Estudo dinamarquês indica que a tesofensina, droga desenvolvida para o tratamento dos Males de Parkinson e de Alzheimer, mostrou-se, segundo...
Estudo dinamarquês indica que a tesofensina, droga desenvolvida para o tratamento dos Males de Parkinson e de Alzheimer, mostrou-se, segundo testes preliminares, mais eficaz no combate à obesidade do que medicamentos disponíveis atualmente.
A substância despertou a atenção dos pesquisadores da obesidade quando foi observado que pacientes obesos com males de Parkinson ou Alzheimer tinham perdido peso sem a intenção de fazê-lo.
Em Testes liderados por Arne Astrup, professor de nutrição da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e sua equipe publicados na revista The Lancet, pacientes em dietas alimentares que recebiam as doses mais altas diminuíram seu peso em até 12,8 quilos em 24 semanas.
O estudo dividiu 203 pacientes obesos em dois grupos. Ambos tiveram seus pesos aferidos, receberam uma pílula diária e foram submetidos a uma dieta moderada. Metade das pílulas eram de tesofensina, em diferentes doses (0,25mg, 0,5mg e 1mg), e metade placebo.
Seis meses depois, todos os participantes do estudo foram pesados novamente e os pesquisadores constataram que o grupo que ingeriu placebo havia perdido uma média de 2,2 quilos enquanto os que haviam tomado tesofensina tinham perdido muito mais peso.
Os pacientes que haviam ingerido uma dose mais baixa tinham perdido em média 6,7 quilos, os que tomaram uma dose média haviam perdido 11,3 quilos e os participantes com doses mais altas haviam perdido 12,8 quilos.
O resultado obtido com o teste representa o dobro do alcançado quando usados os medicamentos considerados mais eficazes, como sibutramina (Meridia ou Reductil) e rimonabante, e que possuem licença de uso na Europa.
Alguns efeitos colaterais quanto ao uso da tesofensina como: boca seca, prisão de ventre, insônia, náusea e diarréia, foram observados. A dosagem mais alta elevou a pressão arterial e do rítmo cardíaco dos pacientes que participaram do teste, o que é motivo de preocupação, uma vez que muitos pacientes obesos podem apresentar um quadro de problemas cardíacos ou diabete.
A dose intermediária foi mais promissora porque propiciou uma perda de peso quase tão grande quanto no caso da dose mais alta, sem apresentar os efeitos colaterais mais graves.
A tesofensina atua sobre certos neurotransmissores como a noradrenalina, a dopamina e a serotonina. Elas levam a uma redução de apetite, fazendo com que uma pessoa coma refeições menores e tenha menos vontade de beliscar.
"Trata-se de um estudo pequeno e em fase II, pelo que os resultados precisam de ser confirmados por trabalhos mais exaustivos", explicou Astrup.
Não é provável que a droga seja disponibilizada na Europa até que estes testes sejam completados nos próximos dois anos. Os pesquisadores ainda esperam que estudos mais amplos venham a confirmar resultado obtido.
Fonte:
BBC Brasil
G1
Diário Digital
Diet and Weight Loss News
A substância despertou a atenção dos pesquisadores da obesidade quando foi observado que pacientes obesos com males de Parkinson ou Alzheimer tinham perdido peso sem a intenção de fazê-lo.
Em Testes liderados por Arne Astrup, professor de nutrição da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e sua equipe publicados na revista The Lancet, pacientes em dietas alimentares que recebiam as doses mais altas diminuíram seu peso em até 12,8 quilos em 24 semanas.
O estudo dividiu 203 pacientes obesos em dois grupos. Ambos tiveram seus pesos aferidos, receberam uma pílula diária e foram submetidos a uma dieta moderada. Metade das pílulas eram de tesofensina, em diferentes doses (0,25mg, 0,5mg e 1mg), e metade placebo.
Seis meses depois, todos os participantes do estudo foram pesados novamente e os pesquisadores constataram que o grupo que ingeriu placebo havia perdido uma média de 2,2 quilos enquanto os que haviam tomado tesofensina tinham perdido muito mais peso.
Os pacientes que haviam ingerido uma dose mais baixa tinham perdido em média 6,7 quilos, os que tomaram uma dose média haviam perdido 11,3 quilos e os participantes com doses mais altas haviam perdido 12,8 quilos.
O resultado obtido com o teste representa o dobro do alcançado quando usados os medicamentos considerados mais eficazes, como sibutramina (Meridia ou Reductil) e rimonabante, e que possuem licença de uso na Europa.
Alguns efeitos colaterais quanto ao uso da tesofensina como: boca seca, prisão de ventre, insônia, náusea e diarréia, foram observados. A dosagem mais alta elevou a pressão arterial e do rítmo cardíaco dos pacientes que participaram do teste, o que é motivo de preocupação, uma vez que muitos pacientes obesos podem apresentar um quadro de problemas cardíacos ou diabete.
A dose intermediária foi mais promissora porque propiciou uma perda de peso quase tão grande quanto no caso da dose mais alta, sem apresentar os efeitos colaterais mais graves.
A tesofensina atua sobre certos neurotransmissores como a noradrenalina, a dopamina e a serotonina. Elas levam a uma redução de apetite, fazendo com que uma pessoa coma refeições menores e tenha menos vontade de beliscar.
"Trata-se de um estudo pequeno e em fase II, pelo que os resultados precisam de ser confirmados por trabalhos mais exaustivos", explicou Astrup.
Não é provável que a droga seja disponibilizada na Europa até que estes testes sejam completados nos próximos dois anos. Os pesquisadores ainda esperam que estudos mais amplos venham a confirmar resultado obtido.
Fonte:
BBC Brasil
G1
Diário Digital
Diet and Weight Loss News
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