Elon Musk não se cansa de tentar trazer o futuro até o presente de modo disruptivo e anuncia mais uma assombrosa inovação: Os ciborgues em b...
Elon Musk não se cansa de tentar trazer o futuro até o presente de modo disruptivo e anuncia mais uma assombrosa inovação: Os ciborgues em breve estarão entre nós.
Sem meias palavras, a empresa Neuralink, criada pelo Elon Musk, uma espécie de Tony Stark da vida real, quer simplesmente conectar o cérebro humano a computadores. Essa semana Musk finalmente revelou, depois de dois anos de completa discrição, o que essa empresa estava fazendo com os 100 milhões de dólares que ele investiu e anunciou em que ponto está essa empreitada, contando detalhes sobre como ela está trabalhando em um chip com pequenos fios transmissores que podem ser implantado em humanos para diversas funções.
Entre essas funções estaria fazer pessoas com paralisia a controlar telefones e computadores, havendo ainda a pretensão de se tratar doenças cerebrais, como Parkinson e Alzheimer. Segundo Musk, os chips seriam até 1000 vezes mais eficientes que o sistema de estímulo por eletrodos de hoje utilizados no tratamento de Parkinson.
A motivação por trás dessa iniciativa é que essa interface cérebro-computador (CBI) não deixe os humanos para trás em um mundo que deve ser cada vez mais dominado pela inteligência artificial. Pois Musk crê em um futuro onde o sistema poderá preservar e aumentar a função cerebral, permitindo que os seres humanos estabeleçam uma “simbiose com a inteligência artificial” podendo assim acompanhar seu acelerado desenvolvimento e até conversem telepaticamente entre si.
O procedimento para inserir sensores em animais foi feito com furos de perfuração, mas o plano é que a cirurgia se torne simples e menos invasiva, como uma cirurgia de olho. Segundo ele, o principal obstáculo desse projeto seria a precisão das informações e a “largura de banda” da tecnologia existente que acaba por limitar a interface com o cérebro.
Para resolver essa questão, os eletrodos do Neuralink são mais finos que um fio de cabelo (O fio de cabelo humano possui cerca de 100 micrômetros) sendo quase invisíveis a olho nu. Ainda assim, ao invés de fazer furos no crânio para inseri-los, como os métodos convencionais, os eletrodos serão implantados um a um por um robô cirúrgico que usa laser para criar pequenos orifícios de 2 milímetros. Os finos eletrodos inseridos a uma velocidade de seis por minuto de forma precisa permitirá que eles fiquem justapostos a neurônios e com um mínimo sangramento. Por fim, a ideia é que os eletrodos implantados sejam capazes de se comunicar com chips fora do cérebro sem necessidade de nenhuma conexão, proporcionando monitoramento em tempo real e com liberdade de movimento sem precedentes. Uma vez que o material seria resistente o suficiente para resistir por anos ao ambiente salino do cérebro e suficientemente fléxivel de forma a não danificar tecidos e estruturas cerebrais ainda que o órgão se movesse dentro da caixa craniana.
A Neuralink foi fundada em 2017 e é presidida por Max Hodak. Essa tecnologia que permite “hackear” cérebros humanos ainda está em estágio inicial, e há um longo caminho pela frente antes que possa ser comercializada. Apesar de Musk querer fazer testes em humanos já em 2020 provavelmente enfrentará alguma resistência por parte da comunidade científica e do FDA, já que o artigo onde detalha o processo ainda não foi revisados por especialistas.
Uma questão que deixa muitos céticos é a possibilidade de trazer conhecimento diretamente para dentro do cérebro. Segundo especialistas, entender e decodificar os sinais cerebrais, devido à sua natureza complexa, ainda estaria no campo da ficção científica. Todavia, talvez a própria IA ajude a encontrar meios de achar e decodificar esses padrões se for encontrada a forma correta de treinar uma.
