O conjunto é considerado o melhor lugar para se procurar vida alienígena na galáxia.
O conjunto é considerado o melhor lugar para se procurar vida alienígena na galáxia.
Descoberto um sistema de 7 planetas semelhantes à Terra. Com Três deles na zona habitável — ou seja, provavelmente contém água no estado líquido — da estrela (uma estrela-anã apenas um pouco maior do que Júpiter), a 39 anos-luz de distância daqui. Assim, dizem os especialistas, já não se trata de uma questão de “se” vamos encontrar vida. Mas uma questão de “quando”.
Formado em torno da já conhecida estrela-anã superfria TRAPPIST-1 (esse tipo de estrelas é mais comum na nossa galáxia do que as semelhantes ao Sol), tem o maior número de planetas de dimensões semelhantes aos da Terra já encontrados e o maior número de mundos com condições favoráveis à existência de água.
Para localizá-los, os cientistas usaram telescópios em terra e no espaço, incluindo o Grande Telescópio ESO, no Chile. Os corpos celestes foram localizados quando passaram em frente à estrela, que tem tamanho e brilho menores que o Sol - a TRAPPIST-1 tem apenas 8% da massa solar.
Essa foi a primeira vez que três planetas similares em tamanho à Terra foram encontrados na zona habitável de uma estrela, e a primeira vez que foi possível medir a massa e o raio desses planetas.
Todos os sete planetas podem conter água líquida, condição chave para a vida, mas as chances são maiores nos três exoplanetas — planetas fora do nosso sistema solar que orbitam uma estrela — da zona habitável.
Esses sete planetas estão mais próximos da sua estrela mãe do que Mercúrio está do Sol. Além disso, eles estão muito próximos um dos outro. Quão próximo? Para se ter uma ideia, se uma pessoa estivesse de pé na superfície de um planeta, ele poderia olhar para cima e potencialmente ver as características geológicas ou nuvens de mundos vizinhos, que às vezes pareceriam maiores do que a lua no céu da Terra.
Abaixo uma representação artística em 360° de como seria essa visão.
Esses planetas também podem estar com uma de suas faces sempre voltadas para a estrela mãe. Isso significa que uma parte do planeta é sempre sol e outra parte é sempre noite. Com isso, o clima seria bem diferente do terrestre. Com ventos fortíssimos vindo do lado diurno em direção ao lado noturno, e extremas mudanças de temperatura.
Como foi feita a descoberta
A pesquisa surge na continuidade de uma outra, em que a equipe internacional de astrônomos, liderada por Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica, concluiu haver três exoplanetas em torno da estrela anã, após o telescópio captar a diminuição momentânea da luz emanada por ela.
Motivado pela descoberta, anunciada em maio de 2016, o grupo iniciou uma monitorização fotométrica (medição da luz) da estrela, a partir de telescópios espaciais, como o Spitzer, e terrestres, o que permitiu identificar mais quatro exoplanetas no sistema estelar TRAPPIST-1.
Durante a conferência de imprensa da NASA, sobre a descoberta, surgiu a questão:
Após a palavra ser passada para Gillon, o astrônomo belga não perdeu a piada:
Isso porque, curiosamente, o nome do sistema, Trappist-1, remete à tradicional produção de cerveja produzida pelos monges trapistas, na Bélgica. Mas é só coincidência: o nome resulta do telescópio inicialmente usado pela equipe de astrônomos da Universidade de Liège antes de recorrerem aos equipamentos da NASA na Califórnia. O telescópio belga localizado no deserto de Atacama chama-se TRAPPIST (Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope).
Sobre a possibilidade de haver uma civilização “extraterrestre” por lá, Gillon confirmou que os radiotelescópios já apontaram naquela direção e não ouviram nada.
O sistema de Trappist-1 é agora considerado pelos astrônomos como o melhor objeto para estudar as composições atmosféricas de planetas do tamanho da Terra e potencialmente habitáveis.
Fonte: BBC, Observador, Globo News, Expresso, Sol, Carta Capital, NASA
[Visto no Brasil Acadêmico]
Descoberto um sistema de 7 planetas semelhantes à Terra. Com Três deles na zona habitável — ou seja, provavelmente contém água no estado líquido — da estrela (uma estrela-anã apenas um pouco maior do que Júpiter), a 39 anos-luz de distância daqui. Assim, dizem os especialistas, já não se trata de uma questão de “se” vamos encontrar vida. Mas uma questão de “quando”.
