O designer carioca Jorge Roberto Lopes dos Santos criou uma técnica que permite aos pais não apenas ver, como também tocar e sentir modelos ...
O designer carioca Jorge Roberto Lopes dos Santos criou uma técnica que permite aos pais não apenas ver, como também tocar e sentir modelos em tamanho real de seus bebês ainda no útero.
Pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e professor do Departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Jorge Lopes tem como orientadores em Londres Hilary French, diretora da Escola de Arquitetura e Design de Produtos da RCA, Ron Arad, um dos mais famosos designers do mundo e chefe de Design de Produtos na RCA, e Stuart Campbell, chefe de obstetrícia da King's College e pioneiro na utilização do ultrassom na década de 1980.
O projeto transforma exames de ressonância magnética, ultrassonografia e tomografia computadorizada em modelos matemáticos que viram modelos 3D, através de técnicas de prototipagem rápida, que é a tecnologia para impressão tridimensional.
Jorge modela seus modelos 3D de fetos utilizando programas específicos como o 4D View e o Mimics que são impressos, camada por camada, em resina fotossensível e um composto a base de gesso.
Em torno de 50 casos clínicos, que geraram modelos específicos em tamanho natural, já foram estudados no Brasil e no Reino Unido. E muitos deles foram mostrados por Lopes em recente apresentação de seu projeto em Londres, na Royal College of Art (RCA).
Antes do Reino Unido, a técnica já vinha sendo testada no consultório do médico especialista em medicina fetal Heron Werner, no Rio de Janeiro.
Dr. Werner destaca ainda a questão da acessibilidade e o quanto a emoção de poder conceber através do tato as dimensões diminutas e as característica de um filho ainda não nascido é importante para aqueles que não enxergam.
Há alguns anos, Lopes, Werner e o pesquisador Ricardo Fontes, do Instituto de Nacional de Tecnologia (INT) trabalharam juntos em estudos para o Museu Nacional, no Brasil, digitalizando blocos de pedras e sarcófagos a partir de exames de tomografia computadorizada. O que possibilitou a visualização da forma virtual de fósseis e múmias. Para iniciar o trabalho com modelos de feto a idéia evoluiu naturalmente. "Se conseguíamos isto com fósseis e múmias, por que não fetos?", disse Werner, ao explicar como surgiu o redirecionamento das pesquisas.
Proteção da gestante
Uma grande vantagem da técnica brasileira foi conseguir converter as imagens geradas pelos exames de ressonância magnética e ultrassom para o formato digital, já que a tomografia muitas vezes, devido aos riscos de exposição à radiação, não é indicada para gestantes.
Como a técnica brasileira já está patenteada e os testes estão em curso, Werner acredita que em breve a prática poderá ser usada em larga escala, ajudando mães, pais e profissionais de saúde.
Fonte: G1
Pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e professor do Departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Jorge Lopes tem como orientadores em Londres Hilary French, diretora da Escola de Arquitetura e Design de Produtos da RCA, Ron Arad, um dos mais famosos designers do mundo e chefe de Design de Produtos na RCA, e Stuart Campbell, chefe de obstetrícia da King's College e pioneiro na utilização do ultrassom na década de 1980.
O projeto transforma exames de ressonância magnética, ultrassonografia e tomografia computadorizada em modelos matemáticos que viram modelos 3D, através de técnicas de prototipagem rápida, que é a tecnologia para impressão tridimensional.
Jorge modela seus modelos 3D de fetos utilizando programas específicos como o 4D View e o Mimics que são impressos, camada por camada, em resina fotossensível e um composto a base de gesso.
Em torno de 50 casos clínicos, que geraram modelos específicos em tamanho natural, já foram estudados no Brasil e no Reino Unido. E muitos deles foram mostrados por Lopes em recente apresentação de seu projeto em Londres, na Royal College of Art (RCA).
São culturas diferentes também em relação à gravidez. Enquanto no Brasil o foco principal é tentar fazer com que mães e pais compreendam alguma malformação de seus bebês, no Reino Unido os modelos são usados para incentivar o apego da mãe em relação ao filho.
Jorge Roberto Lopes dos Santos. Criador da técnica.
Antes do Reino Unido, a técnica já vinha sendo testada no consultório do médico especialista em medicina fetal Heron Werner, no Rio de Janeiro.
A reação das pacientes é de grande surpresa, pois estes modelos são muito mais nítidos e reais do que uma simples imagem de ultrassonografia 3D ou imagem da ressonância magnética.
Dr. Heron Werner. Médico especialista em medicina fetal e coordenador do setor de medicina fetal da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI).
Dr. Werner destaca ainda a questão da acessibilidade e o quanto a emoção de poder conceber através do tato as dimensões diminutas e as característica de um filho ainda não nascido é importante para aqueles que não enxergam.
Imagine o impacto de um protótipo de um feto de uma gestante com deficiência visual. Ela tendo a chance de tocar e sentir as feições de seu filho. Realmente, isto tudo não deixa de ser um grande avanço.
Dr. Heron Werner. Médico especialista em medicina fetal e coordenador do setor de medicina fetal da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI).
Há alguns anos, Lopes, Werner e o pesquisador Ricardo Fontes, do Instituto de Nacional de Tecnologia (INT) trabalharam juntos em estudos para o Museu Nacional, no Brasil, digitalizando blocos de pedras e sarcófagos a partir de exames de tomografia computadorizada. O que possibilitou a visualização da forma virtual de fósseis e múmias. Para iniciar o trabalho com modelos de feto a idéia evoluiu naturalmente. "Se conseguíamos isto com fósseis e múmias, por que não fetos?", disse Werner, ao explicar como surgiu o redirecionamento das pesquisas.
Proteção da gestante
Uma grande vantagem da técnica brasileira foi conseguir converter as imagens geradas pelos exames de ressonância magnética e ultrassom para o formato digital, já que a tomografia muitas vezes, devido aos riscos de exposição à radiação, não é indicada para gestantes.
Hoje conseguimos ter o corpo de um feto a partir da ressonância magnética e as suas outras partes como mãos, pés e face a partir da ultrassonografia, reconstruindo tudo num só modelo. Desta forma, conseguimos imagens superiores às dos exames em separado.
Dr. Heron Werner. Médico especialista em medicina fetal e coordenador do setor de medicina fetal da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI).
Como a técnica brasileira já está patenteada e os testes estão em curso, Werner acredita que em breve a prática poderá ser usada em larga escala, ajudando mães, pais e profissionais de saúde.
Fonte: G1
Estes modelos certamente serão muito importantes para o aprendizado médico! Parabéns aos criadores da técnica.
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