Em um esforço conjunto de vários jornalistas liderados pela Agência Pública em parceria com o Wikileaks, cerca de 3 mil documentos diplomáti...
Em um esforço conjunto de vários jornalistas liderados pela Agência Pública em parceria com o Wikileaks, cerca de 3 mil documentos diplomáticos vazados pelo site relacionados com o Brasil finalmente vêm a público.
A Pública é uma agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos inspirada em modelos que já existem em outros países, onde centros independentes se dedicam a fazer reportagens de fôlego, que têm perdido espaço nos veículos tradicionais.
A organização Wikileaks e o jornalista britânico Andrew Jennings (o cara que está denunciando corrupção no COI, na FIFA e, por tabela, acusando o Ricardo Teixeira, presidente da CBF) estão entre os que já participam do projeto.
Pois ontem a Pública encerrou o projeto Semana Wikileaks onde a agência colocou um time de repórteres independentes para mergulhar durante três dias nos cerca de 3 mil documentos diplomáticos sobre o Brasil de um universo de 251.287 (os chamados cables) que o Wikileaks obteve da estrutura diplomática americana (o maior vazamento da história).
São 63 despachos do Departamento do Estado para os diplomatas no Brasil e 2919 telegramas enviados a Washington entre 2002 e 2010 (1947 provenientes da embaixada em Brasília e 909 dos consulados de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife).
Esses documentos, disponíveis a partir de hoje no site do Wikileaks e no CableSearch (um site que permite realizar buscas nos documentos através de palavras chave), serviram de base para 50 reportagens inéditas que a Pública irá lançar durante a próxima semana.
A diplomacia americana e a mídia nacional
A pedido da Pública, o repórter Anselmo Massad analisou os documentos no que se refere à mídia:
Em 23 de outubro de 2009, em meio à discussão de como a mídia se comporta, um telegrama (UNCLAS SECTION 01 OF 08 BRASILIA 001254) assinado pela conselheira diplomática começa elogiando:
Ainda que não concordem pessoalmente com as políticas norte-americanas, muitos são “imparciais” no tratamento concedido aos EUA.
E continua a análise.
A campanha judaica
Um telegrama de março de 2005, vazado em fevereiro de 2011, relata um encontro entre o embaixador John Danilovich e líderes da comunidade judaica da capital paulista. A audiência, dois meses antes da Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, em Brasília, teve a presença de Abraham Goldstein, presidente da B’nai Brith do Brasil, e Henry Sobel, rabino chefe da maior sinagoga paulistana.
Goldstein teria dito a Danilovich que possivelmente haveria uma campanha de imprensa para garantir os pontos de vista favoráveis a Israel e à comunidade de judeus no país.
Na “campanha” estudada, havia menção a buscar não judeus que pudessem criticar o governo brasileiro no que eles consideravam uma tendência anti sionista, centrada na figura do secretário-geral do Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães.
Nos telegramas há relatos de reuniões esporádicas com profissionais de mídia. Quando Arturo Valenzuela, secretário assistente para assuntos do hemisfério ocidental, passou pelo Cone Sul em 2010, estavam no encontro Lins da Silva (que teria participado de outros três encontros nos quais fora apresentado ora como "ex-ombudsman da Folha de S.Paulo" ora como "ex-editor do Valor Econômico"), além do sociólogo Bolivar Lamounier (blogueiro da revista Exame), Celso Lafer (ministro de Relações Exteriores - 1995 a 2002 - da gestão FHC), Rubens Barbosa (embaixador brasileiro em Washington - 1999 a 2004),e José Goldemberg (ex-ministro de Ciência e Tecnologia e da Educação na década de 1990).
Lins da Silva “destacou o vigor financeiro sem precedentes do PT para executar uma campanha, após oito anos no governo” que, em caso de derrota, produziria uma oposição “muito problemática”.
Já Lamounier, em encontro anterior, em 2007, vaticinou que Lula não tentaria terceiro mandato e que a candidatura apoiada por ele levaria a melhor.
Quem também frequentou almoços e encontros com funcionários do governo dos EUA foi o apresentador do Jornal da Globo, William Waack.
