As vacinas para doenças como caxumba e rubéola oferecem uma vida útil de proteção com dois tiros no início da vida; O que é tão especial sob...
As vacinas para doenças como caxumba e rubéola oferecem uma vida útil de proteção com dois tiros no início da vida; O que é tão especial sobre a gripe? Melvin Sanicas explica pelo TED-Ed.
Durante todo o ano, pesquisadores de centenas de hospitais em todo o mundo coletam amostras de pacientes com gripe e as enviam aos maiores especialistas em virologia com um objetivo: desenvolver a vacina para o próximo período de gripe. Mas por que precisamos de uma nova todos os anos?
Vacinas contra doenças como caxumba e rubéola oferecem proteção vitalícia com duas aplicações no começo da vida.
O que há de tão especial com a gripe? Dois fatores fazem da gripe um alvo difícil.
Quando o vírus é engolfado por uma célula hospedeira, expele o material genético, que faz o caminho dele para o núcleo.
Lá o mecanismo celular, que geralmente copia os genes do hospedeiro, começa, em vez disso, a replicar genes virais, criando cada vez mais cópias do vírus.
Novos vírus são reempacotados e comprimidos dentro da célula até que ela explode, enviando novos vírus da gripe para infectar mais células. A maioria dos vírus segue esse roteiro.
O truque com a gripe é que o material genético dela não é o DNA, mas um composto semelhante chamado de RNA. E os vírus de RNA podem mudar muito mais rápido.
Quando as células sintetizam o DNA, um corretor embutido reconhece e corrige os erros, mas o mecanismo de síntese de RNA não tem essa funcionalidade. Se ocorrem erros, eles ficam por perto criando novas variantes do vírus.
Por que isso é um problema? Porque as vacinas dependem do reconhecimento.
A vacina da gripe inclui algumas das mesmas substâncias, chamadas antígenos, encontradas na superfície do próprio vírus.
O corpo identifica esses fragmentos como corpos estranhos e responde produzindo compostos chamados de anticorpos, feitos sob medida para se unir aos antígenos.
Quando uma pessoa vacinada encontra o vírus real, os anticorpos pré-programados ajudam o sistema imunológico a identificar a ameaça e se mobilizam rapidamente para evitar a infecção. Esses antígenos são diferentes para cada tipo de gripe.
Mesmo dentro do mesmo tipo de gripe, as rápidas mutações genéticas podem mudar os compostos da superfície o bastante a ponto de os anticorpos não reconhecê-los.
Para tornar as coisas ainda mais complicadas, às vezes, dois tipos diferentes se combinam para criar um vírus híbrido totalmente novo.
Tudo isso faz da vacinação contra a gripe uma tentativa de atingir um alvo em transformação em movimento.
Por isso, os cientistas coletam dados de forma consistente sobre quais tipos estão em circulação e verificam quais desses tipos sofreram mutações das versões dos anos anteriores.
Duas vezes por ano, a Organização Mundial da Saúde reúne especialistas para analisar todos esses dados, realizando uma reunião para cada hemisfério.
Os cientistas determinam os tipos a serem incluídos na vacina daquela estação, escolhendo quatro para a vacina quadrivalente em uso hoje.
Apesar das manobras evasivas da gripe, nos últimos anos, as previsões do grupo têm sido quase sempre corretas.
Mesmo quando os tipos de gripe mudam mais, a vacina costuma ser precisa o bastante para que uma pessoa vacinada que, mesmo assim, pegue a gripe tenha uma doença mais leve e curta do que seria de outra forma.
A vacinação também ajuda a proteger outras pessoas da comunidade, que podem não estar aptas para a aplicação, evitando que as pessoas próximas carreguem o vírus.
Isso é chamado de imunidade coletiva.
Ela contém um vírus inativo incapaz de deixar você doente.
Você pode se sentir cansado e dolorido depois da vacina, mas isso não é uma infecção.
É sua resposta normal de imunidade à vacina.
Algumas partes do mundo usam, em vez da aplicação, uma vacina inalada que contém um vírus vivo enfraquecido. Isso também é seguro para a grande maioria das pessoas.
Somente aquelas com sistema imunológico debilitado estarão em risco, mas geralmente não tomam essas vacinas.
Enquanto isso, os cientistas trabalham para desenvolver uma vacina universal contra a gripe que protegeria contra qualquer tipo, mesmo as que sofreram mutações.
Mas até lá, a busca pela vacina do próximo ano está em andamento.
