Simulações e gráficos revelam porque medidas drásticas devem ser tomadas para evitar o pior cenário da Covid-19 e dão uma pista para a grand...
Simulações e gráficos revelam porque medidas drásticas devem ser tomadas para evitar o pior cenário da Covid-19 e dão uma pista para a grande pergunta: Será que fechar escolas é uma medida eficaz?
Quando o oncologista e celebridade disseminadora de boas práticas de saúde, Dr. Drauzio Varella e o infectologista Dr. Esper Kallás falaram em uma live recente sobre a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) deixaram uma ideia bem clara: Será difícil julgar os governantes sobre se as medidas de controle serão exageradas ou acertadas quando passar a pandemia (ver aqui). Por isso, essas simulações feitas sobre uma hipotética população de 200 indivíduos (veja abaixo) ajudarão a melhorar o entendimento dessa medidas e o quanto elas podem ser acertadas, apesar dos incômodos gerados à população.
Por outro lado, caso alcancemos um ciclo mais próximo do ideal, esse gráfico se tornaria mais aplainado, com o número de casos mais baixos e distribuídos ao longo de um prazo maior. O que não estressaria tanto os recursos hospitalares permitindo que mais gente seja tratada, especialmente os casos mais graves. O que teria o potencial de salvar o máximo de vidas.
E como se faz para tornar esse gráfico mais plano? Segundo nos mostra o jornal The Washigton Post, podemos simular 4 cenários e observar o que ocorre em cada um deles de forma a podermos apontar com maior clareza qual é o melhor caminho a tomar.
O primeiro seria o cenário de liberdade total de locomoção dos indivíduos. Exercendo na plenitude o direito de ir e vir. Esse seria o pior caso e é nele que é formado o pico que paralisaria os sistemas de saúde e levaria a mortalidade ao máximo. Mais ou menos o que aconteceu na Itália. Vamos para o próximo cenário.
O segundo cenário é aquele onde tentamos colocar em isolamento os indivíduos doentes a medida que forem sendo descobertos. O problema dessa solução que até parece boa intuitivamente (e necessária, mas não só ela) é que ela se mostra inviável na prática. As pessoas muitas vezes trabalham no país mas moram em outro e vice-versa. Elas vão tentar voltar para suas casas, suas famílias, especialmente nesses momentos de fragilidade emocional. Além disso, os governos simplesmente não conseguem fechar todas as ruas e passagens. Especialmente em países com fronteiras muito extensas. Mesmo assim já há um adiamento do pico do surto e já é um pouco melhor que o cenário sem qualquer controle. Na simulação, o isolamento parcial é representado por uma paredes que inicialmente isolam o indivíduo doente e depois vão se abrindo com o tempo.
Outro cenário, mais próximo do ideal, é você limitar a circulação das pessoas. Nesse cenário, aqui representado por um indivíduo se deslocando a cada 4 parados e já nota um achatamento da curva. Aqui poderíamos pensar em proibições de aglomerações como shows, cinemas e eventos esportivos.
Finalmente, o último cenário é o mais radical, e o mais eficaz. Aqui apenas um indivíduo em cada 8 parados está livre para se movimentar. Aí o gráfico dos doentes fica realmente bem achatado ao longo do tempo a medida que mais e mais pessoas se recuperar da infecção e ficam imunes, evitando a propagação. Esse cenário poderia representar medidas mais severas e tomadas muito cedo como o fechamento de escolas, creches e a limitação na circulação do transporte público.
Críticos dessa simulação lembram que para ser um pouco mais realista, essas simulações além de indicar pessoas saudáveis, doentes e recuperadas também teria que representar os falecimentos (que poderiam ser representados no infográfico como bolinhas que iria simplesmente sumir do gráfico).
De qualquer forma, essa é uma forma didática de entendermos mais sobre a complexa decisão sobre as medidas temporárias para minimizar os efeitos da pandemias. Principalmente quando temos algum tempo para analisar o que aconteceu em outros países tendo a certeza de que o Covid-19 estará entre nós.
