Nos anos 80, pesquisadores sobre a AIDS no Quênia ficaram pasmos ao observar que um pequeno grupo de prostitutas, apesar do contato freqüent...
Nos anos 80, pesquisadores sobre a AIDS no Quênia ficaram pasmos ao observar que um pequeno grupo de prostitutas, apesar do contato freqüente com o vírus HIV, simplesmente não se contaminavam. Isso mostrou que o HIV pode ser inofensivo a uma pequena porcentagem da humanidade.
A revista científica Science publicou, recentemente, um artigo relativo à pesquisa norte-americana sobre o gene Apobec 3. Esse gene, quando ativado, oferece uma proteção natural contra o HIV. Isso não significa ainda que a terapia esteja disponível, mas que os pesquisadores vão dar mais atenção ao gene.
O professor Ben Berkhout, pesquisador da AIDS no Hospital AMC, em Amsterdã, Holanda, explicou o que é um gene Apobec 3: "No ser humano o gene Apobec 3 é capaz de tornar o material genético do HIV inativo, fazendo com que o vírus não se multiplique e se torne inofensivo. Como represália, o HIV produz uma pequena proteína que pode neutralizar e inutilizar o Apobec. Ocorre assim uma luta contínua entre pessoa e vírus".
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, chegaram ao Apobec 3 através de experiências com cobaias. Os pesquisadores observaram como o organismo dos ratos se protegia contra os chamados retro-vírus, uma família de vírus que se multiplica transformando as células do organismo "hospedeiro" em uma maternidade de novos vírus. As cobaias se defendem dos retro-vírus através do gene Apobec 3. Quando este gene era desativado nos ratos de laboratório, eles adoeciam em seguida.
Berkhout relata como funciona esse mecanismo promissor: "Os ratos que têm o gene Apobec 3 são capazes de produzir anticorpos neutralizadores do retro-vírus. É como se estes anticorpos pegassem o vírus pelo cangote e dessem um jeito nele, desativando-os. Fazendo um paralelo com a situação do vírus no corpo humano, percebemos que a humanidade não é totalmente capaz de produzir estes antígenos tão importantes".
Caso seja possível, através de terapias, ativar esse gene nos seres humanos e se ele tiver o mesmo papel crucial no homem como parece ter nos ratos, então podemos ter a esperança de tratamentos eficazes.
No entanto, o professor alerta contra o otimismo exagerado. Para ele, ainda não há nenhuma prova de que o Abopec 3 tenha a mesma utilidade no ser humano do que nos ratos. Além disso, há ainda o mau comportamento do HIV, que teima em lutar contra as barreiras erguidas.
Contudo, Berkhout não pode deixar de concordar que, nos próximos anos, as pesquisas sobre a AIDS vão tomar outra rumo: "Isso deve ocorrer com certeza depois dessa publicação na Science. Os pesquisadores vão rapidamente tentar descobrir como se comporta o Abopec 3 nos humanos".
A luta contra a AIDS, nos últimos 30 anos, deixou uma certeza: o vírus HIV deve ser combatido com as mais diversas armas e procedimentos disponíveis simultaneamente. Mesmo que uma possível terapia de genes não ofereça a cura total, mas abre uma nova frente de batalha contra a doença.
Link
A revista científica Science publicou, recentemente, um artigo relativo à pesquisa norte-americana sobre o gene Apobec 3. Esse gene, quando ativado, oferece uma proteção natural contra o HIV. Isso não significa ainda que a terapia esteja disponível, mas que os pesquisadores vão dar mais atenção ao gene.
O professor Ben Berkhout, pesquisador da AIDS no Hospital AMC, em Amsterdã, Holanda, explicou o que é um gene Apobec 3: "No ser humano o gene Apobec 3 é capaz de tornar o material genético do HIV inativo, fazendo com que o vírus não se multiplique e se torne inofensivo. Como represália, o HIV produz uma pequena proteína que pode neutralizar e inutilizar o Apobec. Ocorre assim uma luta contínua entre pessoa e vírus".
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, chegaram ao Apobec 3 através de experiências com cobaias. Os pesquisadores observaram como o organismo dos ratos se protegia contra os chamados retro-vírus, uma família de vírus que se multiplica transformando as células do organismo "hospedeiro" em uma maternidade de novos vírus. As cobaias se defendem dos retro-vírus através do gene Apobec 3. Quando este gene era desativado nos ratos de laboratório, eles adoeciam em seguida.
Berkhout relata como funciona esse mecanismo promissor: "Os ratos que têm o gene Apobec 3 são capazes de produzir anticorpos neutralizadores do retro-vírus. É como se estes anticorpos pegassem o vírus pelo cangote e dessem um jeito nele, desativando-os. Fazendo um paralelo com a situação do vírus no corpo humano, percebemos que a humanidade não é totalmente capaz de produzir estes antígenos tão importantes".
Caso seja possível, através de terapias, ativar esse gene nos seres humanos e se ele tiver o mesmo papel crucial no homem como parece ter nos ratos, então podemos ter a esperança de tratamentos eficazes.
No entanto, o professor alerta contra o otimismo exagerado. Para ele, ainda não há nenhuma prova de que o Abopec 3 tenha a mesma utilidade no ser humano do que nos ratos. Além disso, há ainda o mau comportamento do HIV, que teima em lutar contra as barreiras erguidas.
Contudo, Berkhout não pode deixar de concordar que, nos próximos anos, as pesquisas sobre a AIDS vão tomar outra rumo: "Isso deve ocorrer com certeza depois dessa publicação na Science. Os pesquisadores vão rapidamente tentar descobrir como se comporta o Abopec 3 nos humanos".
A luta contra a AIDS, nos últimos 30 anos, deixou uma certeza: o vírus HIV deve ser combatido com as mais diversas armas e procedimentos disponíveis simultaneamente. Mesmo que uma possível terapia de genes não ofereça a cura total, mas abre uma nova frente de batalha contra a doença.
Link
A folia acabou e a preocupação ficou? Faça o teste de Aids: http://bit.ly/fcZMqW #fiquesabendo
ResponderExcluirConheça a Campanha contra a Aids deste Carnaval: www.camisinhaeuvou.com.br
Siga-nos no Twitter e fique por dentro: www.twitter.com/minsaude
Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br ou www.formspring.me/minsaude
Obrigado,
Ministério da Saúde