Bomba Ninja: Um novo conceito em ataque cirúrgico

Nova bomba da CIA possui lâminas no lugar de explosivos para diminuir efeitos colaterais em ataques.

Nova bomba da CIA possui lâminas no lugar de explosivos para diminuir efeitos colaterais em ataques.


Atualizado em 14 de maio de 2019: Ataque cirúrgico é como os militares se referem a ataques que causam o mínimo de dano a civis uma vez que atingem somente alvos militares de forma precisa. Minimizando perdas de vidas e ferimentos desnecessários.

Agora, com as novas Bombas Ninja, também chamadas de "Guinsu Voadoras", uma referência às conhecidas facas Guinsu, vendidas décadas atrás pela TV que, de tão afiadas, cortam até mesmo as indestrutíveis meias Vivarina (resolvemos retirar a menção às meias Vivarinas pela obviedade da piada), o arsenal "secreto" de mísseis norte-americanos recebe um membro mais, digamos, discreto.

Representação artística sobre a foto do carro do ex-número 2 da Al-Qaeda, Ahmad Hasan Abu Khayr al-Masri, no Egito.
Cortes precisos sugerem ponto de entrada das lâminas de uma "Guinsu Voadora". Nem sequer estilhaçou o parabrisas.

Essa variante do Hellfire ar-terra, cujo nome oficial é R9X, segundo apurou o Wall Street Journal, possui uma tecnologia que não tem nada de brincadeira. Ela já teria sido usada uma meia dúzia de vezes pela CIA e o Pentágono e serviriam para matar alvos terroristas com precisão sem ferir civis em torno do alvo, uma vez que os mísseis não trariam explosivos, mas 6 lâminas afiadas que se projetariam do corpo do míssil pouco antes do impacto e penetrariam construções e veículos para eliminar o alvo.



É sempre um pouco cínico chamar bombas de humanitárias, ainda mais que certamente a tentativa aqui é de ganhar a narrativa conquistando corações e mentes. Basta ver as cenas do recente ataque aéreo israelense a um líder do Hamas com um míssil atingindo seu carro em movimento, com uma enorme chance da explosão e destroços atingirem civis próximos, ainda que o ataque tenha sido bastante preciso. Explosões, neste caso, acabam criando muito mais repercussão negativa à ação, o que é bem diferente de quando as forças militares querem realmente chamar a atenção para seu poderio bélico.

Por tudo isso, esse novo míssil é praticamente uma nova definição de ataque cirúrgico. Preciso e sem estardalhaço.

Fonte: Engadget. Telegraph
[Visto no Brasil Acadêmico]