Fonte: The Washington Post, Brasil Acadêmico
[Visto no Brasil Acadêmico]
Quando o oncologista e celebridade disseminadora de boas práticas de saúde, Dr. Drauzio Varella e o infectologista Dr. Esper Kallás falaram em uma live recente sobre a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) deixaram uma ideia bem clara: Será difícil julgar os governantes sobre se as medidas de controle serão exageradas ou acertadas quando passar a pandemia (ver aqui). Por isso, essas simulações feitas sobre uma hipotética população de 200 indivíduos (veja abaixo) ajudarão a melhorar o entendimento dessa medidas e o quanto elas podem ser acertadas, apesar dos incômodos gerados à população.
Por outro lado, caso alcancemos um ciclo mais próximo do ideal, esse gráfico se tornaria mais aplainado, com o número de casos mais baixos e distribuídos ao longo de um prazo maior. O que não estressaria tanto os recursos hospitalares permitindo que mais gente seja tratada, especialmente os casos mais graves. O que teria o potencial de salvar o máximo de vidas.
E como se faz para tornar esse gráfico mais plano? Segundo nos mostra o jornal The Washigton Post, podemos simular 4 cenários e observar o que ocorre em cada um deles de forma a podermos apontar com maior clareza qual é o melhor caminho a tomar.
O primeiro seria o cenário de liberdade total de locomoção dos indivíduos. Exercendo na plenitude o direito de ir e vir. Esse seria o pior caso e é nele que é formado o pico que paralisaria os sistemas de saúde e levaria a mortalidade ao máximo. Mais ou menos o que aconteceu na Itália. Vamos para o próximo cenário.
O segundo cenário é aquele onde tentamos colocar em isolamento os indivíduos doentes a medida que forem sendo descobertos. O problema dessa solução que até parece boa intuitivamente (e necessária, mas não só ela) é que ela se mostra inviável na prática. As pessoas muitas vezes trabalham no país mas moram em outro e vice-versa. Elas vão tentar voltar para suas casas, suas famílias, especialmente nesses momentos de fragilidade emocional. Além disso, os governos simplesmente não conseguem fechar todas as ruas e passagens. Especialmente em países com fronteiras muito extensas. Mesmo assim já há um adiamento do pico do surto e já é um pouco melhor que o cenário sem qualquer controle. Na simulação, o isolamento parcial é representado por uma paredes que inicialmente isolam o indivíduo doente e depois vão se abrindo com o tempo.
Outro cenário, mais próximo do ideal, é você limitar a circulação das pessoas. Nesse cenário, aqui representado por um indivíduo se deslocando a cada 4 parados e já nota um achatamento da curva. Aqui poderíamos pensar em proibições de aglomerações como shows, cinemas e eventos esportivos.
Finalmente, o último cenário é o mais radical, e o mais eficaz. Aqui apenas um indivíduo em cada 8 parados está livre para se movimentar. Aí o gráfico dos doentes fica realmente bem achatado ao longo do tempo a medida que mais e mais pessoas se recuperar da infecção e ficam imunes, evitando a propagação. Esse cenário poderia representar medidas mais severas e tomadas muito cedo como o fechamento de escolas, creches e a limitação na circulação do transporte público.
Críticos dessa simulação lembram que para ser um pouco mais realista, essas simulações além de indicar pessoas saudáveis, doentes e recuperadas também teria que representar os falecimentos (que poderiam ser representados no infográfico como bolinhas que iria simplesmente sumir do gráfico).
De qualquer forma, essa é uma forma didática de entendermos mais sobre a complexa decisão sobre as medidas temporárias para minimizar os efeitos da pandemias. Principalmente quando temos algum tempo para analisar o que aconteceu em outros países tendo a certeza de que o Covid-19 estará entre nós.
Fonte: The Washington Post, Brasil Acadêmico
[Visto no Brasil Acadêmico]
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