O primeiro encontro citado foi em 28 de abril de 2008. Uma visita de jornalistas ao almirante Philip Cullom, que passava pelo Brasil para uma série de exercícios conjuntos entre as marinhas dos EUA, Brasil e Argentina.
O relato do embaixador Clifford Sobel dá conta que a visita de “membros da imprensa brasileira” resultou numa “cobertura positiva”. Só o apresentador do Jornal da Globo foi nominalmente citado, por ter “apresentado em duas reportagens para O Globo sobre a visita que reflete a importância da parceria dos EUA com o Brasil”.
Em setembro de 2009, em outro encontro com a presença de Sérgio Fausto, que era na época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), Waack trouxe a informação, que hoje sabemos que era equivocada, de que os então governadores de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio Neves, respectivamente, teriam acertado uma chapa-puro-sangue do PSDB para rivalizar com Dilma Rousseff.
Em fevereiro de 2010, Waak teria dito em um encontro com o atual embaixador, Thomas Shannon, que em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostrado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”.
Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha e autor do blog UolPolítica, teve pelo menos duas conversas com o assessor político da embaixada dos Estados Unidos, segundo os documentos. Em ambos, foi procurado para dar a contextualização de questões relativas ao país: o funcionamento do Tribunal de Contas da União e o futuro de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) caso perdesse a eleição para presidente da Câmara dos Deputados em 2007.
A Pública é uma agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos inspirada em modelos que já existem em outros países, onde centros independentes se dedicam a fazer reportagens de fôlego, que têm perdido espaço nos veículos tradicionais.
A organização Wikileaks e o jornalista britânico Andrew Jennings (o cara que está denunciando corrupção no COI, na FIFA e, por tabela, acusando o Ricardo Teixeira, presidente da CBF) estão entre os que já participam do projeto.
Pois ontem a Pública encerrou o projeto Semana Wikileaks onde a agência colocou um time de repórteres independentes para mergulhar durante três dias nos cerca de 3 mil documentos diplomáticos sobre o Brasil de um universo de 251.287 (os chamados cables) que o Wikileaks obteve da estrutura diplomática americana (o maior vazamento da história).
São 63 despachos do Departamento do Estado para os diplomatas no Brasil e 2919 telegramas enviados a Washington entre 2002 e 2010 (1947 provenientes da embaixada em Brasília e 909 dos consulados de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife).
Cerca de 1/5 são classificados: 468 são confidenciais e 73, secretos.
Esses documentos, disponíveis a partir de hoje no site do Wikileaks e no CableSearch (um site que permite realizar buscas nos documentos através de palavras chave), serviram de base para 50 reportagens inéditas que a Pública irá lançar durante a próxima semana.
A diplomacia americana e a mídia nacional
A pedido da Pública, o repórter Anselmo Massad analisou os documentos no que se refere à mídia:
É notável como a diplomacia americana monitora constantemente o que sai na mídia nacional.
Grande parte dos cables sobre o Brasil consiste de resenhas do que foi publicado em jornais e revistas nacionais, conhecidas no jargão dos diplomatas como “reação da mídia” (“media reaction”).
Entre os jornais, o mais citado como fonte nos telegramas é a Folha de S.Paulo, com 541 menções em 384 mensagens. Comumente qualificado como o “diário de maior tiragem do país”, em algumas ocorrências, o impresso dirigido por Octávio Frias Filho é descrito como o “maior diário esquerdista” ou como “progressista” (“liberal”)no jargão dos telegramas diplomáticos.
O segundo campeão de leitura e atenção por parte dos funcionários da diplomacia é O Estado de S.Paulo, qualificado por diversas vezes como “conservador” e mais frequentemente “de centro-direita”.
Nas buscas pelo nome do jornal, são 480 citações em 317 telegramas.
O Globo (em 89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11) são citados a respeito de reportagens e artigos pontuais. Outros diários aparecem com bem menos frequência. O Jornal da Tarde, também do Grupo Estado, surge em 2003 como “jornal regional de esquerda”.
