Cometa descoberto em 2012 por astrônomos russos provavelmente será o mais brilhante da história.
Cometa descoberto em 2012 por astrônomos russos provavelmente será o mais brilhante da história.
A um bilhão de quilômetros da Terra, aproximadamente entre as órbitas de Saturno e de Júpiter, o cometa ISON está indo a toda velocidade em direção ao Sol. Porém, ao passar próximo da Terra, seu brilho será o mais intenso já registrado no céu em toda a história, maior até que o da Lua Cheia.
Ao contrário de cometas mais célebres e conhecidos há bastante tempo, como o cometa de Halley que se aproxima da Terra em intervalos regulares de 75 anos, o ISON foi descoberto apenas no último dia 21 de setembro, por uma dupla de astrônomos amadores do International Scientific Optical Network (ISON), um observatório da Rússia, que o avistou na constelação de Câncer. Assim que identificaram o ponto luminoso, Artyom Novichonok e Vitaly Nevski publicaram as coordenadas aproximadas no site da União Astronômica Internacional (IAU). Em poucas horas, outras praças ao redor do mundo começaram a acompanhar imediatamente a novidade cosmológica, até que o cometa foi reconhecido oficialmente pela IAU, e após três dia foi denominado C/2012 S1 (ISON), homenageando o observatório russo.
Como pode ser visto no vídeo acima, quando o cometa se aproximar do sol ele deve começar a se despedaçar, o que poderá fazer com que ele brilhe muito. Especialmente se ele sobreviver a essa aproximação (e não se desintegrar totalmente).
Para se ter uma ideia do que isso pode significar em termos de show da natureza, a Lua em sua fase mais brilhante (Cheia) tem magnitude -12,7. Vênus, que é o planeta mais brilhante do sistema Solar (também conhecido como Estrela D´Alva), possui magnitude -4,8.
Cálculos iniciais dão conta que ISON tem um período orbital de 1,2 milhão de anos e que é proveniente da nuvem de Oort, uma região com trilhões de rochas a cerca de um ano-luz do Sol. É de Oort que costumam vir os cometas de longo período, denominação dada àqueles que demoram mais de 200 anos para percorrer seu trajeto de ida e volta ao Sol. Já os cometas de curto período costumam vir do Cinturão de Kuiper, bem mais próximo, como é o caso do cometa Halley.
Fico imaginando o pânico geral que se esse cometa passasse, por coincidência, em dezembro de 2012 e só tivesse sido descoberto há bem poucos meses. O que iria aparecer de profeta do apocalipse não seria brincadeira. Não duvido nada que os Nostradamus de boteco vão começar com teorias do tipo:
Ao atingir o periélio (a aproximação máxima do Sol) o calor irradiado provavelmente fará com que o cometa alcance seu pico de atividade, podendo formar uma cauda com milhões de quilômetros de extensão. Porém essa é a previsão mais otimista, tudo depende de uma série de fatores, como o tamanho do núcleo, sua composição e a velocidade com que fizer a volta na estrela.
Como seu interior é formado por gelo e poeira cósmica, na medida em que ele for se aproximando do Sol, a radiação solar fará com o gases congelados em seu interior se vaporizem, dando origem a duas coisas: a coma, que envolve o núcleo do cometa, e uma ou mais caudas.
No dia 28 de dezembro de 2013, um mês depois do periélio, ele realizará a aproximação máxima do nosso planeta: uma distância de aproximadamente 64,3 milhões de quilômetros.
Aqueles que tiverem acesso a um telescópio amador conseguirão acompanhar a jornada do cometa a partir de agosto de 2013.
Mas não deixa de ser admirável que um cometa de três largura passe relativamente próximo da Terra de forma tão notável e seja identificado primeiramente por astrônomos amadores.
Já estou encomendando meu telescópio. Provavelmente publicarei alguma foto do cometa por aqui.
Fonte: Veja, Jornal Ciência
[Via BBA]
A um bilhão de quilômetros da Terra, aproximadamente entre as órbitas de Saturno e de Júpiter, o cometa ISON está indo a toda velocidade em direção ao Sol. Porém, ao passar próximo da Terra, seu brilho será o mais intenso já registrado no céu em toda a história, maior até que o da Lua Cheia.
Ao contrário de cometas mais célebres e conhecidos há bastante tempo, como o cometa de Halley que se aproxima da Terra em intervalos regulares de 75 anos, o ISON foi descoberto apenas no último dia 21 de setembro, por uma dupla de astrônomos amadores do International Scientific Optical Network (ISON), um observatório da Rússia, que o avistou na constelação de Câncer. Assim que identificaram o ponto luminoso, Artyom Novichonok e Vitaly Nevski publicaram as coordenadas aproximadas no site da União Astronômica Internacional (IAU). Em poucas horas, outras praças ao redor do mundo começaram a acompanhar imediatamente a novidade cosmológica, até que o cometa foi reconhecido oficialmente pela IAU, e após três dia foi denominado C/2012 S1 (ISON), homenageando o observatório russo.
