Os humanos evoluíram dos macacos ou dos peixes? Nesta palestra esclarecedora, o ictiólogo e bolsista TED Prosanta Chakrabarty afasta alguns ...
Os humanos evoluíram dos macacos ou dos peixes? Nesta palestra esclarecedora, o ictiólogo e bolsista TED Prosanta Chakrabarty afasta alguns mitos sobre evolução, incentivando-nos a lembrar que somos uma pequena parte de um processo complexo de 4 bilhões de anos, e não o fim da linha. "Não somos o objetivo da evolução", diz Chakrabarty. "Pense em todos nós como folhas novas nesta árvore antiga e gigantesca da vida, conectados por galhos invisíveis não apenas uns aos outros, mas aos nossos parentes extintos e nossos ancestrais evolutivos."
Se evoluímos dos macacos, por que eles ainda existem?
(Risos)
Bem, porque não somos macacos, somos peixes.
(Risos)
Saber que somos peixe e não macaco é realmente muito importante para entender de onde viemos. Sou professor de uma das maiores turmas de biologia evolutiva dos EUA, e quando meus alunos finalmente entendem por que eu os chamo de peixe o tempo todo, então sei que estou fazendo meu trabalho. Mas sempre começo minhas aulas negando alguns mitos programados, pois mesmo sem saber, muitos de nós aprenderam a versão equivocada da evolução.
Por exemplo, nos ensinaram a dizer “a teoria da evolução”. Na verdade, existem muitas teorias, e assim como o processo em si, as que melhor condizem com os dados são aquelas que sobrevivem até hoje. A teoria que conhecemos melhor é a da seleção natural darwiniana. É o processo pelo qual os organismos que melhor se adaptam a um ambiente sobrevivem e conseguem se reproduzir, enquanto os que são menos aptos morrem lentamente. E é isso. A evolução é simples assim e é um fato.
Evolução é um fato tanto quanto a “teoria da gravidade”. Podemos provar isso com a mesma facilidade. É só olharmos para o nosso umbigo, que compartilhamos com outros mamíferos placentários ou a espinha dorsal que compartilhamos com outros vertebrados ou o nosso DNA que compartilhamos com qualquer outra vida terrestre. Esses traços não surgiram com os humanos; foram passados de diferentes antepassados para todos os nossos descendentes, não apenas para nós.
Mas não é assim que aprendemos biologia desde o início, é? Aprendemos que plantas e bactérias são seres primitivos, e peixes dão origem a anfíbios seguidos por répteis e mamíferos, e aí chegamos a nós, esta criatura perfeitamente evoluída no final da linha. Mas a vida não evolui numa linha e ela não termina conosco. Mas sempre nos mostram a evolução retratada assim, um macaco e um chimpanzé, alguns humanos extintos, todos numa marcha à frente e constante para nos tornarmos quem somos. Mas eles não se tornam nós mais do que nos tornaríamos eles. Nós também não somos o objetivo da evolução.
Mas por que isso importa? Por que precisamos entender evolução da forma correta? A compreensão equivocada da evolução levou a muitos problemas, mas não podemos fazer essa pergunta antiga: “De onde viemos?”, sem entender a evolução da forma correta. A compreensão equivocada levou a muitas visões complicadas e corrompidas de como devemos tratar outras vidas na Terra, e como devemos tratar uns aos outros em termos de raça e gênero.
Então, vamos voltar 4 bilhões de anos. Este é o organismo unicelular do qual todos nós viemos. A princípio, ele deu origem a outra vida unicelular, mas eles continuam evoluindo até hoje, e alguns diriam que a arquea e bactérias que compõem a maior parte deste grupo são as mais bem-sucedidas do planeta e, certamente, continuarão por aqui bem depois de nós.
Cerca de 3 bilhões de anos atrás, a multicelularidade evoluiu. Isso inclui nossos fungos, plantas e animais. Os primeiros animais a desenvolver uma espinha dorsal foram os peixes. Então, tecnicamente, todos os vertebrados são peixes, Então, tecnicamente, você e eu somos peixes. Não digam que não avisei.
Uma linhagem de peixes veio para a terra e deu origem, entre outras coisas, aos mamíferos e aos répteis. Alguns répteis se tornaram pássaros, alguns mamíferos se tornam primatas, alguns primatas se tornaram macacos com cauda, e outros se tornaram grandes macacos, com uma variedade de espécies humanas. Então, nós não evoluímos de macacos, mas compartilhamos um ancestral comum com eles.
Esse tempo todo, a vida ao nosso redor continuou evoluindo: mais bactérias, mais fungos, muitos peixes, peixes e peixes. Se ainda não deduziram, sim, eles são meu grupo favorito.
(Risos)
Conforme a vida evolui, ela também é extinta. A maioria das espécies acaba durando alguns milhões de anos. Grande parte da vida terrestre que vemos ao nosso redor hoje tem aproximadamente a mesma idade que nossa espécie.
Pensem na vida como sendo um livro, inacabado, certamente. Estamos apenas vendo as últimas poucas páginas de cada capítulo. Se observarmos as 8 milhões de espécies com as quais compartilhamos o planeta, pensem em todas elas como sendo 4 bilhões de anos de evolução. Todas são o produto disso. Pensem em todos nós como folhas novas nesta antiga e gigantesca árvore da vida, todos conectados por galhos invisíveis não apenas um ao outro, mas aos nossos parentes extintos e nossos ancestrais evolucionários. Como biólogo, ainda estou tentando aprender, com os outros, como todos nos relacionamos, quem é relacionado a quem.