Entre as revistas, Veja é a preferida nas leituras dos diplomatas. São 85 referências em 51 telegramas, sem qualquer qualificação além de “semanal”. Em um único episódio, ela é comparada à norte-americana Time. Em outros, como “líder de circulação”. Época é mencionada em nove mensagens (em uma, é classificada como “revista financeira”, em outras como “semanal noticiosa”) e CartaCapital aparece em duas ocasiões, sendo em uma delas, em dezembro de 2004, descrita como “nacionalista de esquerda”.
IstoÉ e IstoÉ Dinheiro são citadas em 16 oportunidades. Em um único episódio, referente à Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, a cobertura da publicação da Editora Três é vista como “geralmente precisa e justa”, embora suas reportagens sejam “mais desequilibradas do que a líder em circulação Veja”.
Colunistas
Poucos colunistas têm prestígio entre os diplomatas como fontes de informação citadas nos telegramas.
O editorialista da Folha Clovis Rossi lidera com 40 menções, restritas a excertos de sua coluna diária. Demétrio Magnoli, “geógrafo” e “sociólogo”, aparece em resenhas de mídia por oito vezes. Miriam Leitão, analista de economia do grupo Globo, é mencionada cinco vezes, como “respeitada”, “altamente influente” e “aclamada”. Dora Kramer aparece por duas vezes, adjetivada como “influente”.
Há também duas menções ao recém-eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, e uma singela citação a Diogo Mainardi. O primeiro é taxado ora como “proeminente”, ora como “realista” e “menos otimista” do que o restante dos analistas de plantão. O segundo, como “popular colunista”, à época em que escrevia para a Veja.
O âncora Boris Casoy, em 2004 na Rede Record, também recebe o adjetivo de “popular” quando é citado condenando o projeto de Conselho Nacional de Jornalistas, proposto pela Federação Nacional da categoria. Um documento assinado pelo embaixador Danilovich reproduz sua fala na TV quando ele taxou a iniciativa de “abominável” e uma “óbvia tentativa de controlar jornalistas e a imprensa”.
Grande parte dos cables sobre o Brasil consiste de resenhas do que foi publicado em jornais e revistas nacionais, conhecidas no jargão dos diplomatas como “reação da mídia” (“media reaction”).
Jornal | Nº de cables | Qualificação |
Folha de São Paulo | 384 |
|
O Estado de São Paulo | 317 |
|
O Globo | 89 | |
Valor Econômico | 84 | |
Jornal do Brasil | 23 | |
Correio Braziliense | 11 | |
Jornal da Tarde | - |
|
Entre os jornais, o mais citado como fonte nos telegramas é a Folha de S.Paulo, com 541 menções em 384 mensagens. Comumente qualificado como o “diário de maior tiragem do país”, em algumas ocorrências, o impresso dirigido por Octávio Frias Filho é descrito como o “maior diário esquerdista” ou como “progressista” (“liberal”)no jargão dos telegramas diplomáticos.
O segundo campeão de leitura e atenção por parte dos funcionários da diplomacia é O Estado de S.Paulo, qualificado por diversas vezes como “conservador” e mais frequentemente “de centro-direita”.
Nas buscas pelo nome do jornal, são 480 citações em 317 telegramas.
O Globo (em 89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11) são citados a respeito de reportagens e artigos pontuais. Outros diários aparecem com bem menos frequência. O Jornal da Tarde, também do Grupo Estado, surge em 2003 como “jornal regional de esquerda”.
Revista | Nº de cables | Qualificação |
Veja | 51 |
|
IstoÉ e IstoÉ Dinheiro | 16 |
|
Época | 9 |
|
Carta Capital | 2 |
|
Entre as revistas, Veja é a preferida nas leituras dos diplomatas. São 85 referências em 51 telegramas, sem qualquer qualificação além de “semanal”. Em um único episódio, ela é comparada à norte-americana Time. Em outros, como “líder de circulação”. Época é mencionada em nove mensagens (em uma, é classificada como “revista financeira”, em outras como “semanal noticiosa”) e CartaCapital aparece em duas ocasiões, sendo em uma delas, em dezembro de 2004, descrita como “nacionalista de esquerda”.
IstoÉ e IstoÉ Dinheiro são citadas em 16 oportunidades. Em um único episódio, referente à Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, a cobertura da publicação da Editora Três é vista como “geralmente precisa e justa”, embora suas reportagens sejam “mais desequilibradas do que a líder em circulação Veja”.