Formado em torno da já conhecida estrela-anã superfria TRAPPIST-1 (esse tipo de estrelas é mais comum na nossa galáxia do que as semelhantes ao Sol), tem o maior número de planetas de dimensões semelhantes aos da Terra já encontrados e o maior número de mundos com condições favoráveis à existência de água.
Para comparação... se o nosso sol fosse do tamanho de uma bola de basquete, a estrela TRAPPIST-1 seria do tamanho de uma bola de golfe.
Para localizá-los, os cientistas usaram telescópios em terra e no espaço, incluindo o Grande Telescópio ESO, no Chile. Os corpos celestes foram localizados quando passaram em frente à estrela, que tem tamanho e brilho menores que o Sol - a TRAPPIST-1 tem apenas 8% da massa solar.
Essa foi a primeira vez que três planetas similares em tamanho à Terra foram encontrados na zona habitável de uma estrela, e a primeira vez que foi possível medir a massa e o raio desses planetas.
Todos os sete planetas podem conter água líquida, condição chave para a vida, mas as chances são maiores nos três exoplanetas — planetas fora do nosso sistema solar que orbitam uma estrela — da zona habitável.
Esses sete planetas estão mais próximos da sua estrela mãe do que Mercúrio está do Sol. Além disso, eles estão muito próximos um dos outro. Quão próximo? Para se ter uma ideia, se uma pessoa estivesse de pé na superfície de um planeta, ele poderia olhar para cima e potencialmente ver as características geológicas ou nuvens de mundos vizinhos, que às vezes pareceriam maiores do que a lua no céu da Terra.
Abaixo uma representação artística em 360° de como seria essa visão.
Esses planetas também podem estar com uma de suas faces sempre voltadas para a estrela mãe. Isso significa que uma parte do planeta é sempre sol e outra parte é sempre noite. Com isso, o clima seria bem diferente do terrestre. Com ventos fortíssimos vindo do lado diurno em direção ao lado noturno, e extremas mudanças de temperatura.
Como foi feita a descoberta
A pesquisa surge na continuidade de uma outra, em que a equipe internacional de astrônomos, liderada por Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica, concluiu haver três exoplanetas em torno da estrela anã, após o telescópio captar a diminuição momentânea da luz emanada por ela.
Motivado pela descoberta, anunciada em maio de 2016, o grupo iniciou uma monitorização fotométrica (medição da luz) da estrela, a partir de telescópios espaciais, como o Spitzer, e terrestres, o que permitiu identificar mais quatro exoplanetas no sistema estelar TRAPPIST-1.
Durante a conferência de imprensa da NASA, sobre a descoberta, surgiu a questão:
Já pensaram no nome que vão dar aos planetas?
Após a palavra ser passada para Gillon, o astrônomo belga não perdeu a piada:
“Temos muitas possibilidades para lhes dar nomes de cervejas belgas, mas ainda não pensamos nisso.”
Michaël Gillon - Astrônomo
Isso porque, curiosamente, o nome do sistema, Trappist-1, remete à tradicional produção de cerveja produzida pelos monges trapistas, na Bélgica. Mas é só coincidência: o nome resulta do telescópio inicialmente usado pela equipe de astrônomos da Universidade de Liège antes de recorrerem aos equipamentos da NASA na Califórnia. O telescópio belga localizado no deserto de Atacama chama-se TRAPPIST (Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope).
Sobre a possibilidade de haver uma civilização “extraterrestre” por lá, Gillon confirmou que os radiotelescópios já apontaram naquela direção e não ouviram nada.
O sistema de Trappist-1 é agora considerado pelos astrônomos como o melhor objeto para estudar as composições atmosféricas de planetas do tamanho da Terra e potencialmente habitáveis.
Fonte: BBC, Observador, Globo News, Expresso, Sol, Carta Capital, NASA
[Visto no Brasil Acadêmico]
estamos ansiosos em descobrir um jeito de chegar la e destruí lo e quem sabe escravizar alguma forma de vida se assim for encontrada !
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