular de filosofia política e ética da USP, sendo membro atual do seu Conselho Universitário. Doutor pela própria universidade, tem 18 livros publicados. Já recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio em 2001, a Ordem Nacional do Mérito Científico em 1997 e a Ordem de Rio Branco em 2009.
Respeitado pelo academia, o filósofo Renato Janine Ribeiro, que é mestre pela Sorbonne, tem discutido temas como a "nova política", a crise de representatividade e o teatro do poder, sob a influência dos meios de comunicação; na educação, ele defende currículos mais abertos, que permitam o desenvolvimento da criatividade; O que vai ao encontro das recentes discussões sobre as mudanças nos currículos escolares na Finlândia (ou do brasileiro Projeto Lumiar), o país melhor ranqueado no PISA, dentro os ocidentais.
Foi diretor de avaliação da Capes, fundação do Ministério da Educação, entre 2004 e 2008. Além disso, foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq, entre 1993 e 1997, do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 1997 a 1999, e secretário da SBPC, de 1999 a 2001. Além disso, publicou 18 livros. Entre eles, "A sociedade contra o social", ganhador do Prêmio Jabuti 2001.
Antenado e conectado, o filósofo comentou sua nomeação em sua página no Facebook:
Em seu artigo no Valor Econômico (destacamos abaixo os principais trechos de "Os principais ministérios: Cultura"), onde ele é colunista, Janine começa mostrando intimidade com o jeito de falar atualmente. E brinca com as palavras.
Para ele, os principais ministérios são três, e nenhum da área econômica:
Na educação, suas ideias são consideradas arrojadas e ele defende currículos mais abertos, que estimulem a criatividade dos estudantes.
Janine avalia que certos diplomas, como o de médico, poderiam ser “concedidos com exigência de atualização” em prazos pré-determinados. Ministradas em “cursos avaliados”, essas atualizações seriam “obrigatórias, previstas em lei”.
Seu discurso parece que soa como música de MP3 Player em plug de ouvido branco para a geração millenial, menos afeita a carreiras longas e mais aberta à experimentação e constante mudança de emprego.
O novo ministro defende, ainda, um associação cada vez maior entre educação e cultura.
Em um blog na internet, Janine também organiza alguns dos principais artigos que publicou ao longo de sua vida acadêmica.
Entre os temas abordados, constam temas como "a nova política" (acesse), a democracia direta (acesse), e os dilemas entre a ética pura e a ética de responsabilidade, adotada por quem assume funções políticas (acesse).
Fonte: EBC, Blog do Josias, Brasil 247, G1
[Visto no Brasil Acadêmico]
Renato Janine Ribeiro é professor titular de filosofia política e ética da USP, sendo membro atual do seu Conselho Universitário. Doutor pela própria universidade, tem 18 livros publicados. Já recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio em 2001, a Ordem Nacional do Mérito Científico em 1997 e a Ordem de Rio Branco em 2009.
Respeitado pelo academia, o filósofo Renato Janine Ribeiro, que é mestre pela Sorbonne, tem discutido temas como a "nova política", a crise de representatividade e o teatro do poder, sob a influência dos meios de comunicação; na educação, ele defende currículos mais abertos, que permitam o desenvolvimento da criatividade; O que vai ao encontro das recentes discussões sobre as mudanças nos currículos escolares na Finlândia (ou do brasileiro Projeto Lumiar), o país melhor ranqueado no PISA, dentro os ocidentais.
Foi diretor de avaliação da Capes, fundação do Ministério da Educação, entre 2004 e 2008. Além disso, foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq, entre 1993 e 1997, do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 1997 a 1999, e secretário da SBPC, de 1999 a 2001. Além disso, publicou 18 livros. Entre eles, "A sociedade contra o social", ganhador do Prêmio Jabuti 2001.
