Pesquisadores usam as redes sociais para descobrir possíveis rastros de homens vindos do futuro.
Pesquisadores usam as redes sociais para descobrir possíveis rastros de homens vindos do futuro.
Uma questão habita a mente de físicos e autores de ficção científica: Será possível construir uma máquina do tempo?
E caso seja possível um dia, não é nada improvável que alguns viajantes de um futuro distante resolvam visitar o passado distante por alguma razão.
E caso isso ocorresse, como poderíamos saber da existência de tais indivíduos?
Uma dupla de físicos, Robert Nemiroff e Teresa Wilson, físicos da Universidade Tecnológica de Michigan, resolveram encarar a questão e bolaram um esquema para detectar um eventual peregrino temporal. Elegeram dois eventos que fossem difíceis de se prever mas relevantes a ponto de um conhecedor que já soubesse o fato (um profeta, vidente ou um homem do futuro que conhecesse a história) falasse sobre isso em alguma conversa na web.
Veja o quanto isso é desafiador: um evento igual aos atentados contra as torres gêmeas no 11 de setembro de 2001 poderia ter algum comentário no Facebook? Não. O Facebook e o Orkut só apareceriam em 2004. Até mesmo o MySpace (2003) e o Friendster (2002) (quem?) ainda não havia surgido e a internet ainda era bem menos social do que hoje. O Twitter então, só em 2006. E mesmo que houvesse uma rede social tão popular ainda não havia tantos smartphones para tornar tudo tão onipresente. E se houvesse? Esse tipo de evento foi planejado, então era possível que alguma mensagem previsse a ocorrência por influência de algum serviço secreto ou mesmo de alguma organização terrorista.
Então que evento, mais recente, serviria para atestar esse possibilidade? A dupla de cientistas levou a investigação a sério e publicou um artigo a respeito (Searching the Internet for evidence of time travelers. Em português, Procurando na Internet por evidências de viajantes do tempo). Eles explicam no paper que escolheram dois eventos recentes: a descoberta do cometa Ison e a eleição do papa Francisco, e resolveram pesquisar menções no Twitter e no Facebook a respeito desses dois fatos.
A lógica é simples: se encontrassem mensagens que confirmassem tais acontecimentos que tenham sido publicados antes de sua ocorrência, uma vez que tais fatos eram consideravelmente imprevisíveis, as chances de alguém que tenha acertado alguma previsão relacionada ser do futuro seriam relevantes.
Pesquisaram no Twitter e no Facebook e não obtiveram nenhum resultado que considerassem suspeitos.
Não se dando por vencida, a dupla criou as hashtags #ICanChangeThePast2 e #ICannotChangeThePast2 em setembro de 2013 e solicitaram para os viajantes do tempo que as respondessem antes do referido mês, mas não houve qualquer retorno (imagine se alguém, só de brincadeira, consegue mudar o timestamp de uma mensagem de resposta com data anterior à pergunta. Esses dois iriam ter um troço. :D).
Eles ainda não descartam a possibilidade dos viajantes do tempo serem muito cuidadosas em não deixar vestígios de sua passagem pelo nosso presente, ou de não terem simplemente comentado a respeito dos assuntos pesquisados, ou mesmo que poderia ser fisicamente impossível os viajantes deixarem rastros sua passagem por esse tempo, e seja igualmente impossível para nós conseguirmos encontrar esses vestígios.
Também já vi uma hipótese, acho que foi em um episódio do programa "O Universo", que dizia só ser possível viajar no tempo até a data limite da criação da máquina do tempo, não antes. Então nosso tempo ainda estaria fora do limite temporal de um viajante desses se a máquina ainda não tiver sido criada.
Também não é a primeira vez que alguém tenta encontrar evidências de viajantes no tempo. Em julho de 2012, o físico Stephen Hawking promoveu uma festa mas só enviou os convites depois que a festa ocorreu. Ninguém apareceu.
O cineasta George Clark notou uma senhora caminhando que parece falar ao celular em um filme de Charles Chaplin de 1928
Bem, quem sabe se a gente procurar por outra coisa? Como uma possível fraude na Mega-Sena da virada? Talvez seja só um viajante do futuro dando uma dica. Who knows?
