Burrhus Frederic Skinner, o célebre psicólogo behaviorista, também contribuiu para o desenvolvimento de armamento bélico na segunda guerra m...
Burrhus Frederic Skinner, o célebre psicólogo behaviorista, também contribuiu para o desenvolvimento de armamento bélico na segunda guerra mundial.
Em uma época que não existia GPS e a eletrônica ainda estava em seus primórdios, as forças armadas norte-americanas enfrentavam um problema: Como fazer para levar um míssel até seu alvo com precisão? Como diria o Bob Dylan, The answer, my friend, is blowing in the wind. Ou quase isso.
Ocorre que B. F. Skinner estudava o condicionamento de animais chegando até a inventar sua "caixa de Skinner" – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo para fazer experiências - que levaria Skinner a descobrir o Condicionamento Operante.
Por exemplo, nesse ambiente controlado era inserido um rato privado de alimentos que via uma gota de água cair quando se aproximava de uma barra. Ao tocar na barra o gotejamento aumentava sua frequencia sendo o aumento ainda maior se a barra fosse empurrada. Com o tempo o rato era condicionado, pelo reforço positivo, a matar sua sede empurrando a barra.
De forma semelhante Skinner teve indícios que revelariam a superstição dos pombos. Em uma pesquisa realizada em 1948, algumas aves famintas foram introduzidas em uma gaiola, onde um mecanismo depositava alimento em intervalos regulares de tempo. As aves então começaram a associar o aparecimento da comida com algum comportamento. Por exemplo, uma delas dava voltas anti-horárias na gaiola toda vez que se aproximava o momento do alimento cair, outra balançava a cabeça sem parar até obter a comida.
E esse seu entendimento sobre a psicologia animal permitiu que o Dr. Skinner propusesse para o governo estadunidense uma forma guiar mísseis em direção aos alvos usando pombos. Esse projeto foi denominado Project Pigeon que, embora tenha recebido algum recurso dos militares, acabou sendo abandonado em prol de projetos considerados mais promissores, como o Projeto Manhattan (primeira bomba atômica).
O projeto consistia em treinar pombos para fazer uma aproximação progressiva rumo ao comportamento desejado por meio de incentivos a cada passo dado na direção pretendida. Skinner colocava o pombo diante de uma tela com um ponto que, quando bicado, disponibilizava algum alimento para a ave. Em outro estágio, o pombo era colocado diante de um alvo que se movimentava e que era prontamente bicado, o que fazia liberar a recompensa, até que o pombo, com o bico coberto por metal, bicava alvos militares (como navios) o que faria que o míssil corrigisse sua trajetória até o alvo.
Após a guerra o projeto foi retomado pela Marinha que o rebatizou de Projeto Orcon, o qual foi definitivamente abandonado devido às melhorias no campo da eletrônica.
Esse foi mais um exemplo de desemprego (de animais) devido à automação. Mas os pombos, se tivessem consciência disso, certamente não reclamariam.
Fonte: Wikipedia, Super, Science Blogs
[Visto no Brasil Acadêmico]
Em uma época que não existia GPS e a eletrônica ainda estava em seus primórdios, as forças armadas norte-americanas enfrentavam um problema: Como fazer para levar um míssel até seu alvo com precisão? Como diria o Bob Dylan, The answer, my friend, is blowing in the wind. Ou quase isso.
Ocorre que B. F. Skinner estudava o condicionamento de animais chegando até a inventar sua "caixa de Skinner" – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo para fazer experiências - que levaria Skinner a descobrir o Condicionamento Operante.
Por exemplo, nesse ambiente controlado era inserido um rato privado de alimentos que via uma gota de água cair quando se aproximava de uma barra. Ao tocar na barra o gotejamento aumentava sua frequencia sendo o aumento ainda maior se a barra fosse empurrada. Com o tempo o rato era condicionado, pelo reforço positivo, a matar sua sede empurrando a barra.
De forma semelhante Skinner teve indícios que revelariam a superstição dos pombos. Em uma pesquisa realizada em 1948, algumas aves famintas foram introduzidas em uma gaiola, onde um mecanismo depositava alimento em intervalos regulares de tempo. As aves então começaram a associar o aparecimento da comida com algum comportamento. Por exemplo, uma delas dava voltas anti-horárias na gaiola toda vez que se aproximava o momento do alimento cair, outra balançava a cabeça sem parar até obter a comida.
E esse seu entendimento sobre a psicologia animal permitiu que o Dr. Skinner propusesse para o governo estadunidense uma forma guiar mísseis em direção aos alvos usando pombos. Esse projeto foi denominado Project Pigeon que, embora tenha recebido algum recurso dos militares, acabou sendo abandonado em prol de projetos considerados mais promissores, como o Projeto Manhattan (primeira bomba atômica).
O projeto consistia em treinar pombos para fazer uma aproximação progressiva rumo ao comportamento desejado por meio de incentivos a cada passo dado na direção pretendida. Skinner colocava o pombo diante de uma tela com um ponto que, quando bicado, disponibilizava algum alimento para a ave. Em outro estágio, o pombo era colocado diante de um alvo que se movimentava e que era prontamente bicado, o que fazia liberar a recompensa, até que o pombo, com o bico coberto por metal, bicava alvos militares (como navios) o que faria que o míssil corrigisse sua trajetória até o alvo.
Após a guerra o projeto foi retomado pela Marinha que o rebatizou de Projeto Orcon, o qual foi definitivamente abandonado devido às melhorias no campo da eletrônica.
Esse foi mais um exemplo de desemprego (de animais) devido à automação. Mas os pombos, se tivessem consciência disso, certamente não reclamariam.
Fonte: Wikipedia, Super, Science Blogs
[Visto no Brasil Acadêmico]
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