Agora está demonstrado: Pesquisa acadêmica aponta que filtrando os assuntos a serem mostrados na rede social é possível influenciar humor do...
Agora está demonstrado: Pesquisa acadêmica aponta que filtrando os assuntos a serem mostrados na rede social é possível influenciar humor do usuário.
Um controverso estudo, revelado pela empresa Facebook, manipulou o feed de notícias dos usuários - vídeos, fotos, links e comentários de amigos - a fim de observar a reação das pessoas (sem que elas soubessem). Nele, os usuários foram divididos em dois grupos onde o primeiro deles teve a exposição reduzida a conteúdo emocional positivo, enquanto na outra parte os investigadores diminuíram o contato com conteúdo emocional negativo.
O experimento realizado com acadêmicos da universidade da Califórnia e de Cornell, onde o Facebook filtrou publicações nas páginas pessoais de, exatos, 689.003 participantes da rede, foi conduzido por Adam D. I. Kramer, pesquisador do Facebook, junto com mais dois publicou os achados, e publicado na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Porém, embora seus resultados tenham sido publicados, a manipulação do feed de notícias incomodou muita gente e o Facebook acabou virando alvo de protestos após a revelação.
Advogados, ativistas e políticos reagiram classificando o experimento como "escandaloso", "assustador" e "perturbador".
Muito dessa reação parte da preocupação de que o mecanismo possa ser usado para fins políticos, durante campanhas eleitorais, ou para incentivar usuários a permanecer na rede social e, assim, elevar as receitas da empresa com publicidade.
Clay Johnson, cofundador da Blue State Digital, empresa responsável pela bem-sucedida campanha on-line de Barack Obama para a presidência dos EUA em 2008, afirmou pelo Twitter:
Susan Fiske, acadêmica de Princeton que editou o estudo, criticou a forma como o estudo foi conduzido:
Um porta-voz do Facebook, consultado pelo "Guardian", declarou que a pesquisa foi feita para "melhorar os serviços e para fazer o conteúdo acessado pelas pessoas no Facebook o mais relevante e envolvente possível". O estudo foi publicado neste mês no jornal especializado "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O objetivo das experiências era descobrir se a exposição às emoções leva as pessoas a mudarem o seu próprio comportamento na publicação de conteúdo, e com que tendência.
O estudo concluiu que os estados emocionais "podem ser transferidos para outras pessoas através do contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções, terem consciência disso”. Isso acontece sem interação presencial e sem sugestões não verbais. A observação de experiências positivas de outras pessoas constitui uma experiência agradável para os usuários, defende o trabalho.
Fonte: PNAS, Folha, Computer World
[Via BBA]
Um controverso estudo, revelado pela empresa Facebook, manipulou o feed de notícias dos usuários - vídeos, fotos, links e comentários de amigos - a fim de observar a reação das pessoas (sem que elas soubessem). Nele, os usuários foram divididos em dois grupos onde o primeiro deles teve a exposição reduzida a conteúdo emocional positivo, enquanto na outra parte os investigadores diminuíram o contato com conteúdo emocional negativo.
O experimento realizado com acadêmicos da universidade da Califórnia e de Cornell, onde o Facebook filtrou publicações nas páginas pessoais de, exatos, 689.003 participantes da rede, foi conduzido por Adam D. I. Kramer, pesquisador do Facebook, junto com mais dois publicou os achados, e publicado na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Emoções expressadas por amigos, por meio da rede social, influenciam os nossos próprios humores, constituindo a primeira evidência experimental de contágio emocional em larga escala via redes sociais.
Porém, embora seus resultados tenham sido publicados, a manipulação do feed de notícias incomodou muita gente e o Facebook acabou virando alvo de protestos após a revelação.
Advogados, ativistas e políticos reagiram classificando o experimento como "escandaloso", "assustador" e "perturbador".
Muito dessa reação parte da preocupação de que o mecanismo possa ser usado para fins políticos, durante campanhas eleitorais, ou para incentivar usuários a permanecer na rede social e, assim, elevar as receitas da empresa com publicidade.
Clay Johnson, cofundador da Blue State Digital, empresa responsável pela bem-sucedida campanha on-line de Barack Obama para a presidência dos EUA em 2008, afirmou pelo Twitter:
O experimento de 'transmissão de raiva' do Facebook é assustador.
Susan Fiske, acadêmica de Princeton que editou o estudo, criticou a forma como o estudo foi conduzido:
As pessoas deveriam ser avisadas que participarão da pesquisa, para terem o direito de concordar ou não com isso.
Um porta-voz do Facebook, consultado pelo "Guardian", declarou que a pesquisa foi feita para "melhorar os serviços e para fazer o conteúdo acessado pelas pessoas no Facebook o mais relevante e envolvente possível". O estudo foi publicado neste mês no jornal especializado "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O objetivo das experiências era descobrir se a exposição às emoções leva as pessoas a mudarem o seu próprio comportamento na publicação de conteúdo, e com que tendência.
Em retrospectiva, os benefícios do trabalho da investigação pode não ter justificado toda a ansiedade.
Adam D.I. Kramer
O estudo concluiu que os estados emocionais "podem ser transferidos para outras pessoas através do contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções, terem consciência disso”. Isso acontece sem interação presencial e sem sugestões não verbais. A observação de experiências positivas de outras pessoas constitui uma experiência agradável para os usuários, defende o trabalho.
Fonte: PNAS, Folha, Computer World
[Via BBA]
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