[Via BBA]
Uma questão habita a mente de físicos e autores de ficção científica: Será possível construir uma máquina do tempo?
E caso seja possível um dia, não é nada improvável que alguns viajantes de um futuro distante resolvam visitar o passado distante por alguma razão.
E caso isso ocorresse, como poderíamos saber da existência de tais indivíduos?
Uma dupla de físicos, Robert Nemiroff e Teresa Wilson, físicos da Universidade Tecnológica de Michigan, resolveram encarar a questão e bolaram um esquema para detectar um eventual peregrino temporal. Elegeram dois eventos que fossem difíceis de se prever mas relevantes a ponto de um conhecedor que já soubesse o fato (um profeta, vidente ou um homem do futuro que conhecesse a história) falasse sobre isso em alguma conversa na web.
Veja o quanto isso é desafiador: um evento igual aos atentados contra as torres gêmeas no 11 de setembro de 2001 poderia ter algum comentário no Facebook? Não. O Facebook e o Orkut só apareceriam em 2004. Até mesmo o MySpace (2003) e o Friendster (2002) (quem?) ainda não havia surgido e a internet ainda era bem menos social do que hoje. O Twitter então, só em 2006. E mesmo que houvesse uma rede social tão popular ainda não havia tantos smartphones para tornar tudo tão onipresente. E se houvesse? Esse tipo de evento foi planejado, então era possível que alguma mensagem previsse a ocorrência por influência de algum serviço secreto ou mesmo de alguma organização terrorista.
Então que evento, mais recente, serviria para atestar esse possibilidade? A dupla de cientistas levou a investigação a sério e publicou um artigo a respeito (Searching the Internet for evidence of time travelers. Em português, Procurando na Internet por evidências de viajantes do tempo). Eles explicam no paper que escolheram dois eventos recentes: a descoberta do cometa Ison e a eleição do papa Francisco, e resolveram pesquisar menções no Twitter e no Facebook a respeito desses dois fatos.
A lógica é simples: se encontrassem mensagens que confirmassem tais acontecimentos que tenham sido publicados antes de sua ocorrência, uma vez que tais fatos eram consideravelmente imprevisíveis, as chances de alguém que tenha acertado alguma previsão relacionada ser do futuro seriam relevantes.
Pesquisaram no Twitter e no Facebook e não obtiveram nenhum resultado que considerassem suspeitos.
Não se dando por vencida, a dupla criou as hashtags #ICanChangeThePast2 e #ICannotChangeThePast2 em setembro de 2013 e solicitaram para os viajantes do tempo que as respondessem antes do referido mês, mas não houve qualquer retorno (imagine se alguém, só de brincadeira, consegue mudar o timestamp de uma mensagem de resposta com data anterior à pergunta. Esses dois iriam ter um troço. :D).
Tecnicamente, o que foi pesquisado para o estudo não foram viajantes do tempo em si, mas sim traços informativos deixados por eles.
Eles ainda não descartam a possibilidade dos viajantes do tempo serem muito cuidadosas em não deixar vestígios de sua passagem pelo nosso presente, ou de não terem simplemente comentado a respeito dos assuntos pesquisados, ou mesmo que poderia ser fisicamente impossível os viajantes deixarem rastros sua passagem por esse tempo, e seja igualmente impossível para nós conseguirmos encontrar esses vestígios.
Também já vi uma hipótese, acho que foi em um episódio do programa "O Universo", que dizia só ser possível viajar no tempo até a data limite da criação da máquina do tempo, não antes. Então nosso tempo ainda estaria fora do limite temporal de um viajante desses se a máquina ainda não tiver sido criada.
Também não é a primeira vez que alguém tenta encontrar evidências de viajantes no tempo. Em julho de 2012, o físico Stephen Hawking promoveu uma festa mas só enviou os convites depois que a festa ocorreu. Ninguém apareceu.
Bem, quem sabe se a gente procurar por outra coisa? Como uma possível fraude na Mega-Sena da virada? Talvez seja só um viajante do futuro dando uma dica. Who knows?
[Via BBA]
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