Coloquei links para traduzir automaticamente os posts do blog mas já vou avisando: em traduções automáticas não se pode confiar. Saiba o por...
Coloquei links para traduzir automaticamente os posts do blog mas já vou avisando: em traduções automáticas não se pode confiar. Saiba o porquê.
A língua tem sutilezas que exigem uma enorme capacidade de contextualizar o significado da mensagem que quer ser passada.
Se a estrutura fosse padronizada e simples, como Sujeito + Verbo + Complemento, como
nos antigos jogos de aventura, já seria um trabalho hercúleo.
Eu sou um homem.
Seria traduzido para o inglês, sem problemas, como:
I am a man.
Já a frase:
Tradução é mamão com açúcar.
Ficaria estranho se traduzido:
Translation is papaya with sugar.
Seria melhor entendido como:
Translation is piece of cake. (Tradução é fácil. Literalmente, tradução é pedaço de bolo.)
Porém, na prática, os textos são bem menos comportados. E parecem que quanto mais ricos e/ou rebuscados mais derrubam os compiladores de idioma.
A frase:
Quem disse que o técnico Dunga não estava de acordo com o que a seleção apresentou em campo?
Ficou:
Who said that the technical Dunga was not in accordance with the selection made on the field?
Que seria:
Quem disse que o técnico Dunga não estava em conformidade com a seleção feita em campo?
Detalhe: technical não é uma ocupação e sim um adjetivo. E nosso Dunga era conhecido por não ser um jogador técnico que rendeu até o termo Era Dunga ao período em que a seleção de futebol do Brasil era um time mais aguerrido do que habilidoso e Dunga era o capitão da equipe. Técnico (como técnico de conserto de TV, por exemplo) seria technician. Mas o cargo de treinador de um time deveria ser traduzido como coach.
E por aí vai. Tempos verbais, exceções, expressões, gírias, homônimos, entre outros fatores parecem ignorar os esforços dos tradutores automáticos que já são fantásticos naquilo que obtêm, incluindo técnicas avançadas de inteligência artificial, mas que não confiáveis. Até a ONU já propôs criar um tradutor universal de idiomas (não parece algo saído de um filme de ficção científica?), mas sem resultados práticos ainda.
Ainda está na dúvida? Acha que é exagero? Faça o teste. Pegue um texto em português, submeta-o a seu tradutor preferido para uma língua que você gostaria de vê-lo traduzido e depois, submeta o resultado a uma nova tradução, dessa vez para o português. Veja se faz sentido.
Não que os tradutores sejam inúteis, servem para quebrar um galho, aí temos que ir dando contexto para aquilo que se quis transmitir. Ótimo, melhor que nada, mas não servem para, por exemplo, abstracts de monografias.
Caso precise mesmo de uma tradução deste tipo é bom estar alerta para não cometer erros como este:
deu "pau" em um software de tradução e a mensagem de erro foi confundida com a própria tradução. E o problema acabou estampado em letras garrafais. Lastimável.
Empresa chinesa tenta traduzir o nome e acaba transcrevendo, na fachada, a mensagem de erro: "Erro no servidor de tradução"
Outra filial da franquia "Translate server error"
Cuidado também com as correções automáticas de gramática e ortografia. É muito bom para esquecimentos e equívocos comuns, mas se você não faz idéia mesmo de como se escreve uma setença, como ter certeza que a correção está correta? Melhor mudar o formato da frase ou procurar outros sinônimos para as palavras mais dúbias.
Veja mais:
Outros tradutores e dicionários de idiomas
Tutorial: traduzir blog utilizando bandeiras
Foto: Bombou na web
A língua tem sutilezas que exigem uma enorme capacidade de contextualizar o significado da mensagem que quer ser passada.
Se a estrutura fosse padronizada e simples, como Sujeito + Verbo + Complemento, como
nos antigos jogos de aventura, já seria um trabalho hercúleo.
Eu sou um homem.
Seria traduzido para o inglês, sem problemas, como:
I am a man.
Já a frase:
Tradução é mamão com açúcar.
Ficaria estranho se traduzido:
Translation is papaya with sugar.
Seria melhor entendido como:
Translation is piece of cake. (Tradução é fácil. Literalmente, tradução é pedaço de bolo.)
Porém, na prática, os textos são bem menos comportados. E parecem que quanto mais ricos e/ou rebuscados mais derrubam os compiladores de idioma.
A frase:
Quem disse que o técnico Dunga não estava de acordo com o que a seleção apresentou em campo?
Ficou:
Who said that the technical Dunga was not in accordance with the selection made on the field?
Que seria:
Quem disse que o técnico Dunga não estava em conformidade com a seleção feita em campo?
Detalhe: technical não é uma ocupação e sim um adjetivo. E nosso Dunga era conhecido por não ser um jogador técnico que rendeu até o termo Era Dunga ao período em que a seleção de futebol do Brasil era um time mais aguerrido do que habilidoso e Dunga era o capitão da equipe. Técnico (como técnico de conserto de TV, por exemplo) seria technician. Mas o cargo de treinador de um time deveria ser traduzido como coach.
E por aí vai. Tempos verbais, exceções, expressões, gírias, homônimos, entre outros fatores parecem ignorar os esforços dos tradutores automáticos que já são fantásticos naquilo que obtêm, incluindo técnicas avançadas de inteligência artificial, mas que não confiáveis. Até a ONU já propôs criar um tradutor universal de idiomas (não parece algo saído de um filme de ficção científica?), mas sem resultados práticos ainda.
Ainda está na dúvida? Acha que é exagero? Faça o teste. Pegue um texto em português, submeta-o a seu tradutor preferido para uma língua que você gostaria de vê-lo traduzido e depois, submeta o resultado a uma nova tradução, dessa vez para o português. Veja se faz sentido.
Não que os tradutores sejam inúteis, servem para quebrar um galho, aí temos que ir dando contexto para aquilo que se quis transmitir. Ótimo, melhor que nada, mas não servem para, por exemplo, abstracts de monografias.
Caso precise mesmo de uma tradução deste tipo é bom estar alerta para não cometer erros como este:
deu "pau" em um software de tradução e a mensagem de erro foi confundida com a própria tradução. E o problema acabou estampado em letras garrafais. Lastimável.
Cuidado também com as correções automáticas de gramática e ortografia. É muito bom para esquecimentos e equívocos comuns, mas se você não faz idéia mesmo de como se escreve uma setença, como ter certeza que a correção está correta? Melhor mudar o formato da frase ou procurar outros sinônimos para as palavras mais dúbias.
Veja mais:
Outros tradutores e dicionários de idiomas
Tutorial: traduzir blog utilizando bandeiras
Foto: Bombou na web
Mais uma vez tentando postar um comentário.
ResponderExcluirEste foi o comentário que tentei enviar antes:
Imagino que conheça o livro "The Cow Went To The Swamp", do Millor Fernandes que trata justamente dessas traduções ao pé da letra, não?
Abraço
Concordo e assino embaixo !
ResponderExcluirÉ a mais pura verdade!
ResponderExcluirRecomendo o livro: "Como não aprender Inglês" de Michael A. Jacobs. Editora Elsevier.
Muito interessante essa postagem! parece brincadeira que a empresa chinesa tentou traduzir o nome :O imagine se isso vira moda,aff
ResponderExcluir