Antenado e conectado, o filósofo comentou sua nomeação em sua página no Facebook:
Ufa! Não tive tempo até agora de agradecer os cumprimentos nem de comentar minha nomeação para a Educação, pela presidenta Dilma. Primeiro de tudo, obrigado a todos os que postaram comentários ou mandaram mensagens inbox. Incrível como há gente torcendo pelo Brasil! Incrível como há tanta gente acreditando que a educação é O, ou um dos principais, caminho(s)!
Em seu artigo no Valor Econômico (destacamos abaixo os principais trechos de "Os principais ministérios: Cultura"), onde ele é colunista, Janine começa mostrando intimidade com o jeito de falar atualmente. E brinca com as palavras.
Qualquer um sabe responder quais são os principais ministérios do governo federal —aliás, de qualquer governo no mundo atual. São os da área econômica. Só que não.
Para ele, os principais ministérios são três, e nenhum da área econômica:
Os ministérios que definem o futuro de um país, que deverão ser decisivos nos próximos anos, e em poucas décadas serão reconhecidos como os principais, são três: Cultura, Atividade Física (como eu chamaria a atual pasta dos Esportes) e Meio Ambiente.
É claro que a economia é decisiva para um país, um governo. Mas ela geralmente trata de meios, mais que de fins. O próprio nome de ‘infraestrutura’, usado para agrupar algumas de suas pastas, já indica isso: infra, não super.
Na educação, suas ideias são consideradas arrojadas e ele defende currículos mais abertos, que estimulem a criatividade dos estudantes.
A educação não termina no último dia do ensino profissional ou do curso superior — nem nunca.
A cultura, já afirmei aqui, é a educação fora de ordem, livre e bagunçada. Para cursos, há currículos. Para a cultura, não. Um curso sobre a abolição da escravatura é educação, o filme “Lincoln" é cultura.
Janine avalia que certos diplomas, como o de médico, poderiam ser “concedidos com exigência de atualização” em prazos pré-determinados. Ministradas em “cursos avaliados”, essas atualizações seriam “obrigatórias, previstas em lei”.
Mas além das atualizações obrigatórias, previstas em lei, será necessário – e demandado – um crescente leque de cursos abertos, sem definição profissional, que aumentarão incrivelmente a qualidade da vida dos alunos. Já temos iniciativas neste sentido, inclusive uma empresarial (a Casa do Saber), que têm dado certo.
Trecho de artigo do jornal Valor Econômico retirado do site da Casa do Saber. |
Seu discurso parece que soa como música de MP3 Player em plug de ouvido branco para a geração millenial, menos afeita a carreiras longas e mais aberta à experimentação e constante mudança de emprego.
Hoje, pela primeira vez na história mundial, cada um de nós pode efetuar a sintonia mais fina possível de sua vocação. Antigamente, cada pessoa vivia num pacote identitário: por exemplo, homem branco abonado, casado, filhos, advogado ou médico ou engenheiro. Tudo isso vinha junto. Hoje, as possibilidades se ampliaram muitíssimo.
Há milhares de profissões. No limite, cada um cria a sua. Profissão, emprego, orientação sexual, estado civil, crenças políticas e religiosas, tudo isso se combina como um arco-íris felizmente enlouquecido. Ninguém é mais obrigado a se moldar a um pacote. Mas isso não é fácil, exige uma interminável descoberta de si e, por que não dizer, coragem pessoal.
O novo ministro defende, ainda, um associação cada vez maior entre educação e cultura.
Cada vez mais, a educação deverá se culturalizar: um, deixando de seguir currículos rígidos; dois, tornando-se prazerosa; três, criativa.
Em um blog na internet, Janine também organiza alguns dos principais artigos que publicou ao longo de sua vida acadêmica.
Entre os temas abordados, constam temas como "a nova política" (acesse), a democracia direta (acesse), e os dilemas entre a ética pura e a ética de responsabilidade, adotada por quem assume funções políticas (acesse).
Fonte: EBC, Blog do Josias, Brasil 247, G1
[Visto no Brasil Acadêmico]
Ó
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