Canadenses curam diabetes em ratos e visam curar humanos em 2022

Quase 100 após injetarem a primeira dose de insulina salvando a vida de um menino diabético o Canadá está prestes a deixar novamente suas di...

Quase 100 após injetarem a primeira dose de insulina salvando a vida de um menino diabético o Canadá está prestes a deixar novamente suas digitais na história da medicina ao conseguir curar cobaias com tratamento baseado em células-tronco.

Para a milhões de diabéticos no mundo todo, 2022 deveria ser celebrado. Será o centenário da primeira injeção de insulina bem-sucedida. Em 1922, o Dr. Frederick Banting e sua pequena equipe, trabalhando na Universidade de Toronto, salvou a vida de um menino de 14 anos chamado Leonard Thompson, que estava morrendo de diabetes.

Pois nesse ano marcado por uma pandemia e que parece só haver olhos para o desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19, cientistas da Universidade de Alberta (U of A) dizem que podem ter descoberto uma cura para o diabetes. Afinal, essa também é uma pandemia que em 1980 tinha um contingente de diabéticos estimado em 30 milhões que aumentou drasticamente para uma estimativa de 450 milhões em 2020 (fonte: Heading to 2022).

 

Por ora, a equipe de pesquisa foi capaz de curar o diabetes em camundongos usando um novo processo de células-tronco e tem esperança de que o processo possa ser replicado em humanos.

 

O principal pesquisador do projeto, Dr. James Shapiro, afirmou que sua equipe na U of A trabalhou em colaboração com especialistas do mundo todo para transformar o sangue do próprio paciente em células de ilhotas produtoras de insulina.

Dr. Shapiro desenvolveu outro tratamento para o diabetes nos anos 1990 denominado Protocolo Edmonton que envolvia o uso de células de ilhotas de transplantes de órgãos. Porém, a implantação de células de ilhotas tem limitações críticas. Os receptores de transplantes são forçados a tomar medicamentos imunossupressores anti-rejeição que vêm com uma lista de efeitos colaterais, como hipertensão e aumento do risco de infecções. Depois, há a falta de suprimento - doação de órgãos - e o risco de que, na maioria dos casos, o paciente diabético tenha que começar a reintegrar a insulina lentamente ao longo dos anos.

Esse novo processo que irá lançar mão de células-tronco utiliza as próprias células do paciente, tornando a rejeição praticamente impossível e evitando todos os outros efeitos colaterais. Como o benefício adicional de não requerer a existência de doadores.

Já pronta para iniciar os testes em humanos, a equipe de pesquisadores esbarra em um único obstáculo: financiamento. Para tentar resolver o problema da falta de dinheiro, um pequeno grupo de voluntários, o Heading to 2022, quer arrecadar US$ 22 milhões até 2022 para ajudar a levar o novo tratamento do Dr. Shapiro para a próxima fase de testes.

[Doe para a pesquisa]

Fonte: National Post, CTV News,  Heading to 2022
Visto no Brasil Acadêmico