Colunistas
Poucos colunistas têm prestígio entre os diplomatas como fontes de informação citadas nos telegramas.
Colunistas | Nº de cables | Qualificação |
Clovis Rossi | 40 | |
Demétrio Magnoli | 8 |
|
Miriam Leitão | 5 |
|
Dora Kramer | 2 |
|
Merval Pereira | 2 |
|
Diogo Mainardi | 1 |
|
Boris Casoy | 1 |
|
O editorialista da Folha Clovis Rossi lidera com 40 menções, restritas a excertos de sua coluna diária. Demétrio Magnoli, “geógrafo” e “sociólogo”, aparece em resenhas de mídia por oito vezes. Miriam Leitão, analista de economia do grupo Globo, é mencionada cinco vezes, como “respeitada”, “altamente influente” e “aclamada”. Dora Kramer aparece por duas vezes, adjetivada como “influente”.
Há também duas menções ao recém-eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, e uma singela citação a Diogo Mainardi. O primeiro é taxado ora como “proeminente”, ora como “realista” e “menos otimista” do que o restante dos analistas de plantão. O segundo, como “popular colunista”, à época em que escrevia para a Veja.
O âncora Boris Casoy, em 2004 na Rede Record, também recebe o adjetivo de “popular” quando é citado condenando o projeto de Conselho Nacional de Jornalistas, proposto pela Federação Nacional da categoria. Um documento assinado pelo embaixador Danilovich reproduz sua fala na TV quando ele taxou a iniciativa de “abominável” e uma “óbvia tentativa de controlar jornalistas e a imprensa”.
Em 23 de outubro de 2009, em meio à discussão de como a mídia se comporta, um telegrama (UNCLAS SECTION 01 OF 08 BRASILIA 001254) assinado pela conselheira diplomática começa elogiando:
Os jornalistas brasileiros, falando genericamente, são profissionais, equilibrados e buscam objetividade.
Ainda que não concordem pessoalmente com as políticas norte-americanas, muitos são “imparciais” no tratamento concedido aos EUA.
Alguns articulistas da mídia dominante demonstram viés contra as políticas dos EUA, embora a tendência tenha começado a mudar com a eleição do presidente (Barack) Obama.
E continua a análise.
Um pequeno segmento do público brasileiro aceita a noção de que os Estados Unidos tem uma campanha para subjugar o Brasil economicamente, miná-lo culturalmente e ocupar com tropas pelo menos uma parte de seus territórios. Esse tipo de atitude e de crenças influenciam repórteres e comentaristas em questões como o retabelecimento da Quarta Frota da Marinha dos EUA (caracterizada como uma ameaça para o Brasil), supostamente por nefastas intenções em direção à Amazônia e à ‘Amazônia Azul’ (mares onde novas reservas de petróleo foram encontradas) e mais recentemente o anúncio do acesso dos EUA a bases militares colombianas.
A campanha judaica
Um telegrama de março de 2005, vazado em fevereiro de 2011, relata um encontro entre o embaixador John Danilovich e líderes da comunidade judaica da capital paulista. A audiência, dois meses antes da Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, em Brasília, teve a presença de Abraham Goldstein, presidente da B’nai Brith do Brasil, e Henry Sobel, rabino chefe da maior sinagoga paulistana.
Goldstein teria dito a Danilovich que possivelmente haveria uma campanha de imprensa para garantir os pontos de vista favoráveis a Israel e à comunidade de judeus no país.
Goldstein disse que enquanto o editor de O Estado de S.Paulo prometeu cobertura “positiva”, outros jornais de grande circulação são vistos como tendo inclinação pró-Palestina e não parecem ser de grande ajuda.
Trecho redigido pelo embaixador John Danilovich
Na “campanha” estudada, havia menção a buscar não judeus que pudessem criticar o governo brasileiro no que eles consideravam uma tendência anti sionista, centrada na figura do secretário-geral do Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães.