Mas a parte mais ufanista da história é que esse desenvolvimento tem origem em um artigo de 2003 escrito pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que exibiu um exoesqueleto robótico controlado pela mente na abertura da Copa de 2014 (O Nobel e a NASA agora vem!), célebre especialista da Duke University que tenta criar uma espécie de Vale do Silício do cérebro nas cercanias de Natal/RN. Quem sabe nossos governantes e nossa elite empresarial acordem a tempo de evitar mais esse 7 x 1 científico e reconheçam a necessidade de se investir mais em pesquisa.
[Visto no Brasil Acadêmico]
Entre essas funções estaria fazer pessoas com paralisia a controlar telefones e computadores, havendo ainda a pretensão de se tratar doenças cerebrais, como Parkinson e Alzheimer. Segundo Musk, os chips seriam até 1000 vezes mais eficientes que o sistema de estímulo por eletrodos de hoje utilizados no tratamento de Parkinson.
O controle da BMI se daria por aplicativos de smartphones. |
“Um macaco foi capaz de controlar o computador com seu cérebro. Esperamos ter esse sistema em um paciente humano antes do final do próximo ano.” - Elon Musk
A motivação por trás dessa iniciativa é que essa interface cérebro-computador (CBI) não deixe os humanos para trás em um mundo que deve ser cada vez mais dominado pela inteligência artificial. Pois Musk crê em um futuro onde o sistema poderá preservar e aumentar a função cerebral, permitindo que os seres humanos estabeleçam uma “simbiose com a inteligência artificial” podendo assim acompanhar seu acelerado desenvolvimento e até conversem telepaticamente entre si.
O procedimento para inserir sensores em animais foi feito com furos de perfuração, mas o plano é que a cirurgia se torne simples e menos invasiva, como uma cirurgia de olho. Segundo ele, o principal obstáculo desse projeto seria a precisão das informações e a “largura de banda” da tecnologia existente que acaba por limitar a interface com o cérebro.
Para resolver essa questão, os eletrodos do Neuralink são mais finos que um fio de cabelo (O fio de cabelo humano possui cerca de 100 micrômetros) sendo quase invisíveis a olho nu. Ainda assim, ao invés de fazer furos no crânio para inseri-los, como os métodos convencionais, os eletrodos serão implantados um a um por um robô cirúrgico que usa laser para criar pequenos orifícios de 2 milímetros. Os finos eletrodos inseridos a uma velocidade de seis por minuto de forma precisa permitirá que eles fiquem justapostos a neurônios e com um mínimo sangramento. Por fim, a ideia é que os eletrodos implantados sejam capazes de se comunicar com chips fora do cérebro sem necessidade de nenhuma conexão, proporcionando monitoramento em tempo real e com liberdade de movimento sem precedentes. Uma vez que o material seria resistente o suficiente para resistir por anos ao ambiente salino do cérebro e suficientemente fléxivel de forma a não danificar tecidos e estruturas cerebrais ainda que o órgão se movesse dentro da caixa craniana.
Exemplo de imagem perioperatória mostrando a superfície cortical com fios implantados e sangramento mínimo (A). Dispositivo sensorial implantado em um rato (B). Neuralink |
O robô, à esquerda, e o fio que será implantado (clique na imagem para ampliar). |
Mas a parte mais ufanista da história é que esse desenvolvimento tem origem em um artigo de 2003 escrito pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que exibiu um exoesqueleto robótico controlado pela mente na abertura da Copa de 2014 (O Nobel e a NASA agora vem!), célebre especialista da Duke University que tenta criar uma espécie de Vale do Silício do cérebro nas cercanias de Natal/RN. Quem sabe nossos governantes e nossa elite empresarial acordem a tempo de evitar mais esse 7 x 1 científico e reconheçam a necessidade de se investir mais em pesquisa.
“Estamos, no melhor sentido, construindo sobre os ombros de gigantes.” - Max Hodak, que anteriormente fez pesquisa no laboratório de Nicolelis em Duke.Fonte: Neuralink
[Visto no Brasil Acadêmico]
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