Neutrinos são capazes de atravessar rochas, montanhas e planetas. Mas ainda é cedo para empolgação. A velocidade de transmissão é ainda muit...
Neutrinos são capazes de atravessar rochas, montanhas e planetas. Mas ainda é cedo para empolgação. A velocidade de transmissão é ainda muito baixa.
Imagine uma partícula cuja massa seja tão desprezível que é capaz de atravessar um cubo de chumbo com 1 ano-luz de comprimento e não se chocar com um único átomo sequer.
Assim é o neutrino, que causou furor recentemente ao se alentar a possibilidade de que ele pudesse ser mais rápido do que a luz. Mas agora ele volta novamente para o centro das atenções científicas ao se anunciar a primeira transmissão de uma mensagem usando essas partículas.
Pesquisadores da Universidade de Rochester e North Carolina State University transmitiram uma mensagem através de 240 metros (780 pés) de rocha, utilizando um feixe de neutrinos pela primeira vez.
Ou seja, na prática é como se você pudesse enviar uma mensagem para o Japão do Brasil apontando o transmissor para o chão.
Neutrinos são partículas eletricamente neutras (daí o nome), quase sem massa produzidas em reações nucleares. Por sua natureza eles são pouco afetados até mesmo pela força da gravidade. Ao contrário das ondas eletromagnéticas, responsáveis pelas transmissões de rádio, TV, celulares etc, o neutrinos não sem detém com obstáculos como sólidos e água.
Poderia ser a solução para o problema de interrupção de comunicação de espaçonaves que estiverem do lado oculto da lua, por exemplo. Ou para transmissão e recepção de mensagens de submarinos e sondas.
Parece animador, porém um obstáculo para o uso prático da técnica é a velocidade de transmissão: 0,1 bps (bits por segundo).
Levou mais de duas horas para que a palavra "neutrino" (sim, foi essa a primeira mensagem enviada) fosse enviada do transmissor Numi, parte do sistema de acelerador de partículas do Fermilab, para o receptor de 170 toneladas MINErVA, funcionando como "antena".
Para a transmissão do experimento foi necessário codificar a mensagem de forma binária, assim transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0.
Ainda que o feixe de transmissão dispare trilhões de neutrinos de cada vez, o detector só raramente conseguia detectá-los.
No experimento, a palavra neutrino consistia de 25 pulsos, separados entre eles por um período sem transmissão de 2 segundos. Isso foi repetido 3.500 vezes ao longo de 142 minutos.
Em média, a "antena" detectou 0,81 neutrino a cada pulso, com uma taxa de erro de 1% - apenas 1 em cada 10 bilhões de neutrinos foi detectado.
Fonte:
Nature, The State Column, Inovação Tecnológica
[Via BBA]
Imagine uma partícula cuja massa seja tão desprezível que é capaz de atravessar um cubo de chumbo com 1 ano-luz de comprimento e não se chocar com um único átomo sequer.
Assim é o neutrino, que causou furor recentemente ao se alentar a possibilidade de que ele pudesse ser mais rápido do que a luz. Mas agora ele volta novamente para o centro das atenções científicas ao se anunciar a primeira transmissão de uma mensagem usando essas partículas.
Pesquisadores da Universidade de Rochester e North Carolina State University transmitiram uma mensagem através de 240 metros (780 pés) de rocha, utilizando um feixe de neutrinos pela primeira vez.
Usando neutrinos, seria possível a comunicação entre quaisquer dois pontos na Terra sem o uso de satélites ou cabos. Os sistemas de comunicação Neutrino seriam muito mais complicados do que os sistemas atuais, mas podem ter importantes usos estratégicos.
Dan Stancil, professor de engenharia elétrica e informática em North Carolina State University
Ou seja, na prática é como se você pudesse enviar uma mensagem para o Japão do Brasil apontando o transmissor para o chão.
Neutrinos são partículas eletricamente neutras (daí o nome), quase sem massa produzidas em reações nucleares. Por sua natureza eles são pouco afetados até mesmo pela força da gravidade. Ao contrário das ondas eletromagnéticas, responsáveis pelas transmissões de rádio, TV, celulares etc, o neutrinos não sem detém com obstáculos como sólidos e água.
Poderia ser a solução para o problema de interrupção de comunicação de espaçonaves que estiverem do lado oculto da lua, por exemplo. Ou para transmissão e recepção de mensagens de submarinos e sondas.
Parece animador, porém um obstáculo para o uso prático da técnica é a velocidade de transmissão: 0,1 bps (bits por segundo).
Levou mais de duas horas para que a palavra "neutrino" (sim, foi essa a primeira mensagem enviada) fosse enviada do transmissor Numi, parte do sistema de acelerador de partículas do Fermilab, para o receptor de 170 toneladas MINErVA, funcionando como "antena".
Claro, a nossa tecnologia atual exige grandes quantidades de equipamentos de alta tecnologia para se comunicar uma mensagem usando neutrinos, e isso não é prático agora. Mas o primeiro passo para um dia usar neutrinos para a comunicação em uma aplicação prática é uma demonstração usando a tecnologia de hoje.
Kevin McFarland. Professor de física da Universidade de Rochester envolvido no projeto
Para a transmissão do experimento foi necessário codificar a mensagem de forma binária, assim transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0.
Ainda que o feixe de transmissão dispare trilhões de neutrinos de cada vez, o detector só raramente conseguia detectá-los.
No experimento, a palavra neutrino consistia de 25 pulsos, separados entre eles por um período sem transmissão de 2 segundos. Isso foi repetido 3.500 vezes ao longo de 142 minutos.
Em média, a "antena" detectou 0,81 neutrino a cada pulso, com uma taxa de erro de 1% - apenas 1 em cada 10 bilhões de neutrinos foi detectado.
Fonte:
Nature, The State Column, Inovação Tecnológica
[Via BBA]
Interessante como prova de conceito.
ResponderExcluirNeutrino é mais neutro que mineiro naturalizado suíço.
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