Talvez seja melhor ainda pensar em todos nós como um peixinho fora d'água. Sim, um que aprendeu a andar e falar, mas que ainda tem muito a aprender sobre quem somos e de onde viemos.
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
Se evoluímos dos macacos, por que eles ainda existem?
(Risos)
Bem, porque não somos macacos, somos peixes.
(Risos)
Saber que somos peixe e não macaco é realmente muito importante para entender de onde viemos. Sou professor de uma das maiores turmas de biologia evolutiva dos EUA, e quando meus alunos finalmente entendem por que eu os chamo de peixe o tempo todo, então sei que estou fazendo meu trabalho. Mas sempre começo minhas aulas negando alguns mitos programados, pois mesmo sem saber, muitos de nós aprenderam a versão equivocada da evolução.
Por exemplo, nos ensinaram a dizer “a teoria da evolução”. Na verdade, existem muitas teorias, e assim como o processo em si, as que melhor condizem com os dados são aquelas que sobrevivem até hoje. A teoria que conhecemos melhor é a da seleção natural darwiniana. É o processo pelo qual os organismos que melhor se adaptam a um ambiente sobrevivem e conseguem se reproduzir, enquanto os que são menos aptos morrem lentamente. E é isso. A evolução é simples assim e é um fato.
Evolução é um fato tanto quanto a “teoria da gravidade”. Podemos provar isso com a mesma facilidade. É só olharmos para o nosso umbigo, que compartilhamos com outros mamíferos placentários ou a espinha dorsal que compartilhamos com outros vertebrados ou o nosso DNA que compartilhamos com qualquer outra vida terrestre. Esses traços não surgiram com os humanos; foram passados de diferentes antepassados para todos os nossos descendentes, não apenas para nós.
Mas não é assim que aprendemos biologia desde o início, é? Aprendemos que plantas e bactérias são seres primitivos, e peixes dão origem a anfíbios seguidos por répteis e mamíferos, e aí chegamos a nós, esta criatura perfeitamente evoluída no final da linha. Mas a vida não evolui numa linha e ela não termina conosco. Mas sempre nos mostram a evolução retratada assim, um macaco e um chimpanzé, alguns humanos extintos, todos numa marcha à frente e constante para nos tornarmos quem somos. Mas eles não se tornam nós mais do que nos tornaríamos eles. Nós também não somos o objetivo da evolução.
Mas por que isso importa? Por que precisamos entender evolução da forma correta? A compreensão equivocada da evolução levou a muitos problemas, mas não podemos fazer essa pergunta antiga: “De onde viemos?”, sem entender a evolução da forma correta. A compreensão equivocada levou a muitas visões complicadas e corrompidas de como devemos tratar outras vidas na Terra, e como devemos tratar uns aos outros em termos de raça e gênero.
Então, vamos voltar 4 bilhões de anos. Este é o organismo unicelular do qual todos nós viemos. A princípio, ele deu origem a outra vida unicelular, mas eles continuam evoluindo até hoje, e alguns diriam que a arquea e bactérias que compõem a maior parte deste grupo são as mais bem-sucedidas do planeta e, certamente, continuarão por aqui bem depois de nós.
Cerca de 3 bilhões de anos atrás, a multicelularidade evoluiu. Isso inclui nossos fungos, plantas e animais. Os primeiros animais a desenvolver uma espinha dorsal foram os peixes. Então, tecnicamente, todos os vertebrados são peixes, Então, tecnicamente, você e eu somos peixes. Não digam que não avisei.
Uma linhagem de peixes veio para a terra e deu origem, entre outras coisas, aos mamíferos e aos répteis. Alguns répteis se tornaram pássaros, alguns mamíferos se tornam primatas, alguns primatas se tornaram macacos com cauda, e outros se tornaram grandes macacos, com uma variedade de espécies humanas. Então, nós não evoluímos de macacos, mas compartilhamos um ancestral comum com eles.
Esse tempo todo, a vida ao nosso redor continuou evoluindo: mais bactérias, mais fungos, muitos peixes, peixes e peixes. Se ainda não deduziram, sim, eles são meu grupo favorito.
(Risos)
Conforme a vida evolui, ela também é extinta. A maioria das espécies acaba durando alguns milhões de anos. Grande parte da vida terrestre que vemos ao nosso redor hoje tem aproximadamente a mesma idade que nossa espécie.
É arrogância e egocentrismo pensar: “Plantas e bactérias são primitivas, e estamos aqui por um minuto evolutivo, então somos, de algum modo, especiais”.
Pensem na vida como sendo um livro, inacabado, certamente. Estamos apenas vendo as últimas poucas páginas de cada capítulo. Se observarmos as 8 milhões de espécies com as quais compartilhamos o planeta, pensem em todas elas como sendo 4 bilhões de anos de evolução. Todas são o produto disso. Pensem em todos nós como folhas novas nesta antiga e gigantesca árvore da vida, todos conectados por galhos invisíveis não apenas um ao outro, mas aos nossos parentes extintos e nossos ancestrais evolucionários. Como biólogo, ainda estou tentando aprender, com os outros, como todos nos relacionamos, quem é relacionado a quem.
Talvez seja melhor ainda pensar em todos nós como um peixinho fora d'água. Sim, um que aprendeu a andar e falar, mas que ainda tem muito a aprender sobre quem somos e de onde viemos.
Fonte: TED
[Visto no Brasil Acadêmico]
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