Como pode ser visto no vídeo acima, quando o cometa se aproximar do sol ele deve começar a se despedaçar, o que poderá fazer com que ele brilhe muito. Especialmente se ele sobreviver a essa aproximação (e não se desintegrar totalmente).
Os astrônomos utilizam uma escala de magnitudes para indicar o brilho dos objetos celestes. Nessa escala, quanto menor o número, maior o brilho. E se o ISON sobreviver, algumas projeções indicam que a magnitude será de -13. Na escala, números negativos indicam corpos muito brilhantes.
Gustavo Rojas. Astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
Para se ter uma ideia do que isso pode significar em termos de show da natureza, a Lua em sua fase mais brilhante (Cheia) tem magnitude -12,7. Vênus, que é o planeta mais brilhante do sistema Solar (também conhecido como Estrela D´Alva), possui magnitude -4,8.
Cálculos iniciais dão conta que ISON tem um período orbital de 1,2 milhão de anos e que é proveniente da nuvem de Oort, uma região com trilhões de rochas a cerca de um ano-luz do Sol. É de Oort que costumam vir os cometas de longo período, denominação dada àqueles que demoram mais de 200 anos para percorrer seu trajeto de ida e volta ao Sol. Já os cometas de curto período costumam vir do Cinturão de Kuiper, bem mais próximo, como é o caso do cometa Halley.
Só um ancestral muito antigo do homem pode tê-lo avistado algum dia.
Gustavo Rojas
Fico imaginando o pânico geral que se esse cometa passasse, por coincidência, em dezembro de 2012 e só tivesse sido descoberto há bem poucos meses. O que iria aparecer de profeta do apocalipse não seria brincadeira. Não duvido nada que os Nostradamus de boteco vão começar com teorias do tipo:
O ano do calendário Maia começa a ser contado do zero, por isso o fim do mundo será em 2013...
Ao atingir o periélio (a aproximação máxima do Sol) o calor irradiado provavelmente fará com que o cometa alcance seu pico de atividade, podendo formar uma cauda com milhões de quilômetros de extensão. Porém essa é a previsão mais otimista, tudo depende de uma série de fatores, como o tamanho do núcleo, sua composição e a velocidade com que fizer a volta na estrela.
Como seu interior é formado por gelo e poeira cósmica, na medida em que ele for se aproximando do Sol, a radiação solar fará com o gases congelados em seu interior se vaporizem, dando origem a duas coisas: a coma, que envolve o núcleo do cometa, e uma ou mais caudas.
No dia 28 de dezembro de 2013, um mês depois do periélio, ele realizará a aproximação máxima do nosso planeta: uma distância de aproximadamente 64,3 milhões de quilômetros.
Aqueles que tiverem acesso a um telescópio amador conseguirão acompanhar a jornada do cometa a partir de agosto de 2013.
Mas não deixa de ser admirável que um cometa de três largura passe relativamente próximo da Terra de forma tão notável e seja identificado primeiramente por astrônomos amadores.
Já estou encomendando meu telescópio. Provavelmente publicarei alguma foto do cometa por aqui.
Fonte: Veja, Jornal Ciência
[Via BBA]
muito legal mesmo vou comprar um telescopio tbm =D
ResponderExcluirMuito boa a matéria. Espero conseguir meu telescópio até lá.
ResponderExcluirSó queria ressaltar um equívoco do autor quando disse: "O que iria aparecer de profeta do apocalipse não seria brincadeira."
O apocalipse não previu ou marcou o fim do mundo para 2012. Na verdade a Bíblia é clara ao afirmar que o dia e a hora do fim do mundo ninguém sabe, mas somente Deus. (Mateus 24:36)
Muito boa a matéria. Espero conseguir meu telescópio até lá.
ResponderExcluirSó queria ressaltar um equívoco do autor quando disse: "O que iria aparecer de profeta do apocalipse não seria brincadeira."
O apocalipse não previu ou marcou o fim do mundo para 2012. Na verdade a Bíblia é clara ao afirmar que o dia e a hora do fim do mundo ninguém sabe, mas somente Deus. (Mateus 24:36)
Três cometas descobertos em cima da hora, todos visíveis...Um deles sendo o maior já visto até hoje...Até parece que tudo isso é coincidência.
ResponderExcluirEsse é o começo de uma chuva de cometas que vai devastar toda a Terra. O fim do mundo começou em dezembro de 2012 e vai se prolongar por alguns séculos. Esses cometas todos estão sendo jogados para sol pelo Hercólubus.