Fonte: TED-Ed
[Visto no Brasil Acadêmico]
Durante todo o ano, pesquisadores de centenas de hospitais em todo o mundo coletam amostras de pacientes com gripe e as enviam aos maiores especialistas em virologia com um objetivo: desenvolver a vacina para o próximo período de gripe. Mas por que precisamos de uma nova todos os anos?
Vacinas contra doenças como caxumba e rubéola oferecem proteção vitalícia com duas aplicações no começo da vida.
O que há de tão especial com a gripe? Dois fatores fazem da gripe um alvo difícil.
- Primeiro, há mais de 100 subtipos do vírus influenza, e os que estão em circulação mudam a cada estação.
- E segundo, o código genético da gripe permite a ela mudar mais rapidamente do que muitos outros vírus.
A gripe se espalha e transforma as células do infectado em fábricas de vírus.
Quando o vírus é engolfado por uma célula hospedeira, expele o material genético, que faz o caminho dele para o núcleo.
Lá o mecanismo celular, que geralmente copia os genes do hospedeiro, começa, em vez disso, a replicar genes virais, criando cada vez mais cópias do vírus.
Novos vírus são reempacotados e comprimidos dentro da célula até que ela explode, enviando novos vírus da gripe para infectar mais células. A maioria dos vírus segue esse roteiro.
O truque com a gripe é que o material genético dela não é o DNA, mas um composto semelhante chamado de RNA. E os vírus de RNA podem mudar muito mais rápido.
Quando as células sintetizam o DNA, um corretor embutido reconhece e corrige os erros, mas o mecanismo de síntese de RNA não tem essa funcionalidade. Se ocorrem erros, eles ficam por perto criando novas variantes do vírus.
Por que isso é um problema? Porque as vacinas dependem do reconhecimento.
A vacina da gripe inclui algumas das mesmas substâncias, chamadas antígenos, encontradas na superfície do próprio vírus.
O corpo identifica esses fragmentos como corpos estranhos e responde produzindo compostos chamados de anticorpos, feitos sob medida para se unir aos antígenos.
Quando uma pessoa vacinada encontra o vírus real, os anticorpos pré-programados ajudam o sistema imunológico a identificar a ameaça e se mobilizam rapidamente para evitar a infecção. Esses antígenos são diferentes para cada tipo de gripe.
Se a vacinação prepara o sistema imunológico para um tipo, um tipo diferente pode ainda ser capaz de se esgueirar.
Mesmo dentro do mesmo tipo de gripe, as rápidas mutações genéticas podem mudar os compostos da superfície o bastante a ponto de os anticorpos não reconhecê-los.
Para tornar as coisas ainda mais complicadas, às vezes, dois tipos diferentes se combinam para criar um vírus híbrido totalmente novo.
Tudo isso faz da vacinação contra a gripe uma tentativa de atingir um alvo em transformação em movimento.
Por isso, os cientistas coletam dados de forma consistente sobre quais tipos estão em circulação e verificam quais desses tipos sofreram mutações das versões dos anos anteriores.
Duas vezes por ano, a Organização Mundial da Saúde reúne especialistas para analisar todos esses dados, realizando uma reunião para cada hemisfério.
Os cientistas determinam os tipos a serem incluídos na vacina daquela estação, escolhendo quatro para a vacina quadrivalente em uso hoje.
Apesar das manobras evasivas da gripe, nos últimos anos, as previsões do grupo têm sido quase sempre corretas.
Mesmo quando os tipos de gripe mudam mais, a vacina costuma ser precisa o bastante para que uma pessoa vacinada que, mesmo assim, pegue a gripe tenha uma doença mais leve e curta do que seria de outra forma.
A vacinação também ajuda a proteger outras pessoas da comunidade, que podem não estar aptas para a aplicação, evitando que as pessoas próximas carreguem o vírus.
Isso é chamado de imunidade coletiva.
A vacina não transmite a gripe.
Ela contém um vírus inativo incapaz de deixar você doente.
Você pode se sentir cansado e dolorido depois da vacina, mas isso não é uma infecção.
É sua resposta normal de imunidade à vacina.
Algumas partes do mundo usam, em vez da aplicação, uma vacina inalada que contém um vírus vivo enfraquecido. Isso também é seguro para a grande maioria das pessoas.
Somente aquelas com sistema imunológico debilitado estarão em risco, mas geralmente não tomam essas vacinas.
Enquanto isso, os cientistas trabalham para desenvolver uma vacina universal contra a gripe que protegeria contra qualquer tipo, mesmo as que sofreram mutações.
Mas até lá, a busca pela vacina do próximo ano está em andamento.
Fonte: TED-Ed
[Visto no Brasil Acadêmico]
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