Ideia nascida do programa espacial da NASA e da União Soviética de fazer comida a partir do ar se tornou realidade e pode alimentar bilhões ...
Ideia nascida do programa espacial da NASA e da União Soviética de fazer comida a partir do ar se tornou realidade e pode alimentar bilhões de pessoas.
No futuro você poderá se alimentar de alimentos feitos a partir dos gases do efeito estufa. Essa é a ideia por trás do Solein, uma suplemento proteico em pó desenvolvida pela empresa finlandesa Solar Foods. O produto é um farináceo de alta concentração proteica sendo composto por 50% de proteína, de 5% a 10% de gordura e de 20% a 25% de carboidratos. Ele tem a aparência e o gosto de farinha de trigo, podendo vir a se tornar um ingrediente de uma ampla variedade de produtos alimentícios após seu lançamento inicial previsto para 2021.
Segundo apresentação enviada pela empresa, 20% das fontes de emissão de gases do efeito estufa (GEE) são provenientes da produção de alimentos e alteração no uso do solo (os outros 80% seriam relacionados ao uso de energia). Além disso, o pico de pesca se deu há 20 anos atrás. Agora a tendência é se gastar cada vez mais energia para se obter cada vez menos pescados.
Com esses dados em tela, é interessante notar que o processo de fabricação do Solein é neutro em termos de emissão de carbono e muito eficiente em vários aspectos quando comparado com as formas tradicionais de obtenção de proteínas para alimentação. Por exemplo, para cada quilo de carne ou de soja são gastos 15.500 ou 2.500 litros de água, respectivamente. Enquanto que para se produzir um quilo de Solein é usado apenas 10 litros de água. Nada mau!
A empresa está mirando na salvação da humanidade da mudança climática global e na mudança para uma futura economia circular do carbono, contando com a sua reutilização, uma vez que a Solar Foods fabrica o Solein extraindo CO₂ do ar usando tecnologia de captura de carbono e o combinando com água, nutrientes e vitaminas, usando 100% de energia solar renovável, da empresa parceira Fortum, para promover um processo natural de fermentação semelhante ao que produz leveduras.
Nossa expectativa é que essa farinha sintética, além de ajudar a prover alimentos para uma população em crescimento (até 2023 a empresa espera produzir 2 bilhões de refeições por ano), ainda que sua expansão venha se desacelerando, venha a ajudar a reduzir a influência da pecuária no planeta. Pois é sabido que grande parte dos desafios ambientais que enfrentamos é agravada pelo crescimento do setor, o qual contribui para o aquecimento global, devido a liberação de gases do efeito estufa em grandes quantidades para a atmosfera pelo gado, o desmatamento para a formação de pastagens e até o desenvolvimento de superbactérias, por causa dos antibióticos ministrados na alimentação desses animais. Muito embora, isso pode afetar o mercado de uma das nossas maiores commodities de exportação. A proteína animal (e até mesmo a proteína vegetal).
E pela apresentação feita pelo CEO da start-up, Pasi Vainikka, ele também pensa nessa linha e vai mais além. Ele acredita que irá diminuir nossa dependência da agricultura, e com vantagens. Isso porque Solein pode ser produzido independente do regime de chuvas, do sol e terras aráveis, além de usar uma imensa variedade de microorganismos no processos. Enquanto na agricultura tradicional 60% de tudo que é produzido provêm de apenas 3 espécies de plantas.
Fonte: Solar Foods, Big Think
[Visto no Brasil Acadêmico]
No futuro você poderá se alimentar de alimentos feitos a partir dos gases do efeito estufa. Essa é a ideia por trás do Solein, uma suplemento proteico em pó desenvolvida pela empresa finlandesa Solar Foods. O produto é um farináceo de alta concentração proteica sendo composto por 50% de proteína, de 5% a 10% de gordura e de 20% a 25% de carboidratos. Ele tem a aparência e o gosto de farinha de trigo, podendo vir a se tornar um ingrediente de uma ampla variedade de produtos alimentícios após seu lançamento inicial previsto para 2021.
Traduzido e adaptado por Brasil Acadêmico. Fonte: Solar Foods 2019 |
Segundo apresentação enviada pela empresa, 20% das fontes de emissão de gases do efeito estufa (GEE) são provenientes da produção de alimentos e alteração no uso do solo (os outros 80% seriam relacionados ao uso de energia). Além disso, o pico de pesca se deu há 20 anos atrás. Agora a tendência é se gastar cada vez mais energia para se obter cada vez menos pescados.
A visão chave que temos é a de que nós precisaríamos desconectar a produção de alimentos da agricultura.
Dr. Pasi Vainikka. CEO da Solar Foods
Com esses dados em tela, é interessante notar que o processo de fabricação do Solein é neutro em termos de emissão de carbono e muito eficiente em vários aspectos quando comparado com as formas tradicionais de obtenção de proteínas para alimentação. Por exemplo, para cada quilo de carne ou de soja são gastos 15.500 ou 2.500 litros de água, respectivamente. Enquanto que para se produzir um quilo de Solein é usado apenas 10 litros de água. Nada mau!
Traduzido e adaptado por Brasil Acadêmico. Fonte: Solar Foods 2019 |
A empresa está mirando na salvação da humanidade da mudança climática global e na mudança para uma futura economia circular do carbono, contando com a sua reutilização, uma vez que a Solar Foods fabrica o Solein extraindo CO₂ do ar usando tecnologia de captura de carbono e o combinando com água, nutrientes e vitaminas, usando 100% de energia solar renovável, da empresa parceira Fortum, para promover um processo natural de fermentação semelhante ao que produz leveduras.
Nossa expectativa é que essa farinha sintética, além de ajudar a prover alimentos para uma população em crescimento (até 2023 a empresa espera produzir 2 bilhões de refeições por ano), ainda que sua expansão venha se desacelerando, venha a ajudar a reduzir a influência da pecuária no planeta. Pois é sabido que grande parte dos desafios ambientais que enfrentamos é agravada pelo crescimento do setor, o qual contribui para o aquecimento global, devido a liberação de gases do efeito estufa em grandes quantidades para a atmosfera pelo gado, o desmatamento para a formação de pastagens e até o desenvolvimento de superbactérias, por causa dos antibióticos ministrados na alimentação desses animais. Muito embora, isso pode afetar o mercado de uma das nossas maiores commodities de exportação. A proteína animal (e até mesmo a proteína vegetal).
E pela apresentação feita pelo CEO da start-up, Pasi Vainikka, ele também pensa nessa linha e vai mais além. Ele acredita que irá diminuir nossa dependência da agricultura, e com vantagens. Isso porque Solein pode ser produzido independente do regime de chuvas, do sol e terras aráveis, além de usar uma imensa variedade de microorganismos no processos. Enquanto na agricultura tradicional 60% de tudo que é produzido provêm de apenas 3 espécies de plantas.
Fonte: Solar Foods, Big Think
[Visto no Brasil Acadêmico]
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