Nos telegramas há relatos de reuniões esporádicas com profissionais de mídia. Quando Arturo Valenzuela, secretário assistente para assuntos do hemisfério ocidental, passou pelo Cone Sul em 2010, estavam no encontro Lins da Silva (que teria participado de outros três encontros nos quais fora apresentado ora como "ex-ombudsman da Folha de S.Paulo" ora como "ex-editor do Valor Econômico"), além do sociólogo Bolivar Lamounier (blogueiro da revista Exame), Celso Lafer (ministro de Relações Exteriores - 1995 a 2002 - da gestão FHC), Rubens Barbosa (embaixador brasileiro em Washington - 1999 a 2004),e José Goldemberg (ex-ministro de Ciência e Tecnologia e da Educação na década de 1990).
Lins da Silva “destacou o vigor financeiro sem precedentes do PT para executar uma campanha, após oito anos no governo” que, em caso de derrota, produziria uma oposição “muito problemática”.
Já Lamounier, em encontro anterior, em 2007, vaticinou que Lula não tentaria terceiro mandato e que a candidatura apoiada por ele levaria a melhor.
Quem também frequentou almoços e encontros com funcionários do governo dos EUA foi o apresentador do Jornal da Globo, William Waack.
O primeiro encontro citado foi em 28 de abril de 2008. Uma visita de jornalistas ao almirante Philip Cullom, que passava pelo Brasil para uma série de exercícios conjuntos entre as marinhas dos EUA, Brasil e Argentina.
O relato do embaixador Clifford Sobel dá conta que a visita de “membros da imprensa brasileira” resultou numa “cobertura positiva”. Só o apresentador do Jornal da Globo foi nominalmente citado, por ter “apresentado em duas reportagens para O Globo sobre a visita que reflete a importância da parceria dos EUA com o Brasil”.
Em setembro de 2009, em outro encontro com a presença de Sérgio Fausto, que era na época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), Waack trouxe a informação, que hoje sabemos que era equivocada, de que os então governadores de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio Neves, respectivamente, teriam acertado uma chapa-puro-sangue do PSDB para rivalizar com Dilma Rousseff.
Em fevereiro de 2010, Waak teria dito em um encontro com o atual embaixador, Thomas Shannon, que em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostrado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”.
Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha e autor do blog UolPolítica, teve pelo menos duas conversas com o assessor político da embaixada dos Estados Unidos, segundo os documentos. Em ambos, foi procurado para dar a contextualização de questões relativas ao país: o funcionamento do Tribunal de Contas da União e o futuro de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) caso perdesse a eleição para presidente da Câmara dos Deputados em 2007.
Novas fofocas diplomáticas
A seguir algumas reportagens do jornal Correio do Brasil com base nos cables brasileiros:
Fonte:
Assista ao vídeo em que Assange fala sobre a parceria com a agência Pública - Correio do Brasil
SEMANA WIKILEAKS: TODOS OS DOCUMENTOS ESTÃO NO AR - Pública
SEMANA WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE I - Pública
SEMANA WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE II - Pública
[Via BBA]
- WIKILEAKS: Hélio Costa garantiu adoção de padrão dos EUA de rádio digital como “consolação“
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- WIKILEAKS: Jarbas Vasconcelos ‘previu’ que Lula não terminaria segundo mandato
- WIKILEAKS: Telegrama descreve crime em Brasília e Recife
Fonte:
Assista ao vídeo em que Assange fala sobre a parceria com a agência Pública - Correio do Brasil
SEMANA WIKILEAKS: TODOS OS DOCUMENTOS ESTÃO NO AR - Pública
SEMANA WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE I - Pública
SEMANA WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE II - Pública
[Via BBA]
Por enquanto eu estou curtindo. Na hora que os mariners começarem a desembarcar na Amazônia é que o bicho vai pegar.
ResponderExcluirO Wiki é mais uma farsa esquerdizóide para minar o mundo ocidental! Esse vagabundo inglês deve receber muito, muito dinheiro dos árabes para criar essa farsa! Ninguém tem tanto acesso a tanta coisa só com "amizade" de um subalterno da CIA ou qualquer outro SS. Os dados do Brazil comprovam isso: nenhum informação correta, nenhuma informação bombásticas! Isso aí é pra moleque otário que acredita em Lulla Sem Cabeça e Che QuerVara macho...
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